Tag: comédia romântica

  • O Lado Bom da Vida | Crítica

    O Lado Bom da Vida | Crítica

    ladobomdavida-posterApe­sar de car­regar o rótu­lo de comé­dia român­ti­ca e seguir um deter­mi­na­do roteiro padrão do gênero, O Lado Bom Da Vida (Sil­ver Lin­ings Play­book, USA, 2012), de David O. Rus­sel, basea­do no livro homôn­i­mo de Matthew Quick é um lon­ga que foge dos clichês nar­ra­tivos, fler­tan­do com algu­mas fac­etas sobre lim­ites dos rela­ciona­men­tos e tratan­do de for­ma leve e sen­sív­el as for­mas difer­entes que as pes­soas lidam com os fins e suas próprias insta­bil­i­dades men­tais e sentimentais.

    Pat Sola­tano Jr. é um homem que ficou cer­ca de oito meses inter­na­do em um hos­pi­tal psiquiátri­co diag­nos­ti­ca­do com bipo­lar­i­dade. Ele já demon­stra­va alguns sin­tomas do transtorno antes de ter uma crise de vio­lên­cia após encon­trar sua esposa com o amante no chu­veiro da sua casa. Durante ess­es meses, Pat assiste à trata­men­tos de pos­i­tivi­dade e auto-esti­ma, além dos medica­men­tos que não gos­ta de tomar. Recém-saí­do da inter­nação ele quer somente recon­quis­tar a esposa e ter uma vida comum.

    (L-R) JENNIFER LAWRENCE and BRADLEY COOPER star in SILVER LININGS PLAYBOOK

    Mas não é sim­ples se livrar dos fan­tas­mas que tan­to lhe causaram dor. Ago­ra moran­do com os pais, ele neces­si­ta se tornar obses­si­vo com out­ras coisas para se acal­mar. Corre muito para gas­tar ener­gia, lê inúmeros livros um atrás do out­ro e pas­sa o tem­po todo lem­bran­do das dicas ouvi­das dos espe­cial­is­tas do hos­pi­tal. Pat quer man­ter a todo cus­to sua sanidade e em um jan­tar na casa de um vel­ho ami­go, con­hece Tiffany. Ela é ao mes­mo tem­po idên­ti­ca e o opos­to de Pat. Perdeu o mari­do repenti­na­mente e tam­bém pas­sou por alguns sur­tos, mas tem uma per­son­al­i­dade mais deter­mi­na­da do que Pat. Ela acei­ta suas lou­curas, algu­mas obsessões, procu­ra suas próprias res­oluções e ten­ta enten­der que ninguém man­tém um nív­el de sanidade o tem­po todo.

    A relação de Pat e Tiffany é o que faz o enre­do de O Lado Bom da Vida ser um tan­to atraente e diver­tido. Os encon­tros dos dois são instáveis e ao mes­mo tem­po reden­tores. Pat pre­cisa de um sub­ter­fú­gio e um laço com a ex-mul­her. Tiffany pre­cisa de um par­ceiro para uma com­petição de dança. E ness­es momen­tos aparente­mente tolos, mas bem próx­i­mos da vida real, que Pat e Tiffany vão con­stru­ir uma relação diver­ti­da, com altos e baixos e muitas peculiaridades.

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    Uma das cenas mais diver­tidas e irôni­cas do longa

    Preste atenção nos sinais” é o que diz várias vezes Tiffany para Pat Sola­tano. Ao invés de rea­gir sobre qual­quer situ­ação ele dev­e­ria ape­nas obser­var ten­tan­do com­preen­der. É engraça­do ver vários ele­men­tos de auto-aju­da embu­ti­dos no roteiro de O Lado bom da Vida – incluin­do o títu­lo nas duas lín­guas, já que em inglês é uma expressão para “algo bom encon­tra­do numa situ­ação ruim” – mas que den­tro do enre­do são ape­nas cenas per­ti­nentes e diver­tidas para quem sofre de bipo­lar­i­dade, um diag­nós­ti­co nada inco­mum atual­mente. A pes­soa que sofre do transtorno de bipo­lar­i­dade pode ir de um extremo ao out­ro em questão de pouco tem­po. No lon­ga é mostra­do a importân­cia da pes­soa sem­pre man­ter em mente que tudo é pas­sageiro, inclu­sive a tris­teza e as lembranças.

