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  • Belas Artes Apresenta: A última sessão de cinema

    O Belas Artes, um dos cin­e­mas mais anti­gos e tradi­cionais da cidade de São Paulo, na esquina da Con­so­lação com Paulista, anun­cia para esta quin­ta-feira, dia 17 de março, o encer­ra­men­to de suas ativi­dades depois de um ano de fun­ciona­men­to sem patrocínio. 

    Isto não sig­nifi­ca o fim defin­i­ti­vo do Belas Artes. “A pro­pos­ta de difundir o que há de mel­hor na cin­e­matografia mundi­al, ofí­cio acom­pan­hado apaixon­ada­mente por ciné­fi­los de tan­tas ger­ações, não deixará de exi­s­tir, já que esta­mos em bus­ca de um novo endereço”, afir­ma André Sturm, sócio-pro­pri­etário e pro­gra­mador ofi­cial do cinema. 

    Des­de janeiro, André está em inten­sa nego­ci­ação com os advo­ga­dos do pro­pri­etário do imóv­el onde o cin­e­ma fun­ciona, porém não chegou a um acor­do em relação ao val­or do aluguel. Com isso, as últi­mas sessões do cin­e­ma de quin­ta-feira, das seis salas do Belas Artes, exibirão seis grandes clás­si­cos da fil­mo­grafia mundi­al, hom­e­nage­an­do os fãs do cinema. 

    No Tem­po do Onça, que reúne os irmãos Marx e reis da comé­dia: Grou­cho, Chico e Har­po, foi dirigi­do por Edward Buzzell, com­pos­i­tor e ator, que se tornou estrela da Broadway.

    Estre­la­do por Rudolph Valenti­no, O Águia, do dire­tor Clarence Brown, mostra a rebel­dia de um sol­da­do rus­so que é rejeita­do por uma imper­a­triz. Brown, dirigiu a estrela Gre­ta Gar­bo em dois dos seus maiores suces­sos: A Carne e o Dia­bo e Anna Karenina.

    O filme ital­iano Queima­da! é uma aven­tu­ra históri­ca, que ocorre numa ilha fic­cional nas Caraíbas, que per­ten­cia a Por­tu­gal. Basea­do na história do Haiti, o lon­ga é pro­tag­on­i­za­do pela galã Mar­lon Bran­do e dirigi­do por Gillo Pon­tecor­vo, con­heci­do por A Batal­ha de Argel. 

    O Leop­ar­do é o filme mais pes­soal de Luchi­no Vis­con­ti. A história é ambi­en­ta­da nos anos 1860, quan­do a Itália vivia umas das épocas mais con­tur­badas do país, con­heci­da por Risorg­i­men­to. Toda a essên­cia da obra vis­con­tiana pas­sa por este clás­si­co do cin­e­ma, já que Luchi­no era aris­to­cra­ta de nasci­men­to, comu­nista por con­vicção, e se con­sid­er­a­va um homem fora do seu tempo.

    O Joel­ho de Claire, mel­hor filme em San Sebas­t­ian, indi­ca­do ao Globo de Ouro de filme estrangeiro e Prix Louis Del­luc, é um dos mel­hores tra­bal­hos do dire­tor Eric Rohmer . O forte de O Joel­ho de Claire não é a ação, mas os diál­o­gos e as belas pais­agens do char­moso Lago de Annecy, que fica no leste da França, bem próx­i­mo aos Alpes.

    Para finalizar, não há como deixar de fora o incrív­el Fed­eri­co Felli­ni e sua a obra pri­ma A Doce Vida, filme vence­dor da Pal­ma de Ouro de 1960. Ambi­en­ta­do em Roma, A Doce Vida con­ta a história de um jor­nal­ista de origem humilde, que enfrenta uma crise de con­sciên­cia por estar sem­pre atrás de fofo­cas da alta sociedade, usan­do-as como fonte para seus arti­gos. O pro­tag­o­nista é Mar­cel­lo Mas­troian­ni, con­sid­er­a­do o maior ator da Itália e um dos mel­hores atores de todos os tempos. 

    Pro­gra­mação:
    Quin­ta-feira, 17 de março

    Sala 1/Vil­la-Lobos: A Doce Vida
    Horário: 21h

    Sala 2/Candido Porti­nari: No Tem­po do Onça
    Horário: 21h30

    Sala 3/Oscar Niemey­er: O Leop­ar­do
    Horário: 20h30

    Sala 4/Aleijadinho: O Joel­ho de Claire
    Horário: 21h30

    Sala 5/Carmen Miran­da: O Águia
    Horário: 21h20

    Sala 6/Mario de Andrade: Queimada!
    Horário: 20h20

    Sinopses:
    A DOCE VIDA
    (La Dolce Vita)
    Direção: Fed­eri­co Fellini
    Elen­co: Mar­cel­lo Mas­troian­ni, Ani­ta Ekberg e Anouk Aimée.

