Tag: religião

  • Promoção “Comer, Rezar, Amar” ENCERRADA: ganhe convites para o filme

    Promoção “Comer, Rezar, Amar” ENCERRADA: ganhe convites para o filme

    comer rezar amar

    O sorteio já foi real­iza­do e os vence­dores serão comu­ni­ca­dos por email.

    Para mar­car o lança­men­to de Com­er, Rezar, Amar, que estreia dia 1 de out­ubro, o inter­ro­gAção, jun­ta­mente com a Espaço Z, estarão sorte­an­do 8 pares de con­vites do filme. Pro­moção vál­i­da para todo Brasil.

    A pro­moção vai até dia 13 de Out­ubro e os vence­dores serão noti­fi­ca­dos por email no dia seguinte.

    Sinopse: Liz Gilbert (Julia Roberts) tin­ha tudo o que uma mul­her mod­er­na deve son­har em ter – um mari­do, uma casa, uma car­reira bem-suce­di­da – ain­da sim, como muitas out­ras pes­soas, ela está per­di­da, con­fusa e em bus­ca do que ela real­mente dese­ja na vida. Recen­te­mente divor­ci­a­da e num momen­to deci­si­vo, Gilbert said a zona de con­for­to, arriscan­do tudo para mudar sua vida, embar­can­do em uma jor­na­da ao redor do mun­do que se trans­for­ma em uma bus­ca por auto-con­hec­i­men­to. Em suas via­gens, ela desco­bre o ver­dadeiro praz­er da gas­trono­mia na Itália; o poder da oração na Índia, e, final­mente e ines­per­ada­mente, a paz inte­ri­or e equi­líbrio de um ver­dadeiro amor em Bali. Basea­do no best-sell­er auto­bi­ográ­fi­co de Eliz­a­beth Gilbert, Com­er, Rezar, Amar pro­va que existe mais de uma maneira de levar a vida e de via­jar pelo mundo.

    O sorteio já foi real­iza­do e os vence­dores serão comu­ni­ca­dos por email.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=LIGfQYg4lSQ

  • Crítica: Nosso Lar

    Crítica: Nosso Lar

    nosso lar

    Seguin­do a leva dos filmes espíri­tas pro­duzi­dos nacional­mente, Nos­so Lar (Brasil, 2010), de Wag­n­er de Assis, se desta­ca entre todos os out­ros dev­i­do á alta qual­i­dade de pro­dução em relação aos efeitos espe­ci­ais. O que é tam­bém um difer­en­cial aos filmes nacionais em ger­al, por causa do alto cus­to de pro­dução, fato inédi­to na história cin­e­ma brasileiro.

    André Luiz (Rena­to Pri­eto) era um médi­co de suces­so e, após sua morte, percebe que a vida ain­da con­tin­ua. Como não entende nada do que está acon­te­cen­do, afi­nal sem­pre foi um homem da ciên­cia, ele bus­ca respostas da úni­ca maneira que sabe: uti­lizan­do sua razão de médi­co. Durante esta nova jor­na­da, André pas­sa pelo Umbral, uma espé­cie de pur­gatório, e depois é res­gata­do para a cidade Espir­i­tu­al Nos­so Lar. Lá aprende coisas que nun­ca imag­i­nou e uma nova pes­soa surge den­tro dele.

    O elen­co de Nos­so Lar é extrema­mente fra­co, para não diz­er pés­si­mo, o que aca­ba com­pro­m­e­tendo demais o filme. O per­son­agem prin­ci­pal não con­vence e, como nar­rador, é pior ain­da. Os demais per­son­agens tam­bém são muito fal­sos e, cer­tas cenas que dev­e­ri­am ser dramáti­cas, acabam geran­do risos de tão ridícu­las que ficaram. Sem falar na maneira como os diál­o­gos foram con­struí­dos, o que ape­nas piorou a situ­ação. Eles são muito didáti­cos e for­mais, crian­do uma atmos­fera arti­fi­cial ain­da maior.

