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  • Musical Sondheim´s Company na UCI

    Musical Sondheim´s Company na UCI

    A Rede UCI exibe nos dias 29 e 30 de setem­bro e 02 e 04 de out­ubro o musi­cal Sondheim´s Com­pa­ny, que será trans­mi­ti­do em oito salas de cin­e­ma da rede espal­ha­dos pelo Brasil. Em Curiti­ba, o espetácu­lo será exibido no cin­e­ma UCI Pal­la­di­um. Essa será a primeira vez que a Rede UCI trans­mite um musi­cal da famosa com­pan­hia norte americana.

    A pro­dução da New York Phil­har­mon­ic foi grava­da ao vivo em 2011, com um estre­la­do elen­co dos pal­cos amer­i­canos e da TV, incluin­do Neil Patrick Har­ris, Chris­tine Hen­dricks, Jon Cry­er e Pat­ti LuPone. Escrito e com­pos­to por Stephen Sond­heim, o musi­cal se pas­sa em uma série de insights e con­ta a dramáti­ca história de Robert, um homem solteiro que não con­segue se com­pro­m­e­ter a relacionamentos.

    Além de Curiti­ba, o show será trans­mi­ti­do nos cin­e­mas do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, For­t­aleza, Sal­vador, Ribeirão Preto.

    Os ingres­sos cus­tam R$ 60 e R$ 30 (meia-entra­da) e poderão ser adquiri­dos nas bil­hete­rias e ter­mi­nais de autoa­tendi­men­to. Para mais infor­mações, como pro­gra­mação e pro­moções, acesse ao site da rede: www.ucicinemas.com.br.

    Serviço:
    29 de setem­bro (sába­do): 14h
    30 de setem­bro (domin­go): 14h
    02 de out­ubro (terça): 20h
    04 de out­ubro (quin­ta): 20h

    UCI Pal­la­di­um – Sala 04
    Av. Pres­i­dente Kennedy, 4121/ Loja 4001
    Portão – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80610–905

  • Crítica: Burlesque

    Crítica: Burlesque

    Pense em um óti­mo meio audio­vi­su­al de ala­van­car nova­mente uma car­reira. Se você pen­sou em cin­e­ma, acer­tou! Bur­lesque (EUA, 2010), dirigi­do pelo estre­ante Steve Antin, aparenta ser a ten­ta­ti­va de Christi­na Aguil­era bril­har nova­mente nos olhos e nos ouvi­dos das pes­soas. Mas quem disse que é fácil faz­er um longa?

    O enre­do é bem sim­ples, e muito bati­do, onde uma garo­ta do inte­ri­or, cujo grande tal­en­to é a sua voz, vai para a cidade grande ten­tar uma vida mais emo­cio­nante e lá pas­sa por várias difi­cul­dades antes de virar uma estrela (isso já é rev­e­la­do logo no iní­cio do filme). Além de, é claro, encon­trar seu grande amor. Ela é Ali (Christi­na Aguil­era) e na procu­ra de um emprego como back­ing vocal, encon­tra por aca­so um lugar chama­do “The Bur­lesque Lounge”, um cabaré, admin­istra­do por Tess (Cher), a úni­ca que sabe can­tar no local.

    Um dos primeiros filmes que vem com um sen­ti­men­to de “eu já vi isso antes” é Show Bar, dirigi­do por David McNal­ly, que aliás dá um show com­para­do a este aqui. Além dis­so, Bur­lesque parece mais um Moulain Rouge atu­al­iza­do, só que total­mente vazio. Aliás, o lon­ga inteiro remete bas­tante ao video­clipe da músi­ca Lady Mar­malade, que faz parte da tril­ha sono­ra do Moulain Rouge, onde a própria Aguil­era par­tic­i­pa, jun­to com Lil’ Kim, Mya e Pink.

    Filmes com can­toras famosas não é nen­hu­ma novi­dade no mun­do do cin­e­ma. É pos­sív­el clas­si­ficar eles em dois tipos: onde a voz dessas cele­bri­dades é o atra­ti­vo prin­ci­pal ou aque­le em que é dado ênfase na atu­ação delas. Nes­ta primeira cat­e­go­ria se enquadra o próprio Bur­lesque e out­ros filmes como Glit­ter, com Mari­ah Car­rey. Na segun­da temos Cross­roads — Ami­gas para Sem­pre, com Brit­ney Spears, e o recente Plano B, com Jen­nifer Lopes.

    Se um dos atra­tivos de Bur­lesque era a voz de Aguil­era, ou da Cher, o play­back descara­do (a voz tem que estar sem­pre per­fei­ta) con­segue cor­tar qual­quer cli­max que o som pode­ria cri­ar. Isso sem falar na pés­si­ma atu­ação das duas. Até que a Cher não se sai tão mal em com­para­ção a Aguil­era, que tem sem­pre a mes­ma cara, mas, em ger­al, a Jen­nifer Lopes dá de dez a zero em relação a atu­ação das duas. Ape­sar de serem breves momen­tos, fica muito claro toda a exal­tação em relação a voz de Christi­na Aguil­era. Alguém pode­ria comen­tar que é só uma história, que nada tem haver com a can­to­ra em si, mas se fos­se só isso, não seria pre­ciso este exagero todo.