    Roma, iní­cio dos anos 60. O jor­nal­ista Mar­cel­lo vive entre as cele­bri­dades, ricos e fotó­grafos que lotam a badal­a­da Via Vene­to. Neste mun­do mar­ca­do pelas aparên­cias e por um vazio exis­ten­cial, fre­qüen­ta fes­tas, con­hece os tipos mais extrav­a­gantes e desco­bre um novo sen­ti­do para a vida.

    O LEOPARDO
    (Il Gat­topar­do)
    Itália, 1963, cor, 205 min., 14 anos.
    Direção: Luchi­no Visconti
    Elen­co: Burt Lan­cast­er, Clau­dia Car­di­nale e Alain Delon.

    Sicília, durante o perío­do do “Risorg­i­men­to”, o con­tur­ba­do proces­so de unifi­cação ital­iana, o príncipe Don Fab­rizio Sali­na teste­munha a decadên­cia da nobreza e a ascen­são da bur­gue­sia, lutan­do para man­ter seus val­ores em meio a fortes con­tradições políticas.

    QUEIMADA!
    (Queima­da!)
    Itália/França, 1970, 115 min., 14 anos.
    Direção: Gillo Pontecorvo
    Elen­co: Mar­lon Bran­do, Rena­to Sal­va­tori e Evaris­to Márquez.

    Numa de suas mel­hores inter­pre­tações, Mar­lon Bran­do é um agente britâni­co que insu­fla a revol­ta numa colô­nia por­tugue­sa e depois a esma­ga com cin­is­mo. O filme foi proibido durante anos no Brasil.

    NO TEMPO DO ONÇA
    (Go West)
    EUA, 1940, p/b, 80 min., livre.
    Direção: Charles Riesner
    Elen­co: Grou­cho, Chico, Har­po. Marx Bros. e John Carroll.

    Nes­ta lou­ca comé­dia os irmãos Marx vão para o Oeste, um lugar onde o sol sem­pre bril­ha, a diver­são nun­ca tem fim e onde eles pas­sam a per­na em um ladrão de terras.

    O ÁGUIA
    (The Eagle)
    EUA, 1925, p/b, 70 min., livre – mudo.
    Direção: Clarence Brown
    Elen­co: Rodol­fo Valenti­no, Vil­ma Bánky e Louise Dresser.

    Uma cza­ri­na rus­sa é apaixon­a­da por um sol­da­do, mas ele a rejei­ta. Por isso, ela pede a cabeça do rapaz a prêmio. Ao mes­mo tem­po, ele resolve usar uma más­cara e se tornar o Águia, um jus­ti­ceiro pop­u­lar no esti­lo de Robin Hood. Mal sabe ele que sua prin­ci­pal víti­ma é pai de uma out­ra jovem por quem está apaixonado.

    O JOELHO DE CLAIRE
    (Le Genou de Claire)
    França, 1970, cor, 105 min., 14 anos.
    Direção: Eric Rohmer
    Elen­co: Jean-Claude Bri­aly, Auro­ra Cor­nu e Béa­trice Romand.

    Um diplo­ma­ta pas­sa as últi­mas férias de solteiro às mar­gens do lago Annecy. Lá ele reen­con­tra uma ami­ga que alu­gou um quar­to na casa de uma sen­ho­ra e suas duas fil­has, Lau­ra e Claire. Logo a ami­ga avisa que Lau­ra está inter­es­sa­da nele, incentivando‑o a ter um últi­mo namoro antes do casa­men­to. Mas o diplo­ma­ta está mais inter­es­sa­do em Claire, ten­do um dese­jo obses­si­vo de acari­ciar seu joelho.

    Ingres­sos:
    R$ 18,00 e R$ 9,00 (meia-entra­da).

    Belas Artes
    Rua da Con­so­lação, 2423
    Cerqueira César
    São Paulo — SP
    Tel.: 3258–4092

  • Cine Belas Artes Apresenta: Noitão Mundos Paralelos

    Cine Belas Artes Apresenta: Noitão Mundos Paralelos

    O Noitão de março será ante­ci­pa­do para a primeira sem­ana do mês, e acon­te­cerá nes­ta sex­ta-feira, dia qua­tro de março, a par­tir das 23h50.

    Para quem pref­ere os pro­gra­mas mais tran­qui­los que a cidade ofer­ece na con­tramão do Car­naval, o Noitão é uma grande pedida.

