Tag: minhas mães e meu pai

  • Oscar 2011: Categoria de melhor filme

    Oscar 2011: Categoria de melhor filme

    Mes­mo que atual­mente as grandes pre­mi­ações cin­e­matográ­fi­cas sejam sim­ples meios de ala­van­car car­reiras e até mes­mo de pro­mover políti­cas exter­nas de país­es, é inegáv­el que ess­es even­tos pos­suam um charme próprio, prin­ci­pal­mente para ciné­fi­los e espec­ta­dores que fre­quen­tam as salas de cin­e­mas ao lon­go do ano. As prin­ci­pais pre­mi­ações mundi­ais atual­mente se divi­dem em con­ti­nentes e em deter­mi­na­dos eixos de pro­dução, há para todos os gos­tos, dos block­busters aos alternativos.

    O Oscar é a prin­ci­pal pre­mi­ação há mais de meio sécu­lo, pelo menos no mer­ca­do cin­e­matográ­fi­co amer­i­cano. Surgiu ain­da na déca­da de 20 do sécu­lo pas­sa­do com o propósi­to de pre­mi­ar os tra­bal­hos dos profis­sion­ais de cin­e­ma nos E.U.A. na época mais pro­lí­fi­ca de Hol­ly­wood. O prêmio ten­ta abranger todas as áreas de pro­dução de filmes, des­de o filme em ger­al — incluin­do a recepção nas bil­hete­rias — pas­san­do pelas atu­ações e indo até a mon­tagem, fotografia e etc. Ain­da, são pre­mi­a­dos os mel­hores filmes estrangeiros — indi­ca­dos por um grupo de espe­cial­is­tas de cada país — mel­hor ani­mação, mel­hor doc­u­men­tário e curta-metragem.

    Em 2011 a lista de indi­ca­dos aos mel­hores filmes está bem diver­sa, incluin­do alguns lon­gas com pro­dução con­jun­ta com out­ros país­es. O inter­ro­gAção reuniu aqui links de críti­cas e breves comen­tários dos indi­ca­dos do mais esper­a­do prêmio da noite do dia 27 de fevereiro: o de Mel­hor Filme.

    Filmes indi­ca­dos na cat­e­go­ria de Mel­hor Filme Oscar 2011:


    Cisne Negro - Um dos filmes mais aguarda­dos desse ini­cio de ano no país. O lon­ga é mais uma pro­dução do cul­tua­do dire­tor amer­i­cano Dar­ren Aronof­sky. O dire­tor é con­heci­do por traz­er ver­dadeiras odis­séias em torno dos dra­mas psi­cológi­cos humanos e em Cisne Negro ele traz a saga de Nina, uma baila­r­i­na em bus­ca da per­feição. Fotografia e tril­has sono­ras impecáveis ali­adas a óti­mas atuações. 

    Leia a Críti­ca de Cisne Negro

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=gH3ul7q8HLg


    A Origem — Com certeza um dos filme mais comen­ta­dos, e teoriza­dos, dos últi­mos tem­pos. Christo­pher Nolan, que tam­bém fez os dois últi­mos Bat­man, trouxe este filme excep­cional, tan­to em con­teú­do quan­to visual­mente, sobre um mun­do onde é pos­sív­el entrar na mente das pes­soas, enquan­to elas son­ham, para roubar seus segredos. 

    Leia a Críti­ca de A Origem

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=PPuBaLdsVUQ


    O Dis­cur­so do Rei — Uma exce­lente pro­dução amer­i­cana e ingle­sa traz um momen­to históri­co impor­tante da Inglater­ra com foco numa situ­ação inusi­ta­da, a gagueira do rei George VI, pai da atu­al Rain­ha Eliz­a­beth. A Inglater­ra esta­va prestes a entrar na Segun­da Guer­ra Mundi­al quan­do o rei George está enfrentan­do sua pior crise de gagueira, mas com a aju­da do nada con­ven­cional Dr. Logue ele ten­ta super­ar este prob­le­ma. Um forte can­dida­to a estat­ue­ta com uma fotografia sensacional.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=3_6GnqyO1Y8


    A Rede Social — Trans­for­mar a história da cri­ação do Face­book em um suces­so nas bil­hete­rias e mes­mo assim con­seguir agradar os vici­a­dos em tec­nolo­gia (além de um públi­co mais téc­ni­co) não é para qual­quer um. David Finch­er con­seguiu faz­er essa proeza com um filme total­mente não lin­ear e sobre­car­rega­do de infor­mações, assim como a própria internet. 