    Pra quem gos­ta de roupas, acessórios e maquia­gens, acred­i­to que não se sur­preen­derá muito com estes ele­men­tos em Bur­lesque, pois todo o esti­lo exibido já é usa­do bas­tante pela mídia em ger­al. Esteti­ca­mente, NINE con­segue ser mais inter­es­sante que este filme. Para quem gos­ta de musi­cal e um visu­al mais góti­co, recomen­do Sweeney Todd — O Bar­beiro Demonía­co da Rua Fleet, do Tim Bur­ton.

    Bur­lesque aca­ba sendo cansati­vo pois além da história ser demasi­da­mente super­fi­cial, que se alon­ga até não poder mais, as atu­ações prin­ci­pais não con­vencem em nada. Repe­tir uma fór­mu­la de suces­so, nem sem­pre dá cer­to. Só para não ger­ar nen­hu­ma con­fusão: não ten­ho nada con­tra nen­hu­ma das can­toras do filme, nem do fato delas estarem par­tic­i­pan­do de um lon­ga em si.

    Out­ras críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=pBb6xpw-1Og

  • Crítica: NINE

    Crítica: NINE

    filme nine

    Uma entre­vista, fil­ma­da em pre­to-e-bran­co, com um dire­tor de cin­e­ma falan­do sobre a sua própria visão do proces­so de pro­dução da arte cin­e­matográ­fi­ca, com fras­es que pare­cem ter saí­do de um livro de ano­tações (Notas sobre o Cin­e­matográ­fi­co) do dire­tor Robert Bres­son, dá iní­cio ao filme NINE (NINE, EUA, 2009), dirigi­do por Rob Mar­shall.

    Gui­do Con­ti­ni (Daniel Day-Lewis[bb]) é este dire­tor, que está prestes a começar a rodar seu nono filme, quan­do lhe ocorre uma crise de blo­queio de cria­tivi­dade. Ele não tem a mín­i­ma ideia de como começar o roteiro, nem sobre o que o filme vai ser, sabe ape­nas que o títu­lo será Itália e que será fil­ma­do naque­le país. Enquan­to ten­ta super­ar esta crise, está sem­pre cer­ca­do e fan­tasian­do com as mul­heres que mais têm importân­cia na sua vida: a amante sen­su­al, Car­la (Pené­lope Cruz[bb]), a esposa ded­i­ca­da, Luisa (Mar­i­on Cotil­lard[bb]), sua musa, Clau­dia (Nicole Kid­man[bb]), a fig­urin­ista e con­fi­dente, Lil­li (Judi Dench[bb]), a repórter sedu­to­ra e esfuziante da Vogue (Kate Hud­son[bb]), a pros­ti­tu­ta esclare­ce­do­ra da sua juven­tude (Sta­cy Fer­gu­son[bb]) e a sua queri­da mãe (Sophia Loren[bb]). Para Gui­do, o olhar do dire­tor deve ser de uma cri­ança, que vai brin­can­do e escol­hen­do o que mais lhe dá praz­er de assi­s­tir, e é o con­ta­to com sua própria cri­ança que ele está bus­can­do para poder nova­mente dirigir.

    Por ser basea­do no espetácu­lo teatral de suces­so da Broad­way com o mes­mo nome, que por sua vez, é uma releitu­ra do filme 8 ½, de Fed­eri­co Felli­ni[bb], criou-se mui­ta expec­ta­ti­va em torno dele, ain­da mais pelo fato de ser dirigi­do pelo mes­mo real­izador do suces­so Chica­go. Fica difí­cil clas­si­ficar NINE como um musi­cal, pois ele mais parece ser um amon­toa­do de tomadas com fil­ma­gens de um show de teatro cantado.

    Ain­da não vi 8 ½, então não me sin­to a von­tade de faz­er qual­quer tipo de com­para­ção com coisas que já li a respeito do filme, mas ape­sar dis­to já me sin­to con­cor­dan­do com a opinião da críti­ca fei­ta por Nel­son Hoin­eff.

    Fiquei com a sen­sação, nas partes musi­cal­izadas pelas atrizes fem­i­ni­nas, que pare­ci­am clipes de amado­ras onde, com muito esforço e din­heiro, ten­tavam pas­sar glam­our e sedução para as telas, mas no final acabavam por mostrar ape­nas gestos sin­croniza­dos e músi­cas vazias.

    Os cenários, prin­ci­pal­mente durante as músi­cas, apre­sen­taram um efeito inter­es­sante dev­i­do a maio­r­ia das vezes mostrar suas partes incom­ple­tas, crian­do a impressão de estar assistin­do a um show den­tro de um teatro. Pare­cia haver sem­pre um gigan­tesco cenário que era cuida­dosa­mente tro­ca­do a cada ato.

    Já os per­son­agens davam, na maio­r­ia das vezes, a sen­sação de estarem sem­pre atuan­do de uma maneira meio per­di­da diante da câmera, como se a própria crise de Gui­do, que não definia nen­hum papel para seus atores, estivesse fazen­do efeito sobre eles. Não foi nada agradáv­el ver Judi Dench em um papel tão vazio.

    NINE pode até ser um filme para quem dese­ja ver belas atrizes em roupas mín­i­mas, fazen­do pos­es e bocas, e Daniel (Gui­do) cor­ren­do de um lado para o out­ro enquan­to can­ta, mas não para alguém que anseia por algo sedu­tor e com conteúdo.

    Con­fi­ra tam­bém a críti­ca deste filme no blog Claque ou Cla­que­te, por Joba Tri­dente.

    Trail­er: