Tag: Casa Selvática

  • Casa Selvática tem mês dedicado à antropofagia, ao desbunde e ao teatro de revista brasileiro

    Casa Selvática tem mês dedicado à antropofagia, ao desbunde e ao teatro de revista brasileiro

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    Dan­do con­tinuidade à pro­gra­mação de out­ubro da Casa Selváti­ca, que neste mês rece­beu impor­tantes nomes na dis­cussão a respeito da iden­ti­dade nacional, como o bailar­i­no car­i­o­ca André Masseno (que cir­cu­la o país com seu solo O Con­fete da Índia) e a per­former Gior­gia Con­ceição (curitibana que apre­sen­tou seus números burle­scos no even­to Folia no Mata­gal). No próx­i­mo dia 17 de out­ubro o grupo curitibano O Estábu­lo de Luxo estreia a peça As Tetas de Tirésias — Vamos esbofetear Uliss­es, com direção de Gabriel Macha­do e roteiro de Ricar­do Nolasco.

    O espetácu­lo cuja primeira ver­são estre­ou no Fes­ti­val de Curiti­ba de 2012 e em 2014 — através do Prêmio Funarte de Teatro Myr­i­am Muniz 2013 via­ja o Brasil — é uma livre adap­tação do dra­ma sur­re­al­ista do escritor francês Guil­laume Apol­li­naire, que remem­o­ra com humor e dis­tan­ci­a­men­to históri­co os áure­os tem­pos do teatro de revista e de rebo­la­do (as var­iedades nacionais), que na déca­da de 30, 40 e 50 agi­tavam o teatro brasileiro. Segun­do o roteirista Ricar­do Nolas­co “a história ofi­cial do teatro brasileiro não val­ori­zou este for­ma­to teatral e sua car­ac­terís­ti­ca extrema­mente pop­u­lar”, nos últi­mos anos ele tem cen­tra­do seu tra­bal­ho em trans­portar essa pro­pos­ta cêni­ca para os dias de hoje, receben­do influên­cias do mun­do con­tem­porâ­neo e da arte exper­i­men­tal. A potên­cia do con­ta­to dire­to com o públi­co, e tam­bém por este reunir várias lin­gua­gens, como a músi­ca, a dança e o teatro estão entre as moti­vações do roteirista.

    Difer­ente­mente das out­ras duas ver­sões já apre­sen­tadas em Curiti­ba (uma no Fes­ti­val de Curiti­ba em 2012 e out­ra na 8ª Mostra Cena Breve), assim como em Belo Hor­i­zonte no 13º Fes­ti­val de Cenas Cur­tas, esta é pro­tag­on­i­za­da por três atrizes: Danielle Cam­pos (atriz e dire­to­ra já desta­ca­da por suas atu­ações nas out­ras ver­sões de As Tetas de Tirésias e em Wun­der­bar, espetácu­lo do grupo que foi apre­sen­ta­do no Fes­ti­val de Curiti­ba deste ano), Leonar­da Glück (atriz, dire­to­ra e dra­matur­ga curitibana fun­dado­ra da extin­ta Com­pan­hia Silen­ciosa) e Patri­cia Cipri­ano (já pre­mi­a­da com o Troféu Gral­ha Azul, um dos destaques da safra de jovens artis­tas da cidade). As atrizes, pre­sas em um mun­do de rep­re­sen­tação e decadên­cia, se revezam em papéis e situ­ações na bus­ca de recon­tar a história de Tereza, mul­her que aban­dona o mari­do e se tor­na homem para ser sol­da­do na rev­olução, chaman­do-se Tirésias.

    Tudo que acon­tece em cena é como que uma brin­cadeira entre essas atrizes, vedetes do anti­go teatro de revista, decaí­das e já cansadas de rep­re­sen­tar os mes­mos papéis. Assim, a gente vai encon­tran­do um modo de traz­er para os nos­sos dias as dis­cussões apre­sen­tadas no tex­to orig­i­nal, sem­pre brin­can­do com essa refer­ên­cias aos clás­si­cos do teatro, de Apol­li­naire a Hein­er Müller”, con­ta a atriz Danielle Campos.

    O espetácu­lo, relem­bran­do a estru­tu­ra de quadros do teatro de var­iedades, todos os dias é aber­to por um con­vi­da­do difer­ente que real­iza uma cena, entre estes já estão con­fir­ma­dos nomes como as atrizes Sil­via Mon­teiro e Simone Mag­a­l­hães, o poeta Ricar­do Coro­na e Del­min­da Nolas­co, avó do roteirista.

    Serviço:

    As Tetas de Tirésias — Vamos esbofetear Ulisses

    Com Danielle Cam­pos, Leonar­da Glück, Patri­cia Cipri­ano e artis­tas convidados

    Datas e horários: de 17 de out­ubro a 03 de novem­bro, de quin­ta a sába­do às 21h e domin­gos às 20h

    Local: Cen­tro Ccul­tur­al Casa Selváti­ca — Rua Nunes Macha­do, 950

    Gênero: Teatro de variedades

    Val­or: R$ 10,00 (preço sugerido)

    Capaci­dade máx­i­ma do espaço: 15 lugares

    Duração: 60 minutos

    Clas­si­fi­cação: 16 anos

    Site: selvaticaacoesartisticas.wordpress.com

    Tele­fones: (41)30135188 / 96115910

    A bil­hete­ria abre às 19h, jun­ta­mente com o café selváti­co, ven­ha beber algo ade­qua­do para a primavera.

