Blog

  • Nascidos em Bordéis (2004), de Zana Briski e Ross Kauffman

    Nascidos em Bordéis (2004), de Zana Briski e Ross Kauffman

    A diretora Zana Briski
    A fotó­grafa Zana Briski

    Zana Bris­ki, fotó­grafa e ativista, é auto­ra do tocante doc­u­men­tário “Nasci­dos em Bor­déis” (Born into Broth­els: Cal­cut­ta’s Red Light Kids, 2004), dirigi­do por ela e pelo pro­du­tor Ross Kauff­man, traduzin­do a panorâmi­ca vivi­da pelas cri­anças do bair­ro da Luz Ver­mel­ha, em Calcutá.

    Fru­tos de um arcabouço social tira­no (pro­movi­do pelo sis­tema de cas­tas), meni­nos e meni­nas são sub­meti­dos à condições sub-humanas de sobre­vivên­cia, con­viven­do diari­a­mente com a vio­lên­cia, ali­men­tação precária, fal­ta de sanea­men­to bási­co, ausên­cia edu­ca­cional e, prin­ci­pal­mente, a mor­tal­ha da deses­per­ança. A pros­ti­tu­ição e o uni­ver­so crim­i­noso pare­cem ser as úni­cas her­anças que os pais podem deixar aos filhos.

    Diante desse caos, Zana del­e­ga todas as forças que pos­sui na bus­ca de novas per­spec­ti­vas para essa situ­ação. Min­is­tra aulas de fotografia para as cri­anças, dan­do margem ao mar­avil­hoso mun­do da expressão. É emo­cio­nante obser­var o desen­volvi­men­to de cada uma delas e a feli­ci­dade em, ao menos, son­har com um futuro difer­ente. Acom­pan­han­do essas mudanças, a fotó­grafa — jun­ta­mente com seu par­ceiro Ross Kauff­man — luta frente às autori­dades locais para pro­por­cionar uma chance, uma opor­tu­nidade de vida mel­hor para os nasci­dos em bordéis.

    Crianças que Zana acompanhou
    Cri­anças que Zana acompanhou

    Após vencer a buro­c­ra­cia exac­er­ba­da e pre­con­ceitos diver­sos, os resul­ta­dos começaram a apare­cer tim­i­da­mente. Um dos meni­nos é escol­hi­do para – em out­ro país — ser o rep­re­sen­tante vivo do tra­bal­ho desen­volvi­do por Bris­ki. Algu­mas das meni­nas são aceitas para estu­dar em inter­natos. No fim do doc­u­men­tário, é apre­sen­ta­do o que ocor­reu a cada uma das cri­anças. Infe­liz­mente, ape­nas duas con­seguiram prosseguir lutan­do pelo alcance dos seus son­hos. Fatores soci­ais, famil­iares e força de von­tade assi­nalaram esse final.

    O tra­bal­ho de Zana Bris­ki foi muito mais do que inter­venção social. Foi (e con­tin­ua sendo) a práx­is do dita­do que pro­fe­ti­za: “A fotografia se faz com o peito, e não com uma câmera”.

    Você não pode usar sua câmera como um escu­do con­tra o sofri­men­to humano.

    Zana Bris­ki

  • Fotógrafo de Guerra (2001), de Christian Frei

    Fotógrafo de Guerra (2001), de Christian Frei

    James-Natchwey-Kosovo

    O olho do homem serve de fotografia ao invisív­el, como o ouvi­do serve de eco ao silêncio.

    Macha­do de Assis

    A fotografia con­quis­tou espaço como um dos maiores fenô­menos comu­ni­ca­cionais da humanidade. A téc­ni­ca da “cap­tação de ima­gens por meio de uma exposição lumi­nosa” vem sendo uti­liza­da de difer­entes for­mas no decor­rer do seu proces­so históri­co, começan­do por meio de méto­dos analógi­cos até alcançar as ino­vações da fotografia dig­i­tal, pro­por­cionadas pelo avanço tecnológico.

    Reg­is­trar um momen­to feliz, guardar uma fonte históri­ca, denun­ciar acon­tec­i­men­tos, ante­ci­par tragé­dias, cri­ar memórias, remod­e­lar son­hos e difundir ideias são algu­mas das inúmeras for­mas pelas quais a fotografia se faz pre­sente. Den­tro desse con­ceito, exis­tem aque­les que uti­lizam a fotografia como meio para trans­for­mar uma real­i­dade, recon­stru­ir vidas. É exata­mente o que faz o fotó­grafo James Nachtwey.

    Retrato do fotógrafo James Nachtwey
    Retra­to do fotó­grafo James Nachtwey

    James Nachtwey tem ded­i­ca­do sua existên­cia aos reg­istros fotográ­fi­cos de guer­ras, con­fli­tos, mis­érias e desumanidades ao redor do plan­e­ta. Sua ativi­dade de luta e denún­cia con­tra a atu­al condição do homem pode ser apre­sen­ta­da através do doc­u­men­tário Fotó­grafo de Guer­ra (War Pho­tog­ra­ph­er, direção de Chris­t­ian Frei, 2001). Por meio da uti­liza­ção de micro-câmeras acopladas à câmera fotográ­fi­ca de Nachtwey, o dire­tor Chris­t­ian Frei tra­bal­hou em cima das ativi­dades real­izadas pelo fotojornalista.

