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  • Crítica: Harry Potter e as Relíquias da Morte — Parte 1

    Crítica: Harry Potter e as Relíquias da Morte — Parte 1

    Assisti Har­ry Pot­ter e as Relíquias da Morte — Parte 1 (Har­ry Pot­ter and the Death­ly Hal­lows — Part 1 , EUA/Inglaterra, 2010), dirigi­do por David Yates, prati­ca­mente como um tur­ista que entra curioso no meio de um espetácu­lo em um país estrangeiro. Digo isto, pois não cheguei a ler nen­hum livro e o úni­co filme da série que eu vi foi o quar­to, Har­ry Pot­ter e o Cálice de Fogo.

    Nes­ta sequên­cia, Volde­mort está fican­do cada vez mais forte, pos­suin­do até o con­t­role sobre o Min­istério da Magia e de Hog­warts. Afim de detê-lo, Har­ry, Rony e Hermione deci­dem procu­rar as Hor­crux­es restantes para destruí-las e assim poder der­ro­tar o Lorde das Trevas. Mas para con­seguir sobre­viv­er nes­ta jor­na­da cada vez mais perigosa, os três dev­erão ficar mais unidos ain­da, pois o dia da batal­ha final está se aproximando.

    Como não con­heço muito da história, ficou difí­cil acom­pan­har muitas das situ­ações em Har­ry Pot­ter e as Relíquias da Morte — Parte 1. Isto, na ver­dade, acabou sendo um pon­to pos­i­ti­vo pois me inco­mo­da as sequên­cia que são cheias de flash­backs para que os aven­tureiros de primeira viagem não fiquem per­di­dos e con­se­quente­mente, não fiquem decep­ciona­dos. Por este moti­vo, o mer­ca­do aca­ba sendo mais lim­i­ta­do, mas os fãs com certeza agrade­cem (e se for para depen­der dos fãs des­ta série, o mer­ca­do não é nem um pouco pequeno).

    A morte é um dos ele­men­tos pre­dom­i­nantes de Har­ry Pot­ter e as Relíquias da Morte — Parte 1, ou seja, não é mais ape­nas uma brin­cadeira de “cri­ança” sem con­se­quên­cias sérias. Fica evi­dente que uma hora, é pre­ciso crescer e enfrentar a real­i­dade crua, e as vezes cru­el, da vida. Além dis­so, ele pos­sui um cli­ma bem som­brio e adul­to, que parece pre­dom­i­nar já nas últi­mas sequên­cias, que inten­si­fi­ca ain­da mais essa atmos­fera séria, sendo tam­bém mais pro­fun­do. Um aspec­to que chamou bas­tante a atenção foi a pre­ocu­pação com a qual­i­dade dos efeitos espe­ci­ais, que foram muito bem pro­duzi­dos, geran­do pou­cas vezes aque­la sen­sação de arti­fi­cial, além de ter uma óti­ma fotografia. Out­ro pon­to que ficou muito inter­es­sante, foi a peque­na ani­mação fei­ta para con­tar a história das relíquias da morte, poden­do até fun­cionar muito bem sep­a­rada­mente do lon­ga em si.

    Após ter vis­to Har­ry Pot­ter e as Relíquias da Morte — Parte 1 surgiu o inter­esse, pela primeira vez, de acom­pan­har toda a série. Aos fãs, acred­i­to que não se decep­cionarão com esta con­tin­u­ação, dirigi­da de maneira muito sen­sa­ta pelo David Yates. Para quem não con­hece os out­ros filmes, recomen­do forte­mente assistí-los antes.

    Out­ras críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=7bY4lPek2kg&feature=fvst

  • Crítica: Percy Jackson e o Ladrão de Raios

    Crítica: Percy Jackson e o Ladrão de Raios

    percy_jackson

    Per­cy Jack­son (Logan Ler­man[bb]) é um meni­no que tem difi­cul­dades na esco­la, por causa da sua dislex­ia e déficit de atenção, e de adap­tação em ger­al. Tem somente um ami­go e não con­segue enten­der porque sua mãe gos­ta do padras­to, mes­mo ele sendo um cara total­mente intol­eráv­el e repug­nante. Mas tudo muda em sua vida quan­do é ata­ca­do por sua pro­fes­so­ra sub­sti­tu­ta, Mrs Dodds (Maria Olsen), que na ver­dade é uma Fúria (tam­bém con­heci­da como Erí­nia), questionando‑o sobre o escon­der­i­jo dos Raios. Este inci­dente aca­ba rev­e­lando que ele é um semi­deus, fil­ho de Posei­don (Kevin McK­idd[bb]), e que as pes­soas mais próx­i­mas têm lig­ações com todo este mun­do de mitos e magias.

