Tag: Oscar 2011

  • ¨Em um mundo melhor¨ ganha o Oscar de melhor filme estrangeiro

    ¨Em um mundo melhor¨ ganha o Oscar de melhor filme estrangeiro

    Na madru­ga­da dessa segun­da-feira a Dina­mar­ca foi agra­ci­a­da com o Oscar de Mel­hor Filme Estrangeiro por Em um mun­do mel­hor dirigi­do por Susanne Bier. O filme que já havia rece­bido o Globo de Ouro nes­sa mes­ma cat­e­go­ria é dis­tribuí­do no Brasil pela Cal­i­for­nia Filmes e estreia no país no dia 11 de março.

    Em um mun­do mel­hor con­ta a história de Anton, um médi­co que divide sua vida numa idíli­ca cidade da Dina­mar­ca com o tra­bal­ho num cam­po de refu­gia­dos africanos. Ness­es dois mun­dos dis­tin­tos, ele e sua família enfrentam con­fli­tos que os lev­am à difí­cil escol­ha entre a vin­gança e o perdão.

    Anton e sua esposa Mar­i­anne têm dois fil­hos pequenos e estão sep­a­ra­dos e brig­an­do pelo divór­cio. Elias, o fil­ho mais vel­ho de 10 anos, está sofren­do bul­ly­ing na esco­la até ser defen­di­do por Chris­t­ian, um aluno novo recém chega­do de Lon­dres com o pai, Claus. A mãe de Chris­t­ian fale­ceu recen­te­mente em decor­rên­cia de um câncer e o garo­to está muito toca­do pela morte dela.

    Elias e Chris­t­ian logo esta­b­ele­cem um forte laço, mas quan­do Chris­t­ian envolve Elias num perigoso ato de vin­gança com pos­síveis trág­i­cas con­se­quên­cias, a amizade deles é colo­ca­da em jogo e suas vidas cor­rem peri­go. Por fim, são os pais que acabam aju­dan­do os garo­tos a lidar com a com­plex­i­dade das emoções humanas, com a dor e o gostar.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=84WhAEBD060

  • Crítica: O Discurso do Rei

    Crítica: O Discurso do Rei

    Nada de novi­dade com filmes que fler­tam com a real­i­dade, parece que o selo ¨basea­do em fatos reais¨ tem lev­a­do um grande número de pes­soas para os cin­e­mas nas últi­mas tem­po­radas. O Dis­cur­so do Rei (The King’s Speech, Inglaterra/E.U.A/Austrália, 2010), de Tom Hoop­er, é um lon­ga que vem com essa pre­mis­sa, mas tra­bal­ha­do de uma for­ma tão pri­morosa que a figu­ra públi­ca do Rei George VI, pai da atu­al Rain­ha Eliz­a­beth, é a que menos importa.

    Albert (Col­in Firth), con­heci­do como Rei George VI em hom­e­nagem ao seu pai, jun­to com seu irmão, são os suces­sores ao trono da Inglater­ra. O cenário mundi­al vive o caos com o auge do Nazis­mo na Ale­man­ha e a Inglater­ra aca­ba de perder o seu rei. Albert enfrenta prob­le­mas em aceitar a sucessão pelo seu irmão mais vel­ho e ain­da lida com uma dis­femia na fala, esta sendo um fator fun­da­men­tal para um rei e seus dis­cur­sos. Jun­ta­mente com sua mul­her Liz (Hele­na Boham Carter), estão a procu­ra de meios para que pos­sa tratar e esse prob­le­ma e acabam por encon­trar o excên­tri­co Dr. Lionel Logue (Geofrey Rush), que usa os meios menos con­ven­cionais de tratamento.

    O Dis­cur­so do Rei pode­ria ser mais um lon­ga históri­co sobre um momen­to difí­cil do reina­do na Inglater­ra mod­er­na, mas o foco do enre­do se man­tém sem­pre em Albert, uma figu­ra públi­ca ten­tan­do lidar com seus prob­le­mas como um homem comum, car­i­catu­ra pouco atribuí­da a um rei. George VI e o o doutor Logue for­mam uma dupla excên­tri­ca, têm uma amizade que vai se fir­man­do com o pas­sar das situ­ações e ambos desen­volvem uma veia cômi­ca muito inter­es­sante durante o lon­ga. O espec­ta­dor oscila sua atenção nos dois per­son­agens prin­ci­pais inter­pre­ta­dos por Col­in Firth, como o rei pouco à von­tade nes­sa posição e reprim­i­do per­ante seu trau­ma de fala, ou ain­da, em Geofrey Rush, um homem sim­ples e bas­tante diver­tido ape­sar da seriedade inglesa/australiana, que toca fun­do em várias questões par­tic­u­lares para tratar de George.