    As fil­ma­gens ocor­reram nas zonas de con­fli­to do Koso­vo, Palesti­na e Indonésia, dan­do uma iden­ti­dade real à dor de cen­te­nas de pes­soas a par­tir do momen­to em que elas são retratadas em imagem, for­man­do um reg­istro silen­cioso. Era assim que o lúci­do doc­u­men­tarista exer­cia sua função social. Segun­do Nachtwey, é incon­ce­bív­el “per­mi­tir que a mis­éria humana con­tin­ue clan­des­ti­na”. Durante todo o doc­u­men­tário, o fotó­grafo dire­ciona sua ideia na exposição da real­i­dade, provan­do que existe uma grande respon­s­abil­i­dade por trás de cada movi­men­to do homem, seja intimista ou comunitário.

    James-Natchwey-2

    A per­son­al­i­dade silen­ciosa, tími­da e despren­di­da do fotó­grafo reforça a aut­en­ti­ci­dade de seu tra­bal­ho. Por estar próx­i­mo das víti­mas, parece com­par­til­har da mis­éria e do imen­so vazio que as dev­as­ta. James Nachtwey der­ru­ba o fal­so moral­is­mo que per­me­ia gov­er­nos e os mais altos pilares da sociedade ao retratar momen­tos chocantes, como a mãe que enter­ra o fil­ho viti­ma­do pela bar­bárie da guer­ra, ou quan­do um homem é bru­tal­mente assas­si­na­do por ter out­ra ide­olo­gia políti­ca. O fotó­grafo de guer­ra pres­en­cia comu­nidades inteiras assi­s­tirem com­ple­ta­mente impo­tentes ao estupro de suas mul­heres e ao esface­la­men­to de suas famílias, sim­ples­mente por per­tencerem à out­ra etnia. Toda essa dor é obser­va­da den­tro de um acor­do tác­i­to entre fotó­grafo e fotografa­do; um acor­do de coração e espíri­to. Fotó­grafo de Guer­ra é mais um daque­les doc­u­men­tários que jus­ti­fi­cam todo o sac­ri­fí­cio de um homem de ser maior do que sua própria dor.

    A cada min­u­to que eu esta­va lá, eu que­ria fugir.
    Eu não que­ria ver isso.
    Eu iria bater e cor­rer ou enfrentar
    a respon­s­abil­i­dade de estar lá com uma câmera?

    James Nachtwey

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=KQe2-nuDp‑E

  • Augustine (2012), de Alice Winocour

    Augustine (2012), de Alice Winocour

    Caça às Bruxas na Idade Média
    Caça às Bruxas na Idade Média

    A Idade Média, perío­do obtu­so da história da humanidade, con­tabi­liza um número grande de mul­heres con­de­nadas à fogueira ou enfor­ca­men­to por acusações como bruxaria, pos­sessão demonía­ca e pactos dia­bóli­cos. Sob a égide do “Não deixarás viv­er a feiti­ceira” (Êxo­do – Capí­tu­lo 22, Ver­sícu­lo 17), a San­ta Inquisição, “tri­bunal ecle­siás­ti­co cri­a­do com a final­i­dade de inves­ti­gar e punir crimes con­tra a fé católi­ca”, pro­moveu exe­cuções em mas­sa numa ensande­ci­da “caça às bruxas”. Com o apoio do livro “Malleus Malefi­carum” (algo como ‘Marte­lo das Bruxas’), pub­li­ca­do em mea­d­os de 1486, os inquisidores difun­di­am entre a pop­u­lação a existên­cia de supos­tos “méto­dos” para iden­ti­ficar, acusar e con­denar for­mal­mente uma bruxa.

    O man­u­al reli­gioso apon­ta a arte de manip­u­lar e con­tro­lar a sex­u­al­i­dade como uma das prin­ci­pais fontes de poder das feiti­ceiras, asso­cian­do o ato sex­u­al ao pacto car­nal entre mul­her e demônio. O sexo é apon­ta­do aqui como propul­sor da here­sia e blas­fêmia, dig­no de repul­sa e dom­i­nação. Com base nesse argu­men­to, muitas mul­heres foram con­sid­er­adas ‘ser­vas de Satã’ e lev­adas à morte sem qual­quer remor­so por parte dos algo­zes, ao apre­sentarem um quadro de insta­bil­i­dade emo­cional e alter­ação nos sin­tomas físi­cos, entre eles a per­tur­bação dos sen­ti­dos, par­al­isia, dores agu­das, con­trações, con­vul­sões, den­tre out­ros distúrbios.

