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  • Crítica: Os três Mosqueteiros

    Crítica: Os três Mosqueteiros

    ¨Um por todos e todos por um¨ é uma dessas fras­es literárias que viraram dita­do pop­u­lar com uma facil­i­dade tremen­da e que tem tudo para voltar à tona por algu­mas sem­anas nas salas de cin­e­ma de cir­cuito com­er­cial. Os Três Mos­queteiros (The Three Mus­ke­teers, Ale­man­ha, França, EUA e Inglater­ra, 2011), de Paul W.S. Ander­son é a mais nova adap­tação do romance históri­co de Alexan­dre Dumas e que, com algu­mas mod­i­fi­cações no enre­do, tra­bal­ha com uma ver­são mais atu­al­iza­da da história dos con­heci­dos heróis de espada.

    O romance históri­co, nesse caso tam­bém con­heci­do como capa-e-espa­da, do francês Alex­adre Dumas, tem a típi­ca nar­ra­ti­va da época em que muitos aspec­tos históri­cos e pecu­liares do momen­to são retrata­dos em for­ma de aven­tu­ra com mui­ta ação e heróis. Em Os Três Mos­queteiros, Athos, Porthos, Aramis e o jovem D’Artag­nan são apre­sen­ta­dos com a clás­si­ca visão fan­ta­siosa de heróis com espadas do sécu­lo 17 mas com uma roupagem tem­pera­men­tal mais bem humora­da do que na época. Ape­sar de bem car­ac­ter­i­za­dos a per­son­al­i­dade de cada um é deix­a­da mais de lado e o espíri­to de equipe e amizade é que os man­tém unidos pelas aven­turas em favor da França. E pen­san­do no entreten­i­men­to do espec­ta­dor que o lon­ga dá enfâse nas mirabolantes estraté­gias do grupo e, prin­ci­pal­mente, nos due­los e batal­has que, nes­sa adap­tação, con­tam com alguns efeitos de CGI inter­es­santes como bul­let-time e ações em câmera lenta.

    O dire­tor Paul W.S. Ander­son é respon­sáv­el por algu­mas sequên­cias mal suce­di­das como Res­i­dent Evil e Alien Vs. Predador e a espera em torno de Os três Mos­queteiros era bem abaixo da média. Talvez, esse pouco entu­si­as­mo sobre o dire­tor, ten­ha facil­i­ta­do para que o lon­ga adap­ta­do do clás­si­co francês ten­ha cau­sa­do algu­mas sur­pre­sas. O dire­tor soube con­duzir bem os per­son­agens e situ­ações, incluin­do Mil­la Jovovich, esposa do mes­mo, como a per­for­máti­ca vilã Mila­dy, ou ain­da, Christoph Waltz que vem garan­ti­n­do papéis de vilão frio e sar­cás­ti­co, como o Cardeal de Riche­lieu entre out­ros atores de carreira.

    O 3D que não vem demon­stran­do grandes atra­tivos, prin­ci­pal­mente quan­do não se tra­ta de ani­mações, em Os três Mos­queteiros mostra uma das mel­hores per­for­mances da últi­ma leva de lon­gas com a tec­nolo­gia. O cenário de uma Europa com cores con­trastates e cli­ma aven­tureiro lem­bra muito a estéti­ca de games (uma das prefer­ên­cias do dire­tor) e jun­tan­do com uma boa dose de cria­tivi­dade, a tec­nolo­gia tridi­men­sion­al fun­cio­nou bem em boa parte dos momen­tos em que foi utilizada.

    Aliás, um dos pon­tos altos de Os três mos­queteiros está na estéti­ca e direção de arte. Graças ao enre­do orig­i­nal do livro, que con­ta com um sen­sa­cional­is­mo um tan­to aguça­do de Alexan­dre Dumas que não via tan­ta beleza assim na vida bur­gue­sa da França na época, a pro­dução grá­fi­ca enche os olhos do espec­ta­dor nes­sa nova adap­tação. O fig­uri­no é pom­poso e faz jus ao flo­resci­men­to estéti­co e cul­tur­al do momen­to, a sun­tu­osi­dade dos palá­cios e até as várias visões aéreas são de escol­has que não se deix­am pas­sar des­perce­bidos ao espectador.

    Claro que, Os três mos­queteiros é um lon­ga que não prom­ete muito, mas aca­ba deixan­do o espec­ta­dor bem sat­is­feito. Talvez não seja a mel­hor adap­tação da obra literária mas talvez, jus­ta­mente nesse aspec­to, resi­da algu­mas coisas inter­es­santes como a escol­ha do dire­tor de incluir um diri­giv­el ao enre­do, ou ain­da, de usar téc­ni­cas bem mod­er­nas para deixar as lutas e as cenas de ação sob um olhar mais diver­tido. Sem mui­ta lenga lenga, Os três Mos­queteiros é um lon­ga diver­tido de se assi­s­tir. Não vai mudar os rumos do cin­e­ma, mas tam­bém não aliena. Vale a pipoca do fim de semana.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=JsCXftLiv40

  • Crítica: Resident Evil 4: Recomeço

    Crítica: Resident Evil 4: Recomeço

    Ape­sar da fran­quia para o cin­e­ma não ter agrada­do muito os fãs do jogo, Res­i­dent Evil 4: Recomeço (Res­i­dent Evil: After­life, EUA/Alemanha/Inglaterra, 2010), de Paul W.S. Ander­son (que foi dire­tor do primeiro e pro­du­tor dos dois out­ros), investe pesa­do nos efeitos espe­ci­ais e refer­ên­cias ao orig­i­nal para final­mente con­seguir agradar aos jogadores e, por que não, ao públi­co que tam­bém gos­tou dos out­ros filmes.