    Em com­pen­sação, os efeitos espe­ci­ais e a pro­dução em si são óti­mos. Espero que com Nos­so Lar, a pro­dução de cin­e­ma nacional comece a pro­duzir mais filmes com esse tipo de qual­i­dade. Se fos­se pro­duzi­do uma ficção cien­tí­fi­ca seguin­do a pro­dução deste, acho que o resul­ta­do pode­ria ser fan­tás­ti­co. Out­ro pon­to pos­i­ti­vo é que o lon­ga não car­rega jun­to com si as car­ac­terís­ti­cas nov­e­l­escas brasileiras, difer­ente do que acon­te­ceu com Chico Xavier de Daniel Fil­ho. Ape­sar de a tril­ha sono­ra ter a par­tic­i­pação de Phillip Glass, o lon­ga pecou em lit­eral­mente sobre­car­regar, em alto vol­ume, os ouvi­dos de quem assiste, aumen­tan­do ain­da mais a sen­sação de arti­fi­cial­i­dade no filme.

    Nos­so Lar é um filme bas­tante ten­den­cioso e, quem não é sim­pa­ti­zante com as ideias espíri­tas, provavel­mente ficará bem inco­moda­do com toda a “pro­pa­gan­da” e afir­mação da religião feito durante todo o lon­ga. Só para deixar bem claro, em nen­hum momen­to estou crit­i­can­do a religião em si, estou ape­nas o anal­isan­do como cin­e­ma. Fica como indi­cação o filme Fonte da Vida, de Dar­ren Aronof­sky, que é tam­bém um lon­ga de ficção espir­i­tu­al, mas sem cair na pan­fle­tagem. Aliás, ele tam­bém foi pro­duzi­do pela empre­sa respon­sáv­el pelos efeitos visuais do Nos­so Lar.

    Acred­i­to que Nos­so Lar fará suces­so com o públi­co espíri­ta, e aos inter­es­sa­dos na religião, mas que, prin­ci­pal­mente dev­i­do ao pés­si­mo elen­co e didatismo exager­a­do, não agrade muito as out­ras pes­soas. Mas de um jeito ou de out­ro, este é um lon­ga que que­bra todos os padrões, e até pre­con­ceitos, a respeito da qual­i­dade visu­al das pro­duções do cin­e­ma nacional. O que já em si é muito válido.

    Quer assi­s­tir Nos­so Lar de graça? Então par­ticipe da Pro­moção Nos­so Lar e con­cor­ra a con­vites para ver o filme em todo o Brasil.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=3EcOGAxYPHo

  • Crítica: Pecado da Carne

    Crítica: Pecado da Carne

    pecado da carne

    O que você faria se para se sen­tir vivo, tivesse que que­brar um, ou mais, dos maiores tabus da sua religião? Peca­do da Carne (Einaym Pkuhot/ Eyes Wide Open, França/Alemanha/Israel, 2009), o primeiro lon­ga metragem de Haim Tabak­man, tra­ta jus­ta­mente des­ta questão.

    Aaron Fleish­man (Zohar Shtrauss) é pai de qua­tro fil­hos e vive em Meah Shearim, um bair­ro ultra-orto­doxo de Jerusalém. Ten­do her­da­do o açougue Kosher, após a morte de seu pai, ele con­tra­ta Ezri (Ran Danker), um estu­dante que ele con­heceu recen­te­mente por aca­so, para lhe aju­dar no tra­bal­ho e a relação entre os dois vai muito além do que eles pode­ri­am ter imaginado.

    Peca­do da Carne é um con­vite à intro­specção, sendo ao mes­mo tem­po poéti­co e inten­so, no sen­ti­do mais animal/carnal da palavra, sem ser apel­a­ti­vo. Mes­mo ten­do poucos diál­o­gos, muito é comu­ni­ca­do se uti­lizan­do somente dos olhares e de pequenos gestos de cada per­son­agem. É inter­es­sante notar tam­bém o rit­mo em ger­al. Nada é frenéti­co, e mes­mo os entre­laça­men­tos que neces­si­tam de uma respos­ta mais ráp­i­da, são todos resolvi­dos em um tem­po muito próprio. Assim como o cin­e­ma do ori­ente médio em ger­al, Peca­do da Carne sabe tra­bal­har muito bem com o silên­cio e com um desen­volvi­men­to mais grad­ual dos acon­tec­i­men­tos. Não se uti­lizan­do quase de nen­hu­ma músi­ca como tril­ha sono­ra, ouvi­mos prati­ca­mente só os sons do próprio ambi­ente, que são bem tran­qui­los. Tiran­do algu­mas tomadas den­tro do car­ro no trân­si­to que enfa­ti­zam o choque entre esta cul­tura mais anti­ga e a modernidade.

