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  • Crítica: O Lorax — Em Busca da Trúfula Perdida

    Crítica: O Lorax — Em Busca da Trúfula Perdida

    Não é só de grandes estú­dios de ani­mação, como a Pixar e a Dream­Works, que são feitos óti­mos lon­gas. Recen­te­mente a Illu­mi­na­tion Enter­tain­ment está se desta­can­do neste mer­ca­do, prin­ci­pal­mente pelo seu mais recente lon­ga, O Lorax: Em Bus­ca da Trú­fu­la Per­di­da (The Lorax, EUA, 2012), dirigi­do por Chris Renaud e Kyle Bal­da.

    Ter como tema prin­ci­pal a con­sci­en­ti­za­ção do meio ambi­ente, sem ser maçante e repet­i­ti­vo, é algo cada vez mais difí­cil. Isso acon­tece prin­ci­pal­mente por esta men­sagem de preser­vação ser usa­da — e abu­sa­da — das mais diver­sas maneiras, sendo em muitos casos, ape­nas mais uma cam­pan­ha de mar­ket­ing do que uma ação real­mente trans­for­mado­ra. Não faz muito tem­po, Ani­mais Unidos Jamais Serão Ven­ci­dos, uma ani­mação cri­a­da por um estú­dio alemão, ten­tou abor­dar esta temáti­ca mas de maneira já total­mente bati­da, pos­suin­do per­son­agens pouco caris­máti­cos e um sen­so de humor bem pecu­liar — humor ger­mâni­co? — que não acred­i­to ter tido muito impacto sobre seus espec­ta­dores. Em todos estes pon­tos, O Lorax: Em Bus­ca da Trú­fu­la Per­di­da con­seguiu acer­tar em cheio.

    No lon­ga somos apre­sen­ta­do a uma cidade fei­ta total­mente de plás­ti­co, onde o pro­du­to mais con­sum­i­do pela pop­u­lação são galões de ar puro, dev­i­do a alta poluição na atmos­fera. Nela vive Ted, um garo­to cujo son­ho é con­quis­tar e se casar com a bela Audrey. Mas para isso, ele deve achar algo que já foi há muito tem­po esque­ci­do: uma árvore de ver­dade. Na sua bus­ca, desco­bre que o úni­co meio de achá-la é encon­tran­do um curioso per­son­agem chama­do de Lorax.

    O Lorax: Em Bus­ca da Trú­fu­la Per­di­da foi basea­do em um livro infan­til do escritor amer­i­cano Dr. Seuss, pub­li­ca­do em 1971. Um ano depois da pub­li­cação, foi pro­duzi­do uma ani­mação (assista aqui uma ver­são sem leg­en­das) pelo mes­mo estú­dio que fez a famosa A Pan­tera Cor-de-rosa. É inter­es­sante notar que tan­to na obra orig­i­nal, quan­to na primeira ani­mação, só con­hece­mos o ros­to do garo­to e do Lorax, dos out­ros per­son­agens ape­nas vemos as mãos. Nes­ta ver­são mais atu­al, a história foi bas­tante alon­ga­da e, além da inserção de vários novos per­son­agens, como o vilão que vende ar puro, o tér­mi­no da história tam­bém ficou mais ale­gre, difer­ente do final aber­to e um pouco som­brio do orig­i­nal. Tam­bém foi man­ti­do o esti­lo “musi­cal” em alguns tre­chos na nova ani­mação e, ape­sar de não gostar de musi­cais em ger­al, a maio­r­ia das canções foram bem diver­tidas, prin­ci­pal­mente quan­do o trio de peix­in­hos can­ta­va ou quan­do os dois per­son­agens coad­ju­vantes a la Fred­die Mer­cury soltavam a voz.

     

    Os queri­dos Min­ions, da ani­mação Meu Mal­va­do Favorito, apare­cem rap­i­da­mente para divul­gar o próx­i­mo filme da sequên­cia, em um trail­er engraçadís­si­mo, can­tan­do a músi­ca Bar­bara Ann de uma maneira bem própria. O humor meio agres­si­vo, cheio de soquin­hos e pan­cad­in­has, tam­bém virou car­ac­terís­ti­ca de algu­mas das criat­uras fofin­has de Lorax: Em Bus­ca da Trú­fu­la Per­di­da, mas des­ta vez em uma dose bem menos exagerada.

    Lorax: Em Bus­ca da Trú­fu­la Per­di­da é uma ani­mação muito diver­ti­da, que con­segue agradar a todas as idades. A men­sagem ecológ­i­ca é bem clara, mas não cha­ta, onde o guardião da natureza nada mais pode faz­er do que avis­ar, pois quem real­mente pode faz­er algo a respeito somos nós.

    Quem gos­ta de ani­mações com o mes­mo tema, recomen­do tam­bém: Hap­py Feet 2, Rio e Ran­go.