    A pro­gra­mação, bati­za­da de Mun­dos Para­le­los, reúne cin­co filmes com per­son­agens viven­cian­do exper­iên­cias em ter­ritórios iso­la­dos, sejam eles no plano físi­co ou não. Vamos à seleção, começan­do pelos dois inédi­tos: Mis­tério da Rua 7, de Brad Ander­son; Cam­in­ho da Liber­dade, de Peter Weir; as repris­es Os Famosos e os Duen­des da Morte, do cineas­ta brasileiro Esmir Fil­ho; e o francês Eu Me Chamo Elis­a­beth, de Jean-Pierre Améris; mais o filme-surpresa.

    Mis­tério da Rua 7 é um sus­pense estre­la­do por Hay­den Chris­tensen, Thandie New­ton e John Leguizamo. O dire­tor é o mes­mo de O Operário (aque­le com Chris­t­ian Bale absur­da­mente magro). A história, ambi­en­ta­da em Detroit, é sobre um apagão que resul­ta no desa­parec­i­men­to da pop­u­lação local, da qual só sobraram as roupas e out­ros bens mate­ri­ais. Enquan­to isso, um pequeno grupo de sobre­viventes luta para não ser engoli­do pela escuridão, man­ten­do-se pro­te­gi­do por pequenos focos de luz arti­fi­cial. Um ver­dadeiro ter­ror para quem tem medo do breu. 

    Cam­in­ho da Liber­dade, pro­tag­on­i­za­do por Col­in Far­rell e Ed Har­ris, traz na direção a assi­natu­ra do mes­mo real­izador de grandes suces­sos como Sociedade dos Poet­as Mor­tos e O Show de Tru­man. Neste seu novo tra­bal­ho, ele nos leva para o ano de 1940, onde acom­pan­hamos a fuga de um grupo de sol­da­dos cap­tura­dos pelo exérci­to da União Soviéti­ca e man­ti­dos numa prisão na Sibéria. Para escapar, eles terão que traçar um lon­go e perig oso cam­in­ho de pedras, pas­san­do pelo deser­to de Gobi e pelo Himala­ia, até o Tibet, na Índia. Con­cor­reu ao Oscar 2011 de mel­hor maquiagem. 

    Os Famosos e os Duen­des da Morte, basea­do no livro homôn­i­mo de Ismael Canep­pele, que tam­bém aparece no filme como ator, é sobre a visão par­tic­u­lar que dois ami­gos ado­les­centes têm das suas vidas e do mun­do onde vivem, uma peque­na cidade do sul do Brasil. Um deles man­tém um rela­ciona­men­to vir­tu­al com uma meni­na da sua idade e é fã de Bob Dylan.

    O jovem dire­tor, que tem aqui a sua estreia em lon­ga-metragem, gan­hou fama instan­tânea com o cur­ta Tapa na Pan­tera, um fenô­meno de audiên­cia no Youtube, respon­sáv­el por traz­er a grande atriz Maria Alice Ver­gueiro de vol­ta aos holofotes. 

    Eu Me Chamo Elis­a­beth mostra uma meni­na de 10 anos que assiste ao dis­cre­to desmoron­a­men­to do casa­men­to dos pais, e vê a sua úni­ca irmã sair de casa para estu­dar num colé­gio inter­no. Solitária e intro­spec­ti­va, um dia ela con­hece alguém que se tornará seu úni­co e mel­hor ami­go. Tra­ta-se de um rapaz que fugiu de uma clíni­ca e foi parar no quin­tal da peque­na Elis­a­beth. Ao faz­er a descober­ta, a garo­ta aju­da o fugi­ti­vo a se man­ter escon­di­do numa cabana nos fun­dos da casa, levan­do comi­da e lhe fazen­do com­pan­hia, sem que ninguém jamais pos­sa saber.

    O filme-sur­pre­sa, por sua vez, mescla romance e comé­dia e, por mais que não seja tão con­heci­do, não decepcionará.

    Cada espec­ta­dor só poderá assi­s­tir a três filmes, no máx­i­mo. Serão feitas seis seqüên­cias difer­entes, uma para cada sala, sem­pre incluin­do pelo menos um dos filmes inédi­tos. No ato da com­pra do ingres­so cada um escol­he a sua combinação.

    Para com­ple­tar o pro­gra­ma, nos inter­va­l­os entre as sessões os todos par­tic­i­pam de sorteios de brindes (camise­tas, filmes em DVD, etc.).

    Ao final da últi­ma sessão, por vol­ta das seis da man­hã do sába­do, o cin­e­ma ofer­ece um gos­toso café da man­hã para os sobre­viventes da maratona.

