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  • O Sanduíche

    O Sanduíche

    O sanduiche

    A dis­cussão sobre os lim­ites do real e o inven­ta­do sem­pre esteve pre­sente nas artes. Quan­do as corti­nas de um teatro se fecham, quan­do se vê o mak­ing of de um filme ou, ain­da, quan­do se con­hece o autor de um livro é inevitáv­el o choque entre a expec­ta­ti­va que a ficção traz e o que há por trás da cri­ação des­ta. E, jus­ta­mente dessa dual­i­dade da ficção e a real­i­dade que O San­duíche (2000), de Jorge Fur­ta­do trata.

    O enre­do é de um casal em seus últi­mos momen­tos da sep­a­ração inevitáv­el, o fim de algo sem­pre pode ser o íni­cio de out­ro. Encon­tros, sep­a­rações e descober­tas são a base da tra­ma de O San­duíche que leva sério a dis­cussão da met­alin­guagem cin­e­matográ­fi­ca. O filme traz a brin­cadeira exper­i­men­tal de um filme den­tro de um filme sem soar con­fu­so ou ousa­do demais.

    Jorge Fur­ta­do é con­heci­do por vários lon­gas, seu cur­ta-metragem mais pre­mi­a­do é o Ilha das Flo­res, que jun­ta­mente com O San­duíche reforça seu esti­lo em brin­car com a ficção como sim­ples­mente uma pro­dução do real ou um sim­ples modo de tratar a real­i­dade, sem­pre de um modo muito divertido.