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  • Crítica: Nosso Lar

    Crítica: Nosso Lar

    nosso lar

    Seguin­do a leva dos filmes espíri­tas pro­duzi­dos nacional­mente, Nos­so Lar (Brasil, 2010), de Wag­n­er de Assis, se desta­ca entre todos os out­ros dev­i­do á alta qual­i­dade de pro­dução em relação aos efeitos espe­ci­ais. O que é tam­bém um difer­en­cial aos filmes nacionais em ger­al, por causa do alto cus­to de pro­dução, fato inédi­to na história cin­e­ma brasileiro.

    André Luiz (Rena­to Pri­eto) era um médi­co de suces­so e, após sua morte, percebe que a vida ain­da con­tin­ua. Como não entende nada do que está acon­te­cen­do, afi­nal sem­pre foi um homem da ciên­cia, ele bus­ca respostas da úni­ca maneira que sabe: uti­lizan­do sua razão de médi­co. Durante esta nova jor­na­da, André pas­sa pelo Umbral, uma espé­cie de pur­gatório, e depois é res­gata­do para a cidade Espir­i­tu­al Nos­so Lar. Lá aprende coisas que nun­ca imag­i­nou e uma nova pes­soa surge den­tro dele.

    O elen­co de Nos­so Lar é extrema­mente fra­co, para não diz­er pés­si­mo, o que aca­ba com­pro­m­e­tendo demais o filme. O per­son­agem prin­ci­pal não con­vence e, como nar­rador, é pior ain­da. Os demais per­son­agens tam­bém são muito fal­sos e, cer­tas cenas que dev­e­ri­am ser dramáti­cas, acabam geran­do risos de tão ridícu­las que ficaram. Sem falar na maneira como os diál­o­gos foram con­struí­dos, o que ape­nas piorou a situ­ação. Eles são muito didáti­cos e for­mais, crian­do uma atmos­fera arti­fi­cial ain­da maior.

    Em com­pen­sação, os efeitos espe­ci­ais e a pro­dução em si são óti­mos. Espero que com Nos­so Lar, a pro­dução de cin­e­ma nacional comece a pro­duzir mais filmes com esse tipo de qual­i­dade. Se fos­se pro­duzi­do uma ficção cien­tí­fi­ca seguin­do a pro­dução deste, acho que o resul­ta­do pode­ria ser fan­tás­ti­co. Out­ro pon­to pos­i­ti­vo é que o lon­ga não car­rega jun­to com si as car­ac­terís­ti­cas nov­e­l­escas brasileiras, difer­ente do que acon­te­ceu com Chico Xavier de Daniel Fil­ho. Ape­sar de a tril­ha sono­ra ter a par­tic­i­pação de Phillip Glass, o lon­ga pecou em lit­eral­mente sobre­car­regar, em alto vol­ume, os ouvi­dos de quem assiste, aumen­tan­do ain­da mais a sen­sação de arti­fi­cial­i­dade no filme.

    Nos­so Lar é um filme bas­tante ten­den­cioso e, quem não é sim­pa­ti­zante com as ideias espíri­tas, provavel­mente ficará bem inco­moda­do com toda a “pro­pa­gan­da” e afir­mação da religião feito durante todo o lon­ga. Só para deixar bem claro, em nen­hum momen­to estou crit­i­can­do a religião em si, estou ape­nas o anal­isan­do como cin­e­ma. Fica como indi­cação o filme Fonte da Vida, de Dar­ren Aronof­sky, que é tam­bém um lon­ga de ficção espir­i­tu­al, mas sem cair na pan­fle­tagem. Aliás, ele tam­bém foi pro­duzi­do pela empre­sa respon­sáv­el pelos efeitos visuais do Nos­so Lar.

    Acred­i­to que Nos­so Lar fará suces­so com o públi­co espíri­ta, e aos inter­es­sa­dos na religião, mas que, prin­ci­pal­mente dev­i­do ao pés­si­mo elen­co e didatismo exager­a­do, não agrade muito as out­ras pes­soas. Mas de um jeito ou de out­ro, este é um lon­ga que que­bra todos os padrões, e até pre­con­ceitos, a respeito da qual­i­dade visu­al das pro­duções do cin­e­ma nacional. O que já em si é muito válido.

    Quer assi­s­tir Nos­so Lar de graça? Então par­ticipe da Pro­moção Nos­so Lar e con­cor­ra a con­vites para ver o filme em todo o Brasil.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=3EcOGAxYPHo

  • Pré-estreia de “Nosso Lar” no UCI Palladium

    Pré-estreia de “Nosso Lar” no UCI Palladium

    Nosso Lar

    Um dos filmes nacionais mais aguarda­dos do ano, “Nos­so Lar”, terá uma pré-estreia no cin­e­ma UCI Pal­la­di­um, nes­ta quin­ta-feira (02). O lon­ga, basea­do na obra do médi­um Chico Xavier, será exibido às 21h, em even­to para con­vi­da­dos. “Nos­so Lar” — adap­tação do livro de mes­mo nome psicografa­do por Xavier em 1944 e o maior clás­si­co da lit­er­atu­ra espíri­ta nacional — estreia no UCI Estação e no UCI Pal­la­di­um na sex­ta-feira (03).

    Nas bom­bonières dos cin­e­mas, o cliente já pode aproveitar o com­bo exclu­si­vo do filme Nos­so Lar, que vem com um blo­co de ano­tações per­son­al­iza­do. A pro­moção é vál­i­da enquan­to durarem os estoques.

    Além da pré-estreia, a rede UCI tam­bém pro­move sessões fechadas do filme Nos­so Lar.