    Leia a Críti­ca de A Rede Social

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=cRSTySErIHg


    Min­has Mães e meu Pai - Uma das indi­cações mais esquisi­tas do ano. Um filme polêmi­co, para os padrões amer­i­canos, traz um casal de lés­bi­cas — com papéis extrema­mente het­eros­sex­u­ais — enfrentan­do os prob­le­mas desse novo for­ma­to de família, inclu­sive a chance de uma delas se inter­es­sar por um homem. Destaque para a atriz Annete Ben­ning, como a ¨chefe¨ da família. 

    Leia a Críti­ca de Min­has Mães e meu Pai

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=JTbhLGnM874


    Toy Sto­ry 3 — A Pixar é hoje um dos mais cul­tua­dos estú­dios de ani­mações do mun­do. Esta é a segun­da sequên­cia de seu primeiro tra­bal­ho, que a fez ficar con­heci­da mundial­mente, e não é por aca­so que havia uma grande expec­ta­ti­va, além de um enorme receio, a respeito deste lon­ga. Feliz­mente, para a ale­gria de seu públi­co, eles con­seguiram não só cri­ar algo de óti­ma qual­i­dade, tan­to em históri­ca quan­to em visu­al, mas tam­bém super­ar as expec­ta­ti­vas de muitos. 

    Leia a Críti­ca de Toy Sto­ry 3

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=CHA3Kss72Ro


    127 Horas — Lon­ga basea­do na história real de um alpin­ista amer­i­cano que ficou com uma parte de seu cor­po pre­so em uma fen­da nas mon­tan­has de Utah, dos Esta­dos Unidos. Dan­ny Boyle trouxe um filme car­ac­terís­ti­co do seu esti­lo, acel­er­a­do e vis­cer­al, para pren­der a atenção do públi­co em uma história rel­a­ti­va­mente sim­ples, que se pas­sa prati­ca­mente em um úni­co lugar. 

    Leia a Críti­ca de 127 Horas

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=ivp3I_8shRg


    Bravu­ra Indômi­ta — Os irmãos Coen são o orgul­ho do cin­e­ma amer­i­cano, sem som­bra de dúvi­das. Com esse lon­ga hom­e­nageam a época clás­si­ca dos west­erns hol­ly­wood­i­anos, trazen­do um remake de um filme estre­la­do por John Wayne, da história da cora­josa jovem Mat­tie Ross que bus­ca vin­gança pela morte do pai. No elen­co há Jeff Brides — Oscar de mel­hor ator ano pas­sa­do — Matt Damon e Hailee Steinfeld. 

    Leia a Críti­ca de Bravu­ra Indômita

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=AfCWTEPEh6Q


    Inver­no da Alma - Surgin­do sem maiores pre­ten­sões o lon­ga impres­sio­nou a grande críti­ca e as bil­hete­rias apre­sen­tan­do a jovem Jen­nifer Lawrence como uma nova promes­sa do cin­e­ma e forte can­di­da­ta a cat­e­go­ria de mel­hor atriz. O lon­ga tra­ta de mostrar uma parte triste e sór­di­da da Améri­ca onde uma jovem garo­ta tem que cuidar da família custe o que custar.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=BmVTox-Y2pg


    O Vence­dor - Tam­bém basea­do em fatos reais, ago­ra temos um lon­ga sobre parte da vida do box­eador Micky Ward. Dirigi­do por David O. Rus­sel , o filme chama atenção pela relação entre os seus per­son­agens e um desvio aos papéis tipi­ca­mente car­i­catos deste gênero. Para muitos, este pode não ser o mais forte indi­ca­do des­ta cat­e­go­ria, mas é apos­ta­do que Chris­t­ian Bale gan­he como mel­hor ator coadjuvante.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=Wbc_aeLZjCM

  • Crítica: Minhas Mães e Meu Pai

    Crítica: Minhas Mães e Meu Pai

    Os novos arran­jos famil­iares são temas sem­pre muito per­ti­nentes. A aparente atu­al liber­dade de gêneros e esti­los de vida per­mitem que os con­ceitos de família mudem e se adaptem con­forme os mod­os de vida vigentes. Em Min­has Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right, E.U.A., 2010) de Lisa Cholo­denko, o argu­men­to apre­sen­ta­do é jus­ta­mente esse, que família é um con­ceito rel­a­ti­va­mente per­ma­nente inde­pen­dente das opções sex­u­ais de cada um.