    Sinopses:

    Mis­tério da Rua 7
    (Van­ish­ing on 7th Street)
    EUA, 2010, cor, 91 min., 14 anos.
    Direção: Brad Ander­son
    Elen­co: Hay­den Chris­tensen, Thandie New­ton e John Leguizamo.

    Quan­do um apagão mer­gul­ha Detroit na escuridão total, só res­ta um pequeno grupo de pes­soas. A pop­u­lação da cidade desa­pare­ceu no ar, deixan­do para trás roupas e car­ros aban­don­a­dos. Logo, a luz do dia começa a desa­pare­cer com­ple­ta­mente. Reunidos em uma taber­na aban­don­a­da, os sobre­viventes percebem que a escuridão está do lado de fora para pegá-los e, ape­nas as fontes de luz podem man­tê-los seguros.

    Cam­in­ho da Liberdade
    (The Way Back)
    EUA, 2010, cor, 133 min., 14 anos.
    Direção: Peter Weir
    Elen­co: Col­in Far­rell, Dejan Angelov e Ed Harris.

    A história se pas­sa durante a Segun­da Guer­ra Mundi­al, em 1940, e segue um grupo de sol­da­dos pri­sioneiros que ten­ta escapar de um cam­po de tra­bal­ho na Sibéria, via­jan­do por uma ter­ra perigosa e descon­heci­da, pas­san­do por deser­tos e flo­restas, rumo a India e a liberdade.
    Con­cor­reu ao Oscar 2011 na cat­e­go­ria de mel­hor maquiagem.

    Os Famosos e os Duen­des da Morte
    Brasil, 2009, cor, 103 min., 14 anos.
    Direção: Esmir Filho
    Elen­co: Hen­rique Lar­ré, Ismael Canep­pele e Tuane Eggers.

    Um garo­to de 16 anos, fã de Bob Dylan, tem aces­so ao restante do mun­do ape­nas por meio da inter­net, enquan­to vê os dias pas­sarem em uma peque­na cidade rur­al de col­o­niza­ção alemã, no sul do Brasil. Mas uma figu­ra mis­te­riosa o faz mer­gul­har em lem­branças e num mun­do além da realidade.
    Mel­hor Filme (Júri e Críti­ca Inter­na­cional) do Fes­ti­val do Rio 2009.

    Eu me chamo Elisabeth
    (Je M’Ap­pelle Elisabeth)
    França, 2006, cor, 90 min., 14 anos.
    Direção: Jean-Pierre Améris
    Elen­co: Alba Gaïa Kraghede Bel­lu­gi, Stéphane Freiss e Maria de Medeiros.

    Elis­a­beth é uma meni­na de 10 anos que vive com os pais, que estão em proces­so de sep­a­ração, e com sua irmã mais vel­ha, que está prestes a par­tir para estu­dar. Há tam­bém uma empre­ga­da, que quase não fala. Elis­a­beth sente-se solitária até con­hecer um jovem, que surge em seu quin­tal. Ele está fug­in­do de uma clíni­ca e recebe a aju­da da garo­ta, que o esconde numa cabana nos fun­dos de sua casa. A par­tir de então ela pas­sa a pro­tegê-lo e a tratá-lo como con­fi­dente e seu mel­hor amigo.

    Trail­ers:

    Mis­tério da Rua 7
    httpv://www.youtube.com/watch?v=_eDWLYTHxvE

    Cam­in­ho da Liberdade
    httpv://www.youtube.com/watch?v=Jnbl8XN3xvQ

    Os Famosos e os Duen­des da Morte
    httpv://www.youtube.com/watch?v=4fBUjaii4kw

    Eu Me Chamo Elisabeth
    httpv://www.youtube.com/watch?v=nX2NgwY7duE

    Noitão ¨Mun­dos Para­le­los¨, no Belas Artes
    Sex­ta-feira, 04 de março, a par­tir das 23h50.
    Ingres­sos: R$ 20,00 (estu­dantes e idosos pagam meia-entra­da), à ven­da a par­tir das 14h da quar­ta-feira (antevéspera do evento).

    Para sua maior como­di­dade, adquira seu ingres­so pela inter­net: www.ingresso.com.br

    Belas Artes
    Rua da Con­so­lação, 2423
    Tel.: 3258–4092
    São Paulo — SP

  • Belas Artes fecha as portas no dia 24 de fevereiro

    Belas Artes fecha as portas no dia 24 de fevereiro

    Des­de o dia 06 de janeiro, quan­do foi anun­ci­a­do que o Belas Artes, um dos cin­e­mas de rua mais tradi­cionais de São Paulo, iria encer­rar suas ativi­dades, uma mobi­liza­ção espon­tânea da sociedade e impren­sa se ini­ciou na cidade.