    Une leçon clinique à la Salpêtrière - André Brouillet - 1887
    Une leçon clin­ique à la Salpêtrière — André Brouil­let — 1887

    Somente no final do sécu­lo XIX, com os estu­dos ini­ci­a­dos pelo neu­rol­o­gista e cien­tista francês Jean-Mar­tin Char­cot, pro­fes­sor de nomes que viraram refer­ên­cia, como Sig­mund Freud e William James, o ter­mo his­te­ria foi gan­han­do for­ma para definir o tipo de neu­rose respon­sáv­el por deter­mi­na­dos dis­túr­bios sen­so­ri­ais e motores, respon­sáveis por faz­erem com que as mul­heres afe­tadas perdessem o auto­con­t­role e entrassem em colapso.

    Jean-Mar­tin Char­cot ficou con­heci­do pelos exper­i­men­tos e estu­dos que real­iza­va na famosa clíni­ca psiquiátri­ca france­sa Pitié-Salpêtrière, onde rece­bia – e fotografa­va — pacientes em diver­sos esta­dos de insta­bil­i­dade men­tal. Uma dessas pacientes era Louise Augus­tine Gleizes, uma jovem diag­nos­ti­ca­da com histeria.

    Pôster do filme
    Pôster do filme

    Esse caso clíni­co-amoroso foi abor­da­do pela dire­to­ra france­sa Alice Winocour no dra­ma “Augus­tine” (2012), adap­tação efer­ves­cente que nar­ra a história de dese­jo, ambição acadêmi­ca, inves­ti­gação cien­tí­fi­ca e ardor sex­u­al entre o médi­co francês e a jovem paciente. No filme, Jean-Mar­tin Char­cot (inter­pre­ta­do por Vin­cent Lin­don), respeita­do e temi­do nas dependên­cias do Hos­pi­tal Salpêtrière, está às voltas com a recepção de sua pesquisa cien­tí­fi­ca pelo meio acadêmi­co e pela elite social, ten­do em vista que a boa reper­cussão con­ced­e­ria ao médi­co aumen­to de inves­ti­men­tos e maior vis­i­bil­i­dade. Em dado momen­to, chega ao hos­pi­tal a jovem Augus­tine, de 19 anos, viti­ma­da por uma forte crise con­vul­si­va e com o lado esquer­do par­al­isa­do, fato que ocor­reu em meio às ativi­dades domés­ti­cas real­izadas pela moça durante um jan­tar, na casa na qual era empregada.

    Augus­tine, inter­pre­ta­da pela can­to­ra pop-folk france­sa Stéphanie Sokolin­s­ki, con­heci­da como Soko, tor­na-se logo um caso emblemáti­co para Char­cot, deses­ta­bi­lizan­do a mente racional do médi­co ao exalar ingenuidade infan­til com luxúria ocul­ta. O filme todo é envolvi­do por uma atmos­fera neb­u­losa, uma espé­cie de ter­ror silen­cioso que Augus­tine traz nas feições, niti­da­mente góti­cas. Após a par­al­isia do lado esquer­do, oca­sion­a­da depois que Augus­tine vê carangue­jos vivos em ebu­lição na pan­ela, a jovem paciente é inva­di­da por uma nova onda de ter­ror quan­do pres­en­cia con­vul­sões de uma gal­in­ha decap­i­ta­da, trazen­do à tona seus ataques eróti­cos. Dessa vez, o olho dire­ito da jovem é abrup­ta­mente fechado.

    Imagem de divulgação do filme Augustine
    Imagem de divul­gação do filme Augustine

    Estu­dar os sin­tomas apre­sen­ta­dos por Augus­tine ren­o­va a eufo­ria de Char­cot, ali­men­tan­do a crença pes­soal de que ele está bem próx­i­mo de uma descober­ta cru­cial no cam­po da his­te­ria, ciên­cia que se propôs a inves­ti­gar. Ao lado das inves­ti­gações inter­nas real­izadas pelo médi­co no cor­po de Augus­tine, há tam­bém demon­strações públi­cas para acadêmi­cos e pesquisadores da área, onde sessões de hip­nose e colap­sos públi­cos dão efe­tivi­dade à teo­ria lev­an­ta­da pelo neurologista.

    Augus­tine é sub­meti­da a uma ver­dadeira pro­fusão de testes e obser­vações. A obsessão de Jean-Mar­tin Char­cot em fotogra­far suas pacientes tam­bém é apre­sen­ta­da no filme, com uma sequên­cia de reg­istros e anális­es de Augus­tine até mes­mo nos momen­tos de sono pro­fun­do. A aprox­i­mação gera um amor furti­vo, uma ten­são libidi­nosa entre médi­co e paciente, ao embar­al­har suces­si­va­mente os sen­ti­men­tos que Augus­tine nutre pelo médi­co. Pen­sador mod­er­no e for­mador de plateias, Char­cot não con­segue lidar de maneira isen­ta com o tufão de emoções que começam a inva­di-lo, per­cepção que não escapa aos olhos de sua mul­her, Con­stance, vivi­da pela atriz Chiara Mas­troian­ni. No meio dessa con­fusão, nasce a trans­fer­ên­cia. Os lim­ites entre ter­apeu­ta e paciente são rompi­dos, tal qual uma rachadu­ra em um dique. Cedo ou tarde, a cor­renteza transborda.

