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  • Amor? estreia em Porto Alegre nesta sexta-feira

    Amor? estreia em Porto Alegre nesta sexta-feira

    Vence­dor do Prêmio do Júri Pop­u­lar e do Prêmio Vagalume do 43º Fes­ti­val de Brasília do Cin­e­ma Brasileiro, Amor? chega às telas do Rio Grande do Sul no próx­i­mo dia 27 de maio. Nem ficção, nem doc­u­men­tário, o lon­ga é um híbri­do dos dois. Para relatar rela­ciona­men­tos amorosos em que a vio­lên­cia é parte do cotid­i­ano, inde­pen­dente da for­ma em que se apre­sen­ta, atores repro­duzi­ram depoi­men­tos ver­dadeiros col­hi­dos de víti­mas dessas relações, baseadas em ciúmes, cul­pa, paixão e poder.

    A opção do dire­tor João Jardim, con­sagra­do por filmes como Janela da Alma, Pro Dia Nascer Feliz e Lixo Extra­ordinário, foi escol­hi­da dev­i­do à del­i­cadeza do tema. “Até pen­sei em mostrar os ver­dadeiros per­son­agens na tela, mas, além da pri­vaci­dade de cada um, havia a pri­vaci­dade do par­ceiro de quem falavam. Além dis­so, havia tam­bém questões legais. Poderíamos ou não expor estas pes­soas a esta situ­ação? Então, optei por con­vi­dar atores. Por isso, Amor? não é um doc­u­men­tário. Nem ficção. É impos­sív­el de clas­si­ficá-lo”, afir­mou o diretor.

    Para repro­duzir a vivên­cia destas pes­soas na tela, o time de atores, a maio­r­ia expe­ri­entes, ensaiou antes de gravar os tre­chos de depoi­men­tos sele­ciona­dos, mas não pesquisou sobre seus per­son­agens. A ideia do dire­tor era ter atu­ações livres, para que o elen­co pudesse incor­po­rar as histórias. A lista inclui nomes como Lil­ia Cabral, Eduar­do Mosco­vis, Julia Lem­mertz, Ânge­lo Antônio, Fabi­u­la Nasci­men­to, Mar­i­ana Lima, Sil­via Lourenço, Cláu­dio Jab­o­randy e Leti­cia Collin.

    Para o proces­so de pesquisa e seleção dos entre­vis­ta­dos de Amor?, Jardim con­tou com o tra­bal­ho de Renée Caste­lo Bran­co. A fase de pesquisas, real­iza­da em cen­tros, orga­ni­za­ções e del­e­ga­cias, con­sum­iu um ano de tra­bal­ho. Foram gravadas 50 entre­vis­tas. Destas, oito foram sele­cionadas para serem inter­pre­tadas pelos atores.

    O filme Amor? estre­ou em abril em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Hor­i­zonte, San­tos, Sal­vador e For­t­aleza. Em Por­to Ale­gre, o lon­ga foi exibido durante o 7º Fes­ti­val de Verão do RS de Cin­e­ma Inter­na­cional e terá uma sessão de pré-estreia para con­vi­da­dos no próx­i­mo dia 19 de maio, às 21h30 no Uni­ban­co Arteplex. Amor? é uma pro­dução da Copaca­bana Filmes, copro­dução Fogo Azul Filmes, GNT e Labocine e con­ta com patrocínio da AVON. Out­ras infor­mações, fotos e trail­er no site ofi­cial.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=rzkWlh3DA8I

  • FestivalVerãoRS 2011: Entrevista Andrucha Waddington

    FestivalVerãoRS 2011: Entrevista Andrucha Waddington

    entrevista Andrucha Waddington

    Pro­duções cin­e­matográ­fi­cas asso­ci­adas entre país­es não são nen­hu­ma novi­dade, são inclu­sive estim­u­lantes para resul­ta­dos mais elab­o­ra­dos. Lope, de Andrucha Wadding­ton é um tra­bal­ho que surgiu com a parce­ria de Brasil e Espan­ha sobre um perío­do da juven­tude de Lope de Vega, um grande poeta espan­hol que é prati­ca­mente descon­heci­do aqui no país.

