Tag: 7º Festival de Verão do RS de Cinema Internacional

  • FestivalVerãoRS 2011: Dicas de Filmes

    FestivalVerãoRS 2011: Dicas de Filmes

    O 7º Fes­ti­val de Verão do RS de Cin­e­ma Inter­na­cional, em Por­to Ale­gre começou na quin­ta, dia 24 de março, com a pré-estreia do lon­ga-metragem Lope, de Andrucha Wadding­ton. Obvi­a­mente que mui­ta gente já fez a sua lista de filmes, mas quem não fez, ain­da dá tem­po. Pen­san­do nis­so, o inter­ro­gAção sele­cio­nou os prováveis filmes mais inter­es­santes — e esper­a­dos por nós — do Fes­ti­val. Se você assis­tiu algum deles, gos­tou ou não, deixe sua opinião nos comentários!


    Nati­mor­to (Brasil, 2010) - A adap­tação homôn­i­ma do livro do quadrin­ista e escritor Lourenço Mutarel­li pre­tende dar o que falar. O livro, antes adap­ta­do pelo teatro, traz a história de um homem com­pul­si­vo — o próprio Mutarel­li — e um caça-tal­en­tos que traz uma jovem can­to­ra para São Paulo para uma audição, enquan­to esper­am o dia mar­ca­do ele vai se apre­sen­ta­do mais e mais estran­ho, toman­do café, fuman­do com­pul­si­va­mente e lendo as car­tas de tarô para ela.

    Talvez o pon­to mais alto da espera pelo lon­ga é que o próprio Mutarel­li é uma figu­ra incóg­ni­ta, com uma lista de quadrin­hos e livros com um humor áci­do e um tan­to obscuro. Além, claro, que O Cheiro do Ralo, escrito por ele, foi uma das mel­hores adap­tações do cin­e­ma nacional até hoje.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=Opls68GIyT8

    Amor? (Brasil, 2010) É Mais um lon­ga nacional que prom­ete. João Jardim é um cineas­ta que tra­bal­ha com doc­u­men­tários de uma for­ma extrema­mente artís­ti­ca, bas­ta ver o incrív­el Janela da Alma para enten­der um pouco o esti­lo autor.

    Em Amor? o enre­do se foca em histórias reais de vio­lên­cia pas­sion­al inter­pre­tadas por atores, ou seja, o dire­tor criou uma ficção poéti­ca em cima da real­i­dade. O filme estre­ou ano pas­sa­do no Fes­ti­val de Brasília e con­ta com uma sessão comen­ta­da no 7º Fes­ti­val de Verão do RS de Cin­e­ma Inter­na­cional (Con­fi­ra a pro­gra­mação)

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=hDckZziiWS0


    A min­ha ver­são do Amor (Canadá/Itália, 2010) Nor­mal­mente filmes que envolvam Paul Gia­mat­ti sem­pre são inter­es­santes, vis­to por exem­p­lo o exce­lente Almas à Ven­da e a cinebi­ografia do quadrin­ista Har­vey Pekar em Anti-herói Amer­i­cano.

    Em A min­ha ver­são do Amor, Giammati inter­pre­ta Bar­ney Panof­sky, o per­son­agem-nar­rador de A Ver­são de Bar­ney, livro de Morde­cai Rich­ler. Panof­sky é car­i­ca­to e está pos­ses­so — e bêba­do, como sem­pre —, porque seu vel­ho desafe­to e ex-ami­go, Ter­ry McIv­er, está para lançar um livro auto­bi­ográ­fi­co em que lhe faz pesadas acusações. Então que Panof­sky resolve rev­er sua vida através de sua própria visão e lembranças.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=VMWf3UpmuvM

    Poe­sia (Coréia do Sul, 2010) Cin­e­ma core­ano sem­pre é uma bela indi­cação, vis­to que na últi­ma déca­da dire­tores como Kim Ki-Duk e Chan-wook Park, alcançaram boas tem­po­radas no cin­e­ma ocidental.