    Imagem de divulgação do filme Augustine
    Imagem de divul­gação do filme Augustine

    A dinâmi­ca perigosa na relação entre o médi­co e a paciente em crise tam­bém é explo­ra­da nos lon­gas Um Méto­do Perigoso (2012), dirigi­do por David Cro­nen­berg, enre­do que traz o caso de Carl Jung e Sabi­na Spiel­rein, com pitadas de Freud, e o fan­tás­ti­co A Pele que Habito (2011), de Pedro Almod­ó­var, onde um con­ceitu­a­do cirurgião plás­ti­co cria uma nova iden­ti­dade físi­ca para um desafe­to e aca­ba se apaixo­nan­do pela própria criação.

    O tra­bal­ho de Alice Winocour em Augus­tine não apre­sen­ta a mas­sacrante car­ga da parábo­la mor­al­izante, crian­do vilão ou víti­ma. Pelo con­trário: a orig­i­nal­i­dade da dire­to­ra está na apos­ta em um romance que vio­la tabus, descon­cer­ta a éti­ca e rompe com os canôni­cos pro­to­co­los de trata­men­to, para o bem ou para o mal.

    Imagem de divulgação do filme Augustine
    Imagem de divul­gação do filme Augustine

    A inter­pre­tação de Soko realça e encan­ta, exercendo enorme fascínio pelo modo como a atriz se entre­ga, seja pelo cor­po ou pelas expressões sig­ni­fica­ti­vas do olhar. Como uma bor­bo­le­ta, a per­son­agem exper­i­men­ta uma meta­mor­fose ao sair do esta­do de pavor, manip­u­lação e medo, para a cumpli­ci­dade e decisão que mar­cam os momen­tos finais do filme.

    medicalmusesAden­trar as difer­entes esferas do incon­sciente, acei­tan­do o risco de suas voltas – muitas vezes sem retorno -, fazem de Augus­tine um filme maior do que a dis­pu­ta entre doença/cura e médico/paciente; a sutileza está nas trans­for­mações que nascem no rio pro­fun­do e inabita­do, exata­mente onde mora o desejo.

    Para con­hecer um pouco mais sobre as mul­heres que se trans­for­maram em uma espé­cie de “musas médi­cas”, recomen­do a leitu­ra do livro Med­ical Mus­es: Hys­te­ria in Nine­teenth-Cen­tu­ry Paris, de Asti Hustvedt.


    Trailer:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=FXepn0vkR_8

  • “Spartacus” é o segundo balé com exibição na UCI

    Spartacus” é o segundo balé com exibição na UCI

    spartacus-e-o-segundo-bale-com-exibicao-na-uci

    A grande história do escra­vo que se revoltou con­tra o império romano é o tema prin­ci­pal do próx­i­mo balé do Teatro Bol­shoi que a UCI Cin­e­mas apre­sen­ta em novem­bro, nos dias 23, sába­do, às 17 horas e 24, domin­go, às 14 horas. As sessões serão úni­cas e estarão em 15 cin­e­mas dis­tribuí­dos por dez cidades brasileiras. Em Curiti­ba (PR), as exibições serão no UCI Estação e no UCI Pal­la­di­um. A tem­po­ra­da 2013/2014 de apre­sen­tações da casa de balé rus­sa estará nos cin­e­mas até maio de 2014, com “The Gold­en Age”.

    No enre­do da obra, que segue com cer­ta liber­dade de inter­pre­tação da história orig­i­nal, Spar­ta­cus é cap­tura­do pelo exérci­to romano e con­de­na­do à escravidão jun­to com sua esposa Frí­gia. Depois de se tornar um glad­i­ador, ele fomen­ta uma rebe­lião lendária con­tra Roma. Spar­ta­cus é uma das mais famosas obras de Aram Khacha­turi­an e con­sid­er­a­do um dos maiores bal­lets no repertório do Bol­shoi des­de 1960. Uma pro­dução com core­ografia e cenário espetac­u­lar, a ver­são de Yuri Grig­orovich con­tin­ua a ser a mais acla­ma­da pela crítica.

    O Corsário” foi o primeiro balé a ser exibido na tem­po­ra­da com­ple­ta do Bol­shoi. O próx­i­mo e últi­mo espetácu­lo de 2013 será “A Bela Adorme­ci­da”. As apre­sen­tações con­tin­uarão em 2014. Os ingres­sos para todos os balés do Teatro Bol­shoi cus­tam R$ 30 (meia entra­da) e R$ 60 (inteira) e estão disponíveis para com­pra através do site da UCI, nos caixas de autoa­tendi­men­to e nos bal­cões de atendimento.