    Ain­da, a pre­sença da Sra. Tim Bur­ton — Helen Boham Carter — não traz nada de pom­pas, como já cos­tumeiro quan­do ela está no elen­co. E isso é um fator que causa inter­esse, a atriz como esposa de Albert — ou Bert­tie, como ela chama — é uma figu­ra sin­gu­lar e amorosa, como uma boa esposa da época, mas isso sem gen­er­al­iza­ções e sim trata­do de for­ma simples.

    A fotografia de O Dis­cur­so do Rei retra­ta muito bem todo o charme da clás­si­ca e gél­i­da Lon­dres dos anos 20 e 30. Muito cin­za e cores derivadas, cenários com design de inte­ri­or min­i­mal­ista e de época são os pon­tos altos ali­a­dos com os planos ora foca­dos nas expressões das per­son­agens, ora com a câmera em posições ousadas nos can­tos do cenário. O duo de inter­pre­tação e tra­bal­ho téc­ni­co dão ao lon­ga boa parte da difer­en­ci­ação necessária para que não se torne mais um filme de época sim­plista e sim sobre pes­soas, suas relações e superações.

    Para efeitos de pre­mi­ações, O Dis­cur­so do Rei é um pra­to cheio prin­ci­pal­mente pelo fato de ser biográ­fi­co e com atu­ações certeiras. Não é mais um lon­ga comum, é ousa­do na medi­da cer­ta para atrair aos poucos um públi­co mais desacos­tu­ma­do com filmes min­i­mal­is­tas, e prin­ci­pal­mente, pela iden­ti­fi­cação de uma figu­ra públi­ca como um homem comum em bus­ca de super­ação, fator inegáv­el que vem atrain­do cada vez mais pes­soas ao cinema.

    Out­ras críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=3_6GnqyO1Y8k

  • Oscar 2011: Categoria de melhor filme

    Oscar 2011: Categoria de melhor filme

    Mes­mo que atual­mente as grandes pre­mi­ações cin­e­matográ­fi­cas sejam sim­ples meios de ala­van­car car­reiras e até mes­mo de pro­mover políti­cas exter­nas de país­es, é inegáv­el que ess­es even­tos pos­suam um charme próprio, prin­ci­pal­mente para ciné­fi­los e espec­ta­dores que fre­quen­tam as salas de cin­e­mas ao lon­go do ano. As prin­ci­pais pre­mi­ações mundi­ais atual­mente se divi­dem em con­ti­nentes e em deter­mi­na­dos eixos de pro­dução, há para todos os gos­tos, dos block­busters aos alternativos.

    O Oscar é a prin­ci­pal pre­mi­ação há mais de meio sécu­lo, pelo menos no mer­ca­do cin­e­matográ­fi­co amer­i­cano. Surgiu ain­da na déca­da de 20 do sécu­lo pas­sa­do com o propósi­to de pre­mi­ar os tra­bal­hos dos profis­sion­ais de cin­e­ma nos E.U.A. na época mais pro­lí­fi­ca de Hol­ly­wood. O prêmio ten­ta abranger todas as áreas de pro­dução de filmes, des­de o filme em ger­al — incluin­do a recepção nas bil­hete­rias — pas­san­do pelas atu­ações e indo até a mon­tagem, fotografia e etc. Ain­da, são pre­mi­a­dos os mel­hores filmes estrangeiros — indi­ca­dos por um grupo de espe­cial­is­tas de cada país — mel­hor ani­mação, mel­hor doc­u­men­tário e curta-metragem.

    Em 2011 a lista de indi­ca­dos aos mel­hores filmes está bem diver­sa, incluin­do alguns lon­gas com pro­dução con­jun­ta com out­ros país­es. O inter­ro­gAção reuniu aqui links de críti­cas e breves comen­tários dos indi­ca­dos do mais esper­a­do prêmio da noite do dia 27 de fevereiro: o de Mel­hor Filme.

    Filmes indi­ca­dos na cat­e­go­ria de Mel­hor Filme Oscar 2011:


    Cisne Negro - Um dos filmes mais aguarda­dos desse ini­cio de ano no país. O lon­ga é mais uma pro­dução do cul­tua­do dire­tor amer­i­cano Dar­ren Aronof­sky. O dire­tor é con­heci­do por traz­er ver­dadeiras odis­séias em torno dos dra­mas psi­cológi­cos humanos e em Cisne Negro ele traz a saga de Nina, uma baila­r­i­na em bus­ca da per­feição. Fotografia e tril­has sono­ras impecáveis ali­adas a óti­mas atuações. 

    Leia a Críti­ca de Cisne Negro

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=gH3ul7q8HLg


    A Origem — Com certeza um dos filme mais comen­ta­dos, e teoriza­dos, dos últi­mos tem­pos. Christo­pher Nolan, que tam­bém fez os dois últi­mos Bat­man, trouxe este filme excep­cional, tan­to em con­teú­do quan­to visual­mente, sobre um mun­do onde é pos­sív­el entrar na mente das pes­soas, enquan­to elas son­ham, para roubar seus segredos. 