    Ape­sar de mostrar bas­tante a religião, assim como a cul­tura e os cos­tumes, não se tra­ta de quer­er ques­tioná-la e apon­tar as suas pos­síveis “fal­has”. São apre­sen­tadas algu­ma questões, de for­mas bem del­i­cadas e sutis, em relação á não pri­vação de dese­jos, como poder beber vin­ho, e a out­ros são com­ple­ta­mente igno­ra­dos (de cer­ta for­ma até tidos como inex­is­tentes), como a homos­sex­u­al­i­dade. O fato de um dos cenários prin­ci­pais ser um açougue, onde o tra­bal­ho é a manip­u­lação da carne, não pode ser con­sid­er­a­do um mero detal­he. Tam­bém há toda uma pre­ocu­pação na manutenção do dis­tan­ci­a­men­to cor­po­ral, entre homem e mul­her, onde por exem­p­lo: o momen­to em que Aaron jun­ta toda noite a sua cama de solteiro jun­to com a da sua mul­her, para que pos­sam dormir jun­tos, que de man­hã deve ser nova­mente separada.

    Rotu­lar Peca­do da Carne sim­ples­mente como um “dra­ma gay” (ou qual­quer out­ra clas­si­fi­cação do gênero) pode­ria ter sido algo cabív­el anós atrás, quan­do essa temáti­ca ain­da era extrema­mente rara. Mas faz­er isto hoje em dia é reduzí-lo a banal­i­dade, seria como ape­nas vis­lum­brar a pon­ta de um ice­berg e descar­tar todo seu con­teú­do aparente­mente escon­di­do. Recomen­do o filme a todos que querem faz­er uma viagem por den­tro de seus próprios dese­jos, pre­con­ceitos e cos­tumes para em segui­da ques­tioná-los e se per­guntarem se dese­jam con­tin­uar ou não com eles.

    Out­ra críti­cas interessantes:

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    httpv://www.youtube.com/watch?v=rYhtwvfZxxg

  • PAX

    PAX

    pax

    A intol­erân­cia está pre­sente em todos os con­vívios soci­ais. Guer­ras e con­fli­tos gerais surgem a par­tir desse sen­ti­men­to, e as relações reli­giosas cos­tu­mam estar no núcleo dis­so tudo. O cur­ta metragem Pax (2005), do dire­tor curitibano Paulo Munhoz, traz de for­ma bem humora­da, sar­cás­ti­ca e por vezes, muito próx­i­ma da ver­dade, um fic­tí­cio encon­tro entre alguns rep­re­sen­tantes reli­giosos mundiais.

    Pax é uma ani­mação em stop-motion, bem detal­ha­da, trazen­do rep­re­sen­tantes bem car­i­catos, das prin­ci­pais religiões atu­ais que se reunem para dis­cu­tir quais as pos­síveis soluções para que o caos não reine no mun­do atu­al. Obvi­a­mente uma reunião dessas é cheia de dis­cussões fer­vorosas com cada um defend­en­do seu pon­to de vista. Paulo Munhoz colo­cou boas dos­es de sar­cas­mo e críti­cas à sociedade mod­er­na neste cur­ta vence­dor de vários prêmios nacionais e internacionais.

  • Livro: As intermitências da Morte — José Saramago

    Livro: As intermitências da Morte — José Saramago

    José Saramago

    E “No dia seguinte ninguém mor­reu”, a primeira frase do livro As inter­mitên­cias da Morte (Com­pan­hia das Letras, 2005), de José Sara­m­a­go, ecoou pelos mil­hares de leitores dele, no últi­mo dia 18 de jun­ho. A Morte de fato não ces­sou e as Letras perder­am um dos escritores con­tem­porâ­neos que mais trouxe dis­cussões em torno do ser humano. Com car­ac­terís­ti­cas próprias, Sara­m­a­go escrevia sem pen­sar nas for­mal­i­dades do tex­to. Seus lon­gos (e den­sos) pará­grafos, mar­cam a sua téc­ni­ca nar­ra­ti­va úni­ca, fazen­do o leitor mais assí­duo ficar atôni­to e os desav­isa­dos lev­e­mente cansados.

