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Crítica: Aconteceu em Woodstock
O festival de Woodstock, em 1969, foi o maior evento do movimento Hippie, um dos atos de contracultura que mais ganhou força no inicio da década de 1960. Nesse mesmo ano, além do mundo acompanhar a chegada do Homem à Lua, o mundo passava por extremas transformações resultantes, principalmente, pela Guerra do Vietnã e pelas tensões sociais que se seguiam desde a Segunda Guerra Mundial. Tendo todo este cenário como plano de fundo, o taiwânes Ang Lee ambienta o divertido Aconteceu em Woodstock (Taking Woodstock , EUA, 2009), baseado no livro Taking Woodstock: A True Story of a Riot, A Concert, and A Life (lançado aqui no Brasil como Aconteceu em Woodstock), de Elliot Tiber e roteirizado por James Schamus.
Elliot Tiber (Demetri Martin) é um jovem artista plástico que trabalha como designer de interiores e de tempos em tempos ajuda seus pais com o hotel El Mônaco, no interior de Nova Iorque, numa enorme divida de empréstimos com o banco. Ele está confuso entre a necessidade de ajudar seus pais ou viver a efervescência dos anos 60, mas sempre acaba optando pelos pais, uma dupla de judeus ranzinzas, e eis que vai mudar sua vida numa das mais loucas empreitadas.
Elliot, como presidente do sindicato do comércio de White Lake, pretende dar novamente continuidade a um típico festival cultural, que geralmente é um fracasso, mas ao ler no jornal que o festival de Woodstock não aconteceria mais na cidade Wallkill, o jovem vê nisso uma grande oportunidade de movimentar a pequena cidade. Pensado nos seus pais, e por que não, em movimentar a sua vida, ele resolve apostar no Festival mesmo que para isso tenha que enfrentar a ira de toda uma população.
Jimi Hendrix, Janis Joplin, direitos femininos, paz, amor e libertação sexual são apenas alguns dos ícones em relação ao festival de Woodstock. Todos sabem como e onde tudo se deu naqueles três dias. Partindo do não-mais-que-o-mesmo, Ang Lee traz os dias anteriores ao acontecimento. O evento em si é apenas um coadjuvante da história de Elliot Tiburn e os moradores de White Lake. Em momento algum vê-se de perto o festival e artistas em puro frenesi e eis que nesse aspecto está o diferencial de Aconteceu em Woodstock. O diretor se focou na vida da pequena população do interior americano, trazendo de perto as vidas e as paisagens que seriam mudadas por aquele momento.
É uma nova geração, que marcaria décadas, que surge nos campos da pequena cidade. Aconteceu em Woodstock trata, de forma menos politizada, esses jovens que desacreditavam no eterno sonho americano e que acreditavam na liberdade pura de uma sociedade que vivia de tabus e guerras sem sentido. Pontos muito positivos aos personagens comuns surgidos no filme como o travesti que esteve no Vietnã, os pais idosos de Elliot que acabam comendo bolo de Haxixe, ou ainda, o casal que viaja numa kombi colorida e cheia de mandalas e roupas em Tie-Dye e fazem Elliot experimentar ácido.
A fotografia tem o estilo lomográfico das câmeras da época e a montagem é divertida, com um ar de quadrinhos que Ang Lee deu também ao Hulk. O mérito de parte da criatividade vai para o diretor de fotografia, o francês Eric Gautier, que fez vários filmagens em planos sequência com a câmera na mão possibiltando uma experiência documental para o espectador que em muitos momentos vê tudo sendo organizado dos mais diversos ângulos.
Aconteceu em Woodstock não é mais um filme sobre o festival com piadas, “viagens” de drogas, e liberação sexual já muito batidas em outras produções. Engraçado, e ao mesmo tempo inteligente, o longa consegue realizar muito bem seu papel retratando realmente o que aconteceu em Woodstock, e não em seus palcos.
Outra críticas interessantes:
Trailer:
httpv://www.youtube.com/watch?v=Z7swoy-hxBE
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