    Mas esse uso exager­a­do da pos­i­tivi­dade tam­bém pode inco­modar o espec­ta­dor, prin­ci­pal­mente pela repetição no roteiro da crença de que acred­i­tan­do tudo pode acon­te­cer. Não que isso seja ruim, mas o filme chega pre­gar um tan­to de exagero no lema de “tudo fica bem no final se você quis­er assim”. Mas como dito ante­ri­or­mente, as cenas de auto-aju­da soam extrema­mente sar­cás­ti­cas e cíni­cas colo­cadas no con­tex­to dos personagens.

    JENNIFER LAWRENCE and BRADLEY COOPER star in SILVER LININGS PLAYBOOK

    São cenas como Pat ten­tan­do ler toda a lista de livros que sua mul­her ensi­na em lit­er­atu­ra em pouco tem­po e no meio da noite fican­do irri­ta­do com o pes­simis­mo de Ernest Hem­ing­way, acor­dan­do todos na viz­in­hança ou quan­do se encon­tra com Tiffany em uma lan­chonete onde ambos causam uma cena caóti­ca ten­tan­do provar um para o out­ro que não são malu­cos, que fazem o espec­ta­dor dar algu­mas risadas sobre a incon­stân­cia de ser humano.

    Tan­to Bradley Coop­er (Se beber não case e etc), acos­tu­ma­do a ser vis­to em papéis de galã e Jen­nifer Lawrence (Jogos Vorazes e o óti­mo Inver­no da Alma), a mais nova querid­in­ha do cin­e­ma amer­i­cano, estão bem difer­entes dos seus cos­tumeiros papéis no cin­e­ma. Ele está em um papel sim­ples e engraça­do e ela se sai muito bem como uma instáv­el jovem viú­va. O elen­co ain­da con­ta com um Robert De Niro, que já teve seus tem­pos áure­os, mas que sai bem como o pai de Pat, deixan­do claro que muito das lou­curas dos fil­hos são her­dadas dos pais.

    O Lado Bom da Vida é um filme agradáv­el que merece destaque por fugir dos cos­tumeiros casais per­feitos de comé­dias român­ti­cas. Ape­sar do lon­ga con­seguir segu­rar o públi­co pela incon­stân­cia diver­ti­da de seus per­son­agens, que bus­cam sua sanidade em peque­nas coisas em um mun­do tão incon­stante, é bas­tante exagero ele con­cor­rer a sete Oscares em 2013.

    Trail­er:

    http://www.youtube.com/watch?v=FM3S4GBlwYA

  • Crítica: Amizade Colorida

    Crítica: Amizade Colorida

    Amizade Col­ori­da (Friends with Ben­e­fits, EUA, 2011), dirigi­do por Will Gluck, é uma diver­ti­da comé­dia român­ti­ca que foge um pouco dos padrões hol­ly­wood­i­anos, ten­do como atores prin­ci­pais Justin Tim­ber­lake e Mila Kunis.

    A pre­mis­sa não é muito difer­ente de Sexo Sem Com­pro­mis­so (No Strings Attached, EUA, 2011), dirigi­do por Ivan Reit­man, onde dois ami­gos que não aguen­tam mais os incô­mo­d­os de ter um rela­ciona­men­to sério e fecha­do, deci­dem adi­cionar o sexo — como se fos­se a práti­ca de um esporte — na amizade deles, sem toda a cobrança e sen­ti­men­tal­is­mos que nor­mal­mente se tem em um namoro. Só que este tem duas grandes difer­enças em relação ao out­ro filme, uma é que Natal­ie Port­man infe­liz­mente não con­vence como mul­her que ape­nas está inter­es­sa­da em sexo, muito difer­ente da Mila Kunis, que pos­sui um jeito muito mais livre e sen­su­al. É até engraça­do com­parar isto com o papel das duas no filme Cisne Negro (Black Swan, EUA, 2010), dirigi­do por Dar­ren Aronof­sky, que soube muito bem explo­rar essa car­ac­terís­ti­ca de cada uma delas. A segun­da difer­ença é que o enre­do é muito — mas muito mes­mo — mais inter­es­sante, com menos clichês e com um humor óti­mo, que acred­i­to ser a mel­hor coisa do Amizade Col­ori­da.

