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  • Portal — No Escape

    Portal — No Escape

    Curta da Semana: Portal - No EscapeVocê acor­da den­tro de uma sala fecha­da e não tem a mín­i­ma ideia do por que esta lá. A úni­ca coisa que sabe é que todo dia alguém colo­ca uma ban­de­ja de comi­da por uma entra­da na por­ta. Na parede há alguns riscos que pare­cem a con­tagem de algu­ma coisa, mas você não sabe real­mente do que se tra­ta. Será que há um meio de escapar? Esta é a tra­ma prin­ci­pal de Por­tal: No Escape (2011), de Dan Tra­cht­en­berg.

    Até ago­ra o enre­do não está muito difer­ente do que o dire­tor Chan-wook Park fez no incrív­el lon­ga metragem Old­boy em 2003. Mas Por­tal: No Escape adi­ciona um ele­men­to sur­re­al que muda tudo: uma arma de por­tais! O fun­ciona­men­to dela é bem sim­ples, o primeiro tiro abre um por­tal laran­ja e o segun­do tiro um azul, sendo que tudo que entra em um dos por­tais sai no out­ro. A questão é, pen­sar em maneiras cria­ti­vas de uti­lizar a arma para con­seguir escapar. Genial a ideia, não?!? Ela veio de um jogo que fun­ciona na mes­ma lin­ha deste enre­do, chama­do Por­tal, desen­volvi­do pela Valve Cor­po­ra­tion em 2007. Quem quis­er há uma ver­são gra­tui­ta mais sim­pli­fi­ca­da do jogo disponív­el online chama­da Por­tal: The Flash Ver­sion. Em 2011 foi tam­bém lança­da uma con­tin­u­ação do jogo chama­da Por­tal 2.

    A pro­dução do Por­tal: No Escape merece tam­bém uma atenção espe­cial, pois o cur­ta foi feito com um inves­ti­men­to muito pequeno, com a aju­da colab­o­ra­ti­va de várias pes­soas que foram encon­tradas pelo dire­tor prin­ci­pal­mente através do Twit­ter. Como não havia din­heiro sufi­ciente para a cri­ação dos efeitos espe­ci­ais, Tra­cht­en­berg encon­trou pela fer­ra­men­ta três profis­sion­ais de difer­entes partes do mun­do (Holan­da, Lon­dres e Nova York), que o aju­daram sem qual­quer cus­to. Quem tiv­er inter­esse pode tam­bém assi­s­tir o Mak­ing Off de Por­tal: No Escape.

    httpv://www.youtube.com/watch?v=4drucg1A6Xk

  • Sintel

    Sintel

    Quan­do se cria uma história de rap­to com dois dragões e uma mul­her, nor­mal­mente um enre­do onde a mocin­ha é man­ti­da cati­va pelos dragões já vai se for­man­do em nos­sas cabeças. Mas e se a história fos­se com­ple­ta­mente difer­ente desse padrão? Sin­tel (2010), dirigi­do por Col­in Levy, nar­ra jus­ta­mente a jor­na­da de uma mul­her na bus­ca de seu mel­hor ami­go, um dragão que encon­trou feri­do quan­do ele ain­da era bem pequeno, que foi rap­ta­do por um grande dragão enquan­to brin­cavam um dia pelos tel­ha­dos das casas.

    Sin­tel foi cri­a­do inteira­mente uti­lizan­do soft­wares livres como Blender, para mod­e­lagem 3D e ani­mação, GIMP e Inkscape, para trata­men­to de ima­gens e desen­hos, entre out­ros. Se você quis­er, pode ver mais infor­mações sobre o pro­je­to aqui. No site ofi­cial tam­bém é pos­sív­el encon­trar todo tipo de mate­r­i­al extra, pois foi doc­u­men­ta­do e disponi­bi­liza­do grande parte do proces­so de cri­ação, uma exce­lente fonte para quem gos­ta de ani­mação. O pro­je­to do cur­ta foi cri­a­do pela Blender Foun­da­tion como meio de apri­morar a fer­ra­men­ta Blender, finan­cia­do prin­ci­pal­mente por doações fei­ta pela inter­net, assim como a ani­mação Big Buck Bun­ny.

