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  • We3 – Instinto de Sobrevivência | HQ da Semana

    We3 – Instinto de Sobrevivência | HQ da Semana

    we3-capaImag­ine uma mis­tu­ra insana de Robo­cop com A Incrív­el Jor­na­da e pitadas de Matrix. O resul­ta­do dis­so é We3 – Instin­to de Sobre­vivên­cia.

    De A Incrív­el Jor­na­da vêm um trio de bich­in­hos: um cachor­ro, um gato e um coel­ho. Ani­maiz­in­hos de esti­mação que são rou­ba­dos de seus donos pelo exérci­to para par­tic­i­par de um pro­je­to mil­i­tar secretíssimo.

    Daí vem a parte do Robo­cop: os três são trans­for­ma­dos em ciborgues, máquinas de matar extrema­mente sofisti­cadas e se envolvem em sequên­cias de ação cheias de vio­lên­cia sanguinolenta.

    De Matrix vem os exper­i­men­tal­is­mos ousa­dos: uma dis­posição de quadrin­hos e pági­nas que fazem lem­brar toda a rev­olução do bul­let time, mas trans­pos­ta ago­ra para a lin­guagem dos quadrin­hos. São pági­nas em que o sen­ti­do de per­cepção de tem­po dos ani­mais é rep­re­sen­ta­do através da dis­posição de quadrin­hos que invo­cam mul­ti­pli­ci­dade de leituras e explo­ração da ter­ceira dimen­são na página.

    transposição do bullet time para a linguagem dos quadrinhos
    trans­posição do bul­let time para a lin­guagem dos quadrinhos

    We3 é uma história alu­ci­nante que com­bi­na de maneira magis­tral ação, vio­lên­cia e ter­nu­ra. Ter­nu­ra porque é impos­sív­el não cri­ar empa­tia pelo sofri­men­to e des­ti­no dos pro­tag­o­nistas. Mes­mo com as alu­ci­nantes sequên­cias de ação, há diver­sos momen­tos e detal­h­es que dão um aper­to no coração, como os car­tazes dos ani­maiz­in­hos perdidos.

    Apesar de tudo eles ainda são animais que necessitam de cuidado e carinho
    Ape­sar de tudo eles ain­da são ani­mais que neces­si­tam de cuida­do e carinho

    Essa edição ain­da tem uma porção de extras bem bacanas, com comen­tários do roteirista Grant Mor­ri­son e do desen­hista Frank Quite­ly sobre os basti­dores dessa HQ. Sim­ples­mente imperdível.

    We3 – Instin­to de Sobrevivência
    Autores: Grant Mor­ri­son (roteiro) e Frank Quite­ly (arte)
    Edi­to­ra: Panini
    Preço esti­ma­do: R$45,00

  • Crítica: Resident Evil 4: Recomeço

    Crítica: Resident Evil 4: Recomeço

    Ape­sar da fran­quia para o cin­e­ma não ter agrada­do muito os fãs do jogo, Res­i­dent Evil 4: Recomeço (Res­i­dent Evil: After­life, EUA/Alemanha/Inglaterra, 2010), de Paul W.S. Ander­son (que foi dire­tor do primeiro e pro­du­tor dos dois out­ros), investe pesa­do nos efeitos espe­ci­ais e refer­ên­cias ao orig­i­nal para final­mente con­seguir agradar aos jogadores e, por que não, ao públi­co que tam­bém gos­tou dos out­ros filmes.

    Nes­ta sequên­cia, Alice (Mil­la Jovovich) vol­ta a ter os poderes de um humano nor­mal (o que é ques­tionáv­el pois ela con­tin­ua sendo um “super humana” em muitos sen­ti­dos) e con­tin­ua a sua bus­ca por out­ras pes­soas não infec­tadas pelo vírus. Ao chegar em uma cidade onde suposta­mente está livre da infecção, reen­con­tra ami­gos e novo ali­a­dos para lhe aju­dar na sua vin­gança con­tra a empre­sa respon­sáv­el por toda esta catástrofe, a Umbrella.