    Poe­sia é um dess­es filmes ori­en­tais que você dese­ja ver somente pela beleza que o filme evo­ca logo no trail­er. Dirigi­do por Chang-dong Lee o lon­ga con­ta a história de Mija, uma sen­ho­ra curiosa e ques­tion­ado­ra que ao rece­ber uma notí­cia que muda a sua vida decide ver mais poe­sia e beleza no cotid­i­ano, se inscreve numa aula do gênero e pas­sa a ten­tar com­preen­der a vida através das palavras.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=VM27hunyDTA

    Zona de Risco (Córeia do Sul, 2001) Reforço que cin­e­ma core­ano é sem­pre sen­sa­cional. Este lon­ga do Chan-wook Park, faz parte de uma mostra espe­cial para o cin­e­ma core­ano (veja a pro­gra­mação no site), por­tan­to já recomen­damos logo de cara todos os filmes.

    Por vários ângu­los Zona de Risco é um filme políti­co, mas como todo filme do dire­tor pode-se esper­ar ação e sangue à von­tade. Alguns sol­da­dos core­anos são mor­tos após um dire­tor, uma equipe espe­cial da Suíça vem para inves­ti­gar o caso pois acred­i­ta-se que haja um deser­tor entre os soldados.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=B3zOZL5nl2w

    Em um Mun­do Mel­hor (Dinamarca/Suécia, 2010) Talvez o sim­ples fato do filme ter gan­ho o Oscar de mel­hor filme estrangeiro seja um belo moti­vo para ver esse lon­ga. Mas ain­da há o fato do lon­ga ser dina­mar­quês e o cin­e­ma do norte-europeu cos­tu­ma apre­sen­tar belas sur­pre­sas. A dire­to­ra Susane Bier já dirigiu lon­gas inter­es­santes como Coisas que perdemos pelo cam­in­ho.

    Em um Mun­do Mel­hor um médi­co dina­mar­quês tra­bal­ha em um cam­po de refu­gia­dos na África enquan­to sua família está na Dina­mar­ca, a história de ambos se entre­laça com a de um garo­to orfão de mãe que migra para o país.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=diJ3IRIyqfo

    Para quem você lig­aria? Os nos­sos her­manos têm um cin­e­ma sen­sa­cional, isso é indis­cutív­el! O cin­e­ma exis­ten­cial dos argenti­nos sem­pre resul­ta em belas pelícu­las, tan­to com enre­dos encan­ta­dores como em fotografia.

    Em Para quem você lig­aria? um homem se vê numa ver­dadeira crise que ao encar­ar sua difi­cul­dade de lidar com as pes­soas se per­gun­ta, que em um momen­to com esse, para quem lig­ar, afinal?

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=yNqfM0Ef2Cw

  • FestivalVerãoRS 2011: Lope

    FestivalVerãoRS 2011: Lope

    Para ini­ciar o 7º Fes­ti­val de Verão do RS de Cin­e­ma Inter­na­cional, foi escol­hi­do o lon­ga-metragem Lope (Lope, Espanha/Brasil, 2010) apre­sen­ta­do pelo próprio dire­tor Andrucha Wadding­ton.

    Lope de Vega é um jovem poeta que vive inten­sa­mente sua poe­sia, além de ser um grande amante. Para muitos, seu com­por­ta­men­to equiv­alia a de um louco, por não faz­er sen­ti­do em relação a seus val­ores cul­tur­ais. Além dis­so, fazia muitas coisas por impul­so e ado­ra­va uma boa briga. Essas car­ac­terís­ti­cas lem­bram um pouco a vida do pin­tor Car­avag­gio, que tam­bém com­par­til­ha­va dos mes­mos gos­tos e peri­gos, viven­do inten­sa­mente a vida artística.

    A con­strução de época em Lope real­mente ficou incrív­el, a atenção aos detal­h­es foi total, prin­ci­pal­mente para retratar a higiene da época. A escol­ha de cer­tos ângu­los mais inusi­ta­dos — prin­ci­pal­mente em relação ao enquadra­men­to tão comum das nov­e­las nacionais — pro­por­cio­nou muitas vezes a sen­sação de real­mente estar sendo um obser­vador pre­sente na história do pro­tag­o­nista. A tril­ha sono­ra, ape­sar de bem pre­sente, é muitas vezes ape­nas sutil­mente toca­da ao fun­do, inten­si­f­i­can­do mais ain­da o efeito cri­a­do pela imagem. As cenas de ação são um belo exem­p­lo onde não somos trans­bor­da­dos por um som frenéti­co para cri­ar o dinamis­mo dese­ja­do nes­sas situ­ações. Infe­liz­mente em algu­mas cenas mais dramáti­cas, o mes­mo pode­ria ter sido repeti­do cau­san­do o mes­mo efeito.