    SERVIÇO:
    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

    UCI Pal­la­di­um
    Av. Pres­i­dente Kennedy, 4121/ Loja 4001
    Portão – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80610–905
    Tele­fone: (41) 3208–3344

  • Abaixo de Zero, de Bret Easton Ellis | Livro

    Abaixo de Zero, de Bret Easton Ellis | Livro

    You and I are under­dosed and we’re ready to fall. Raised to be stu­pid, taught to be noth­ing at all. I don’t like the drugs but the drugs like me. (…) There’s a hole in our soul that we fill with dope. And we’re feel­ing fine”.

    (Você e eu esta­mos dopa­dos, e nós esta­mos pron­tos para cair. Cri­a­dos para ser­mos estúpi­dos, ensi­na­dos a não ser nada. Eu não gos­to das dro­gas, mas elas gostam de mim. (…) Há um bura­co em nos­sas almas que preenchemos com dro­gas, e nós esta­mos nos sentin­do bem – tradução livre).

    O tre­cho aci­ma per­tence à músi­ca “I don’t like the drugs (But the drugs like me)”, lança­da pela ban­da Mar­i­lyn Man­son no álbum “Mechan­i­cal Ani­mals” (1998). O vocal­ista e per­former norte-amer­i­cano Bri­an Warn­er, con­heci­do mundial­mente pelo pseudôn­i­mo que deu nome à ban­da, car­rega nas costas inúmeras polêmi­cas e escân­da­los, dos quais se desta­cam o uso abu­si­vo de dro­gas, per­for­mances de pal­co con­sid­er­adas insól­i­tas, além de ter tido seu nome asso­ci­a­do ao Mas­sacre de Columbine, uma das mais ter­ríveis tragé­dias envol­ven­do ado­les­centes e assas­si­na­to nos Esta­dos Unidos.

    Marilyn Manson (Brian Warner)
    Mar­i­lyn Man­son (Bri­an Warner)

    No álbum “Mechan­i­cal Ani­mals”, Mar­i­lyn Man­son fala aber­ta­mente sobre a degradação de uma sociedade vazia, nar­co­ti­za­da e mecan­iza­da, onde só há lugar para “sis­temas ner­vosos desati­va­dos” (Dis­as­so­cia­tive) e “pílu­las para entor­pecer, embur­recer e trans­for­mar você em out­ra pes­soa” (Coma White). Em 1985, treze anos antes do polêmi­co e pre­mi­a­do álbum de Man­son dividir opiniões, o escritor Bret Eas­t­on Ellis pub­li­ca­va Abaixo de Zero (orig­i­nal Less than Zero), seu livro de estreia. Assim como “Mechan­i­cal Ani­mals”, a obra de Eas­t­on Ellis foi igual­mente cer­ca­da por con­tro­vér­sias ao traz­er de for­ma crua e dire­ta o retra­to dete­ri­o­ra­do da ger­ação dos anos 80, afun­da­da em um mun­do onde fama, pornografia, dro­gas e crimes refletem a iden­ti­dade (ou a fal­ta dela) de jovens e adolescentes.

    Capa do livro pela editora L&PM
    Capa do livro pela edi­to­ra L&PM

    A nar­ra­ti­va começa com o retorno de Clay, pro­tag­o­nista da tra­ma, à casa dos pais em Los Ange­les para pas­sar o perío­do de férias da fac­ul­dade. Na vol­ta ao lar, Clay reen­con­tra os vel­hos ami­gos do colé­gio, assim como sua ex-namora­da, Blair. Todos eles têm em comum vidas super­fi­ci­ais, con­tro­ladas pela fal­sa ilusão de poder e, espe­cial­mente, pelo uso abu­si­vo de nar­cóti­cos. Clay vive em uma casa sem afe­to, sem saber dire­ito difer­en­ciar as irmãs pelo nome (ado­les­centes que con­somem cocaí­na sem o menor con­strang­i­men­to), cujos pais não pos­suem nen­hum sen­so de respon­s­abil­i­dade e com­pro­mis­so. Julian, um dos ami­gos mais próx­i­mos de Clay, entra no uni­ver­so da pros­ti­tu­ição mas­culi­na para man­ter o vício das dro­gas; Blair bus­ca refú­gio na bebi­da, e as demais com­pan­hias de Clay são com­postas por garo­tas bulími­cas, rapazes que banal­izam o ato sex­u­al, transformando‑o em um mero “por que não?”, além de vici­a­dos e traficantes.