    Nes­ta sequên­cia, Alice (Mil­la Jovovich) vol­ta a ter os poderes de um humano nor­mal (o que é ques­tionáv­el pois ela con­tin­ua sendo um “super humana” em muitos sen­ti­dos) e con­tin­ua a sua bus­ca por out­ras pes­soas não infec­tadas pelo vírus. Ao chegar em uma cidade onde suposta­mente está livre da infecção, reen­con­tra ami­gos e novo ali­a­dos para lhe aju­dar na sua vin­gança con­tra a empre­sa respon­sáv­el por toda esta catástrofe, a Umbrella.

    Não é necessário ter vis­to os out­ros filmes da série para con­seguir acom­pan­har Res­i­dent Evil 4: Recomeço, pois o necessário para enten­der a tra­ma é expli­ca­do durante o lon­ga, ape­sar de que alguns ele­men­tos gan­ham mais sig­nifi­ca­do para quem já viu os out­ros. Alias, o roteiro está bem longe de ser o pon­to forte do filme, os even­tos acon­te­cem quase que sem nen­hum pre­tex­to e os per­son­agens são muito pobres. Não há nen­hum apro­fun­da­men­to e desen­volvi­men­to de suas per­son­al­i­dades, e eles agem de maneira muito automáti­ca. Este vazio e automa­tismo pode ser meio inco­mo­do para algu­mas pes­soas que estão procu­ran­do algo além da ação. Mas de cer­ta for­ma, é jus­ta­mente eles que trazem o lon­ga mais per­to dos jogos (basea­do na min­ha exper­iên­cia pes­soal), prin­ci­pal­mente pela lim­i­tação de se cri­ar expressões faci­ais, movi­men­tos e com­por­ta­men­to mais com­plex­os (o que está grad­ual­mente mudan­do com os avanços tecnológicos).

    Para quem não teve muito con­ta­to, ou nen­hum (que é meu caso), com o jogo, vai sen­tir que muitas vezes está per­den­do algu­ma coisa, pois Res­i­dent Evil 4: Recomeço é cheio de refer­ên­cias á per­son­agens e situ­ações do jogo. O rit­mo do lon­ga é bas­tante de videogame, onde muitas coisas vão acon­te­cen­do, as vezes sem muito propósi­to, ape­nas para traz­er mais ação. A con­dução da história tam­bém segue o mes­mo esti­lo, mas acred­i­to que este esti­lo fun­ciona mel­hor nos jogos do que na tela do cin­e­ma, pois no lon­ga muitas das expli­cações pare­cem care­cer de entu­si­as­mo para se ter con­hec­i­men­to das respostas.

    Um dos pon­tos fortes do Res­i­dent Evil: Recomeço é a sua tril­ha sono­ra, que mis­tu­ra bas­tante ele­men­tos eletrôni­cos, com um rit­mo mais acel­er­a­do, sendo um óti­mo acom­pan­hamen­to den­tro e fora do filme. Pena que a músi­ca usa­da nos crédi­tos, e no trail­er, não está na tril­ha ofi­cial. Para quem gos­tou, o seu títu­lo é “The out­sider” da ban­da “A Per­fect Cir­cle”. Tam­bém, não pos­so deixar de citar a atu­ação da Mil­la Jovovich, que esta cada vez mais con­fortáv­el no papel, sendo bem con­vin­cente, e é um dos grandes atra­tivos do filme.

    E final­mente cheg­amos ao ápice do filme: os efeitos espe­ci­ais. Usan­do e abu­san­do de movi­men­to de câmeras e do bul­let time, temos tomadas muito boas de ação, tan­to em qual­i­dade como em pro­dução, imi­tan­do per­feita­mente os efeitos já onipresentes em muitos jogos do esti­lo. Sem falar tam­bém uma refer­ên­cia clara ao Matrix Rev­o­lu­tions, da famosa cena de luta final na chu­va, só que ago­ra em um ban­heiro (será que foi uma pia­da inten­cional?). É inter­es­sante perce­ber que ini­cial­mente foram os jogos que copi­aram os filmes e ago­ra o con­trário está acon­te­cen­do, não só em relação ao visu­al, mas no roteiro tam­bém. E até ago­ra, este foi o mel­hor lon­ga que soube usar os efeitos em 3D, por­tan­to, sem som­bra de dúvi­das, vale a pena ver Res­i­dent Evil: Recomeço em 3D, espe­cial­mente se for no IMAX.

    Se você não está pre­ocu­pa­do com um roteiro elab­o­ra­do, quer ação e muitos efeitos espe­ci­ais, com certeza vale o ingres­so para o Res­i­dent Evil: Recomeço. Acred­i­to tam­bém que os fãs do jogo não ficarão decep­ciona­dos. Falan­do neles, gostaria de saber a opinião de quem já jogou um dos jogos, a respeito deste últi­mo filme. O que vocês acharam?

    Quan­do o filme acabar, há ain­da uma cena extra após os crédi­tos, que vale a pena esperar.

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    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=slnfP3p-y0c