Tag: Liam Neeson

  • Crítica: Desconhecido

    Crítica: Desconhecido

    Tro­ca de iden­ti­dade é um tema que já ger­ou óti­mas histórias, prin­ci­pal­mente com os recur­sos que a indús­tria cin­e­matográ­fi­ca dis­põe. Descon­heci­do (Unknown, Canadá/França/Japão/Reino Unido/EUA/Alemanha, 2011), dirigi­do por Jaume Col­let-Ser­ra, segue esta mes­ma lin­ha, com mui­ta ação, perseguições e reviravoltas.

    Dr. Mar­tin Har­ris (Liam Nee­son) é um biól­o­go que chega a Berlim, jun­to com sua esposa Eliz­a­beth (Jan­u­ary Jones), para par­tic­i­par de uma con­fer­ên­cia mundi­al de biotec­nolo­gia. Só que, logo após sua chega­da, ele sofre um aci­dente de car­ro e fica em coma por qua­tro dias. Quan­do acor­da, sem qual­quer tipo de doc­u­men­to de iden­ti­dade, desco­bre que sua esposa não o recon­hece mais e que há inclu­sive um out­ro homem (Aidan Quinn) jun­to com ela usan­do sua iden­ti­dade. A úni­ca pes­soa que pode­ria ajudá-lo é Gina (Diane Kruger), a motorista do taxi no qual sofreu o acidente.

    Con­fes­so que quan­do vi o trail­er de Descon­heci­do pela primeira vez, não fiquei muito ani­ma­do, mas algo dizia que o filme pode­ria ter uma ou out­ra coisa de inter­es­sante. Feliz­mente, ele foi muito mel­hor do que esper­a­va. O enre­do do filme, ape­sar de não ter nada de muito orig­i­nal, con­segue ser bem verossímil — algo que não acon­te­ceu, por exem­p­lo, no recente O Tur­ista — além de lidar de for­ma inteligente com questões bem atu­ais, como o ter­ror­is­mo, biotec­nolo­gia, grandes cor­po­rações e política.

    A memória é um dos temas cen­trais de Descon­heci­do, a todo momen­to é ques­tion­a­do se o que lem­bramos, ou con­hece­mos a par­tir dos out­ros, é real ou não. Para quem queira se apro­fun­dar mais na questão de se somos só o que lem­bramos, recomen­do a ani­mação O Fan­tas­ma do Futuro, de Mamoru Oshii. Um dos pon­tos alto do lon­ga é o ator Bruno Ganz, como ex-espião nazista, não só pela sua óti­ma atu­ação, mas tam­bém pelos óti­mos diál­o­gos que o per­son­agem pos­sui. A cena em que ele con­ver­sa com um espião amer­i­cano (Frank Lan­gel­la) é sim­ples­mente memorável.

    As cenas de ação no filme tam­bém mere­cem destaque, prin­ci­pal­mente para quem gos­ta do gênero. Todo momen­to há um jogo de gato e rato, onde qual­quer um é um sus­peito em poten­cial. Há uma perseguição de car­ro, no lon­ga, que foi muito bem mon­ta­da, com cortes rápi­dos entre o motorista, a rua e tro­cas de mar­chas, crian­do um rit­mo bem inten­so. A fotografia em Descon­heci­do tam­bém não é de se descar­tar, com óti­mas sequên­cias (como a do iní­cio do filme) e a imagem mais escure­ci­da, ten­den­do para o azul, tor­nan­do o ambi­ente mais som­brio e melancólico.

    Ape­sar de Descon­heci­do cair em cer­tos absur­dos já con­heci­dos de filmes do gênero, como a super força e resistên­cia fenom­e­nal do per­son­agem prin­ci­pal, além de alguns cômi­cos (uma bati­da na cabeça para esque­cer e out­ra depois para lem­brar), o lon­ga não perde a sua cred­i­bil­i­dade por causa disso.

