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  • Belas Artes Apresenta: A última sessão de cinema

    O Belas Artes, um dos cin­e­mas mais anti­gos e tradi­cionais da cidade de São Paulo, na esquina da Con­so­lação com Paulista, anun­cia para esta quin­ta-feira, dia 17 de março, o encer­ra­men­to de suas ativi­dades depois de um ano de fun­ciona­men­to sem patrocínio. 

    Isto não sig­nifi­ca o fim defin­i­ti­vo do Belas Artes. “A pro­pos­ta de difundir o que há de mel­hor na cin­e­matografia mundi­al, ofí­cio acom­pan­hado apaixon­ada­mente por ciné­fi­los de tan­tas ger­ações, não deixará de exi­s­tir, já que esta­mos em bus­ca de um novo endereço”, afir­ma André Sturm, sócio-pro­pri­etário e pro­gra­mador ofi­cial do cinema. 

    Des­de janeiro, André está em inten­sa nego­ci­ação com os advo­ga­dos do pro­pri­etário do imóv­el onde o cin­e­ma fun­ciona, porém não chegou a um acor­do em relação ao val­or do aluguel. Com isso, as últi­mas sessões do cin­e­ma de quin­ta-feira, das seis salas do Belas Artes, exibirão seis grandes clás­si­cos da fil­mo­grafia mundi­al, hom­e­nage­an­do os fãs do cinema. 

    No Tem­po do Onça, que reúne os irmãos Marx e reis da comé­dia: Grou­cho, Chico e Har­po, foi dirigi­do por Edward Buzzell, com­pos­i­tor e ator, que se tornou estrela da Broadway.

    Estre­la­do por Rudolph Valenti­no, O Águia, do dire­tor Clarence Brown, mostra a rebel­dia de um sol­da­do rus­so que é rejeita­do por uma imper­a­triz. Brown, dirigiu a estrela Gre­ta Gar­bo em dois dos seus maiores suces­sos: A Carne e o Dia­bo e Anna Karenina.

    O filme ital­iano Queima­da! é uma aven­tu­ra históri­ca, que ocorre numa ilha fic­cional nas Caraíbas, que per­ten­cia a Por­tu­gal. Basea­do na história do Haiti, o lon­ga é pro­tag­on­i­za­do pela galã Mar­lon Bran­do e dirigi­do por Gillo Pon­tecor­vo, con­heci­do por A Batal­ha de Argel. 

    O Leop­ar­do é o filme mais pes­soal de Luchi­no Vis­con­ti. A história é ambi­en­ta­da nos anos 1860, quan­do a Itália vivia umas das épocas mais con­tur­badas do país, con­heci­da por Risorg­i­men­to. Toda a essên­cia da obra vis­con­tiana pas­sa por este clás­si­co do cin­e­ma, já que Luchi­no era aris­to­cra­ta de nasci­men­to, comu­nista por con­vicção, e se con­sid­er­a­va um homem fora do seu tempo.

    O Joel­ho de Claire, mel­hor filme em San Sebas­t­ian, indi­ca­do ao Globo de Ouro de filme estrangeiro e Prix Louis Del­luc, é um dos mel­hores tra­bal­hos do dire­tor Eric Rohmer . O forte de O Joel­ho de Claire não é a ação, mas os diál­o­gos e as belas pais­agens do char­moso Lago de Annecy, que fica no leste da França, bem próx­i­mo aos Alpes.

    Para finalizar, não há como deixar de fora o incrív­el Fed­eri­co Felli­ni e sua a obra pri­ma A Doce Vida, filme vence­dor da Pal­ma de Ouro de 1960. Ambi­en­ta­do em Roma, A Doce Vida con­ta a história de um jor­nal­ista de origem humilde, que enfrenta uma crise de con­sciên­cia por estar sem­pre atrás de fofo­cas da alta sociedade, usan­do-as como fonte para seus arti­gos. O pro­tag­o­nista é Mar­cel­lo Mas­troian­ni, con­sid­er­a­do o maior ator da Itália e um dos mel­hores atores de todos os tempos. 