    E falan­do em atu­ações, Justin Tim­ber­lake está sur­preen­den­do como ator. Con­fes­so que esper­a­va que ele seria mais um dos can­tores que ten­taram a car­reira no cin­e­ma para lucrar mais aprovei­tan­do seu suces­so ou para ten­tar sair do esquec­i­men­to e nova­mente ser destaque na mídia. Para citar dois exem­p­los recen­tentes dis­so temos o fra­co Bur­lesque (EUA, 2010), de Steve Antin, com Christi­na Aguil­era, ou Plano B (The Back-Up Plan, EUA, 2010), de Alan Poul, com a Jen­nifer Lopez, sendo o primeiro o pior entre eles. Nem vou comen­tar o cam­in­ho con­trário — gen­er­al­izan­do é claro — quan­do alguns atores de suces­so deci­dem can­tar… Mas, voltan­do ao Justin, ele está con­vin­cente em seu papel no Amizade Col­ori­da, fug­in­do muitas vezes do que esper­aria que ele fizesse por con­ta de seu pas­sa­do musi­cal. Acred­i­to até que hou­ve uma evolução des­de o exce­lente A Rede Social (The Social Net­work, EUA, 2010), dirigi­do por David Finch­er.

    É inter­es­sante que o próprio Amizade Col­ori­da faz várias piadas com os ele­men­tos geral­mente usa­dos em comé­dias român­ti­cas, como os inúmeros clichês, tril­ha sono­ra extrema­mente manip­u­lado­ra para o espec­ta­dor saber o que sen­tir, a músi­ca pop feliz no final para você sair achan­do que acabou de assi­s­tir um bom filme, entre várias out­ras coisas. É claro que o lon­ga não foge tam­bém de uti­lizar essas coisas, mas ele ten­ta dar uma atu­al­iza­da em vários dess­es con­ceitos ten­do muitas vezes resul­ta­dos bem inter­es­santes. Tam­bém chamou atenção a maneira como os crédi­tos ini­ci­ais foram exibidos, fug­in­do daque­las já bati­das fór­mu­las dos filmes do gênero com tomadas panorâmi­cas da cidade e pes­soas andan­do na rua.

    Tan­to para aque­les que gostam quan­to para os que não do gênero, Amizade Col­ori­da é uma boa opção para se assi­s­tir algo engraça­do sem insul­tar a inteligên­cia de ninguém. Aliás, quem gostar deste tipo lon­ga, tam­bém recomen­do O Amor e Out­ras Dro­gas (Love and oth­er Drugs, EUA, 2010) de Edward Zwick, que pos­sui um enre­do bem inter­es­sante se pas­san­do na época que o Via­gra foi inven­ta­do e Amor à Dis­tân­cia (Going the Dis­tance, EUA, 2010), por Nanette Burstein, um filme diver­tido sobre rela­ciona­men­tos a dis­tân­cia que tam­bém faz sáti­ra com os vários clichês do gênero.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=y1dZgWS5jdc

  • Crítica: O Homem do Futuro

    Crítica: O Homem do Futuro

    Uma óti­ma sur­pre­sa no cin­e­ma nacional, tan­to em pro­dução, efeitos espe­ci­ais e roteiro é O Homem do Futuro (Brasil, 2011), dirigi­do por Clau­dio Tor­res. Ape­sar do enre­do estar longe de ser orig­i­nal, o fato dele fugir das globochan­cadas — ver­dadeiros pastelões de ven­to — que estão sendo lança­dos ulti­ma­mente, aca­ba fazen­do uma grande difer­ença ao traz­er um pouco de raciocínio e piadas mais inteligentes, sem ter que ficar apelando para baixaria. O filme soube faz­er uma boa mescla de ficção cien­tí­fi­ca e comé­dia român­ti­ca, bal­ance­an­do bem os dois, con­seguin­do agradar ambos públi­cos. Além dis­so, ape­sar de em várias coisas ser pre­visív­el — prin­ci­pal­mente para quem já viu filmes no esti­lo — ele ain­da con­segue nos faz­er pen­sar sobre a lóg­i­ca e as várias con­se­quên­cias de uma viagem no tempo.

