Tirar as roupas e fumar um cigarro, na saída de incêndio de um prédio. Assim é satisfeita a necessidade de se desvencilhar das roupas que lhe incomodam e simplesmente praticar um ato que lhe traga um momento de pensamento e prazer. Tudo isso são simplesmente metáforas que a diretora Vera Egito usou para criar o curta Espalhadas pelo ar (Brasil, 2007), uma história de duas vizinhas, com mais ou menos 15 anos de diferença, que se ajudam a superar seus problemas de uma forma bem peculiar, fumando.
O curta é intimista e direto, discute sobre o tempo, aquele que vier e o que se foi. O tempo do amor, daquele que inicia e daquele que se acaba.
Vera Egito é uma das mais novas promessas do cinema nacional e apenas 27 anos já tinha dois curtas-metragens na semana de crítica em Cannes. Ela já trabalhou como assistente em O Cheiro do Ralo e foi coautora do roteiro de À deriva com, seu atual namorado, o diretor Heitor Dhalia.