  • Crítica: Meu Malvado Favorito

    Crítica: Meu Malvado Favorito

    meu malvado favorito

    Meu Mal­va­do Favorito (Despi­ca­ble Me, EUA, 2010), dirigi­do por Pierre Cof­fin e Chris Renaud, é a estreia do estú­dio de ani­mações da Uni­ver­sal, a Illu­mi­na­tion Enter­tain­ment. E, difer­ente­mente das histórias con­tadas nor­mal­mente, o per­son­agem prin­ci­pal des­ta é um vilão.

    Gru (Steve Car­rel) son­ha em ser o maior vilão do mun­do, mas vê sua posição toma­da pelo jovem Vetor (Jason Segel), que rou­ba uma das pirâmides do Egi­to. Para voltar nova­mente ao topo, ele decide que vai faz­er o maior roubo da história: pegar a lua. Como parte do seu plano, ele pre­cisa usar três peque­nas meni­nas órfãs e, dev­i­do a este moti­vo, o seu grandioso dese­jo corre o risco de mudar por algo que nun­ca imag­i­na pos­suir: amor paterno.

    É prati­ca­mente impos­sív­el não com­parar Meu Mal­va­do Favorito com as ani­mações de out­ros estú­dios, como Pixar e Dream­works, e ele aca­ba per­den­do feio. Não por causa da qual­i­dade grá­fi­ca (que é até bem resolvi­da), mas pela for­ma como o con­teú­do foi tra­bal­ha­do. A idéia do enre­do é muito boa, mas os meios para real­izá-la são muito pre­visíveis e os per­son­agens tam­bém são demasi­ada­mente fra­cos. Em ger­al, ele apela para o fofin­ho cuti­cu­ti para cati­var e, tiran­do essas cenas fofu­rixas, aca­ba sendo cansativo.

    O grande chama­riz de Meu Mal­va­do Favorito são os Min­ions (anãoz­in­hos amare­los), mas no filme em si, eles prati­ca­mente não tem nen­hu­ma toma­da de mui­ta relevân­cia, que na maio­r­ia das vezes são bem sem graças (difer­ente das exibidas na divul­gação). Aliás, grande parte das piadas não tem mui­ta graça, pois apela para todos os chavões já extrema­mente bati­dos. Para o públi­co infan­til isso não deve ser um prob­le­ma, mas quem é fã de ani­mação fica com um sen­ti­men­to de repetição angustiante.

    Estou bas­tante divi­do em comen­tar a respeito do 3D no Meu Mal­va­do Favorito. Quan­do o filme acabou, tiran­do uma ou out­ra cena, como a da mon­tan­ha rus­sa, prati­ca­mente não tin­ha perce­bido muito o seu efeito. Fiquei em dúvi­da se ele foi tão bem uti­liza­do que ficou tão nat­ur­al, onde não se nota­va que foi pro­duzi­do, ou se ele prati­ca­mente não foi uti­liza­do. Se você já viu o filme, gostaria de saber a sua opinião a respeito dis­so. O que teve de mais 3D para mim, foram as peque­nas ani­mações inseri­das no fim do lon­ga, onde cer­tos os per­son­agens ten­tam “alcançar fora da tela”, que ficou uma brin­cadeira muito legal.

    A dublagem de Meu Mal­va­do Favorito ficou pés­si­ma (a dublagem dos per­son­agens prin­ci­pais foram feitos por dois dubladores não profis­sion­ais, mas sim “atores globais”), com­pro­m­e­tendo demais o humor do filme. Como somente serão vin­cu­ladas cópias dubladas nos cin­e­mas, o jeito é esper­ar sair em DVD a ver­são leg­en­da­da. A tril­ha sono­ra em ger­al, tam­bém não ficou boa, fal­tan­do prin­ci­pal­mente na manutenção do rit­mo das tomadas (difer­ente do que foi exibido nos trail­ers, como algo bem animado).

    O som do cin­e­ma onde assisti o filme (Cine­plus Jardim das Améri­c­as) esta­va hor­rív­el, muito estoura­do, com os diál­o­gos as vezes muito baixos e a tril­ha sono­ra muito alta. Não dava para dis­tin­guir o que pode­ria ter sido prob­le­ma do cin­e­ma ou do lon­ga. Como até ago­ra, pelo que eu já li, eu fui o úni­co a lev­an­tar esse prob­le­ma, o prob­le­ma não deve ter sido do filme.

    O mate­r­i­al extra do filme é muito legal, prin­ci­pal­mente as ani­mações com Min­ions. Logo abaixo do trail­er fiz a com­pi­lação de alguns extras legais. Você pode ver mais no site ofi­cial.

    Meu Mal­va­do Favorito é uma óti­ma ani­mação para as cri­anças, elas com certeza irão se diver­tir muito. Mas para um públi­co mais adul­to, prin­ci­pal­mente os fãs de ani­mação, aca­ba sendo, na maior parte do tem­po, ape­nas uma repetição de muito do que já foi pro­duzi­do por aí.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=VwhNMyP8rBM

    Extras:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=JaL4yPd9GtI&NR=1

    httpv://www.youtube.com/watch?v=eZSHr1H3oOs