O Último Mestre do Ar (The Last Airbender, EUA, 2010), com roteiro e direção de M. Night Shyamalan, é uma experiência visual e mítica fantástica. Todos os efeitos especiais foram extraordinariamente bem trabalhados, com uma riqueza de detalhes que é incrível.
Em um mundo dividido em quatro nações (água, terra, ar e fogo), onde cada uma domina seu respectivo elemento, somente uma pessoa pode dominar todos eles: o Avatar. Aang (Noah Ringer) é a encarnação do último Avatar e com a ajuda de Katara (Nicola Peltz) e a seu irmão Sokka (Jackson Rathbone), tentará resgatar a paz em uma terra dominada pelo povo do fogo e suas máquinas de ferro.
A enredo foi baseado na animação Avatar: The Last Airbender, e provavelmente não usaram no longa o nome Avatar para não ser confundido com o filme de James Cameron. Os comentários que já li a respeito comparando a obra original com este longa é o de sempre, do original ser muito melhor. Como ainda não vi a obra original não posso comentar nada a respeito, mas fiquei com muita vontade de conhecê-la. Mas de qualquer forma, achei mesmo assim o filme válido como uma ótima propaganda á serie.
Apesar da história ser extremamente interessante, O Último Mestre do Ar ficou com um quê de: algo oriental feito por um ocidental. Fica faltando alguma coisa, parece tudo meio mecânico demais, a palavra que até agora melhor resumiu essa falta, apesar de ainda não conseguir expressar tudo, foi: falta de envolvimento sentimental. Se você percebeu a mesma coisa e conseguiu sintetizar isso de uma maneira melhor, me avise por comentário.
Como praticamente toda produção hollywoodiana, em O Último Mestre do Ar também não podia faltar um par romântico clichê, só que desta vez completamente forçado e fora de contexto (com Jackson Rathbone, um dos atores da Saga Crepúsculo, garantindo mais “fervor” ainda) e outros clichezinhos básicos. Pelo menos essas tomadas de romance não chegam a incomodar muito, pois são bem curtas, diferente do que aconteceu em Príncipe da Pérsia — As Areias do Tempo.
Seguindo a onda caça níquel dos filmes convertidos para 3D, este é apenas mais um deles onde o elemento mais tridimensional do filme é a legenda. São poucas coisas que ficaram interessantes na conversão e muitas delas ficaram bem explícitas que foram convertidas, igual aconteceu com Alice no País das Maravilhas. Portanto, não vale a pena ver O Último Mestre do Ar em 3D.
No geral O Último Mestre do Ar é uma experiência muito boa, cheia de significados e com um visual excelente, valendo a ida ao cinema para aproveitar ao máximo toda sua produção. O seu grande ponto negativo é que a história do filme não termina, acredito que tudo poderia ter sido muito mais interessante se fosse feito em apenas um longa.
Para quem quiser há um jogo de luta do Avatar em flash, baseado na série, que lembra um pouco Mortal Kombat. Um divertido passatempo para as horas vagas ou momentos de tédio.
Outra críticas interessantes:
- Marcelo Hessel, no Omelete
- Celso Sabadin, no Cineclick
- Thiago Macêdo Correia, no CinePlayers
Trailer:
httpv://www.youtube.com/watch?v=Xrly2SGyTkM