Tag: cinema francês

  • Festival Varilux de Cinema Francês na UCI

    Festival Varilux de Cinema Francês na UCI

    uci-transparente

    Em maio, quem quis­er con­ferir um pouco do atu­al cin­e­ma francês terá uma grande opor­tu­nidade. A UCI Cin­e­mas exibe a pro­gra­mação do Fes­ti­val Var­ilux de Cin­e­ma Francês em cin­co cidades do país. São 15 títu­los que abor­dam os mais vari­a­dos gêneros da dra­matur­gia france­sa, entre eles alguns ain­da inédi­tos no Brasil.

    Entre os títu­los de destaque da mostra, estão: “Ped­a­lan­do com Molière”, “Renoir”, “Camille Claudel 1915”, “Os Sabores do Palá­cio” e “O homem que Ri”. Out­ros lon­gas como “O Meni­no da Flo­res­ta”, uma das mais desta­cadas pro­duções recentes da ani­mação france­sa, “A Datiló­grafa”, de Régis Roin­sard, e “Acon­te­ceu em Saint­Tropez”, de Danièle Thomp­son, tam­bém fazem parte da programação.

    Além de Curiti­ba (PR), a UCI tam­bém exibe o Fes­ti­val Var­ilux em Ribeirão Pre­to, São Paulo, For­t­aleza e Recife. Na cap­i­tal paranaense as sessões acon­te­cem no cin­e­ma UCI Estação, do Shop­ping Estação.

    Programação do Festival na UCI em Curitiba
    Pro­gra­mação do Fes­ti­val na UCI em Curitiba

    Para mais infor­mações sobre o fes­ti­val, os cin­e­mas UCI e a pro­gra­mação com­ple­ta, acesse o site da UCI e/ou as redes soci­ais da UCI. Os ingres­sos poderão ser adquiri­dos nas bil­hete­rias, nos ter­mi­nais de atendi­men­to ou tam­bém pelo site da rede.

    SERVIÇO
    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010

  • Le Meilleur du Cinéma Français Avec Marden Machado, no Cine Omar, em Curitiba

    Le Meilleur du Cinéma Français Avec Marden Machado, no Cine Omar, em Curitiba

    Os estu­diosos e apaixon­a­dos pela cin­e­matografia france­sa terão aces­so a obras mar­cantes dos movi­men­tos Real­is­mo Poéti­co, Nou­velle Vague e do Mod­er­no Cin­e­ma Francês, o que tor­na este pro­je­to Le Meilleur Du Ciné­ma Français um even­to úni­co e por isso mes­mo, imperdív­el (Mar­dem Macha­do, curador)

    A Aliança France­sa pro­move uma vez por mês o fes­ti­val de cin­e­ma “Le Meilleur du Ciné­ma Français Avec Mar­den Macha­do”. As sessões começam no dia 26 de setem­bro, às 20h, no Cine Omar, em Curiti­ba. A curado­ria é do críti­co Mar­den Macha­do que escol­heu para a aber­tu­ra uma das obras pri­mas do cin­e­ma francês, o filme “As Damas do Bosque de Boulogne”, de Robert Bres­son, fil­ma­do em 1945. O even­to é uma real­iza­ção da AF Curiti­ba, Cine Omar e Shop­ping Omar, com apoio da Cin­e­mate­ca da Embaix­a­da da França no Brasil, Embaix­a­da da França no Brasil e o Insti­tut Français.

    O pro­je­to Le Meilleur Du Ciné­ma Français tem por obje­ti­vo traçar um painel vari­a­do com grandes e impor­tantes obras do cin­e­ma feito na França, país que é o berço da Séti­ma Arte, onde em 28 de dezem­bro de 1895, os irmãos Auguste e Louis Lumière realizaram a primeira exibição públi­ca de um filme.

    A mostra ini­cial apre­sen­ta tra­bal­hos de grande relevân­cia na car­reira de cineas­tas influ­entes da história do Cin­e­ma. Robert Bres­son, Jacques Tati, Alain Resnais, Jacques Demy, Leos Carax e Claude Chabrol fazem parte deste primeiro ciclo que res­ga­ta filmes de difer­entes épocas, temas e esti­los narrativos.

    Bres­son (1901 – 1999) é con­sid­er­a­do o pai da Nou­velle Vague france­sa. O dire­tor é um dos ícones do cin­e­ma francês ao lado de Jean Renoir, Jean-Luc Godard, Jacques Tati, Alain Resnais e Jean Cocteau. A importân­cia do cineas­ta para a séti­ma arte é tão grande, que Godard o definiu assim: “Robert Bres­son é o cin­e­ma francês, como Dos­toiévs­ki é o romance rus­so e Mozart é a músi­ca alemã.” 