    Falan­do em filmes do mes­mo esti­lo, aos poucos o cin­e­ma brasileiro está fazen­do suas próprias ver­sões, como o Se eu fos­se você (2005), ou remix­es de filmes estrangeiros, algo que Hol­ly­wood faz até não poder mais. Tudo bem, seria bem mais legal se coisas mais “orig­i­nais” des­ti­nadas ao grande públi­co fos­sem feitas por aqui, mas acred­i­to que esta é uma boa maneira de ir se apri­moran­do para no futuro poder cri­ar algo novo com mais qual­i­dade. O Homem do Futuro é um grande remix de filmes estrangeiros, con­seguin­do muito bem abrasileirar a fór­mu­la do De Vol­ta para o Futuro (Back to the Future, EUA, 1958), e faz­er out­ras boas refer­ên­cias, como O Exter­mi­nador do Futuro (The Ter­mi­na­tor, EUA, 1984) e Efeito Bor­bo­le­ta (The But­ter­fly Effect, EUA, 2004), de for­ma inteligente.

    Uma coisa é cer­ta, Wag­n­er Moura está cada vez se afir­man­do mais como um óti­mo ator. É incrív­el ver por exem­p­lo a sua trans­for­mação para faz­er o papel de Zero, um per­son­agem total­mente frágil e inse­guro, em O Homem do Futuro, quan­do a sua imagem que ficou mais con­heci­da foi como o duro Capitão Nasci­men­to, do Tropa de Elite (2007).

    Ape­nas duas coisas deix­am a dese­jar em O Homem do Futuro. A mais críti­ca são os gri­tantes erros de con­tin­u­ação — se fos­sem peque­nas cois­in­has até que pas­sa­va, mas não… — e a out­ra, de opinião mais pes­soal, é o Wag­n­er Moura can­tan­do. A músi­ca “Tem­po Per­di­do” até que não ficou ruim, mas quan­do ele can­ta um tre­cho da músi­ca “Creep” do Radio­head, em sua própria ver­são, ficou difí­cil não dar umas con­tor­ci­das na poltrona do cinema.

    Alguém por aca­so con­seguiu sair do filme sem ficar com a músi­ca “Tem­po Per­di­do” na cabeça durante dias?

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    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=IEEE7qbmYUU

  • Crítica: Sexo Sem Compromisso

    Crítica: Sexo Sem Compromisso

    critica sexo sem compromissoOs vel­hos, e puri­tanos, clichês român­ti­cos já não fun­cionam mais com o públi­co mais jovem — duvi­do que no adul­to tam­bém — e na ten­ta­ti­va de não perder bil­hete­ria, Holy­wood ten­ta se man­ter atu­al­iza­do com as novas tendên­cias. Sexo Sem Com­pro­mis­so (No Strings Attached, EUA, 2011), dirigi­do por Ivan Reit­man e com duas grandes estre­las do cin­e­ma amer­i­cano, ten­ta ser mais um dos filmes para mar­car essa nova ger­ação de relacionamentos.

    Adam (Ash­ton Kutch­er) é um homem que não tem mui­ta sorte com mul­heres. Emma (Natal­ie Port­man) tra­bal­ha em um hos­pi­tal e não tem muito tem­po para out­ras coisas, prin­ci­pal­mente quan­do se tra­ta de rela­ciona­men­tos. Os dois são grandes ami­gos até que um dia deci­dem adi­cionar um out­ro ele­men­to na amizade: sexo.

    Sexo Sem Com­pro­mis­so ape­sar de não pos­suir nada de muito orig­i­nal no roteiro, con­segue desen­volver bem a história, sendo a duração do filme um pouco maior que a usu­al, mas sem ser cansati­vo. Ape­sar de pos­suir algu­mas situ­ações legais, não chega a ser muito engraça­do — prin­ci­pal­mente se você já viu o trail­er que entre­ga várias delas — mas tam­bém não são forçadas, prin­ci­pal­mente porque o lon­ga explo­ra muito o jogo de aparên­cias que muitas pes­soas uti­lizam nes­sas situações.