    Out­ras críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=GQIUe5tMuMk

  • Crítica: Esquadrão Classe A

    Crítica: Esquadrão Classe A

    Esquadrão Classe A

    Nos últi­mos tem­pos o que mais tem apare­ci­do, de filmes, são remakes e todos os tipos  de adap­tações, remod­e­ladas para se tornarem grandes block­busters (que muitas vezes fra­cas­saram). Parece até que se está pas­san­do por uma crise grande de cria­tivi­dade entre os roteiris­tas e pro­du­tores. Esquadrão Classe A (The A‑Team, EUA, 2010), de Joe Car­na­han, se encaixa per­feita­mente na descrição ante­ri­or, mas por con­seguir ter óti­mas sacadas e pos­suir um ar meio retrô de anti­gos filmes de ação, con­seguiu se destacar entre eles.

    Logo de iní­cio temos uma bela apre­sen­tação de como se deu a for­mação do Esquadrão Classe A: Han­ni­bal (Liam Nee­son), Face (Bradley Coop­er), Bara­cus (Quin­ton ‘Ram­page’ Jack­son) e Mur­dock (Sharl­to Cop­ley). E difer­ente de out­ros times, o difer­en­cial deste é sua cria­tivi­dade e ousa­dia, total­mente kamikaze, para elab­o­rar e efe­t­u­ar planos mirabolantes nas suas missões.

    Ao con­trário do orig­i­nal, em que eram vet­er­a­nos do Viet­nã, ago­ra eles são do Iraque. E a respeito dis­so há uma toma­da bem inter­es­sante, ape­sar de ser bem sin­gela e ráp­i­da, de quan­do estão no Iraque, mostran­do um com­pan­heiris­mo e frater­nidade entre o exérci­to amer­i­cano e os civis iraquianos. Talvez seja mais uma, das mil­hões, ten­ta­ti­vas sub­lim­inares de ten­tar “ree­scr­ev­er” a história dos EUA, que nos remete a George Orwell, no livro 1984: “Quem con­tro­la o pas­sa­do, con­tro­la o futuro; quem con­tro­la o pre­sente, con­tro­la o pas­sa­do.”. Mas difer­entes de vários out­ros filmes do gênero, os inimi­gos do Esquadrão Classe A não são estrangeiros malu­cos (rus­sos come­dores de cri­anc­in­has, viet­na­mi­tas assus­ta­dores, japone­ses psicóti­cos, …), que tor­na o enre­do bem mais sóli­do e verídico.

    Cenas de ação é que não fal­tam, acred­i­to que a frase que mel­hor resume Esquadrão Classe A é: “se você pode colo­car mais, porque não colo­car ain­da mais”? Ou seja, somos bom­bardea­d­os com uma cena de ação atrás da out­ra, bem mega­lo­manía­cas, mas seguin­do um bom esti­lo como os da série James Bond. Ape­sar de você saber que quase tudo aqui­lo nun­ca pode­ria acon­te­cer no mun­do real, é jus­ta­mente nis­so que se encon­tra a beleza e o encan­ta­men­to. Isso é claro, se deu prin­ci­pal­mente pelo humor muito bem feito, reple­to de citações de ele­men­tos do dia a dia de grande parte do públi­co. As tomadas com tiradas (piad­in­has) sobre os filmes em 3D, o Blue Man Group, e dos jogos de videogames, com a frase “Whoah, it’s just like Call of Duty!” (Nos­sa, é como em Call of Dut­ty!), são inesquecíveis.

    Esquadrão Classe A é para se diver­tir e cur­tir (muitas) boas cenas de ação. Quem con­hecia e gosta­va da séire de TV, na qual foi basea­da, acred­i­to que terá vários flash­backs dela e não dev­erá se desapon­tar com esta nova versão.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=Qben_-rBE3w

  • Crítica: Fúria de Titãs

    Crítica: Fúria de Titãs

    Fúria de Titãs

    Em uma época que os Deuses mitológi­cos ain­da domi­navam o mun­do com seus cas­ti­gos, os seres humanos deci­dem rebe­lar-se para tomar o poder e assim serem seus próprios Deuses. Esta guer­ra é trava­da em Fúria de Titãs (Clash of the Titans, EUA/Inglaterra, 2010), de Louis Leter­ri­er, uma refilmagem do filme, com o mes­mo nome, dirigi­do por Ray Har­ry­hausen em 1981.