    Pro­gra­mação:
    Quin­ta-feira, 17 de março

    Sala 1/Vil­la-Lobos: A Doce Vida
    Horário: 21h

    Sala 2/Candido Porti­nari: No Tem­po do Onça
    Horário: 21h30

    Sala 3/Oscar Niemey­er: O Leop­ar­do
    Horário: 20h30

    Sala 4/Aleijadinho: O Joel­ho de Claire
    Horário: 21h30

    Sala 5/Carmen Miran­da: O Águia
    Horário: 21h20

    Sala 6/Mario de Andrade: Queimada!
    Horário: 20h20

    Sinopses:
    A DOCE VIDA
    (La Dolce Vita)
    Direção: Fed­eri­co Fellini
    Elen­co: Mar­cel­lo Mas­troian­ni, Ani­ta Ekberg e Anouk Aimée.

    Roma, iní­cio dos anos 60. O jor­nal­ista Mar­cel­lo vive entre as cele­bri­dades, ricos e fotó­grafos que lotam a badal­a­da Via Vene­to. Neste mun­do mar­ca­do pelas aparên­cias e por um vazio exis­ten­cial, fre­qüen­ta fes­tas, con­hece os tipos mais extrav­a­gantes e desco­bre um novo sen­ti­do para a vida.

    O LEOPARDO
    (Il Gat­topar­do)
    Itália, 1963, cor, 205 min., 14 anos.
    Direção: Luchi­no Visconti
    Elen­co: Burt Lan­cast­er, Clau­dia Car­di­nale e Alain Delon.

    Sicília, durante o perío­do do “Risorg­i­men­to”, o con­tur­ba­do proces­so de unifi­cação ital­iana, o príncipe Don Fab­rizio Sali­na teste­munha a decadên­cia da nobreza e a ascen­são da bur­gue­sia, lutan­do para man­ter seus val­ores em meio a fortes con­tradições políticas.

    QUEIMADA!
    (Queima­da!)
    Itália/França, 1970, 115 min., 14 anos.
    Direção: Gillo Pontecorvo
    Elen­co: Mar­lon Bran­do, Rena­to Sal­va­tori e Evaris­to Márquez.

    Numa de suas mel­hores inter­pre­tações, Mar­lon Bran­do é um agente britâni­co que insu­fla a revol­ta numa colô­nia por­tugue­sa e depois a esma­ga com cin­is­mo. O filme foi proibido durante anos no Brasil.

    NO TEMPO DO ONÇA
    (Go West)
    EUA, 1940, p/b, 80 min., livre.
    Direção: Charles Riesner
    Elen­co: Grou­cho, Chico, Har­po. Marx Bros. e John Carroll.

    Nes­ta lou­ca comé­dia os irmãos Marx vão para o Oeste, um lugar onde o sol sem­pre bril­ha, a diver­são nun­ca tem fim e onde eles pas­sam a per­na em um ladrão de terras.

    O ÁGUIA
    (The Eagle)
    EUA, 1925, p/b, 70 min., livre – mudo.
    Direção: Clarence Brown
    Elen­co: Rodol­fo Valenti­no, Vil­ma Bánky e Louise Dresser.

    Uma cza­ri­na rus­sa é apaixon­a­da por um sol­da­do, mas ele a rejei­ta. Por isso, ela pede a cabeça do rapaz a prêmio. Ao mes­mo tem­po, ele resolve usar uma más­cara e se tornar o Águia, um jus­ti­ceiro pop­u­lar no esti­lo de Robin Hood. Mal sabe ele que sua prin­ci­pal víti­ma é pai de uma out­ra jovem por quem está apaixonado.

    O JOELHO DE CLAIRE
    (Le Genou de Claire)
    França, 1970, cor, 105 min., 14 anos.
    Direção: Eric Rohmer
    Elen­co: Jean-Claude Bri­aly, Auro­ra Cor­nu e Béa­trice Romand.

    Um diplo­ma­ta pas­sa as últi­mas férias de solteiro às mar­gens do lago Annecy. Lá ele reen­con­tra uma ami­ga que alu­gou um quar­to na casa de uma sen­ho­ra e suas duas fil­has, Lau­ra e Claire. Logo a ami­ga avisa que Lau­ra está inter­es­sa­da nele, incentivando‑o a ter um últi­mo namoro antes do casa­men­to. Mas o diplo­ma­ta está mais inter­es­sa­do em Claire, ten­do um dese­jo obses­si­vo de acari­ciar seu joelho.

    Ingres­sos:
    R$ 18,00 e R$ 9,00 (meia-entra­da).

    Belas Artes
    Rua da Con­so­lação, 2423
    Cerqueira César
    São Paulo — SP
    Tel.: 3258–4092