    Os per­son­agens do lon­ga, ten­taram, mas não con­seguiram sair do usu­al chichê român­ti­co, como acon­te­ceu por exem­p­lo em Amor e Out­ras Dro­gas, ape­sar de haver um grande poten­cial para isto. Quan­do pare­cia que as coisas pode­ri­am fugir do usu­al, a opor­tu­nidade era logo joga­da fora. Além dis­so, quem já assis­tiu Você vai Con­hecer o Homem dos seus Son­hos do Woody Allen vai perce­ber que Alvin, o pai de Adam em Sexo Sem Com­pro­mis­so, ficou idên­ti­co ao Alfie, inter­pre­ta­do por Antho­ny Hop­kins, incluin­do a sua relação com uma mul­her muito mais jovem.

    Para quem gos­ta de comé­dias român­ti­cas, vai ado­rar Sexo Sem Com­pro­mis­so — sem dup­los sen­ti­dos — pois é um filme bem despre­ten­sioso, ape­sar de não ser orig­i­nal. Já aque­les que gostam de algo mais difer­ente, não irão se sen­tir muito inco­moda­dos com este, mas se pud­erem, recomen­do tam­bém assi­s­tirem Tudo Pode dar Cer­to, do Woody Allen — assim como o out­ro que recomendei mais aci­ma — que ambos são muito engraça­dos e inteligentes.

    Par­ticipe tam­bém da Pro­moção Sexo Sem Com­pro­mis­so e con­cor­ra a con­vites para ver o filme de graça.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=RwZXhumAH0M

  • Crítica: Esposa de Mentirinha

    Crítica: Esposa de Mentirinha

    Comé­dia român­ti­ca é um gênero que Hol­ly­wood gos­ta de inve­stir, prin­ci­pal­mente por ser sua gal­in­ha de ovos de ouro quan­do se tra­ta do públi­co fem­i­ni­no, gen­er­al­izan­do é claro. Esposa de Men­tir­in­ha (Just Go with It, EUA, 2011), dirigi­do por Den­nis Dugan, é mais um filme deste gênero que chama atenção jus­ta­mente pelos seus astros prin­ci­pais, Adam San­dler e Jen­nifer Aniston.

    Dan­ny Mac­cabee (Adam San­dler) é um cirurgião plás­ti­co que há vários anos ado­tou a téc­ni­ca de usar um anel de casa­do fal­so para con­quis­tar as mul­heres. Um dia, quan­do não esta­va usan­do o anel, encon­trou a bela jovem Palmer (Brook­lyn Deck­er), com quem logo se apaixona. A con­fusão começa quan­do ela desco­bre sem quer­er a aliança fal­sa e Dan­ny, para não ter que con­tar a ver­dade, diz que está se sep­a­ran­do e pede para que sua secretária Kather­ine Mur­phy (Jen­nifer Anis­ton) fin­ja ser sua esposa. Mas a cada dia que pas­sa, as men­ti­ras vão aumen­tan­do e mais pes­soas vão se envolvendo.

    Esposa de Men­tir­in­ha seria ape­nas mais uma comé­dia român­ti­ca volta­da prin­ci­pal­mente ao públi­co fem­i­ni­mo, se não fos­se pelo per­son­agem inter­pre­ta­do por Adam San­dler e algu­mas out­ras situ­ações pecu­liares, provavel­mente para tam­bém agradar ao públi­co mas­culi­no. Aliás, o ator ja é con­heci­do pelo seu humor exager­a­do e repet­i­ti­vo e, neste lon­ga, não é diferente.

    Todos os ele­men­tos de um tradi­cional filme de romance amer­i­cano estão pre­sentes em Esposa de Men­tir­in­ha, incluin­do um per­son­agem que ape­sar de canas­trão se mostra um óti­mo pai de família, e onde din­heiro não é um prob­le­ma para ele, prin­ci­pal­mente quan­do se tra­ta de con­quis­tar a sua mul­her ama­da. O roteiro tam­bém é bas­tante pre­visív­el, afir­man­do que tudo sem­pre aca­ba bem, para todos.