    Lope é uma história de amor e de rup­tura em relação as regras impostas pela sociedade. Ape­sar de se pas­sar no sécu­lo 16, seus ele­men­tos prin­ci­pais, o amor e a bus­ca pela liber­dade, estão longe de serem algo ultra­pas­sa­do. Na Espan­ha ele foi lança­do como um grande block­buster, pos­suin­do as já con­heci­das car­ac­terís­ti­cas — e defeitos — deste tipo de lon­ga. Mas, pela história ser de uma figu­ra não con­heci­da por aqui, além de ser todo fal­a­do em espan­hol, acabou sendo dis­tribuí­do mais pelo cir­cuito de arte, o que pode ser bem decep­cio­nante para quem vai a estes locais procu­ran­do assi­s­tir algo mais diferente.

    Infe­liz­mente, pela primeira vez no fes­ti­val, a sessão não foi fei­ta a céu aber­to no vão da Casa de Cul­tura Mário Quin­tana, o que não deixou que várias pes­soas fos­sem con­ferir o filme, que cau­sou uma bela reação dos espec­ta­dores  durante o longa.

    Leia tam­bém a entre­vista com Andrucha Wadding­ton, que fize­mos antes do iní­cio a sessão do filme no festival.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=k2jIj_zfwvQ

  • Atividades gratuitas na programação do 7º Festival de Verão do RS de Cinema Internacional

    Atividades gratuitas na programação do 7º Festival de Verão do RS de Cinema Internacional

    Além de uma sele­ciona­da pro­gra­mação de filmes, incluin­do títu­los inédi­tos, a 7ª edição do Fes­ti­val de Verão do RS de Cin­e­ma Inter­na­cional, em Por­to Ale­gre, tam­bém ofer­ece aos ciné­fi­los ativi­dades gra­tu­itas. Entre os dias 24 e 31 de março, os amantes da séti­ma arte poderão apren­der um pouco mais sobre a pro­dução audio­vi­su­al, chegan­do per­to de profis­sion­ais expe­ri­entes e reno­ma­dos em aulas mag­nas e workshops.

    Estas atrações para­le­las aber­tas ao públi­co já são uma mar­ca do even­to, que tem como obje­ti­vo aprox­i­mar quem faz de quem se inter­es­sa por cinema.

    E quem não quer perder nen­hum dos filmes sele­ciona­dos para o even­to, pode começar assistin­do à sessão de aber­tu­ra do fes­ti­val, que tam­bém é gra­tui­ta. O filme Lope, de Andrucha Wadding­ton, será exibido quin­ta-feira, às 21h, na Trav­es­sa dos Cataven­tos (vão da Casa de Cul­tura Mario Quin­tana). Lem­bran­do que para as ativi­dades aber­tas é pre­ciso se inscr­ev­er pelo e‑mail contato@festivalveraors.com.br. Detal­h­es da pro­gra­mação e out­ras infor­mações tam­bém no site do fes­ti­val.

    Con­fi­ra o cronograma:

    Aulas Mag­nas
    25/03 — sex­ta-feira — Direção
    Com Andrucha Wadding­ton, das 10h às 12h

    30/03 — quar­ta-feira — Produção
    Com Flávio Tam­belli­ni, das 14h às 17h

    Work­shops
    Direção de Fotografia — com Jaime Lerner
    Data e horário: 26/03 — sába­do, das 10h às 17h, com inter­va­lo entre 12h e 14h
    Local: San­tander Cultural

    Vivên­cia Cêni­ca de Per­son­agem — com Igor Cotrim
    Data e horário: 29/03 — terça-feira, das 10h às 17h, com inter­va­lo entre 12h e 14h
    Local: San­tander Cultural