    Ape­sar de toda a parte mitológ­i­ca já estar bas­tante bati­da (para quem assis­tiu recen­te­mente Per­cy Jack­son e o Ladrão de Raios, de Chris Colum­bus, encon­trará mui­ta semel­hança) e mes­mo não haven­do nen­hu­ma grande novi­dade na tra­jetória do herói em si, Fúria de Titãs não é tedioso por exibi-los mais uma vez. Esta nova ver­são alme­jou atu­alizar ess­es anti­gos per­son­agens para os dias atu­ais e o fez muito bem, mas ape­nas tec­ni­ca­mente. Os efeitos espe­ci­ais, assim como a pro­dução dos ele­men­tos e cenários, ficaram sim­ples­mente per­feitos, pro­duzin­do um efeito de veraci­dade sur­preen­dente. Ape­nas a car­ac­ter­i­za­ção dos deuses que inco­mod­ou um pouco, dev­i­do prin­ci­pal­mente a sua roupagem “mil­i­tar”. Mas o pior acabou sendo Zeus (Liam Nee­son), que pare­ceu mais um farol de armadu­ra futurís­ti­ca per­di­do no meio de todos.

    Fúria de Titãs tem um enre­do bem fra­co, muitos acon­tec­i­men­tos care­ce­r­am de ver­dadeiras moti­vações e out­ros pare­ce­r­am sim­ples­mente per­di­dos (como uma refer­ên­cia a coru­ja exis­tente na ver­são orig­i­nal). Perseu (Sam Wor­thing­ton), o líder da luta con­tra os Deuses, não pos­sui qual­quer caris­ma, se lim­i­tan­do ape­nas a faz­er care­tas de ‘eu estou com mui­ta rai­va e sou muito forte’ em situ­ações que são no mín­i­mo engraçadas, com sua pose de macho-alfa já con­heci­da em Avatar, de James Cameron. Sem falar em Andrôme­da (Alexa Dava­l­os), a bela prince­sa, e Io (Gem­ma Arter­ton), a guia de Perseu, que são total­mente vazias, servin­do mais lin­dos ele­men­tos de plano de fun­do em um cenário cheio de “mon­stros” do que qual­quer out­ra coisa.

    Mes­mo não sendo tudo aqui­lo que aparenta ser, Fúria de Titãs é bas­tante diver­tido e as cenas de ação não decep­cionam, con­seguin­do man­ter um bom rit­mo, ape­sar de todos seus defeitos.

    Para quem está na dúvi­da, já vou respon­den­do: não vale a pena assi­s­tir Fúria de Titãs em 3D, de tão ruim que ficou a sua trans­for­mação, pois ele foi fil­ma­do em 2D. Na ver­dade, pode-se diz­er que o filme ficou mais para um 2D e 1/4 e que o ele­men­to mais tridi­men­sion­al são as leg­en­das. Aliás, elas são o prin­ci­pal incô­mo­do do lon­ga, pois ficam sem­pre em primeiro plano e, toda vez você tem que ficar focan­do a leg­en­da para depois rap­i­da­mente focar a imagem. Que além de ger­ar um descon­for­to muito grande, o tem­po per­di­do nes­sa tran­sição, aca­ba inter­ferindo no acom­pan­hamen­to do filme em si.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=RGeD4joet_Y

  • Crítica: O Preço da Traição

    Crítica: O Preço da Traição

    O Preço da Traição

    A infi­del­i­dade entre casais é um tema bas­tante bati­do já em vários filmes, mas somente poucos con­seguem retratá-lo de maneira inten­sa e envol­vente. O preço da Traição (Chloe, EUA/Canadá /França, 2009), de Atom Egoy­an, fica entre essas duas clas­si­fi­cações, não se desta­can­do entre os out­ros do mes­mo gênero.

    Cather­ine (Julianne Moore) descon­fia que seu mari­do David (Liam Nee­son), um pro­fes­sor uni­ver­sitário que está sem­pre chaman­do a atenção de out­ras mul­heres e garo­tas, pode estar train­do ela após o seu não aparec­i­men­to à sua própria fes­ta sur­pre­sa de aniver­sário. Para con­fir­mar esta sus­pei­ta, ela decide con­tratar Chloe (Aman­da Seyfried), uma pros­ti­tu­ta, para fler­tar com ele e mais tarde repor­tar a sua reação. E como não é difí­cil de se adi­v­in­har, o plano aca­ba sain­do do con­t­role de Catherine.

