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  • Crítica: O Retorno de Johnny English

    Crítica: O Retorno de Johnny English

    Rowan Atkin­son vol­ta às telas como o atra­pal­ha­do agente secre­to em O Retorno de John­ny Eng­lish (John­ny Eng­lish Reborn, Inglater­ra, 2011), dirigi­do por Oliv­er Park­er, depois de oito anos des­de o primeiro filme deste seu per­son­agem. No lon­ga, tam­bém hou­ve o mes­mo inter­va­lo de tem­po des­de que John­ny se afas­tou do serviço secre­to por con­ta de um ver­gonhoso fra­cas­so em uma mis­são, para faz­er um retiro em um mosteiro tibetano. Mas ao rece­ber um tele­fone do MI‑7, o con­vo­can­do para impedir a morte do primeiro-min­istro chinês Xiang Ping, ele decide voltar à ação uti­lizan­do todo o con­hec­i­men­to que adquir­iu ness­es anos de treinamento.

    Em quase dez anos mui­ta coisa muda no mun­do, não só em relação a tec­nolo­gia mas tam­bém na orga­ni­za­ção estru­tur­al do gov­er­no e das empre­sas. O Retorno de John­ny Eng­lish não ignorou essa mudança de cenário, fazen­do algu­mas atu­al­iza­ções bem inter­es­santes, como a pri­va­ti­za­ção do serviço secre­to britâni­co, entre out­ras, fug­in­do do já bati­do — e as vezes já ultra­pas­sa­do — uni­ver­so da espionagem.

    Já fui um grande fã do James Bond — cheguei a ter todos os filmes em VHS — e é inter­es­sante ver as piadas que O Retorno de John­ny Eng­lish faz em relação às situ­ações nor­mal­mente vivi­das pelo agente 007. Muitas vezes elas por si só já são real­mente bem ridícu­las — como os clich­es de filmes de ação — não pre­cisan­do de muito para faz­er uma sáti­ra, mas nem sem­pre as piadas eram real­mente engraçadas, as vezes só inter­es­santes para perce­ber o absur­do de alguns tipos de tomadas. Aliás, tive a impressão que o primeiro filme John­ny Eng­lish (França/Inglaterra, 2003) tin­ha bem mais refer­ên­cias ao mun­do do agente secre­to britâni­co, sendo este novo mais autoral em relação ao per­son­agem de John­ny. Uma curiosi­dade é que a arte de divul­gação uti­liza­da para o lon­ga foi clara­mente basea­da no 007 Con­tra Gold­en­Eye (Gold­en­Eye, Esta­dos Unidos/Inglaterra, 1995) — que acred­i­to ser o mel­hor filme da época com o Pierce Bros­nan — as vezes mis­tu­ran­do tam­bém alguns ele­men­tos do Car­ga Explo­si­va (The Trans­porter, EUA, 2002) de uma for­ma que ficou bem engraçada.

    O ator e come­di­ante Rowan Atkin­son ficou mais famoso por ter cri­a­do e inter­pre­ta­do o Mr. Bean e até hoje acred­i­to difí­cil desvin­cu­lar o ator deste per­son­agem, até porque na maio­r­ia das vezes todas suas out­ras atu­ações tem um pouco — as vezes até muito, como em O Retorno de John­ny Eng­lish — deste per­son­agem car­i­ca­to e tra­pal­hão. Isso me lem­bra quan­do Jim Car­rey inter­pre­tou O Más­cara (The Mask, USA, 1994) e a par­tir daí ficou na mes­ma situ­ação, pre­cisan­do batal­har muito para tirar de si a imagem de “louco exager­a­do que faz muitas care­tas”, con­seguin­do depois faz­er óti­mos papéis que não tin­ham nada haver com essa descrição.