    Alguns filmes, ape­sar de serem tam­bém per­tencerem ao mes­mo gênero deste, con­seguiram fugir des­ta fór­mu­la pronta e já muito bati­da. Para citar alguns, temos o recente O Amor e out­ras Dro­gas, que foge das vel­has temáti­cas do esti­lo, Amor à Dis­tân­cia, engraça­do sem ser muito exager­a­do, e por fim Amor por Con­tra­to, com um roteiro e críti­ca ao con­sum­is­mo muito bem elaborados.

    O dire­tor Den­nis Dugan já fez vários tra­bal­hos com o ator Adam San­dler — como Gente Grande e Zohan — O Agente Bom de Corte — e quem gos­ta deste esti­lo, jun­tan­do com o públi­co de Sex and the City, provavel­mente tam­bém gostará de assi­s­tir Esposa de Men­tir­in­ha.

    Par­ticipe tam­bém da Pro­moção Esposa de Men­tir­in­ha e con­cor­ra a con­vites para ver o  filme de graça.

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    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=QmL1mdzS544

  • Crítica: Amor por Acaso

    Crítica: Amor por Acaso

    Amor por Aca­so (Bed & Break­fast, Brasil/EUA, 2010), do ator brasileiro e dire­tor estre­ante Már­cio Gar­cia, é uma típi­ca comé­dia român­ti­ca, den­tro dos moldes hol­ly­wood­i­anos, que mis­tu­ra atores e locações dos dois país­es, além de ser fal­a­do quase todo em inglês.

    Ana Vilano­va (Juliana Paes) é uma vende­do­ra de uma grande loja de depar­ta­men­tos no Rio de Janeiro. Após a morte de seu pai, desco­bre que her­dou uma grande dívi­da dele, jun­to com um ter­reno na Cal­ifór­nia. Mas ela desco­bre que alguém está moran­do no local e decide ir aos EUA para poder resolver este prob­le­ma. Chegan­do lá, desco­bre que o local é uma pou­sa­da admin­istra­da por Jake Sul­li­van (Dean Cain) e ten­ta faz­er de tudo para tirá-lo de lá.

    Parece que há dois lon­gas difer­entes den­tro de Amor por Aca­so, um feito no Brasil e o out­ro feito nos EUA, pois a difer­ença entre a qual­i­dade da fotografia e do som entre as duas locações são absur­das. A cap­tação do som fei­ta em ambi­en­tação nacional é pés­si­ma, além de pas­sar a impressão de filme mal dubla­do, tem um vol­ume baixo demais, fican­do difí­cil enten­der o que os per­son­agens dizem. Fica difí­cil levar um filme a sério quan­do há essa dis­crepân­cia de qual­i­dade tão absur­da, parece até piada.

    Por falar em pia­da, temos no filme todas as piad­in­has e situ­ações já muito bati­das do gênero, além de per­son­agens total­mente desnecessários, como o pés­si­mo Mar­cos Pasquim fazen­do o papel de namora­do da Ana. Sem falar em cer­tas situ­ações de Amor por Aca­so que ficaram bem forçadas, sendo muito aparente a arti­fi­cial­i­dade delas, prin­ci­pal­mente naque­las situ­ações “aci­den­tais”. Ain­da por cima, se elas envolvessem cer­to risco, como virar rap­i­da­mente de um lado para o out­ro o volante de um car­ro em movi­men­to, fica ain­da mais evi­dente o cuida­do (extremo) dos atores em realizá-la.

    Difer­ente de out­ras comé­dias român­ti­cas como 500 Dias com ela (2009), de Marc Webb, e Amor à Dis­tân­cia (2010), de Nanette Burstein, (que são óti­mas) em Amor por Aca­so temos a vol­ta do “homem ide­al fortão” man­tene­dor do lar com seus dotes físi­cos, mas igual­mente sen­sív­el e acan­hado, como os per­son­agens prin­ci­pais dos out­ros dois out­ros filmes citados.

    Sem nen­hu­ma novi­dade em relação ao gênero, Amor por Aca­so é mais uma sessão da tarde român­ti­ca para ser assis­ti­da sem muitas pre­ten­sões. O filme pode­ria ter ter­mi­na­do bem mel­hor, se o dire­tor não tivesse deci­di­do faz­er uma aparição e um mer­cha­dis­ing de sham­poo de últi­ma hora que ficou ridícula.