    O dire­tor Andrucha Wadding­ton é con­heci­do por seus tra­bal­hos como Casa de Areia (2005), o pre­mi­a­do Eu, tu, eles (2000) ou ain­da por diri­gir artis­tas como Arnal­do Antunes e Os Par­ala­mas do Suces­so. Com o lon­ga-metragem Lope, o dire­tor diz que hou­ve um cer­to receio, pois a direção de um lon­ga assim era real­mente desafi­ado­ra, além de envolver dois país­es com cul­turas um tan­to diferentes.

    Ele con­ta que hou­ve um proces­so de em média qua­tro anos para estu­dar a vida de Lope, uma espé­cie de Don Juan da poe­sia espan­ho­la, e con­seguir com­preende-lo a pon­to de apre­sen­tá-lo ao grande públi­co. Ressalta que o lon­ga cria uma espé­cie de fun­dação do per­son­agem, con­tan­do a sua vida pré-fama e de que for­ma a poe­sia pas­sou a ser o esti­lo de vida do escritor. Ain­da, diz que o maior desafio foi recu­per­ar os cenários da Idade Média, mes­mo que a Espan­ha ain­da pre­serve muito o patrimônio, a recon­sti­tu­ição de época foi um tra­bal­ho árduo mas que foi bem resolvi­do graças a preparação tan­to dos cenários, como dos atores.

    O inter­ro­gAção con­ver­sou com Wadding­ton no lança­men­to de Lope, na séti­ma edição do Fes­ti­val de Verão do RS de Cin­e­ma Inter­na­cional, em Por­to Ale­gre. Além de con­tar como foi fil­mar fora do país, o dire­tor rela­ta seus anseios sobre a fal­ta de inter­esse dos exibidores em torno de filmes menos com­er­ci­ais, mais volta­dos para cin­e­ma de arte. Inclu­sive, sug­ere algu­mas for­mas para que as dis­tribuido­ras e os artis­tas parem de perder incen­tivos e retorno finan­ceiro com suas obras, prin­ci­pal­mente com a pirataria via inter­net. Con­fi­ra abaixo!

    Como foi o lança­men­to do filme?
    Lope é um filme que para a Espan­ha é extrema­mente com­er­cial, porque é um per­son­agem que é um mito den­tro da cul­tura espan­ho­la. Lá ele saiu com 340 copias e aqui ele é um per­son­agem abso­lu­ta­mente descon­heci­do do públi­co. Lançamos ele com 25 cópias, primeiro no cir­cuito Rio, São Paulo, Belo Hor­i­zonte e Brasília e ago­ra Por­to Ale­gre, Curiti­ba e Flo­ri­anópo­lis, no dia primeiro de abril.

    Nor­mal­mente as cópias para os filmes brasileiros vem em número menor, é muito difí­cil elas chegarem em out­ras cidades que não seja esse primeiro cir­cuito que você comen­tou. Essa é mais uma decisão de quem?
    Isso é uma decisão do exibidor e do dis­tribuidor. O dis­tribuidor tem a função de levar o filme ao maior número de espec­ta­dores pos­síveis, ele tem inter­esse nis­so. Existe uma lei do nat­ur­al do mer­ca­do, que ele próprio se reg­u­la, onde um exibidor tem inter­esse em um filme que vai dar bil­hete­ria, então, muitos filmes que pos­suem uma deman­da mel­hor do públi­co, não é um filme órfão de um grande públi­co, ele não encon­tra muito espaço den­tro do cir­cuito com­er­cial mais aber­to, então ele aca­ba depen­den­do do cir­cuito de arte. Mas isso é uma coisa que acho que acon­tece no mun­do inteiro, isso não é uma tragé­dia que só acon­tece aqui. O cin­e­ma extrema­mente com­er­cial, vem como um arrasa quar­teirão, ele tira todo mun­do do cir­cuito. Tem lança­men­tos que saem com 700, 800 cópias, mas o Brasil tem 2200 salas. Então um lança­men­to gigante estran­gu­la o cir­cuito, porque ele já o ocu­pa com 1/3 do total.