    Anun­cian­do que a Morte tirou férias, somente em um pequeno país, se dá o ini­cio da saga de uma morte com tre­jeitos humanos que resolve dar aos home­ns o que pedem há sécu­los, a vida eter­na. Mas com ela ces­san­do seus serviços, o que sobra? Como um país, eco­nomi­ca­mente falan­do, fun­ciona se as pes­soas pararem de mor­rer? E a Igre­ja, vai prom­e­ter uma vida após morte para quem? Num primeiro momen­to a sen­sação era de esta­do de eufo­ria e de otimis­mo e até de fer­vor patrióti­co, afi­nal as pes­soas não mor­re­ri­am mais, acabaram-se os momen­tos depres­sivos do adeus. Mas em pouquís­si­mo tem­po essa eufo­ria se dis­si­paria em pedaços, com tre­chos descreven­do o deses­pero de pes­soas atrav­es­san­do as fron­teiras do país, para sim­ples­mente morrer.

    Na primeira parte de As inter­mitên­cias da Morte, a própria se apre­sen­ta de for­ma clás­si­ca porém exis­ten­cial­ista decidin­do não tra­bal­har por alguns dias, e sim­ples­mente nem um pouco pre­ocu­pa­da com o que andam dizen­do os home­ns. Por mais estran­ho que pos­sa pare­cer, ela decide ¨viv­er¨. A par­tir do pon­to em que resolve exper­i­men­tar as vicis­si­tudes humanas é que a nar­ra­ti­va de Sara­m­a­go toma out­ro rumo. A segun­da parte do livro surge com uma história de uma Morte apaixon­a­da, sem saber o que faz­er com um dos sen­ti­men­tos que mais ques­tion­am os home­ns, além dela própria, o amor.

    Sara­m­a­go foi min­u­cioso, como não pode­ria deixar de ser. A nar­ra­ti­va de As inter­mitên­cias da Morte é sim­ples porém detal­hista, em muitos momen­tos ele se atém a dados e resul­ta­dos de cada setor de um país (nesse caso, monar­quista), que pode sofr­er com uma coisa que pode ser tão banal como a morte, deixan­do o tex­to cheio de refer­ên­cias soan­do como um ver­dadeiro rela­to. A críti­ca é fer­ren­ha con­tra o Esta­do e a Igre­ja, e o por­tuguês não deixa por menos a sua fama de ques­tion­ador, fato que se com­pro­vou até os seus últi­mos dias escreven­do sem­pre infla­mações em relação ao mun­do no seu blog.

    A críti­ca espe­cial­iza­da banal­i­zou ao extremo a obra pub­li­ca­da em 2005. Afi­nal, Sara­m­a­go já havia escrito livros pre­mi­a­dos e polêmi­cos como o ¨Ensaio sobre a Cegueira¨ e ¨O evan­gel­ho segun­do Jesus Cristo¨ que trazia explíc­i­tas suas opiniões sobre ateís­mo e alien­ação das pes­soas. Muito se falou da solução ¨hol­ly­wood­i­ana¨ do autor usar uma Morte que encon­tra no Amor um moti­vo de tratar o seu tra­bal­ho de out­ra for­ma, de enten­der um pouco os sen­ti­men­tos humanos. Mas a ver­dade que dessa for­ma, mais uma vez, ele sur­preen­deu trazen­do a obviedade em meio todo o caos que se ger­ou e tor­na de uma úni­ca figu­ra, a Morte.

    Talvez, para a críti­ca, não cai­ba mais a dis­cussão da recepção do leitor (sem teo­rias, por favor), ou de como a exper­iên­cia da leitu­ra faz sen­ti­do para quem lê. Essa obra de José Sara­m­a­go, como em todas as suas ficções, traz a tona ques­tion­a­men­tos pro­fun­dos típi­cos dele, a econo­mia, a religião e a sociedade, afi­nal elas andam jun­tas e devem ser pen­sadas como parte de um todo. Pen­sar sobre o fim das coisas sem­pre foi um ques­tion­a­men­to que se igualou com o do porquê estar­mos aqui, e para onde mes­mo vamos.