    Inseri­das nesse meio, estão famílias despedaças, pais e mães atuan­do dire­ta­mente no show busi­ness hol­ly­wood­i­ano, mas sem saber como lidar com os próprios fil­hos – e sem o menor inter­esse em apren­der. Enquan­to isso, a dro­ga, o sexo e o din­heiro fácil roubam a tutela e dire­cionam a vida dess­es “fil­hos do vazio”, sem per­spec­ti­vas ou son­hos. Se a juven­tude é acla­ma­da como a fase das con­quis­tas e a luta por uma existên­cia com propósi­to, a ger­ação de Bret Eas­t­on Ellis gri­tou para ser sauda­da pela incon­se­quên­cia, alien­ação, pas­sivi­dade, pelo “desa­pareça aqui”. O enre­do de Abaixo de Zero (tradução de Rick Good­win, edi­to­ra L&PM em parce­ria com a edi­to­ra Roc­co, 2011, pág. 176) rev­ela mentes arru­inadas e cam­in­hos per­di­dos em uma nar­ra­ti­va inter­romp­i­da por flux­os de con­sciên­cia, memórias e lap­sos. O leitor exper­i­men­ta a pos­si­bil­i­dade de entrar na cabeça de Clay, sentin­do, obser­van­do e viven­do como se estivesse exata­mente na pele do pro­tag­o­nista. Essa téc­ni­ca pode ser encon­tra­da em out­ras obras de Eas­t­on Ellis, como “O Psi­co­pa­ta Amer­i­cano”, que tam­bém abor­da, de for­ma incom­par­a­vel­mente vis­cer­al, o fun­do do poço da ger­ação per­di­da. As cica­trizes da época juve­nil con­ce­dem ao tra­bal­ho do escritor norte-amer­i­cano um tom quase biográ­fi­co, con­fes­sa­do por ele em entre­vista ao site Sab­o­tage Times, em que afir­ma ter sido Patrick Bate­man, pro­tag­o­nista do livro “O Psi­co­pa­ta Americano”.

    Christian Bale em "Psicopata Americano", dirigido por Mary Harron
    Chris­t­ian Bale em “Psi­co­pa­ta Amer­i­cano”, dirigi­do por Mary Harron

    Lev­a­do para as telonas, Abaixo de Zero foi estre­la­do por Andrew McCarthy, Robert Downey Jr. e James Spad­er, inter­pre­tan­do respec­ti­va­mente Clay, Julian e Rip. Ape­sar das polêmi­cas ini­ci­adas logo no primeiro romance, Bret Eas­t­on Ellis estende a temáti­ca e aler­ta para o prob­le­ma cen­tral do con­sumo desen­f­rea­do de dro­gas, soma­do à decadên­cia e o vazio exis­ten­cial do ser humano.

    Poster do filme dirigido por Marek Kanievska
    Poster do filme dirigi­do por Marek Kanievska

    A real­i­dade descri­ta nas obras de Bret Ellis em mea­d­os dos anos 80 não está tão dis­tante do cenário brasileiro encon­tra­do, por exem­p­lo, nas fes­tas regadas à bebidas, sexo bara­to e dro­gas, cap­i­taneadas por jovens da classe média alta em ambi­entes par­adis­ía­cos. Enquan­to o dese­jo de cur­tir a vida alcança o sta­tus de “feli­ci­dade supre­ma”, lema espal­ha­do por cam­pan­has pub­lic­itárias, pro­gra­mas e nov­e­las, o Brasil con­tabi­liza o infe­liz número de 370 mil usuários reg­u­lares de crack nas cap­i­tais de seus estados.

    Para quem ain­da ousa diz­er que “real­i­dade e ficção não se mis­tu­ram”, sugiro lig­ar a tele­visão em qual­quer canal, aces­sar a inter­net ou sin­tonizar a emis­so­ra de rádio. Dis­farçadas e ráp­i­das, elas estarão lá, em diver­sas cores, for­matos e taman­hos. Inúmeras promes­sas de ele­vação e pop­u­lar­iza­ção. O ciclo do vazio con­tin­ua e, como enlouquece Mar­i­lyn Man­son na músi­ca “The Dope Show”: “Eles te amam quan­do você está em todas as capas. Quan­do você não está, eles amam outro”.

  • Show da banda Keane nas telas da UCI

    Show-da-banda-Keane-nas-telas-da-UCI

    No próx­i­mo dia 6, quar­ta-feira, a UCI cin­e­mas exibe ao vivo e com imagem em alta definição o show da acla­ma­da ban­da ingle­sa Keane. Dire­to de Berlim, na Ale­man­ha, Keane prom­ete emo­cionar os fãs do mun­do inteiro, em uma apre­sen­tação fei­ta espe­cial­mente para os cin­e­mas. As sessões acon­te­cerão, simul­tane­a­mente, no UCI New York City Cen­ter (RJ), UCI Jardim Sul (SP) e UCI Estação (PR), a par­tir das 21 horas.

    O Mel­hor de Keane – Ao Vivo em Berlim’ será exibido dire­to do icôni­co clube noturno Goya, onde o quar­te­to apre­sen­tará suces­sos dos seus qua­tro álbuns lança­dos até hoje, como “Every­body’s Chang­ing” e “This Is The Last Time”.

