O ano de 2011 começou mostrando que o cinema quer, assumidamente, gastar todas as fichas na vida pós-morte. Com o recém-lançado Além da Vida do veterano Clint Eastwood, janeiro seguiu com o fraco A Vida e Morte de Charlie (Charlie St. Cloud, USA, 2010), de Burr Steers, com a estrela teen Zac Efron.
Charlie e Sam Saint Cloud (Zac Efron e Charlie Tahan) são dois irmãos inseparáveis. Charlie é o típico irmão mais velho e protetor de Samuel, desde que o pai os abandonou. Juntos os irmãos ganharam prêmios de Vela e, inclusive, Charlie é considerado a nova promessa no esporte ganhando uma bolsa universitária para se profissionalizar. Na noite após sua formatura, Charlie resolve ir até uma festa de despedida de seus amigos, mas ao sair escondido ele é surpreendido por seu irmão ao ligar o carro, se obrigando a leva-lo junto. No meio do caminho os dois sofrem um acidente que acaba tirando a vida de Sam. Charlie não consegue lidar com perda do irmão e passa a enfrentar o apego ao irmão de formas peculiares.
A Vida e Morte de Charlie não traz nenhuma novidade narrativa e batalha em cima de elementos já usados nos espantosos Os Outros e O Sexto Sentido ou no confuso A Casa do Lago. A Vida e Morte de Charlie se foca na relação sentimental de vida pós-morte calcada no drama com situações de auto-ajuda no decorrer do enredo tentando em alguns momentos usar elementos de mistério e surpresa para incrementar o roteiro que não convence para o bom, nem para o péssimo.
Zac Efron é o frisson de A Vida e Morte de Charlie e em muitos momentos os closes no rosto do ator soa como algo forçado. A atuação de Efron até se mostra interessante em muitos momentos, mas precisa de muito trabalho ainda para conseguir alguns papéis mais consistentes. Para completar, o pequeno Charlie Tahan também não dá conta do papel, forçando um drama desnecessário durante a trama do filme, colaborando no clima de artificialidade.
De fato, as atuações enfraquecem o longa como um todo, e juntando com o tema, que se tornou batido em tão pouco tempo. A Vida e Morte de Charlie é mais um no volume de entretenimento para agradar somente fãs do já conhecido ator da série High School Musical e de certa forma incutir valores diferentes para a faixa etária que costuma acompanhar esse tipo de artista.
Outras críticas interessantes:
- Joba Tridente, no Claque ou Claquete
- Carina Toledo, no Omelete
Trailer:
httpv://www.youtube.com/watch?v=hk9vIFxN3JE