    O Retorno de John­ny Eng­lish é aque­le filme bem sessão da tarde — a pro­pos­ta dele tam­bém não é de ser out­ra coisa — para dar algu­mas risadas e se diver­tir um pouco. Para quem gos­ta do humor de Atkin­son vai ado­rar este novo lon­ga, arrisco até diz­er que este é muito mais engraça­do do que o primeiro, val­en­do a pena o ingres­sos para quem gos­tou dele.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=uL6AuBEmziU

  • Crítica: Como Cães e Gatos 2

    Crítica: Como Cães e Gatos 2

    Como Cães e Gatos 2

    Ani­mais que falam não cos­tu­mam me atrair em filmes, exce­to ani­mações, mas Como Cães e Gatos 2 (Cats & Dogs: The Revenge of Kit­ty Galore, EUA, 2010), de Brad Pey­ton, entrou na lista das exceções.

    Na eter­na briga entre cães e feli­nos, Kit­ty Galore, uma ex-colab­o­rado­ra da orga­ni­za­ção M.I.A.U. de espiões, quer der­ro­tar não só seus inimi­gos cani­nos, mas tam­bém seus ex-com­pan­heiros de espi­onagem. Para detê-la, cães e gatos serão obri­ga­dos a unir forças pela primeira vez na história.

    O filme é uma mis­tu­ra de ani­mais reais, ani­ma­trôni­cos (robôs) e ani­mação com­puta­doriza­da, e é bem difí­cil saber quan­do um dos três está sendo usa­do de tão bem fei­ta que foi a pro­dução. E mes­mo assim, muitas vezes temos mais a impressão de estar assistin­do à uma ani­mação do que um filme live-action. Aliás, Como Cães e Gatos 2 tem todos os ele­men­tos de uma boa ani­mação: visual­mente muito bem fei­ta, boas piadas, situ­ações engraçadas e um cenário cheio de detal­h­es com inúmeras refer­ên­cias á out­ros filmes e à cul­tura em ger­al. Algu­mas delas são: Silên­cio dos Inocentes, Exter­mi­nador do Futuro, James Bond (a cena de aber­tu­ra é uma clara hom­e­nagem à série e o dire­tor é fã declar­a­do dela), MIB, Bat­man, …

    Falan­do em diver­são, Como Cães e Gatos 2 é um dos filmes mais engraça­dos sobre agentes secre­tos que já vi. Isso se deve prin­ci­pal­mente por ele não cair naque­la coisa exager­a­da e força­da, algo muito comum em muito em out­ras pro­duções do mes­mo gênero.

    Difer­ente da leva de filmes trans­for­ma­dos para a 3D, este foi já pro­duzi­do pen­san­do nela. Ou seja, vale a pena ver Como Cães e Gatos 2 em 3D. Tam­bém assisti o filme dubla­do e, por incrív­el que pareça isso não foi algo que inco­mod­ou (não supor­to filmes dubla­dos), pois ela foi muito bem realizada.

    Como Cães e Gatos 2 é diver­são garan­ti­da até para aque­les que nun­ca gostaram de ver filmes onde ani­mais reais são os pro­tag­o­nistas, prin­ci­pal­mente se falam, e quem gos­ta vai se diver­tir ain­da mais. Ah, e quem não viu o primeiro, não se pre­ocupe, dá para enten­der toda a tra­ma sem prob­le­ma nen­hum (eu inclu­sive não o assisti).

    Seguin­do os pas­sos da Pixar, antes de Como Cães e Gatos 2 começar, tem um pequeno cur­ta do Papaléguas que é muito diver­tido. Todo feito dig­i­tal­mente, e em 3D, ele con­seguiu man­ter o espíri­to do desen­ho ani­ma­do orig­i­nal, trazen­do uma cer­ta nos­tal­gia para quem acom­pan­ha­va a série. E, durante os crédi­tos do filme, são exibidos vídeos caseiros engraçadas e/ou bonit­in­hos de ani­mais de esti­mação, provavel­mente tira­dos do YouTube, mostran­do tam­bém algu­mas das “cele­bri­dades” ani­mais vir­tu­ais (incluin­do o famoso key­board cat).

    Quer assi­s­tir Como Cães e Gatos 2 de graça? Então par­ticipe da Pro­moção Como Cães e Gatos 2 e con­cor­ra a brindes e con­vites para ver o filme.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=DhLFMiHwuxo