    Hoje os advo­ga­dos do pro­pri­etário do imóv­el, Flávio Maluf, recusaram a ofer­ta de R$ 1 mil­hão de aluguel anu­al fei­ta pelos sócios Pan­do­ra e O2 Filmes. Com isso, a últi­ma sessão do cin­e­ma será na próx­i­ma quin­ta-feira, quan­do os fãs do cin­e­ma poderão se des­pedir desse patrimônio cul­tur­al da cidade. Uma pro­gra­mação espe­cial será fei­ta nesse dia, infor­mare­mos em breve.

    O Cine Belas Artes poderá voltar a fun­cionar, caso o proces­so de tomba­men­to seja aprova­do. O estu­do foi aber­to em 18 de janeiro pelo Con­pre­sp (Con­sel­ho Munic­i­pal de Preser­vação do Patrimônio Históri­co, Cul­tur­al e Ambi­en­tal da Cidade de São Paulo), e está sendo analisado.

  • Cine Belas Artes apresenta: Noitão “Ligações Perigosas”

    Cine Belas Artes apresenta: Noitão “Ligações Perigosas”

    O Noitão de fevereiro, nes­ta sex­ta, dia 11, a par­tir das 23h50, terá duas pré-estreias e uma reprise, além do filme-sur­pre­sa, que é a “cere­ja do bolo” da mara­tona mensal.

    Os inédi­tos serão O Retra­to de Dori­an Gray, de Oliv­er Park­er, e Em Um Mun­do Mel­hor, de Susanne Bier. Negó­cios à Parte, de 1997, com direção de Claude Chabrol, será a reprise. As “lig­ações perigosas” entre os per­son­agens de cada história inspi­raram o tema desse Noitão.

    O Retra­to de Dori­an Gray, a mais nova adap­tação do clás­si­co romance de Oscar Wilde, apre­sen­ta Ben Barnes, o Príncipe Caspi­an, de As Crôni­cas de Nár­nia, no papel do eter­na­mente jovem Dori­an. Col­in Firth, ator indi­ca­do ao Oscar 2011 por O Dis­cur­so do Rei, aparece como o ami­go que apre­sen­ta o rapaz àquele que virá a pin­tar o seu maldito retra­to. O cli­ma soturno da tra­ma é reforça­do pela óti­ma fotografia de Roger Pratt, que tem em seu cur­rícu­lo alguns tra­bal­hos de peso como Brazil – O Filme, Bat­man e Har­ry Pot­ter.

    Em Um Mun­do Mel­hor
    , can­dida­to ao Oscar 2011 de mel­hor filme estrangeiro, abor­da duas situ­ações para falar dos hor­rores sofri­dos rotineira­mente por cri­anças, cujos algo­zes nem sem­pre são adul­tos. Num cer­to país da África meni­nas são víti­mas de todo tipo de vio­lên­cia, sex­u­al, prin­ci­pal­mente. Na Dina­mar­ca um garo­to de classe média é víti­ma de bul­ly­ing vio­len­to na esco­la, sendo con­stan­te­mente humil­ha­do por um cole­ga. Porém, esse mes­mo meni­no faz amizade com um novo aluno, um tipo rebelde e destemi­do, e jun­tos eles pre­ten­dem virar o jogo.

    Negó­cios à Parte
    é uma comé­dia sobre um estran­ho casal, inter­pre­ta­do por Isabelle Hup­pert e Michel Ser­rault. Eles podem ser ami­gos ou amantes, não se sabe ao cer­to. O que fica claro des­de o iní­cio é que eles gostam de luxo, muito luxo. Então, para man­ter a doce vida de todos os dias, eles apli­cam altos golpes em home­ns de negó­cios. A made­moi­selle, que usa o seu infalív­el charme como isca, cos­tu­ma dar pin­ta nos hotéis mais caros de Paris ou de Zurique. Depois, é só tro­car a peru­ca e par­tir pra outra.

    Quan­to ao filme-sur­pre­sa, deve-se esper­ar um filme forte, o que é típi­co do esti­lo de quem o real­i­zou. Uma pena não poder falar mais.

    O espec­ta­dor deve saber que só poderá assi­s­tir a três filmes, no máx­i­mo. Serão feitas com­bi­nações difer­entes, uma para cada sala, sem­pre incluin­do pelo menos um dos filmes inédi­tos. A escol­ha do pro­gra­ma pre­cisa ser deci­di­da no ato da com­pra do ingresso.