    Vagas pra esta­ciona­men­to na rua em frente à Casa Selváti­ca. Temos esta­ciona­men­to para bicicletas.

  • Peça “Branca de Neve em: Libelo Contra Vênus” em Curitiba

    Peça “Branca de Neve em: Libelo Contra Vênus” em Curitiba

    Foto 1

    Vol­ta em car­taz com ape­nas duas apre­sen­tações na Casa Selváti­ca a peça “Bran­ca de Neve em: Libelo Con­tra Vênus”. A peça que estre­ou no Fes­ti­val de Curiti­ba 2013, artic­u­la, como pano de fun­do, a história de uma apre­sen­ta­do­ra de TV que é obri­ga­da a sor­rir sob quais­quer cir­cun­stân­cias. Ela é o arquétipo da mul­her que a tradição da fábu­la aju­dou a insti­tuir e que o grupo teatral curitibano Sociedade Sec­re­ta Papa Joana, núcleo artís­ti­co com­pos­to de artis­tas res­i­dentes da Casa Selváti­ca, tem estu­da­do ao olhar para as camadas do fem­i­ni­no na sociedade con­tem­porânea. Daí que sua estéti­ca de cena se uti­liza dos arquéti­pos encon­tra­dos em car­tas de tarô, na mídia tele­vi­si­va e em con­tos de fada, numa investi­da não só temáti­ca mas tem­po­ral de pesquisa.

    Bran­ca de neve em: Libelo Con­tra Vênus” é a segun­da peça que a atriz Danielle Cam­pos dirige em sua car­reira. O cenário, cheio de pequenos obje­tos, ao mes­mo tem­po em que repro­duz, ironiza o ambi­ente de um pro­gra­ma mati­nal tele­vi­si­vo para donas de casa ao mis­tu­rar, entre pan­elas e legumes, peque­nas estat­ue­tas de anões. A pesquisa do grupo Papa Joana aca­ba desco­brindo pul­sões fem­i­ni­nas con­tra­ditórias entre si e a dire­to­ra intro­je­tou de tal maneira essas pesquisas que foi necessário dividir seu tal­en­to em duas mul­heres — na direção de Bran­ca de Neve, quem assume é o alter ego, o dup­lo de Danielle Cam­pos: Daniela Pas­sar­in­ho – será ela uma apre­sen­ta­do­ra de TV? A estreia dela como dire­to­ra fora em 2012 com a peça “Medea: um Espetácu­lo Trans­gênero, Vinga­ti­vo e Gote­jante”, uma adap­tação polêmi­ca da tragé­dia de Eurípi­des que foi abso­lu­to suces­so de públi­co na Mostra do Cole­ti­vo de Pequenos Con­teú­dos do Fes­ti­val de Curiti­ba de 2013. Em Medea já trans­pare­ci­am influên­cias estéti­cas ilus­tres que em Bran­ca de Neve são poten­cial­izadas: do ator, dire­tor e habi­tante da Casa Selváti­ca, Ricar­do Nolas­co (que atu­ou em Medea) e de Mau­ro Zanat­ta, pre­mi­a­do ator e dire­tor da Cia do Ator Cômi­co, da qual a atriz e dire­to­ra fez parte.

    Casa Selváti­ca é um espaço artís­ti­co e cen­tro de pesquisas aber­to em março de 2012. Reúne mais de 20 artis­tas res­i­dentes que com­par­til­ham seus proces­sos cria­tivos e desen­volvem pro­je­tos des­ti­na­dos a inves­ti­gação de novas lin­gua­gens, sejam elas para a dança, teatro, lit­er­atu­ra, artes visuais e per­for­máti­cas, bem com suas respec­ti­vas fusões.

    FICHA TÉCNICA
    Tex­to: Danielle Campos
    Direção: Daniela Passarinho
    Ilu­mi­nação: Ever­ton Britto
    Sono­plas­tia e assistên­cia téc­ni­ca: Alexan­dre Lautert
    Maquiagem: Angela Stadler
    Cenário e Fig­uri­no: Sociedade Sec­re­ta Papa Joana

    Estre­lando: Janaí­na Fukushi­ma e Daiane Cristina.

    SERVIÇO:
    Bran­ca de Neve em: Libelo Con­tra Vênus
    Dias 25 e 26/05, sába­do e domin­go às 20h
    R$ 10 (estu­dantes R$ 5)
    Aceita­mos somente din­heiro ou cheque
    Local: Casa Selvática
    Fone: 3013 5188
    Rua Nunes Macha­do 950, Rebouças (próx­i­mo a praça Ouvi­dor Pardinho)
    Tem­po esti­ma­do de duração da peça: 60 minutos
    Clas­si­fi­cação Indica­ti­va: 10 anos
    A bil­hete­ria abrirá 18:30h, ven­ha beber algo ade­qua­do para o outono
    Vagas pra esta­ciona­men­to na rua em frente à Casa Selváti­ca. Temos esta­ciona­men­to para bicicletas.