    Sin­tel chama bas­tante atenção não só pela qual­i­dade da ani­mação — que é um soco no estô­ma­go para quem acha que artes feitas em soft­ware livre são feias — mas tam­bém pela qual­i­dade do roteiro e da direção. Tam­bém, não deve ter sido a toa que o Col­in Levy foi tra­bal­har para a Pixar em 2011! Recomen­do tam­bém uma visi­ta no blog do dire­tor, para con­hecer mais sobre o seu trabalho.

    Como sou vici­a­do em tril­has sono­ras de filmes, ani­mações e jogos, fiquei muito feliz em saber que é pos­sív­el baixar a tril­ha sono­ra com­ple­ta de Sin­tel. Se você tam­bém gos­ta escu­tar este tipo de músi­ca, prin­ci­pal­mente instru­men­tal, recomen­do o download.

    No final do vídeo enquan­to rolam os crédi­tos, são exibidos várias ima­gens extras da con­strução dos per­son­agens e do ambi­ente, vale a pena ver até o final! (Se as leg­en­das não car­regarem auto­mati­ca­mente é pre­ciso ativá-la cli­clan­do no ícone “CC” na bar­ra do vídeo)

    httpv://www.youtube.com/watch?v=eRsGyueVLvQ&hd=1

    Você tam­bém pode faz­er o down­load com­ple­to do Sin­tel em vários for­matos e com legendas.

    Quem tiv­er inter­esse em saber mais sobre a pro­dução de Sin­tel, des­de a cri­ação do con­ceito a ani­mação final, pode assi­s­tir ao doc­u­men­tário abaixo de quase uma hora, que abrange os está­gios da pro­dução da ani­mação entre Novem­bro de 2009 e Jul­ho de 2010. Infe­liz­mente o doc­u­men­tário está disponív­el somente em inglês e sem leg­en­das, mas mes­mo assim vale a pena ser vis­to só pelas ima­gens. Quem quis­er ir um pouco mais além pode inclu­sive faz­er o down­load de uma ver­são mais sim­pli­fi­ca­da da per­son­agem prin­ci­pal para brin­car no Blender.

    httpv://www.youtube.com/watch?v=IN6w6GnN-Ic

  • Cisne Negro: Efeitos Visuais

    Cisne Negro: Efeitos Visuais

    Cisne Negro, de Dar­ren Aronof­sky, está sendo um filme bas­tante comen­ta­do e elo­gia­do, não ape­nas pela críti­ca, mas tam­bém pelo públi­co em ger­al. Além dis­so, há toda uma agi­tação em vol­ta dele a respeito das cin­co indi­cações ao Oscar que ele con­corre. Mes­mo se você ain­da não viu o filme, recomen­damos que leia a Críti­ca do Cisne Negro.

    Ape­sar do grande tra­bal­ho real­iza­do em Cisne Negro nos efeitos visuais, pela Look Effects, ele não foi indi­ca­do nes­sa cat­e­go­ria, nem sequer esta­va nas lis­tas ini­cias, antes da ver­são final do Oscar ser divul­ga­da. Somente chegou a ser nom­i­na­do para Efeitos Visuais de Suporte pela Sociedade de Efeitos Especiais.

    Foi lança­do na inter­net um vídeo que mostra o mak­ing off dos efeitos visuais de Cisne Negro, que real­mente vale a pena assi­s­tir. Ape­nas um avi­so muito impor­tante, não é recomen­da­do ver o vídeo quem não assis­tiu o filme, pois ele mostra algu­mas das cenas cru­ci­ais do longa.

    Um fato curioso é que a ver­são mais divul­ga­da pela inter­net, inclu­sive no próprio site da Look Effects e no canal do YouTube da FOX, algu­mas das cenas do vídeo orig­i­nal foram cor­tadas. Estas são jus­ta­mente aque­las que mostram o ros­to da Natal­ie Port­man, sendo colo­ca­do no cor­po de uma baila­r­i­na profis­sion­al. Será que isto acon­te­ceu porque estas ima­gens pode­ri­am aba­far um pouco todo o furor que foi cri­a­do em cima dela? Afi­nal, ela é uma das favoritas ao Oscar de mel­hor atriz.

    Con­fi­ra abaixo o vídeo e deci­da você mes­mo se foi ou não foi um óti­mo tra­bal­ho real­iza­do pela equipe de efeitos visuais do Cisne Negro:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=QdYFciRkmiE

    Refer­ên­cia: The Con­tenders