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  • A Noite Do Vampiro

    A Noite Do Vampiro

    Os vam­piros não são mais seres medonhos e ladrões de sangue como Bram Stok­er descreveu em seu clás­si­co Drácu­la, de 1987. Hoje, eles tomaram con­ta do imag­inário pop­u­lar e são febre entre nove de dez ado­les­centes, pas­saram do mito de medo para fig­uras pop con­tem­porâneas. Em A Noite do Vam­piro (2006), do ani­mador Alê Camar­go, o vam­piro tam­bém é uma figu­ra comum, urbana e aci­ma de tudo, divertida.

    A Noite do Vam­piro é uma ver­são paulista de um Nos­fer­atu atra­pal­ha­do. Assim que resolve deitar em seu leito, o vam­piro se vê acoa­do por um predador muito pior que ele mes­mo. A ani­mação é rec­hea­da de detal­h­es cômi­cos que mes­mo as vezes beiran­do a pieguice arran­ca algu­mas boas risadas.

    O ani­mador Alê Camar­go tra­bal­ha com 3D des­de 1996 e con­ce­beu A Noite Do Vam­piro jun­ta­mente com a Buba Filmes, sua pro­du­to­ra. Gan­hou vários prêmios com o cur­ta que, com uma atmos­fera noir e uso de piadas pastelão, fez jus ao públi­co do Ani­ma Mun­di de 2007.

    httpv://www.youtube.com/watch?v=kMX163I2bxI

  • Crítica: Gilda

    Crítica: Gilda

    Gilda

    Após a Grande Depressão nos E.U.A. muitos filmes poli­ci­ais, reple­tos de intri­gas e sus­pense, foram feitos. Inspi­ra­dos nos filmes de ter­ror dos anos 30 e no Expres­sion­is­mo Alemão, eles se tornaram um imen­so suces­so de críti­ca e públi­co. Ess­es foram os chama­dos filmes Noir. E Gil­da (Gil­da, EUA , 1946), de Charles Vidor foi um dos filmes de maior destaque nes­sa época.

    Estre­lando Rita Hay­worth, como a sedu­to­ra pro­tag­o­nista, temos uma das primeira pelícu­las a explo­rar a sen­su­al­i­dade fem­i­ni­na sem cair na vul­gar­i­dade. John­ny Far­rell (Glenn Ford) é um vigarista e em um jogo de car­tas se envolve em prob­le­mas. Sua vida é sal­va por Ballin Mund­son (George Macready), dono de um famoso clube noturno na cidade de Buenos Aires. A amizade deles é abal­a­da quan­do Mund­son retor­na de uma viagem com a nova esposa Gil­da, que havia sido namora­da de Far­rell no passado.

    A Segun­da Guer­ra Mundi­al teve seu fim em 1945, esse fato influ­en­ciou dire­ta­mente no filme. Final­mente, o mun­do res­pi­ra­va um pouco de paz após tan­tos anos de caos, os bon vivants começaram a dar as caras e os cassi­nos se tornaram um refú­gio. A mul­her começa a con­quis­tar alguns de seus dire­itos e sua voz ecoa no cin­e­ma. Ela deixa de ser vista como um ser pas­si­vo e se tor­na cen­tro de atenções e discussões.

    O dire­tor Charles Vidor con­seguiu mesclar com maes­tria todo o cli­ma de sus­pense com a sen­su­al­i­dade de Gil­da. Rita Hay­worth se tornou mundial­mente famosa por causa de sua per­son­agem, que foi con­sid­er­a­da uma das primeiras femme fatales do cin­e­ma. Uma cena mem­o­ráv­el é a que ela can­ta Put the blame on Mame no cassi­no, ao reti­rar as luvas enquan­to dança. A canção foi cri­a­da jus­ta­mente para o filme e até hoje é lis­ta­da como um dos momen­tos mais sen­suais do cinema.

    Gil­da é um clás­si­co porque con­seguiu reunir todas as car­ac­terís­ti­cas do bom cin­e­ma: sen­su­al­i­dade sem vul­gar­i­dade, intri­gas e um bom sus­pense. Com­para­do com o cin­e­ma atu­al, ele pode ser con­sid­er­a­do um filme inocente. O sim­ples ato de tirar as luvas era con­sid­er­a­do obsceno, o que diz­er das ten­ta­ti­vas cin­e­matográ­fi­cas de hoje, que mostram atrizes nuas sem moti­vo aparente, que explo­ram a sen­su­al­i­dade da mul­her de for­ma vul­gar? São questões como essas que tor­nam Gil­da um filme eter­no, um ver­dadeiro clás­si­co do cinema.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=Tzg_1XwzG08