    Não é necessário ter vis­to os out­ros filmes da série para con­seguir acom­pan­har Res­i­dent Evil 4: Recomeço, pois o necessário para enten­der a tra­ma é expli­ca­do durante o lon­ga, ape­sar de que alguns ele­men­tos gan­ham mais sig­nifi­ca­do para quem já viu os out­ros. Alias, o roteiro está bem longe de ser o pon­to forte do filme, os even­tos acon­te­cem quase que sem nen­hum pre­tex­to e os per­son­agens são muito pobres. Não há nen­hum apro­fun­da­men­to e desen­volvi­men­to de suas per­son­al­i­dades, e eles agem de maneira muito automáti­ca. Este vazio e automa­tismo pode ser meio inco­mo­do para algu­mas pes­soas que estão procu­ran­do algo além da ação. Mas de cer­ta for­ma, é jus­ta­mente eles que trazem o lon­ga mais per­to dos jogos (basea­do na min­ha exper­iên­cia pes­soal), prin­ci­pal­mente pela lim­i­tação de se cri­ar expressões faci­ais, movi­men­tos e com­por­ta­men­to mais com­plex­os (o que está grad­ual­mente mudan­do com os avanços tecnológicos).

    Para quem não teve muito con­ta­to, ou nen­hum (que é meu caso), com o jogo, vai sen­tir que muitas vezes está per­den­do algu­ma coisa, pois Res­i­dent Evil 4: Recomeço é cheio de refer­ên­cias á per­son­agens e situ­ações do jogo. O rit­mo do lon­ga é bas­tante de videogame, onde muitas coisas vão acon­te­cen­do, as vezes sem muito propósi­to, ape­nas para traz­er mais ação. A con­dução da história tam­bém segue o mes­mo esti­lo, mas acred­i­to que este esti­lo fun­ciona mel­hor nos jogos do que na tela do cin­e­ma, pois no lon­ga muitas das expli­cações pare­cem care­cer de entu­si­as­mo para se ter con­hec­i­men­to das respostas.

    Um dos pon­tos fortes do Res­i­dent Evil: Recomeço é a sua tril­ha sono­ra, que mis­tu­ra bas­tante ele­men­tos eletrôni­cos, com um rit­mo mais acel­er­a­do, sendo um óti­mo acom­pan­hamen­to den­tro e fora do filme. Pena que a músi­ca usa­da nos crédi­tos, e no trail­er, não está na tril­ha ofi­cial. Para quem gos­tou, o seu títu­lo é “The out­sider” da ban­da “A Per­fect Cir­cle”. Tam­bém, não pos­so deixar de citar a atu­ação da Mil­la Jovovich, que esta cada vez mais con­fortáv­el no papel, sendo bem con­vin­cente, e é um dos grandes atra­tivos do filme.

    E final­mente cheg­amos ao ápice do filme: os efeitos espe­ci­ais. Usan­do e abu­san­do de movi­men­to de câmeras e do bul­let time, temos tomadas muito boas de ação, tan­to em qual­i­dade como em pro­dução, imi­tan­do per­feita­mente os efeitos já onipresentes em muitos jogos do esti­lo. Sem falar tam­bém uma refer­ên­cia clara ao Matrix Rev­o­lu­tions, da famosa cena de luta final na chu­va, só que ago­ra em um ban­heiro (será que foi uma pia­da inten­cional?). É inter­es­sante perce­ber que ini­cial­mente foram os jogos que copi­aram os filmes e ago­ra o con­trário está acon­te­cen­do, não só em relação ao visu­al, mas no roteiro tam­bém. E até ago­ra, este foi o mel­hor lon­ga que soube usar os efeitos em 3D, por­tan­to, sem som­bra de dúvi­das, vale a pena ver Res­i­dent Evil: Recomeço em 3D, espe­cial­mente se for no IMAX.

    Se você não está pre­ocu­pa­do com um roteiro elab­o­ra­do, quer ação e muitos efeitos espe­ci­ais, com certeza vale o ingres­so para o Res­i­dent Evil: Recomeço. Acred­i­to tam­bém que os fãs do jogo não ficarão decep­ciona­dos. Falan­do neles, gostaria de saber a opinião de quem já jogou um dos jogos, a respeito deste últi­mo filme. O que vocês acharam?

    Quan­do o filme acabar, há ain­da uma cena extra após os crédi­tos, que vale a pena esperar.

    Quer assi­s­tir Res­i­dent Evil 4: Recomeço de graça? Então par­ticipe da Pro­moção Res­i­dent Evil 4: Recomeço e con­cor­ra a con­vites para ver o filme em todo o Brasil.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=slnfP3p-y0c