    Nos inter­va­l­os entre as sessões os espec­ta­dores par­tic­i­pam de sorteios de brindes, e no encer­ra­men­to é ofer­e­ci­do um café da man­hã para todos os “sobre­viventes”.

    Sinopses:

    O Retra­to de Dori­an Grey

    (Dori­an Gray)
    Reino Unido, 2009, cor, 112 min., 14 anos.
    Direção:
    Oliv­er Parker
    Elenco:
    Col­in Firth, Ben Barnes e Car­o­line Goodall.

    Lon­dres. Dori­an Gray é um belo e ingên­uo jovem, lev­a­do à alta sociedade local por Hen­ry Wot­ton, que lhe apre­sen­ta os praz­eres hedo­nistas da cidade. Nesse meio o rapaz con­hece um artista que resolve pin­tar um retra­to seu. Ao ver o quadro, Dori­an faz a promes­sa de que daria tudo, até mes­mo sua alma, para per­manecer sem­pre com o visu­al nele estam­pa­do. A par­tir de então ele não mais envel­hece, mas todos os peca­dos que comete e a idade que chega são demon­stra­dos no retra­to, cada vez mais terrível.
    Adap­tação do clás­si­co romance de Oscar Wilde, já lev­a­do às telas diver­sas vezes, numa delas, com pro­dução da Metro, lev­ou o Oscar de fotografia, em 1946.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=s8ZHsTILO0I

    Em um mun­do melhor
    (In a Bet­ter World)
    Suécia/Dinamarca, 2010, cor, 113 min., 14 anos.
    Direção:
    Susanne Bier
    Elenco:
    Mikael Pers­brandt, William Jøhnk Nielsen e Markus Rygaard.

    Um médi­co tra­bal­ha em um cam­po de refu­gia­dos em um lugar qual­quer da África. Na Dina­mar­ca, seu país natal, estão sua ex-mul­her e seus dois fil­hos, sendo que um deles é víti­ma con­stante de bul­ly­ing vio­len­to na esco­la. Para­le­la­mente, acom­pan­hamos a história de um garo­to que emi­gra para a Dina­mar­ca, ao lado de seu pai após a morte recente da mãe. Logo dois mun­dos dis­tin­tos que irão se cruzar e novas pre­ocu­pações virão à tona.
    Vence­dor do Globo de Ouro de mel­hor filme estrangeiro, e can­dida­to ao Oscar, na mes­ma categoria.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=nVDboSQaK28

    Negó­cios à parte
    (Rien ne va Plus)
    França, 1997, cor, 105 min, 14 anos.
    Direção:
    Claude Chabrol
    Elenco:
    Isabelle Hup­pert, Michel Ser­rault e François Cluzet.

    Via­jan­do pela França, Vic­tor e Bet­ty fazem um casal insól­i­to e sur­re­al de dois pequenos ladrões. Até que um dia se vêem envolvi­dos no trá­fi­co inter­na­cional de din­heiro sujo. E as coisas começam a ficar sérias nes­ta diver­ti­da comé­dia: erros, uma série de arti­man­has e mudanças rad­i­cais de situ­ação os lev­am da Suíça ao Caribe em bus­ca de uma male­ta cheia de dinheiro.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=y7QXxFCmRbQ

    Noitão Lig­ações Perigosas , no Belas Artes
    Sex­ta-feira, 11 de fevereiro, a par­tir das 23h50.
    Ingres­sos: R$ 20,00 (estu­dantes e idosos pagam meia-entra­da), à ven­da a par­tir das 16h da quarta-feira.

    Para sua maior como­di­dade, adquira seu ingres­so pela inter­net

    Belas Artes
    Rua da Con­so­lação, 2423
    Tel.: 3258–4092

  • Cineclube do Belas Artes apresenta: Coletânea Duetos Antológicos

    Cineclube do Belas Artes apresenta: Coletânea Duetos Antológicos

    A coletânea apre­sen­ta­da pelo Cineclube, de 28 de janeiro a 24 de fevereiro, traz qua­tro obras-pri­mas do cin­e­ma, todas pro­tag­on­i­zadas por duplas de grandes atores em atu­ações mem­o­ráveis. Ter­e­mos Burt Lan­cast­er e Susan Saran­don em Atlantic City, de Louis Malle; Ingrid Bergman e Liv Ull­mann em Sonata de Out­ono, de Ing­mar Bergman; Sophia Loren e Mar­cel­lo Mas­troian­ni em Um Dia Muito Espe­cial, de Ettore Sco­la; e Cather­ine Deneuve e Gérard Depar­dieu em O Últi­mo Metrô, de François Truffaut. 