    Mais infor­mações e a pro­gra­mação com­ple­ta da rede UCI, no site e/ou o twit­ter.

    Sobre “Nos­so Lar”
    No romance — que acabou viran­do série – a história é con­ta­da sob o pon­to de vista do espíri­to André Luiz, que, como um repórter, trans­mite suas impressões sobre o mun­do espir­i­tu­al pós-vida para Xavier. Dirigi­do por Wag­n­er de Assis, “Nos­so lar” é rico em efeitos espe­ci­ais e é roda­do o tem­po todo em uma cidade espir­i­tu­al chama­da Nos­so Lar. No elen­co, atores como Rena­to Pri­eto (André Luiz), Fer­nan­do Alves Pin­to, Rosanne Mul­hol­land, Inez Viana, Rodri­go dos San­tos e Wern­er Schüne­mann. Ana Rosa, Oth­on Bas­tos e Paulo Goular, fazem par­tic­i­pações espe­ci­ais no filme, que tem direção de fotografia do suíço rad­i­ca­do nos Esta­dos Unidos Ueli Steiger (de tra­bal­hos como “O dia depois de aman­hã” e “Godzil­la”).

    Serviço:
    UCI Cin­e­mas Estação – Sala Dig­i­tal 3D (sala 5)
    Endereço: Aveni­da Sete de Setem­bro, 2775 – Shop­ping Estação
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3595–5599

    UCI Cin­e­mas Pal­la­di­um – Sala Dig­i­tal 3D (sala 4)
    Endereço: Rua Pres­i­dente Kennedy, 4121, piso L3 – Pal­la­di­um Shop­ping Center
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3208–3344

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=3EcOGAxYPHo

  • Crítica: Chico Xavier

    Crítica: Chico Xavier

    chico xavier

    Chico Xavier é um per­son­agem mis­te­rioso não ape­nas por causa da psicografia, mas tam­bém pela sua própria per­son­al­i­dade. No cen­tenário do seu nasci­men­to, e Sex­ta-feira da Paixão, foi lança­do Chico Xavier (Chico Xavier, Brasil, 2010), dirigi­do por Daniel Fil­ho, em sua hom­e­nagem, basea­do no livro “As Vidas de Chico Xavier”, de Mar­cel Souto Maior.

    O enre­do foi divi­di­do em duas histórias. A primeira é a do próprio Chico e, a segun­da é a do casal Orlan­do (Tony Ramos[bb]) e Glória (Chris­tiane Tor­loni[bb]). A impressão que fica,é que as duas têm muito pouco haver uma com a out­ra, que sim­ples­mente foram jun­tadas por algum moti­vo mer­cadológi­co e não como um aden­do à história. Ape­sar de, no final do filme haver a conexão, fei­ta de for­ma apres­sa­da e atra­pal­ha­da, das duas nar­rações. O que mais inco­mo­da é o fato da tran­sição de uma para out­ra deixar em segun­do plano tre­chos da entre­vista “ao vivo” com o Chico no pro­gra­ma Pin­ga Fogo, da extin­ta TV Tupi. Qual era o tema prin­ci­pal do filme mesmo?

    Além do fato do elen­co estar reple­to de caras já muito con­heci­das das nov­e­las brasileiras, Chico Xavier, tam­bém segue bas­tante a lin­ha do cin­e­ma-nov­ela, car­ac­terís­ti­ca infe­liz de muitos filmes nacionais (e prin­ci­pal­mente do dire­tor). Quan­do apare­cem algu­mas tomadas um pouco mais difer­entes, ali­men­tan­do esper­anças de que pode­ria haver uma mudança, o esti­lo vol­ta com toda sua força. Com dire­ito a típi­cos dra­mal­hões mex­i­canos , infan­tiliza­ção total não só da história, mas da própria inteligên­cia do espec­ta­dor, e ain­da, momen­tos para causar sen­ti­men­tal­is­mos em todo o tipo de público.

    Ape­sar do per­son­agem Chico diz­er várias vezes que os espirí­tos que o cer­cam são bons, nos momen­tos que se faz alusão á pre­sença de algum deles, surge uma tril­ha sono­ra de sus­pense berrante, pare­cen­do que você está assistin­do aque­les filmes de sus­pense psi­cológi­co trash. Afi­nal, eles eram bons ou ruins? Só fazi­am o bem para quem acred­i­ta­va neles? E falan­do em trash, a impressão que fica em Chico Xavier, é que não somente ele se pas­sa por vol­ta dos anos 80, mas que tam­bém foi fil­ma­do não muito longe des­ta época. As ence­nações e os efeitos foram pobre­mente pro­duzi­dos, tor­na­do-se muitas vezes total­mente ridícu­los e às vezes exagerados.

    O inter­esse da dis­tribuido­ra hol­ly­wood­i­ana (Sony) no pro­je­to é, dig­amos, ante­ri­or ao próprio pro­je­to. “Os livros reli­giosos são tão bem ven­di­dos que sem­pre me per­gun­tei por que não viravam filme.” (via Fol­ha Online) Este tre­cho con­segue muito bem resumir, e por que não con­fir­mar, toda a agi­tação que a divul­gação (para não falar na própria pro­dução) do filme na mídia. Há uma “análise” inter­es­sante deste cenário, fei­ta por Eduar­do Escorel, chama­da Chico Xavier, Pro­moção orquestra­da I e II.

    Como cin­e­ma, Chico Xavier, não merece nen­hum destaque, mas como meio para divul­gar mel­hor esta história, tor­na-se até que váli­do (den­tro de vários lim­ites, é claro). Mas é sessão pipoca-nov­ela em tela grande garantida.

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    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=UFB9jF7s8dY