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  • Crítica: O Bem Amado

    Crítica: O Bem Amado

    o bem amado

    Basea­do na telen­ov­ela de suces­so da déca­da de 70, O Bem Ama­do (Brasil, 2010), dirigi­do por Guel Arraes, é uma das adap­tações nacionais mais aguardadas do ano para as telas do cinema.

    Na fic­tí­cia Sucu­pi­ra, o recém-eleito prefeito Odori­co Paraguaçu (Mar­co Nani­ni) tem como prin­ci­pal meta políti­ca con­stru­ir um cemitério para a cidade, mas não pode inau­gurá-lo até con­seguir um fale­ci­do. O tem­po vai pas­san­do e as coisas vão começan­do a com­plicar para ele, prin­ci­pal­mente dev­i­do a forte oposição que vai crescen­do. Afim de sal­var seu manda­to, está dis­pos­to a faz­er tudo que for preciso.

    O Bem Ama­do está sendo bas­tante comen­ta­do por ter sido lança­do jus­ta­mente em um ano de eleições. Afi­nal, nada mel­hor do que uma comé­dia, por ser bas­tante acessív­el e leve, para estim­u­lar o olhar críti­co em relação aos políti­cos. Infe­liz­mente o filme não traz nada de novo à reflexão sobre o assun­to, tudo que ele abor­da já foi vis­to e revis­to mil­hões de vezes, servi­do ago­ra mais ape­nas como algo para se dar risada.

    Algu­mas tomadas do lon­ga são bem engraçadas, como as diva­gações de Odori­co a respeito da inau­gu­ração do “faraôni­co” cemitério, mas as piadas em ger­al são as já bati­das em tan­tos pro­gra­mas de humor tele­vi­sivos. Além dis­so O Bem Ama­do investe pesada­mente em repetições e prin­ci­pal­mente nas inter­pre­tações escan­dalosas, cheias de gri­tos, que nas primeiras vezes até gera algu­mas risadas, mas depois fica muito cansati­vo. Ape­sar dis­so, as analo­gias rela­cio­nan­do Sucu­pi­ra e o Brasil, usan­do vídeos e ima­gens históri­c­as, esti­lo mock­u­men­tary (fal­so doc­u­men­tário), con­seguem dar um rit­mo mais acel­er­a­do, tor­nan­do a exper­iên­cia menos tediosa.

    Não cheguei a acom­pan­har a telen­ov­ela, então infe­liz­mente não pude faz­er nen­hu­ma com­para­ção em relação ao lon­ga. Se você chegou a ver os dois, gostaria de saber: o que você achou da adap­tação? Foi rel­a­ti­va­mente fiel?

    Como entreten­i­men­to puro, ape­nas para dar risadas sem a mín­i­ma reflexão, O Bem Ama­do é o filme cer­to. Já para aque­les que não aguen­tam mais per­son­agens total­mente este­ri­oti­pa­dos, diál­o­gos bati­dos e situ­ações esti­lo “Zor­ra Total”, sugiro procu­rar out­ra coisa para assistir.

    Out­ras críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=ChmKFr1TQT8

  • Crítica: Esquadrão Classe A

    Crítica: Esquadrão Classe A

    Esquadrão Classe A

    Nos últi­mos tem­pos o que mais tem apare­ci­do, de filmes, são remakes e todos os tipos  de adap­tações, remod­e­ladas para se tornarem grandes block­busters (que muitas vezes fra­cas­saram). Parece até que se está pas­san­do por uma crise grande de cria­tivi­dade entre os roteiris­tas e pro­du­tores. Esquadrão Classe A (The A‑Team, EUA, 2010), de Joe Car­na­han, se encaixa per­feita­mente na descrição ante­ri­or, mas por con­seguir ter óti­mas sacadas e pos­suir um ar meio retrô de anti­gos filmes de ação, con­seguiu se destacar entre eles.

    Logo de iní­cio temos uma bela apre­sen­tação de como se deu a for­mação do Esquadrão Classe A: Han­ni­bal (Liam Nee­son), Face (Bradley Coop­er), Bara­cus (Quin­ton ‘Ram­page’ Jack­son) e Mur­dock (Sharl­to Cop­ley). E difer­ente de out­ros times, o difer­en­cial deste é sua cria­tivi­dade e ousa­dia, total­mente kamikaze, para elab­o­rar e efe­t­u­ar planos mirabolantes nas suas missões.

    Ao con­trário do orig­i­nal, em que eram vet­er­a­nos do Viet­nã, ago­ra eles são do Iraque. E a respeito dis­so há uma toma­da bem inter­es­sante, ape­sar de ser bem sin­gela e ráp­i­da, de quan­do estão no Iraque, mostran­do um com­pan­heiris­mo e frater­nidade entre o exérci­to amer­i­cano e os civis iraquianos. Talvez seja mais uma, das mil­hões, ten­ta­ti­vas sub­lim­inares de ten­tar “ree­scr­ev­er” a história dos EUA, que nos remete a George Orwell, no livro 1984: “Quem con­tro­la o pas­sa­do, con­tro­la o futuro; quem con­tro­la o pre­sente, con­tro­la o pas­sa­do.”. Mas difer­entes de vários out­ros filmes do gênero, os inimi­gos do Esquadrão Classe A não são estrangeiros malu­cos (rus­sos come­dores de cri­anc­in­has, viet­na­mi­tas assus­ta­dores, japone­ses psicóti­cos, …), que tor­na o enre­do bem mais sóli­do e verídico.

    Cenas de ação é que não fal­tam, acred­i­to que a frase que mel­hor resume Esquadrão Classe A é: “se você pode colo­car mais, porque não colo­car ain­da mais”? Ou seja, somos bom­bardea­d­os com uma cena de ação atrás da out­ra, bem mega­lo­manía­cas, mas seguin­do um bom esti­lo como os da série James Bond. Ape­sar de você saber que quase tudo aqui­lo nun­ca pode­ria acon­te­cer no mun­do real, é jus­ta­mente nis­so que se encon­tra a beleza e o encan­ta­men­to. Isso é claro, se deu prin­ci­pal­mente pelo humor muito bem feito, reple­to de citações de ele­men­tos do dia a dia de grande parte do públi­co. As tomadas com tiradas (piad­in­has) sobre os filmes em 3D, o Blue Man Group, e dos jogos de videogames, com a frase “Whoah, it’s just like Call of Duty!” (Nos­sa, é como em Call of Dut­ty!), são inesquecíveis.

    Esquadrão Classe A é para se diver­tir e cur­tir (muitas) boas cenas de ação. Quem con­hecia e gosta­va da séire de TV, na qual foi basea­da, acred­i­to que terá vários flash­backs dela e não dev­erá se desapon­tar com esta nova versão.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=Qben_-rBE3w