    Les Dames du Bois de Boulogne (As Damas do Bosque de Boulogne) é uma adap­tação do romance Jacques le Fatal­iste et son Maître (Jacques fatal­ista e seu romance mestre) escrito entre 1771 – 1778 con­tan­do a história de um homem que é lev­a­do a se casar com uma ex-pros­ti­tu­ta. O roteiro do filme é assi­na­do pelo cineas­ta Jean Cocteau (A Bela e a Fera). A mis­tu­ra do diál­o­go com a imagem fez do filme um dos clás­si­cos do cin­e­ma europeu. Seco e dire­to, uti­lizan­do detal­h­es para a con­strução de um amor fatal e impossível.

    Serviço

    LE MEILLEUR DU CINÉMA FRANÇAIS AVEC MARDEM MACHADO

    26 de setem­bro – As Damas do Bosque de Boulogne, 1945
    24 de out­ubro – As Férias do Sen­hor Hulot, de Jacques Tati, 1953
    28 de novem­bro – Hiroshi­ma, Meu Amor, de Alain Resnais, 1959
    12 de dezem­bro – Pele de Asno, de Jacques Demy, 1970
    23 de janeiro – Sangue Ruim, de Leos Carax, 1986
    27 de fevereiro – A Flor do Mal, de Claude Chabrol, 2003

    Horário – 20h
    Local: Cine Omar
    Rua Comen­dador Araújo,
    Infor­mações: www.afcuritiba.com.br ou 32234457

  • Crítica: Intocáveis

    Crítica: Intocáveis

    O lon­ga Intocáveis (Intouch­ables, França, 2011), dirigi­do pela dupla Eric Toledano e Olivi­er Nakache, chega atrasa­do no Brasil — e só vem graças ao Fes­ti­val Var­ilux- mostran­do mais do jeito francês de faz­er filmes com um ape­lo, dig­amos, com­er­cial. O lon­ga é uma comé­dia, com pitadas de dra­ma, dig­nos de você sair inspi­ra­do do cinema.

    O enre­do, basea­do no livro O Segun­do Sus­piro (Intrin­se­ca), tra­ta do refi­na­do tetraplégi­co Philippe em bus­ca de uma espé­cie de enfer­meiro, um cuidador como se diz por aqui. Cansa­do dos mes­mos tediosos home­ns, cheios de refer­ên­cias, for­mação e com pou­ca humanidade, ele resolve dar uma chance ao ocioso Driss, um sene­galês que só entrou na fila para con­seguir um seguro-desem­prego. Os momen­tos que estas duas fig­uras dis­tin­tas vão pas­sar jun­tos — fig­uras de uma Paris polar­iza­da entre o nati­vo e o imi­grante — vão dar tom a várias descober­tas sim­ples do sen­ti­do de amizade, sem forçar nen­hu­ma barra.

    Intocáveis, ape­sar de ser rotu­la­do como uma comé­dia e se pas­sar na cap­i­tal român­ti­ca de Paris, em nen­hum momen­to o espec­ta­dor enx­er­ga a mitó­log­i­ca cap­i­tal a não ser em uma cena que a Torre Eif­fel serve de sim­ples ele­men­to fig­u­ra­ti­vo de algo mais inter­es­sante. As cenas entre o sub­úr­bio da cap­i­tal, onde vive Driss e sua grande família, e a man­são onde vive o rico Phillippe, não deix­am que o lon­ga aban­done de lado os ques­tion­a­men­tos de uma França con­tem­porânea e nem um pouco român­ti­ca. Aliás, falan­do em não roman­tismo, o lon­ga tem aque­la beleza dramáti­ca de filmes de amizade que víamos — ah! os bons tem­pos amer­i­canos — na sessão da tarde em dra­mas como A Cura, ou ain­da, Patch Adams.

    O filme fez um grande suces­so logo que foi lança­do e o ator Omar Sy, que faz Driss, chegou a des­ban­car o francês Jean Dujardim, de O Artista, na cat­e­go­ria de mel­hor ator no prêmio Cesar. De fato, Omar tem um caris­ma con­quis­ta­dor, as piadas do per­son­agem são extrema­mente diver­tidas e ele tra­bal­ha muito bem com o vet­er­a­no François Cluzet, for­man­do uma boa dupla.

    O cin­e­ma francês vai muito bem, obri­ga­do. Mas, claro que os amer­i­canos não perder­am tem­po, com a crise de cri­ação que car­regam há anos, prom­e­tem para logo um remake do lon­ga. Mas creio que Intocáveis, assim como muitos filmes agradáveis vin­dos ulti­ma­mente da França — vide o pri­moroso Min­has Tarde com Mar­guerite - ten­ha um charme pecu­liar, sen­sív­el sem ser dramáti­co e difí­cil de ser repro­duzi­do. Assista Intocáveis para sen­tir, pelo menos durante a duração do filme, que podemos ter grandes ami­gos em um mun­do cheio de rótu­lo e divisórias. O Fes­ti­val Var­ilux de Cin­e­ma Francês acon­tece de 15 a 23 de agos­to de 2012 e o Intocáveis abre o evento.