    Out­ras críti­cas interessantes:

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    httpv://www.youtube.com/watch?v=YmUW9snEmH8

  • Crítica: Amor à Distância

    Crítica: Amor à Distância

    amor a distancia

    Man­ter um rela­ciona­men­to à dis­tân­cia não é algo fácil e Amor à Dis­tân­cia (Going the Dis­tance, EUA, 2010), uma comé­dia român­ti­ca dirigi­da por Nanette Burstein, tra­ta jus­ta­mente das difi­cul­dades, paranóias e dos bons momen­tos deste tipo de relação.

    Gar­rett (Justin Long) acabou de levar um fora de sua namora­da e vai ao bar afog­ar suas mágoas jun­to com os ami­gos. Lá con­hece Erin (Drew Bar­ry­more), uma mul­her com quem com­par­til­ha cer­tas afinidades, e ela aca­ba indo para casa dele no final da noita­da. No dia seguinte temos a típi­ca situ­ação do “e ago­ra, o que eu faço?” com os dois, durante o café da man­hã, afir­man­do que não querem nada sério, prin­ci­pal­mente pelo fato de que Erin vai mudar de cidade em seis meses. Mas eles acabam se ven­do com bas­tante fre­quên­cia e uma paixão se ini­cia. Quan­do final­mente chega a hora de ela ir emb­o­ra, deci­dem que vão ten­tar man­ter a relação ape­sar da distância.

    Quem já namorou à dis­tân­cia, ou namo­ra, vai se iden­ti­ficar em vários momen­tos, ape­sar de que em Amor à Dis­tân­cia parece não exi­s­tir algo chama­do con­ta tele­fôni­ca, prin­ci­pal­mente por que os per­son­agens prin­ci­pais não seguem aque­le padrão per­feit­in­hos e bem resolvi­dos em tudo, exce­to no amor, muito comum em comé­dias român­ti­cas. Os ami­gos de Gar­rett, um deles mora jun­to com ele, são out­ro difer­en­cial, prin­ci­pal­mente pelos seus gos­tos difer­entes, geran­do algu­mas situ­ações bem engraçadas.

    Amor à Dis­tân­cia pode ser resum­i­do basi­ca­mente em 3 palavras: bebidas, sexo e roman­tismo. Qual­quer decepção é des­cul­pa para ir ao bar, tudo é rela­ciona­do com sexo e há atos “super român­ti­cos” real­iza­dos por Gar­rett, um pos­sív­el namora­do dos son­hos para muitas mul­heres. Com um humor bem áci­do e debocha­do, que em cer­tos momen­tos lem­bra Se Beber Não Case, o filme usa e abusa de piad­in­has com teor sex­u­al, que as vezes são bem engraçadas, mas out­ras total­mente forçadas e ridículas.

    Um pon­to que chamou atenção em Amor à Dis­tân­cia, foi o destaque dado a ban­da The box­er rebel­lion, que é lit­eral­mente lança­da no filme. Com certeza é um óti­mo meio de divul­gação, prin­ci­pal­mente porque seu esti­lo musi­cal provavel­mente irá agradar ao públi­co alvo do longa.

    Com um enre­do bem lin­ear, seguin­do o padrão da comé­dia mod­er­na típi­ca, Amor à Dis­tân­cia se desta­ca jus­ta­mente por traz­er per­son­agens, e situ­ações, mais plausíveis de acon­te­cer no mun­do real. Mis­tu­ran­do ele­men­tos mais fem­i­ni­nos e out­ras vezes mais mas­culi­nos, provavel­mente o filme irá diver­tir ambos os públi­cos, prin­ci­pal­mente aque­les apre­ci­adores do gênero.

    Quer assi­s­tir Amor à Dis­tân­cia de graça? Então par­ticipe da Pro­moção Amor à Dis­tân­cia e con­cor­ra a brindes e con­vites para ver o filme em todo o Brasil.

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    httpv://www.youtube.com/watch?v=bkBDo2WMaXI