    O casal homos­sex­u­al Nic (Annete Ben­ning) e Jules (Jul­liane Moore) estão jun­tas há quase 20 anos, elas tem dois fil­hos con­ce­bidos por insem­i­nação arti­fi­cial e edu­caram ess­es jovens com val­ores próprios como qual­quer out­ra família. Tudo bem até que os fil­hos ado­les­centes, Joni (Mia Wasikows­ka) e Laser (Josh Hutch­er­son) atraí­dos pela curiosi­dade, deci­dem ir atrás do pai biológi­co. O pai, um típi­co macho alfa, é Paul (Mark Ruf­fa­lo) que ao con­hecer os dois irmãos tam­bém resolve ser mais par­tic­i­pa­ti­vo na vida dessa família, cau­san­do inúmeros prob­le­mas à supos­ta esta­bil­i­dade do lar.

    O maior prob­le­ma de Min­has Mães e Meu Pai está na ten­ta­ti­va de desen­volvi­men­to do argu­men­to prin­ci­pal apre­sen­ta­do: um casal de mul­heres homos­sex­u­ais como uma família nor­mal viven­do os prob­le­mas clás­si­cos. O lon­ga sim­ples­mente não con­segue sus­ten­tar isso e infe­liz­mente, na ten­ta­ti­va de desen­ro­lar os fatos, muitos ele­men­tos acabam por desan­dar, fican­do clichês. Um dos ele­men­tos é a total fal­ta de quími­ca entre as per­son­agens de Jul­liane Moore e Annete Ben­ning, mes­mo que essa últi­ma este­ja sen­sa­cional no papel de chefe da família, que por tentarem a qual­quer cus­to pare­cer ¨um casal igual a out­ro qual­quer¨, ficou algo total­mente força­do e arti­fi­cial. Ain­da, o papel de Mark Ruf­fa­lo merece destaque, como um het­eros­sex­u­al típi­co, de meia idade procu­ran­do algum sen­ti­do pra sua vida, mas que sim­ples­mente some da tra­ma sem deixar nen­hum vestí­gio. Sua entra­da na história parece ser sim­ples­mente para colo­car à pro­va a união da família de Nic e Jules. 

    Mes­mo que alguns ele­men­tos não fun­cionem em Min­has Mães e Meu Pai, seu grande trun­fo está jus­ta­mente nas atu­ações, nos papéis inde­pen­dentes. Os dois prin­ci­pais destaques são Mia Wasikows­ka, muito difer­ente do seu insos­so papel em Alice de Tim Bur­ton, tra­bal­han­do a sua excen­t­ri­ci­dade de for­ma muito inter­es­sante ao usar isso no papel da jovem Joni. E, sem dúvi­das, a exce­lente atu­ação de Annete Ben­ning, que ao con­trário de Moore, dá vida a metódi­ca Nic, a chefe da família que con­segue arran­car alguns risos com seus com­por­ta­men­tos típi­cos de um pai, man­tene­dor de família. 

    Creio que o que cumpre o papel em Min­has Mães e Meu Pai é o fato de tratar de for­ma muito sim­ples, o rela­ciona­men­to e a família for­ma­da por duas mul­heres que desen­volvem seus próprios papeis den­tro do lar, com vários momen­tos cômi­cos que esta situ­ação pode ger­ar. Sin­ce­ra­mente, esper­a­va por um filme mais provoca­ti­vo com bem menos ele­men­tos força­dos, que em muito momen­tos realçam a situ­ação de supostas difer­enças. Infe­liz­mente, na ten­ta­ti­va de faz­er um filme leve sobre um assun­to que ain­da gera polêmi­ca, muitos ele­men­tos soaram desnecessários e politi­ca­mente cor­re­tos, mas mes­mo assim sendo um óti­mo entreten­i­men­to e garan­ti­n­do diversão.

    Out­ras críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=JTbhLGnM874