    Trail­er:

  • “Ricky”: trailer legendado e pôster nacional

    Ricky”: trailer legendado e pôster nacional

    Quan­do Katie, uma mul­her comum, con­hece Paco, um homem comum, algo de mági­co e mila­groso acon­tece: Uma história de amor. Dessa união nascerá um bebê extra­ordinário: Ricky.

    O filme que con­cor­reu ao Leão de Ouro no Fes­ti­val de Berlim em 2009 tem pre­visão de estreia em São Paulo e no Rio de Janeiro no dia 21 de abril. O dire­tor François Ozon é con­sid­er­a­do como um dos mais impor­tantes jovens real­izadores france­ses na cat­e­go­ria New Wave do cin­e­ma francês, sendo Ricky o ter­ceiro filme do dire­tor lança­do no Brasil pela Cal­i­for­nia Filmes, os ante­ri­ores: Swim­ming Pool – Á Beira da Pisci­na (2003) e O Tem­po que Res­ta (2005).

    Con­fi­ra o trail­er leg­en­da­do de Ricky:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=RHdP4R2spnw

  • Crítica: O Porco Espinho

    Crítica: O Porco Espinho

    Cer­tos filmes chamam atenção por seus pequenos detal­h­es e diál­o­gos, assim como pela del­i­cadeza com que alguns assun­tos são trata­dos. Esse é o caso de O Por­co Espin­ho (Le Héris­son, França, 2010), dirigi­do por Mona Achache. A dire­to­ra ain­da é pouco con­heci­da e bem nova, tem ape­nas 29 anos, mas já con­ta com 3 filmes em seu currículo.

    Palo­ma (Garance Le Guiller­mic) tem 11 anos e mora em um aparta­men­to de luxo com seus pais e sua irmã. Con­sid­er­a­da excên­tri­ca, ela se diverte fil­man­do os hábitos de sua família e seus viz­in­hos. Tam­bém estu­da japonês, gos­ta de gatos e desen­hos, mas mes­mo assim é ente­di­a­da. Decide, então, se matar no dia do seu aniver­sário de 12 anos. Ela resolve faz­er diver­sas fil­ma­gens enquan­to não chega o dia X. O que Palo­ma dese­ja com essas fil­ma­gens? Doc­u­men­tar seus últi­mos dias ou de cer­ta for­ma, se aprox­i­mar das pessoas?

    O Por­co Espin­ho, que teve roteiro basea­do no romance “L’Élégance du hériss­son” de Muriel Bar­bery, pos­sui per­son­agens dev­eras inter­es­santes. Além da própria Palo­ma, dois mere­cem destaque: Renée Michel (Josiane Bal­asko) e Kakuro Ozo (Togo Igawa). Renée é a zelado­ra do pré­dio, uma sen­ho­ra em seus 50 anos que leva uma vida solitária, dividin­do seu tem­po entre os afaz­eres do pré­dio, seu gato Leo e seu amor secre­to pelos livros. Kakuro é um sen­hor japonês que se muda para o pré­dio e logo se iden­ti­fi­ca com Renée. Ini­ci­am então uma estran­ha, porém sin­cera, amizade. Palo­ma obser­va tudo isso através da lente de sua câmera e lamen­ta ter con­heci­do o Sr. Kakuro jus­ta­mente na mes­ma época em que ela esta­va deci­di­da a se matar.

    Podemos clas­si­ficar O Por­co Espin­ho como uma comé­dia dramáti­ca, ao tom de A Lula e a Baleia, Eu, Você e Todos Nós e até mes­mo Os Excên­tri­cos Tenen­baums. Seu difer­en­cial é que o mes­mo se uti­liza de pequenos fatos cor­riqueiros para explo­rar sua tra­ma, seja no amor pelos gatos, pelos livros, a solidão, o tédio e a morte. Talvez o fato de o filme ser mostra­do na visão de uma meni­na de 11 anos o torne um tan­to quan­to engraça­do, pois cri­anças ten­dem a drama­ti­zar as situ­ações. É jus­ta­mente isso que o tor­na único.

    É um filme del­i­ca­do e seus as per­son­agens são muito verossim­il­hantes, qual­quer um que assista pode se iden­ti­ficar. Sem despen­car para o lado da auto-aju­da, O Por­co Espin­ho nos mostra que ain­da há chance para todos. Ape­sar de todo o tédio e solidão, há sem­pre a opor­tu­nidade de que algo acon­teça para mudar a roti­na da vida. 

    Out­ras críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=b9YUqkbLAko