    O ter­mo due­to, uti­liza­do para bati­zar essa coletânea, cos­tu­ma servir para indicar uma canção ou um espetácu­lo musi­cal inter­pre­ta­do por uma dupla de can­tores. Aqui o caso é out­ro, não há musi­cal nen­hum, mas, ao mes­mo tem­po, cada um dess­es filmes bem pode­ria ser uma ópera can­ta­da em duo. Dá para imag­i­nar per­feita­mente. São filmes em que os diál­o­gos foram escritos, muito provavel­mente, já inspi­ra­dos nos atores ou atrizes que viri­am a dizê-los. O resul­ta­do, então, aca­ba sendo musical. 

    Atlantic City, vence­dor do prêmio de mel­hor filme no Fes­ti­val de Veneza, con­ta com as atu­ações arrebata­do­ras de Burt Lan­cast­er e Susan Saran­don. Ele inter­pre­ta um vel­ho gang­ster em decadên­cia e ela uma aspi­rante a crupi­er que acabou de aban­donar o mari­do, um traf­i­cante de dro­gas. São dois tipos sem per­spec­ti­vas unidos pelo aca­so. A abso­lu­ta empa­tia entre os dois atores faz desse filme um exem­plar indis­pen­sáv­el nes­sa coletânea. 

    Sonata de Out­ono explo­ra de maneira lin­da (e dolorosa) a capaci­dade dramáti­ca de duas atrizes de ger­ações e exper­iên­cias dis­tin­tas, ambas extra­ordinárias. Ingrid Bergman aparece na história como uma famosa pianista já na meia idade, que, depois de anos de desatenção com a família, vai vis­i­tar a casa de uma das fil­has. Liv Ull­mann, no papel da anfitriã, faz dessa ocasião a opor­tu­nidade que pre­cisa­va para expor anti­gas mágoas até então recolhidas.

    Um Dia Muito Espe­cial é, na real­i­dade, um reen­con­tro entre Sophia Loren e Mar­cel­lo Mas­troian­ni após terem par­tic­i­pa­do de pelo menos três grandes suces­sos do dire­tor Vit­to­rio de Sica: Ontem, Hoje e Aman­hã, Matrimônio à Ital­iana e Os Girassóis da Rús­sia. Mas no filme de Ettore Sco­la eles vivem uma situ­ação séria, total­mente difer­ente do cli­ma das comé­dias de Vit­to­rio de Sica. Mas­troian­ni, o maior latin lover das telas, depois de Rodol­fo Valenti­no, aparece como um radi­al­ista homos­sex­u­al e solitário. Sophia faz o papel da viz­in­ha casa­da e infe­liz com quem ele irá pas­sar o dia muito espe­cial do título.

    O Últi­mo Metrô, por sua vez, deu a Gérard Depar­dieu e Cather­ine Deneuve o prêmio César de ator e atriz prin­ci­pais em 1981. Além dis­so, o filme foi indi­ca­do ao Oscar de mel­hor obra estrangeira. O enre­do é uma lin­da história de amor em tem­pos de guer­ra, ambi­en­ta­da em 1942, com Deneuve viven­do uma atriz de teatro que tem o mari­do judeu escon­di­do dos nazis­tas no porão do local onde ela própria ensa­ia e se apre­sen­ta. Enquan­to isso, Depar­dieu entra em cena como o ator que ela con­tra­ta para ser seu par român­ti­co no espetáculo.

    Cada filme será apre­sen­ta­do por uma sem­ana, diari­a­mente, em sessão úni­ca, em horário que pode vari­ar entre 19h e 19h30.

    Sinopses:


    ATLANTIC CITY (Atlantic City)
    EUA/França, cor, 104 min., 14 anos.
    Direção: Louis Malle
    Elen­co: Burt Lan­cast­er, Susan Saran­don e Michel Piccoli.
    Em Atlantic City um vel­ho gâng­ster vive em decadên­cia quan­do con­hece uma garo­ta que está apren­den­do o ofí­cio de croupi­er. Por out­ro lado, o mari­do dela está com algu­mas dro­gas que roubou da máfia e chama o gang­ster para vendê-las. Mas em meio a essa nego­ci­ação algo dá muito erra­do e os mafiosos pas­sam a ameaçar a vida da jovem.


    SONATA DE OUTONO (Höst­sonat­en)
    Sué­cia, 1978, cor, 99 min., 14 anos.
    Direção: Ing­mar Bergman
    Elen­co: Ingrid Bergman, Liv Ull­mann e Lena Nyman.
    Uma pianista visi­ta a fil­ha, no inte­ri­or da Norue­ga. Enquan­to a mãe é um artista de renome inter­na­cional, a fil­ha é tími­da e deprim­i­da. Esse encon­tro ten­so, mar­ca­do por lem­branças do pas­sa­do, rev­ela uma relação reple­ta de ran­cor, ressen­ti­men­tos e cobranças.


