O cinema de animação sempre teve um certo compromisso com histórias que trouxessem uma moral ou alguma mensagem que realmente passasse um sentido para a vida de quem assiste. Desde Walt Disney, ainda no inicio do século 20, até animações recentes como o incrível longa Mary e Max, existem aspectos com questões profundas sobre o ser humano. E nessa linha, foi apresentado no AnimaMundi 2010 a fábula com jeitinho brasileiro Os Anjos do Meio da Praça (2010), de Alê Camargo e Camila Carrossine, da Buba Filmes.
Em uma das batalhas, entre anjos e demônios nos céus, caem três anjos em um vilarejo. Assustados com as criaturas, diferentes de tudo que estavam acostumados a viver, os habitantes decidem trancar os anjos em uma espécie de jaula. Os anos se passam e os anjos são esquecidos, alimentados pelo preconceito e medo daquelas pessoas.
A beleza de Os Anjos do Meio da Praça não está somente na animação, que por sinal possui uma estética com cores belíssimas e personagens, principalmente os anjos, de belos traços. O encantamento está no enredo e argumento que traz uma metáfora tocante sobre o egoísmo e estranhamento capazes de causar o isolamento de quem não é parte de um padrão.
Outro curta de Alê Camargo está na seção Curta da Semana, veja A Noite do Vampiro.
“Os anjos do meio da praça” (2010) from Alê Camargo on Vimeo.