    Como dire­tor, você vê isso…
    O mer­ca­do é assim, eu não ten­ho muito o que… assim, por exem­p­lo, se o Lope saiu com 25 cópias, eu ten­to tra­bal­har nele, como dire­tor, da maneira mais poderosa pos­sív­el para ele ter uma vida lon­ga sem ser eje­ta­do do cir­cuito. Se eu lançar o Lope com 100 cópias ele vai ficar uma sem­ana em car­taz e adios. Então o exibidor, se o filme entrou na sex­ta, vai olhar a bil­hete­ria de segun­da e vai falar “sin­to muito, tem um filme que vai me dar bem mais bil­hete­ria e eu vou colo­car no lugar”. Então você depende muito do cir­cuito de arte sim, para deter­mi­na­dos filmes. Como dire­tor, eu gostaria que o públi­co tivesse mais inter­esse em filmes um pouco mais elab­o­ra­dos e menos, a pri­ori, com­er­ci­ais. Mas o mun­do não é assim, o públi­co tem o dire­ito de con­sumir o que ele quis­er, então infe­liz­mente, ou feliz­mente, é assim que o mer­ca­do funciona.

    Muitas pes­soas con­seguem aces­so a filmes menos com­er­ci­ais só pela inter­net, fazen­do o down­load deles.
    Ó, eu acho que assim, isso é uma coisa que é um erro. O erro está no sis­tema de dis­tribuição, que não enx­er­gou a inter­net como uma fer­ra­men­ta de dis­tribuição des­de o iní­cio. A Net­flix nos Esta­dos Unidos, você paga sete dólares por mês e tem aces­so ilim­i­ta­do ao catál­o­go inteiro, então não tem por que você não pagar, e o autor gan­ha com isso. Demor­ou muito para o mer­ca­do aceitar isso e fez com que fos­se nor­mal para toda uma ger­ação, meus fil­hos inclu­sive, acharem nor­mal down­lo­dar filmes ou músi­ca sem pagar. Mas eu acho o grande vilão, o grande cul­pa­do dis­so ter acon­te­ci­do, é o próprio sis­tema de dis­tribuição. Acho que ago­ra nat­u­ral­mente vai começar a ser impos­sív­el não ter a inter­net como meio de dis­tribuição e isso vai mudar.

    Mas esse públi­co que con­some os filmes des­ta maneira, você acha que isso é algo válido?
    Eu acho que o dire­ito autoral é algo que deve ser preser­va­do, ao mes­mo tem­po que tem um dese­jo que o maior número de pes­soas veja o filme. Então se você tem esse dese­jo como um dire­tor que fez o filme, a questão para mim é o ter um mod­e­lo de dis­tribuição den­tro da inter­net que seja acessív­el, e você cor­ta uma quan­ti­dade de inter­mediário e gan­ha nesse meio pra levar dire­to do pro­du­tor através do canal dis­tribuidor da inter­net para o públi­co. Isso é o que eu gostaria que acon­te­cesse, que fos­se uma coisa de praxe, que ocor­resse nat­u­ral­mente. Com isso ninguém perde, todo mun­do vai poder con­sumir por um preço bara­to. Com uma assi­natu­ra, por exem­p­lo, por doze reais e você poder con­sumir quan­tos filmes quis­er, não tem porque você não pagar, vai ter um down­load rápi­do, de qual­i­dade. Não só no Brasil que os dis­tribuidores tem essa difi­cul­dade, nos Esta­dos Unidos tam­bém hou­ve isso e na Europa tam­bém, hou­ve no mun­do inteiro um pre­con­ceito diante esse méto­do de distribuição.