    UM DIA MUITO ESPECIAL (Una Gior­na­ta Particolare)
    Itália, 1974, cor, 105 min., 14 anos.
    Direção: Ettore Scola
    Elen­co: Sophia Loren, Mar­cel­lo Mas­troian­ni e John Vernon.
    A dona de casa Antoni­eta e Gabriel, seu viz­in­ho homos­sex­u­al, se con­hecem na pri­mav­era de 1938, quan­do Adolf Hitler visi­ta Ben­i­to Mus­soli­ni. O estran­ho casal vive uma inten­sa relação humana que, ape­sar dos dra­mas e esper­anças com­par­til­ha­dos, não altera em nada a lim­i­tação das suas vidas. 


    O ÚLTIMO METRÔ (Le Dernier Métro)
    França, 1981, cor, 132 min., 14 anos.
    Direção: François Truffaut
    Elen­co: Cather­ine Deneuve, Gérard Depar­dieu e Heinz Bennent.
    Paris, 1942. Durante a ocu­pação nazista, um judeu dono de um teatro é força­do a deixar o país. A sua mul­her, uma atriz, dirige o teatro por ele. Ela ten­ta man­ter o teatro vivo com a ence­nação de uma nova peça e decide con­tratar um ator para o papel prin­ci­pal. Na ver­dade, porém, o mari­do dela con­tin­ua no local, escon­di­do no porão. E é dali que, sec­re­ta­mente, dá con­tinuidade ao seu tra­bal­ho de direção. Um filme inesquecív­el sobre a vida, o teatro e o amor em tem­pos de guerra. 

  • Belas Artes continua aberto até fevereiro

    Belas Artes continua aberto até fevereiro

    Des­de o dia 06 de janeiro, quan­do foi anun­ci­a­do que o Belas Artes, um dos cin­e­mas de rua mais tradi­cionais de São Paulo, iria encer­rar suas ativi­dades em 27 de janeiro, uma mobi­liza­ção espon­tânea da sociedade e impren­sa se ini­ciou na cidade. O des­do­bra­men­to foi pos­i­ti­vo e nes­ta sem­ana, dia 18 de janeiro, o Con­pre­sp (Con­sel­ho Munic­i­pal de Preser­vação do Patrimônio Históri­co, Cul­tur­al e Ambi­en­tal da Cidade de São Paulo) decid­iu pela aber­tu­ra do proces­so de tomba­men­to do Cine Belas Artes, que deve ser deci­di­do nos próx­i­mos três meses.

    Ten­do em vista a decisão de aber­tu­ra do proces­so de tomba­men­to, decidi­mos man­ter o Belas Artes em fun­ciona­men­to até o venci­men­to do con­tra­to de per­manên­cia, que expi­ra em 28 de fevereiro, para poder­mos ter tem­po de nego­ciar com o pro­pri­etário a ren­o­vação do con­tra­to de locação. Com toda essa mobi­liza­ção e com a decisão do Con­pre­sp não abrire­mos mão de nen­hum dia”, afir­ma André Sturm, pro­pri­etário do cinema.

    Com isso, os fãs do Belas Artes ain­da têm mais de um mês para con­ferir a pro­gra­mação do cin­e­ma. Os destaques são o Noitão Edição Extra, que acon­tece nes­ta sex­ta-feira e exibirá cin­co filmes, mesclan­do três suces­sos de edições ante­ri­ores com duas pré-estreias. Os inédi­tos serão O Amor e Out­ras Dro­gas, comé­dia român­ti­ca estre­la­da por Jake Gyl­len­haal e Anne Hath­away, e o inde­pen­dente Inver­no da Alma, dupla­mente pre­mi­a­do no Fes­ti­val de Sun­dance, como mel­hor filme e mel­hor roteiro. A pro­gra­mação será com­ple­ta­da pelas repris­es de Labir­in­to de Paixões (1982), de Pedro Almod­ó­var; O Hotel de Um Mil­hão de Dólares (2000), de Wim Wen­ders; mais um filme-surpresa.

    Até o dia 27 de janeiro, o públi­co poderá con­ferir ain­da uma ret­ro­spec­ti­va com os maiores títu­los exibidos no Belas Artes ao lon­go dos 68 anos de sua rica história, e tam­bém uma seleção espe­cial com out­ros grandes clás­si­cos do cin­e­ma mundi­al. Diari­a­mente, os Suces­sos do Belas Artes serão exibidos às 18h30, e os Clás­si­cos Cult às 21hs.