Andando pelos corredores de uma Bienal do Livro, como a do Rio de Janeiro no inicio desse mês, vendo eles lotados de pessoas com muitos impressos sacolejando em bolsas plásticas, parece impossível afirmar o fim do livro físico. Mesmo que os especialistas ditem a situação e nos prometam conformismo e mais facilidade, nada muda esse olhar mágico de quem vê as pessoas encantadas folheando livros de todas as cores, impressões e, por que não, cheiros.
Mas ao contrário das previsões, bem otimistas, do mercado editorial há quem não ache que o e‑book e os tablets sejam essa maravilha toda, A artista Giselle Beiguelman foi enfática ao dizer — na mesa do Café Literário pretensiosamente intitulada de Apresentando o Livro Digital — que o livro impresso era a forma mais estável para prática da leitura, o que ainda não acontece com o livro digital, desde pelo menos mil anos. Sem exageros e muito bem pautada, Giselle é uma das mais prolíficas pesquisadoras do que ela chama de Desvirtual, o fim do virtual no sentido de acabar as barreiras entre ele e o real. Atualmente ela é editora-chefe da revista Select que se propõe deixar claro sua bandeira com conceitos sobre pirataria, remix, cultura livre, escrita não-criativa e a imensidão de assuntos que englobam a cultura digital.
Assista abaixo ao depoimento de Giselle Beiguelman, especialmente pro interrogAção, na Bienal do Livro Rio 2011, sobre o Futuro do Livro.
httpv://www.youtube.com/watch?v=nsUfFYtKGTo