    Como é que foi para um dire­tor brasileiro fil­mar fora do país?
    Acho que o cin­e­ma é uma lin­guagem uni­ver­sal, quan­do você começa a faz­er um filme você até esquece que está fora do teu país, porque todo mun­do que está ali é profis­sion­al do cin­e­ma, somente o que muda é a lin­gua, fora isso nada muda, todo mun­do é meio bicho de cin­e­ma, então você rapid­in­ho se acos­tu­ma, rapid­in­ho você acha que já é espanhol.

    Você comen­tou que usou duas pre­mis­sas bem atem­po­rais no filme, porque escol­her essa época para mostrar isso?
    Na ver­dade, acon­te­ceu que difer­ente dos meus filmes ante­ri­ores, este foi um filme que o pro­je­to chegou a mim. Era um uni­ver­so dis­tante, tin­ha um roteiro pron­to que eu ador­ei. Era um pro­je­to que na ver­dade me escol­heu, no sen­ti­do de que eu não tive um insight “oh vou faz­er a história do Lope”. Eu achei muito legal usar um per­son­agem do sécu­lo 16, para falar dessas duas questões que é um jovem resol­ven­do tro­car o cer­to pelo son­ho, largan­do o exérci­to para virar um poeta, dra­matur­go, e acred­i­tar no tal­en­to dele, e a ini­ci­ação amorosa de um jovem adul­to. Essas duas pre­mis­sas me fiz­er­am ficar muito insti­ga­do em con­tar essa história e aí quan­do fui con­hecen­do o Lope, per­son­agem, fui fican­do cada vez mais fasci­na­do por ele.

    Acom­pan­he o twit­ter do Andrucha Wadding­ton.

    Leia tam­bém o comen­tário sobre o filme Lope, que fize­mos após a sessão do filme no festival.

  • Atividades gratuitas na programação do 7º Festival de Verão do RS de Cinema Internacional

    Atividades gratuitas na programação do 7º Festival de Verão do RS de Cinema Internacional

    Além de uma sele­ciona­da pro­gra­mação de filmes, incluin­do títu­los inédi­tos, a 7ª edição do Fes­ti­val de Verão do RS de Cin­e­ma Inter­na­cional, em Por­to Ale­gre, tam­bém ofer­ece aos ciné­fi­los ativi­dades gra­tu­itas. Entre os dias 24 e 31 de março, os amantes da séti­ma arte poderão apren­der um pouco mais sobre a pro­dução audio­vi­su­al, chegan­do per­to de profis­sion­ais expe­ri­entes e reno­ma­dos em aulas mag­nas e workshops.

    Estas atrações para­le­las aber­tas ao públi­co já são uma mar­ca do even­to, que tem como obje­ti­vo aprox­i­mar quem faz de quem se inter­es­sa por cinema.

    E quem não quer perder nen­hum dos filmes sele­ciona­dos para o even­to, pode começar assistin­do à sessão de aber­tu­ra do fes­ti­val, que tam­bém é gra­tui­ta. O filme Lope, de Andrucha Wadding­ton, será exibido quin­ta-feira, às 21h, na Trav­es­sa dos Cataven­tos (vão da Casa de Cul­tura Mario Quin­tana). Lem­bran­do que para as ativi­dades aber­tas é pre­ciso se inscr­ev­er pelo e‑mail contato@festivalveraors.com.br. Detal­h­es da pro­gra­mação e out­ras infor­mações tam­bém no site do fes­ti­val.

    Con­fi­ra o cronograma:

    Aulas Mag­nas
    25/03 — sex­ta-feira — Direção
    Com Andrucha Wadding­ton, das 10h às 12h

    30/03 — quar­ta-feira — Produção
    Com Flávio Tam­belli­ni, das 14h às 17h

    Work­shops
    Direção de Fotografia — com Jaime Lerner
    Data e horário: 26/03 — sába­do, das 10h às 17h, com inter­va­lo entre 12h e 14h
    Local: San­tander Cultural

    Vivên­cia Cêni­ca de Per­son­agem — com Igor Cotrim
    Data e horário: 29/03 — terça-feira, das 10h às 17h, com inter­va­lo entre 12h e 14h
    Local: San­tander Cultural