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  • Crítica: Salt

    Crítica: Salt

    Salt

    O anti­go, e já total­mente bati­do, con­fli­to dos EUA con­tra Rús­sia é revivi­do em Salt (Salt, EUA, 2010), de Phillip Noyce. Durante a guer­ra fria, cri­anças foram treinadas na URSS para serem espiãs nos EUA e depois de infil­tra­dos den­tro do sis­tema, atacarem no dia X. Mes­mo com o fim dos gov­er­nos social­is­tas, estes agentes ain­da con­tin­uaram na ati­va e, não queren­do aban­donar todo esforço feito, con­tin­u­am seguin­do o plano orig­i­nal. A pre­mis­sa não chega a ser absur­da, mas toda essa história de mocin­hos amer­i­canos e ban­di­dos rus­sos se matan­do para aper­tar o botão ver­mel­ho e ver o out­ro império ruir para assim se tornar os donos do mun­do, já não emo­ciona mais.

    Salt (Angeli­na Jolie) é uma agente da CIA, que é acu­sa­da por um rus­so de iden­ti­dade descon­heci­da de ser jus­ta­mente uma dessas cri­anças treinadas pela URSS. Pre­ocu­pa­da prin­ci­pal­mente com a segu­rança de seu mari­do, ela decide fugir para ten­tar encon­trá-lo, enquan­to é persegui­da pela polí­cia em bus­ca de esclarec­i­men­tos. Seu par­ceito Ted Win­ter (Liev Schreiber) é o úni­co que acred­i­ta em sua inocên­cia e PeaBody (Chi­we­tel Ejio­for, com uma pés­si­ma atu­ação), da Con­tra Inteligên­cia, quer prendê-la a qual­quer custo.

    Provavel­mente Salt não teria fica­do tão inter­es­sante se não fos­se pela Angeli­na Jolie (Tom Cruise foi orig­i­nal­mente escal­a­do para o papel, mas recu­sou). Além de ela inter­pre­tar muito bem a per­son­agem, o seu olhar e jeito sem­pre mis­te­rioso foram fun­da­men­tais para cri­ar toda uma curiosi­dade e uma espé­cie de envolvi­men­to com a per­son­agem. Você fica sem­pre se per­gun­tan­do: Mas quem é real­mente Salt? O mes­mo sen­ti­men­to de dúvida/paranóia que foi cri­a­do em torno do Jer­ry Fletch­er em Teo­ria da Con­spir­ação, de Richard Don­ner.

    Se por um lado Salt é a típi­ca super-ultra-mega espiã mais forte/rápida/inteligente do mun­do inteiro, ela não chega a ser total­mente apel­a­ti­va. Muitas das suas habil­i­dades vão sendo “expli­cadas” com peque­nas e ráp­i­das refer­ên­cias durante o lon­ga, não cau­san­do aque­le “mas como é que ela sabia faz­er isto?” tão comum em filmes do gênero. E difer­ente de um agente Bourne, Salt parece sem­pre estar sem­pre ciente de suas ações e de sua pos­sív­el missão.

    Salt cumpre bem o papel de entreten­i­men­to, para quem já não se can­sou deste tipo de enre­do, com boas e muitas cenas de ação e perseguição, e algu­mas revi­ra­voltas inter­es­santes. Para quem gos­ta de Angeli­na Jolie, esta é uma óti­ma opor­tu­nidade para vê-la nova­mente dan­do tiros e que­bran­do a cara de alguns marmanjos.

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    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=jPVGACdlibY