    O autor sem­pre fora con­heci­do por ser críti­co e certeiro e, mes­mo assim, sem atacar ninguém. Não era necessário, ele pre­cisa­va sim­ples­mente escr­ev­er sobre o que con­sid­er­a­va ver­dade, sem temer. Não foi difer­ente no seu últi­mo livro, Caim. Real­mente, na lit­er­atu­ra, autores como José Sara­m­a­go farão fal­ta. Em tem­pos de cele­bri­dades instan­ta­neas tor­nan­do-se ¨escritoras¨, sem­pre sobrarão lacu­nas para aque­les que pos­sam pro­lif­er­ar seu áci­do sobre tais situações.

    As inter­mitên­cias da Morte, enfim, faz mais que o papel de uma nar­ra­ti­va cir­cu­lar e fic­cional, usan­do como per­son­agem um dos maiores temores humanos. É uma leitu­ra niti­da­mente críti­ca e que rep­re­sen­ta, além dos próprios cânones dele, uma obra tipi­ca­mente ¨sara­m­aguiana¨ que crit­i­ca além dos con­tratos soci­ais, o próprio homem, human­izan­do a própria morte.

  • Crítica: O Livro de Eli

    Crítica: O Livro de Eli

    o livro de eli
    Eli (Den­zel Wash­ing­ton[bb]) é um mochileiro solitário que per­corre sem­pre em direção leste, num mun­do pós-apoc­alíp­ti­co, pro­te­gen­do um livro sagra­do em O Livro de Eli (The Book of Eli, EUA, 2010), de Albert e Allen Hugh­es.

    Ao con­trário de Faren­heit 451, o vilão des­ta história, Carnegieo (Gary Old­man[bb]), está a procu­ra de livros , em especí­fi­co o que Eli car­rega con­si­go não para destruí-lo, mas para usá-lo como uma “arma” para obter mais poder, que por sinal é a úni­ca críti­ca que o filme propões a respeito deste tema. Sobre este assun­to, há tam­bém uma piad­in­ha (pra não diz­er uma críti­ca) onde Carnegieo man­da queimar o livro “O Códi­go da Vin­ci[bb]”, jun­to com out­ros livros, pois não pos­suem nen­hum valor.

    Assim como em vários out­ros filmes amer­i­canos, tudo acon­tece nos Esta­dos Unidos e é lá que tam­bém está a sal­vação para a humanidade, como se não exis­tisse mais nada, pelo menos sig­nif­i­cante, no mun­do inteiro. Não há quase nen­hu­ma expli­cação do que pode ter acon­te­ci­do para o plan­e­ta estar naque­la situ­ação ou algum apro­fun­da­men­to nos per­son­agens do filme, fican­do tudo muito supér­fluo demais. Sem falar nos atos/conhecimentos extra­ordinários (para não diz­er de super-heróis) dos per­son­agens prin­ci­pais, que faz você pen­sar “como é que ele(a) teve tem­po de faz­er aqui­lo se.…?” ou “quan­do que ele(a) apren­deu a faz­er isso?”, entre várias out­ras perguntas.

    Em O Livro de Eli a fé, entre out­ros aspec­tos reli­giosos, é bas­tante enfa­ti­za­da. Chegan­do até a se afir­mar que a humanidade está fada­da ao caos, destru­ição e ao não desen­volvi­men­to int­elec­tu­al dev­i­do à fal­ta deste livro sagra­do. Afir­mação, no mín­i­mo, forte, mas em um momen­to em que as religiões estão cada vez mais em “crise”, tudo parece ser váli­do para reafirmá-las.

    Ape­sar de haver uma grande sur­pre­sa no final de O Livro de Eli, fica uma sen­sação estran­ha de que aque­la rev­e­lação não con­venci­men­to dela. Aliás, este sen­ti­men­to fica pre­sente durante todo o filme. Por exem­p­lo, neste futuro pós-guer­ra quase não se vê mul­heres (con­tei seis), e as exis­tentes são escravas, total­mente sub­mis­sas. Como isto é pos­sív­el se quem vai para a guer­ra são os home­ns e é sabido que elas são a maio­r­ia pop­u­la­cional no mun­do? Uma visão bem machista deste cenário que, por quase não exi­s­tirem mul­heres, fica ain­da mais apocalíptico.

    O Livro de Eli, ape­sar de tudo, con­segue ser um entreten­i­men­to razoáv­el, sem muitas pre­ten­sões, com algu­mas cenas de ação muito bem feitas e as vezes até engraçadas.

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    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=t3qJj_ljctE