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    Crítica: Eu e Meu Guarda-Chuva

    Há tem­pos que o públi­co infan­til não era favore­ci­do com um bom filme nacional e Eu e Meu Guar­da-Chu­va (Brasil, 2010), dirigi­do por Toni Van­zoli­ni e basea­do no livro homôn­i­mo de Bran­co Mel­lo, veio para ten­tar suprir parte des­ta lacuna.

    Três mel­hores ami­gos, Eugênio (Lucas Cotrim), Fri­da (Rafaela Vic­tor) e Cebo­la (Vic­tor Froiman) estão no seu últi­mo dia de férias, antes das aulas começarem na nova esco­la. Para aproveitar ao máx­i­mo o tem­po que ain­da lhes res­ta, deci­dem faz­er algo emo­cio­nante: vis­i­tar o pré­dio do colé­gio para pixá-lo. Lá se deparam com o fan­tas­ma do Barão Von Staffen (Daniel Dan­tas), o fun­dador do colé­gio, que apri­siona Fri­da em sua ter­rív­el sala de aula e os dois ami­gos vão ten­tar faz­er de tudo para salvá-la.

    O enre­do de Eu e Meu Guar­da-Chu­va é muito bem tra­bal­ha­do e con­segue des­per­tar a curiosi­dade e a cria­tivi­dade do públi­co mais jovem, com temas um pouco mais com­plex­os do que se vê nor­mal­mente em lon­gas do gênero. Boa parte do filme se pas­sa den­tro do son­ho de Eugênio e, como é nor­mal no mun­do oníri­co, são dados vários “pulos” de um ambi­ente para out­ro de maneiras bem engraçadas, além de ter vários ele­men­tos fan­ta­siosos. O lon­ga tam­bém faz uma bela críti­ca ao sis­tema de ensi­no que só se pre­ocu­pa em os alunos dec­o­rarem a matéria para dar “respos­ta exatas”, para assim agradar o ego do pro­fes­sor, e com a sua estru­tu­ra ain­da muito antiga.

    O filme con­segue traz­er uma magia pare­ci­da com a que havia em O Caste­lo Rá-Tim-Bum. Mas infe­liz­mente, difer­ente deste, os atores prin­ci­pais não con­seguem ser tão envol­ventes, pois a atu­ação fica na maio­r­ia das vezes no mecâni­co, com­pro­m­e­tendo a imer­são na magia de Eu e Meu Guar­da-Chu­va. Mas, os out­ros atores, com algu­mas óti­mas par­tic­i­pações espe­ci­ais, fiz­er­am um bom trabalho.

    Ape­sar de ter óti­mas locações e uma bela fotografia, com efeitos espe­ci­ais sim­ples mas bem real­iza­dos, a qual­i­dade da imagem em ger­al de Eu e Meu Guar­da-Chu­va é pés­si­ma, toda gran­u­la­da, que inco­mo­da bas­tante. Com uma pro­dução tão aten­ciosa com os detal­h­es é difí­cil enten­der como isso foi acon­te­cer, até porque faz tem­po que não vejo um filme nacional com tal tipo de problema.

    Eu e Meu Guar­da-Chu­va é um filme mági­co e bas­tante diver­tido, algo que já faz um tem­po não apare­cia no cin­e­ma nacional. Não só a cri­ança­da, mas tam­bém os adul­tos irão se diver­tir nes­sa viagem onírica.

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    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=lManmp1yVCs