    Leia a Críti­ca de A Origem

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=PPuBaLdsVUQ


    O Dis­cur­so do Rei — Uma exce­lente pro­dução amer­i­cana e ingle­sa traz um momen­to históri­co impor­tante da Inglater­ra com foco numa situ­ação inusi­ta­da, a gagueira do rei George VI, pai da atu­al Rain­ha Eliz­a­beth. A Inglater­ra esta­va prestes a entrar na Segun­da Guer­ra Mundi­al quan­do o rei George está enfrentan­do sua pior crise de gagueira, mas com a aju­da do nada con­ven­cional Dr. Logue ele ten­ta super­ar este prob­le­ma. Um forte can­dida­to a estat­ue­ta com uma fotografia sensacional.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=3_6GnqyO1Y8


    A Rede Social — Trans­for­mar a história da cri­ação do Face­book em um suces­so nas bil­hete­rias e mes­mo assim con­seguir agradar os vici­a­dos em tec­nolo­gia (além de um públi­co mais téc­ni­co) não é para qual­quer um. David Finch­er con­seguiu faz­er essa proeza com um filme total­mente não lin­ear e sobre­car­rega­do de infor­mações, assim como a própria internet. 

    Leia a Críti­ca de A Rede Social

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    httpv://www.youtube.com/watch?v=cRSTySErIHg


    Min­has Mães e meu Pai - Uma das indi­cações mais esquisi­tas do ano. Um filme polêmi­co, para os padrões amer­i­canos, traz um casal de lés­bi­cas — com papéis extrema­mente het­eros­sex­u­ais — enfrentan­do os prob­le­mas desse novo for­ma­to de família, inclu­sive a chance de uma delas se inter­es­sar por um homem. Destaque para a atriz Annete Ben­ning, como a ¨chefe¨ da família. 

    Leia a Críti­ca de Min­has Mães e meu Pai

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=JTbhLGnM874


    Toy Sto­ry 3 — A Pixar é hoje um dos mais cul­tua­dos estú­dios de ani­mações do mun­do. Esta é a segun­da sequên­cia de seu primeiro tra­bal­ho, que a fez ficar con­heci­da mundial­mente, e não é por aca­so que havia uma grande expec­ta­ti­va, além de um enorme receio, a respeito deste lon­ga. Feliz­mente, para a ale­gria de seu públi­co, eles con­seguiram não só cri­ar algo de óti­ma qual­i­dade, tan­to em históri­ca quan­to em visu­al, mas tam­bém super­ar as expec­ta­ti­vas de muitos. 

    Leia a Críti­ca de Toy Sto­ry 3

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=CHA3Kss72Ro


    127 Horas — Lon­ga basea­do na história real de um alpin­ista amer­i­cano que ficou com uma parte de seu cor­po pre­so em uma fen­da nas mon­tan­has de Utah, dos Esta­dos Unidos. Dan­ny Boyle trouxe um filme car­ac­terís­ti­co do seu esti­lo, acel­er­a­do e vis­cer­al, para pren­der a atenção do públi­co em uma história rel­a­ti­va­mente sim­ples, que se pas­sa prati­ca­mente em um úni­co lugar. 

    Leia a Críti­ca de 127 Horas

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    httpv://www.youtube.com/watch?v=ivp3I_8shRg


    Bravu­ra Indômi­ta — Os irmãos Coen são o orgul­ho do cin­e­ma amer­i­cano, sem som­bra de dúvi­das. Com esse lon­ga hom­e­nageam a época clás­si­ca dos west­erns hol­ly­wood­i­anos, trazen­do um remake de um filme estre­la­do por John Wayne, da história da cora­josa jovem Mat­tie Ross que bus­ca vin­gança pela morte do pai. No elen­co há Jeff Brides — Oscar de mel­hor ator ano pas­sa­do — Matt Damon e Hailee Steinfeld. 

    Leia a Críti­ca de Bravu­ra Indômita

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=AfCWTEPEh6Q


    Inver­no da Alma - Surgin­do sem maiores pre­ten­sões o lon­ga impres­sio­nou a grande críti­ca e as bil­hete­rias apre­sen­tan­do a jovem Jen­nifer Lawrence como uma nova promes­sa do cin­e­ma e forte can­di­da­ta a cat­e­go­ria de mel­hor atriz. O lon­ga tra­ta de mostrar uma parte triste e sór­di­da da Améri­ca onde uma jovem garo­ta tem que cuidar da família custe o que custar.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=BmVTox-Y2pg


    O Vence­dor - Tam­bém basea­do em fatos reais, ago­ra temos um lon­ga sobre parte da vida do box­eador Micky Ward. Dirigi­do por David O. Rus­sel , o filme chama atenção pela relação entre os seus per­son­agens e um desvio aos papéis tipi­ca­mente car­i­catos deste gênero. Para muitos, este pode não ser o mais forte indi­ca­do des­ta cat­e­go­ria, mas é apos­ta­do que Chris­t­ian Bale gan­he como mel­hor ator coadjuvante.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=Wbc_aeLZjCM