O mundo livreiro — aqui inclui desde livrarias, bibliotecas e claro, o mercado editorial — vive a incerteza sobre o futuro do livro. Aqui no Brasil, o alarde não é de grandes proporções porque somente há pouco tempo começamos um processo de democratização do livro com um crescente número de livrarias e editoras expandindo suas alternativas.
A Companhia das Letras, uma das maiores editoras do país, atua há 25 anos no mercado editorial e há pouco menos de um ano anunciou sua junção com a famosa editora inglesa Penguin, lança nesse ano mais quatro selos para dar conta do crescente mercado de livros que o Brasil vem apresentando. Mostrando que o mercado está em pleno vigor, seja no impresso ou na construção da popularização do e‑book, o anúncio de novos selos sempre deixa os leitores em polvorosa.
O selo Paralela vem para suprir um mercado crescente com best-sellers de ficção e não-ficção procurados e de boa qualidade. As tiragens serão superiores do que as normais da editora e serão lançados até dois títulos por mês, começando já nesse mês de abril com o romance policial Scarpetta da escritora Patricia Cornwell, e O sinal, livro sobre o Santo Sudário e a origem do Cristianismo.
Os selos Seguinte e Boa Companhia serão mais voltados ao público jovem, lançando até 12 títulos por ano. O primeiro vai abranger o catálogo do selo Cia das Letras, onde famoso escritor Lemony Snicket (Desventuras em Série), por exemplo, é um dos nomes que pode ilustrar o catálogo do Seguinte. Já a Boa Companhia vai editar antologias de clássicos brasileiros para fortalecer a formação de leitores.
E em 2013 a editora passa a editar livros pelo selo Portfolio Penguin, com cerca de 10 títulos anuais, voltado para o segmento de marketing, negócios e empreendedorismo em geral, com suas ótimas traduções.
A Companhia das Letras afirma que com o surgimento de novos e pequenos selos a editora passa a viver um novo momento de maior alcance de leitores, gerando uma demanda maior e com mais segmentos. Torcemos que sim!