    Os ingres­sos para Keane cus­tam R$ 25 (meia-entra­da) e R$ 50 (inteira) e já estão disponíveis para a ven­da nos bal­cões de atendi­men­to, caixas de autoa­tendi­men­to ou através do site da Rede UCI.

    SERVIÇO
    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

  • Istambul – Memória e Cidade, de Orhan Pamuk | Livro

    Istambul – Memória e Cidade, de Orhan Pamuk | Livro

    istambul-memoria-e-cidade-orhan-pamuk-capa
    Capa do livro pela Com­pan­hia das Letras

    Nos últi­mos meses, o mun­do tem con­heci­do o poder da mobi­liza­ção pop­u­lar na Turquia, onde protestos reuni­ram quase 2,5 mil­hões de pes­soas. As cidades de Istam­bul e Ancara, esta últi­ma a cap­i­tal do país, con­cen­tram o maior número de atos de protesto con­tra o gov­er­no vigente. No Brasil, a situ­ação não tem sido difer­ente e, à semel­hança do que vêm acon­te­cen­do na Turquia, os movi­men­tos pop­u­lares estão sendo dura­mente reprim­i­dos por gov­er­nos autoritários e coercitivos.

    Antes dess­es impor­tantes acon­tec­i­men­tos soci­ais e políti­cos, a grande maio­r­ia dos brasileiros teve o primeiro con­ta­to com a cul­tura tur­ca através da afe­ta­da nov­ela glob­al Salve Jorge, com suas dançari­nas de olhos mar­ca­dos, cenários hiper­boli­ca­mente exóti­cos e uma pop­u­lação “arabesca”, bem ao gos­to dos fetich­es oci­den­tais. Diminuir a importân­cia de uma cul­tura transformando‑a em pro­du­to das indús­trias cul­tur­ais tem sido uma práti­ca incan­sáv­el de veícu­los de entreten­i­men­to e comu­ni­cação, bem como de insti­tu­ições sacra­men­tadas, que usam tudo o que podem para angari­ar lucros e difundir ideologias.

    Feliz­mente, não foi dessa vez que eu despen­quei no abis­mo desse esque­ma, pois meu inter­esse pela cul­tura tur­ca remete aos meus treze anos de idade, quan­do escutei pela primeira vez a músi­ca “Şımarık”, do can­tor e per­former Tarkan. De lá para cá, ten­ho sido guia­da por uma espé­cie de “mão invisív­el do des­ti­no” para tudo o que faz refer­ên­cia à Turquia: fiz grandes ami­gos em Istam­bul, Ancara, İzmir e Amas­ra, come­cei a apren­der a lín­gua do país e procu­rar por escritores, poet­as e músi­cos tur­cos. Foi assim que me deparei com Istam­bul – Memória e Cidade (orig­i­nal İst­anb­ul: Hatıralar ve Şehir), exten­so romance memo­ri­al­ista de Orhan Pamuk, primeiro escritor tur­co a rece­ber o Prêmio Nobel de Lit­er­atu­ra (ano de 2006). A edi­to­ra Com­pan­hia das Letras lançou a pub­li­cação brasileira em 2007, com tradução de Ser­gio Flaks­man e basea­da na tradução ingle­sa da obra, assi­na­da por Mau­reen Freely.

    istambul-memoria-e-cidade-orhan-pamuk-2
    Orhan Pamuk

    As memórias auto­bi­ográ­fi­cas de Orhan Pamuk se mis­tu­ram a relatos de via­jantes oci­den­tais famosos, escritores tur­cos imer­sos em ruí­nas e tris­tezas e acon­tec­i­men­tos que mar­caram para sem­pre o coração da cidade mais famosa da Turquia. O livro é um apan­hado detal­ha­do da vida em Istam­bul com todas as suas belezas e decadên­cias, onde as ruas estão cer­cadas pelas man­sões dos anti­gos paxás, com­ple­ta­mente destruí­das pelo fogo e pelo tem­po; famílias ric­as dese­jam a qual­quer cus­to osten­tar uma imagem oci­den­tal­iza­da, desprezan­do tudo o que faz refer­ên­cia ao império otomano ou às tradições ori­en­tais. Entre citações de escritores tur­cos como Yahya Kemal, Reşat Ekrem Koçu, Ahmet Ham­di Tan­pı­nar e Ahmet Rasim, famosos por descreverem detal­h­es que até mes­mo uma boa parte dos “Istan­bul­lus” descon­hece, o pre­mi­a­do memo­ri­al­ista dá ao leitor um panora­ma ger­al da cidade que o viu nascer e crescer, capaz tam­bém de des­per­tar sen­ti­men­tos contraditórios.