    Se o enre­do de O preço da Traição pare­ceu famil­iar demais, pode ser porque ele é uma refilmagem do filme francês Nathalie X, de Anne Fontaine. Mas difer­ente do orig­i­nal, este não con­segue ser tão envol­vente e sexy, com exceção de uma ou out­ra toma­da, tor­nan­do-se muitas vezes força­do e fal­so. Mes­mo mostran­do várias partes nuas dos cor­pos das duas atrizes prin­ci­pais, haven­do como sem­pre o puri­tanis­mo de se escon­der o máx­i­mo pos­sív­el da bar­ri­ga para baixo, o efeito de sedução ficou meio apel­a­ti­vo demais, con­tento pou­ca sen­su­al­i­dade ver­dadeira. Sem falar em uma toma­da sim­u­lan­do sexo entre as duas per­son­agens, que chegou a ser até ridícu­la de tão mecâni­ca que ficou. Aliás, o cli­ma em ger­al é meio sem sal.

    Ape­sar de já estar com quase 50 anos, Julianne Moore aca­ba rouban­do a cena em que­si­to de beleza e sedução no filme, mes­mo com os grandes olhares de Aman­da Seyfried e seu cor­po jovem.

    O des­fe­cho do enre­do, ape­sar de ten­tar sur­preen­der, fica logo pre­visív­el dev­i­do às “peque­nas” pis­tas espal­hadas grada­ti­va­mente. Adi­cio­nan­do a isso o fato de pare­cer que se foi exten­di­do demais a história, a cada vez que o filme demon­stra­va se desen­volver, um novo ele­men­to sur­gia, uma sen­sação de inqui­etação para quer­er que tudo acabasse logo foi crescen­do cada vez mais. No fim de O preço da Traição já não se aguen­ta mais tan­ta “enro­lação” e o final total­mente clichê não aju­dou em nada tam­bém para mel­ho­rar essa sen­sação, fican­do o sal­do mais para neg­a­ti­vo do que para positivo.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=nwqWHrwNuNk
  • Pré-estreia em Curitiba: Chloe — O preço da traição

    Pré-estreia em Curitiba: Chloe — O preço da traição

    Chloe - O preço da traição

    Aman­hã (04), o UCI Pal­la­di­um (Curiti­ba) estará exibindo em primeira mão a pré-estreia do filme “O preço da traição”, o novo lon­ga de sus­pense da PlayArte.

    Veja tam­bém a críti­ca de O preço da Traição, e veja a nos­sa opinião sobre o filme.

    Sinopse: Cather­ine (Julianne Moore) e David (Liam Nee­son), ela uma médi­ca, ele um pro­fes­sor, são à primeira vista, o casal per­feito. Felizes, com um fil­ho ado­les­cente tal­en­toso, eles pare­cem ter uma vida idíli­ca. Mas quan­do David perde um vôo e con­se­quente­mente sua fes­ta de aniver­sário sur­pre­sa, Cather­ine começa sus­peitar do mari­do. Colo­can­do em cheque a sua fidel­i­dade, ela decide con­tratar Chloe (Aman­da Seyfried), uma acom­pan­hante para seduzir David e tes­tar sua lealdade.

    Elen­co: Aman­da Seyfried, Julianne Moore, Liam Nee­son, Nina Dobrev, Max Thieri­ot, Meghan Hef­fern, Lau­ra DeCarteret, David Reale, Mishu Vellani.
    Direção: Atom Egoyan
    Gênero: Drama/Suspense
    Duração: 99 min.

    O filme tem estreia mar­ca­da para 14 de maio, no Brasil.

    Para mais infor­mações sobre as sessões, preços e pro­gra­mação com­ple­ta, acesse www.ucicinemas.com.br.

    No twit­ter tam­bém é pos­sív­el obter mais infor­mações dos filmes e pro­moções do cinema.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=nwqWHrwNuNk

    Serviço:
    UCI Cin­e­mas Estação – Exibição em 2D e 3D (sala 5)
    Endereço: Aveni­da Sete de Setem­bro, 2775 – Shop­ping Estação

    UCI Cin­e­mas Pal­la­di­um – Exibição em 2D e 3D (sala 4)
    Endereço: Rua Pres­i­dente Kennedy, 4121, piso L3 – Pal­la­di­um Shop­ping Center