    Esta é a base do enre­do de Per­cy Jack­son e o Ladrão de Raios (Per­cy Jack­son and the Light­ning Thief, EUA, 2010), de Chris Colum­bus, inspi­ra­do na obra de Rick Rior­dan. As com­para­ções des­ta história com Har­ry Pot­ter são inevitáveis, ain­da mais pelo fato de Colum­bus ter dirigi­do os dois primeiros filmes da série. Como não li nen­hum dos livros, de ambas as séries, e só assisti ao ter­ceiro filme do Har­ry Pot­ter, fico bem lim­i­ta­do pra faz­er qual­quer tipo de com­para­ção, mas achei bem mais atraente o fato do filme ter como tema prin­ci­pal as mitolo­gias em vez de bruxaria.

    O filme mostra uma ver­são atu­al­iza­da das mitolo­gias, em con­jun­to com toda a mod­ernidade do mun­do atu­al, trazen­do alguns resul­ta­dos bem engraça­dos, como a uti­liza­ção da parte espel­ha­da de um iPod, para olhar a medusa, e um All Star com asas, para voar. O rit­mo mais acel­er­a­do, como os mitos foram abor­da­dos, seguin­do o fluxo das infor­mações de hoje em dia, sem ficar se pren­den­do a lon­gas expli­cações, tam­bém ficou bem inter­es­sante. Insti­gan­do mais facil­mente a curiosi­dade de quem vê o filme, prin­ci­pal­mente do públi­co mais novo, para depois pesquis­ar, as infor­mações, por si próprio.

    Entre­tan­to, há tam­bém uma acel­er­ação na evolução dos per­son­agens, que ficou, em cer­tos momen­tos, atro­pela­da. Não há, prati­ca­mente, aque­la fase de tran­sição que ocorre no con­hec­i­men­to e apren­diza­do de uma nova téc­ni­ca de luta, por exem­p­lo. As coisas sim­ples­mente vão acon­te­cen­do como se nada pre­cisas­se ser apren­di­do ou treina­do. Isto lem­bra bas­tante alguns jogos de videogames, onde bas­ta você ter o con­t­role em mãos que, sem nen­hu­ma ou quase nen­hu­ma instrução, é pos­sív­el faz­er coisas incríveis com o seu per­son­agem na tela. O que, de cer­ta for­ma, pode difi­cul­tar o proces­so de envolvi­men­to e pos­síveis iden­ti­fi­cações na jor­na­da do herói Per­cy Jack­son. Se a car­ac­ter­i­za­ção dos per­son­agens, prin­ci­pal­mente os deuses, e os cenários são pobre­mente elab­o­ra­dos, geran­do a impressão de que você esta assistin­do a uma mon­tagem mal fei­ta, da época gre­ga, em um teatro bara­to, os efeitos espe­ci­ais foram muito bem tra­bal­ha­dos, não haven­do aque­la sen­sação de que os seres mitológi­cos foram inseri­dos através da Chro­ma Key.

    Per­cy Jack­son e o Ladrão de Raios é um filme para quem está bus­can­do por diver­são e queren­do con­hecer, por alto, seres mitológi­cos viven­do no mun­do atu­al. Além de óti­mo, para insti­gar a curiosi­dade sobre este mun­do de mitos e con­hec­i­men­to, é per­feito para um entreten­i­men­to leve e engraçado.

    O hot­site cri­a­do para a série (e usa­do para o filme tam­bém) pos­sui infor­mações sobre vários per­son­agens, mas infe­liz­mente cria cer­ta con­fusão, pois vários detal­h­es não têm a ver com o que foi exibido no filme, mas sim com os livros. Ficou bem legal a ideia de cri­ar um “per­fil” de cada um dess­es per­son­agens, pare­ci­do com o do Orkut, só que com infor­mações adap­tadas ao mun­do atu­al, com uma lista de gos­tos para filmes, pro­gra­ma de TV, livros. Há até um espaço com comen­tário dos out­ros per­son­agens da história. Mas tiran­do esta parte, o resto do site ain­da pos­sui um con­teú­do e inter­a­tivi­dade muito fra­ca com os vis­i­tantes, uma pena. Para quem se inter­es­sar, a Fol­ha sele­cio­nou alguns per­son­agens míti­cos do filme e colo­cou uma descrição sobre eles, segun­do o Dicionário de Mitolo­gia Gre­ga e Romana (Jorge Zahar Edi­to­ra), que pode ser vista cli­can­do aqui.

    Con­fi­ra tam­bém a críti­ca deste filme no blog Claque ou Cla­que­te, por Joba Tri­dente.

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