    Orhan Pamuk nasceu em 1952, den­tro de uma família bur­gue­sa que entra­va grada­ti­va­mente em ruí­na finan­ceira. Jun­to com seu irmão mais vel­ho, Orhan cresceu rodea­do por par­entes e pela pre­sença autoritária da avó pater­na. Ape­sar das inten­sas dis­putas inter­nas pela posse de pro­priedades e bens, tios, tias, mães, pais, irmãos, sobrin­hos e avó se reu­ni­am na mesa de jan­tar e sus­ten­tavam as aparên­cias. Segun­do descrição con­ti­da no livro, esse tipo de com­por­ta­men­to inco­mo­da­va o escritor des­de pequeno, mas só ao pon­to de não inter­ferir em seu próprio mun­do. As brigas ger­adas no seio do Edifí­cio Pamuk trazi­am à tona a real­i­dade de uma sociedade des­gas­ta­da, arru­ina­da pelas mudanças que se oper­avam na ten­ta­ti­va de apa­gar o pas­sa­do, impon­do uma vida oci­den­tal­iza­da para esque­cer as ori­gens. A família Pamuk não era reli­giosa e não fix­a­va seus princí­pios em segui­men­tos tradi­cionais de obe­diên­cia cega, o que deixou espaço para um desen­volvi­men­to int­elec­tu­al e pes­soal maior. Orhan e seu irmão vivi­am no con­for­to de car­ros impor­ta­dos, esco­las caras e pas­seios famil­iares ao Bós­foro, desta­ca­do pelo autor como parte cen­tral da vida de qual­quer habi­tante de Istambul.

    Pintura de Melling, do livro "Voyage pittoresque de Constantinople et des rives du Bosphore"
    Pin­tu­ra de Melling, do livro “Voy­age pit­toresque de Con­stan­tino­ple et des rives du Bosphore”

    O livro vem reple­to de fotografias em pre­to e bran­co – exata­mente como o autor con­cebe a cidade -, além de traz­er um min­u­cioso tra­bal­ho de pesquisa. Para falar a ver­dade, Orhan Pamuk colo­ca para fora toda a obsessão de memo­ri­al­ista que o persegue, com 408 pági­nas de uma trav­es­sia lenta, melancóli­ca e silen­ciosa, escri­ta em tons de cin­za. Para o “olhar oci­den­tal”, é inter­es­sante con­hecer as impressões que o fab­u­loso pin­tor Antoine Ignace Melling teve de Istam­bul, através das ima­gens de suas obras repro­duzi­das no livro. Destaque tam­bém para comen­tários de Pamuk aos difer­entes relatos dos france­ses Gerárd de Ner­val, Theóphile Gau­ti­er e Gus­tave Flaubert sobre Istam­bul, influ­en­cian­do dire­ta­mente autores turcos.

    Orhan Pamuk
    Orhan Pamuk

    É inegáv­el a destreza e segu­rança com que Pamuk expõe as nuances que car­ac­ter­i­zam a sua cidade, procu­ran­do faz­er para­le­los com sua vida pes­soal. No decor­rer das pági­nas, o leitor tam­bém se depara com fotos do arqui­vo famil­iar, mostran­do Orhan e seu irmão pequenos, assim como os par­entes em ger­al. Par­tic­u­lar­mente, tive a sen­sação de que as palavras do autor trazem uma car­ga de melan­co­l­ia, con­fir­ma­da ain­da mais pelas fotografias das ruas cinzen­tas, degradadas e pouco ilu­mi­nadas de Istam­bul, assim como pelo triste olhar da mãe de Orhan, mul­her lindís­si­ma e de embaraço melancóli­co, eterniza­do pela imo­bil­i­dade fotográfica.

    Assim como o Brasil tem a palavra “Saudade” como um vocábu­lo úni­co, os “Istan­bul­lus” têm o ter­mo “Hüzün” para definir a inten­sa melan­co­l­ia que sen­tem. A importân­cia dessa palavra é tão grande para enten­der os sig­nifi­ca­dos da cidade que Pamuk dedi­cou um capí­tu­lo inteiro para esmi­uçar as mais difer­entes acepções para o ter­mo. Essa ‘tris­teza’ reflete uma rup­tura, um far­do cul­tur­al enorme, uma exper­iên­cia espir­i­tu­al que ultra­pas­sa o entendi­men­to e se trans­for­ma em poe­sia diária de quem res­pi­ra o ar do Bós­foro e cam­in­ha pelas ruas de casas de madeira queimadas, anti­gas mora­dias de paxás e por vielas que divi­dem lugar com ciprestes e cemitérios.

    Pintura de Melling, do livro “Voyage pittoresque de Constantinople et des rives du Bosphore”
    Pin­tu­ra de Melling, do livro “Voy­age pit­toresque de Con­stan­tino­ple et des rives du Bosphore”

    Istam­bul – Memória e Cidade parece ser uma ten­ta­ti­va de retorno e redenção de Orhan Pamuk, já que o próprio autor viveu momen­tos de con­fli­to e negação com relação à cidade. Seja em meio aos momen­tos da infân­cia, brigas de família, iní­cio da vida esco­lar e, anos mais tarde, entra­da desan­i­ma­da na fac­ul­dade de Arquite­tu­ra, Pamuk mostra o lado que per­tence aos ver­dadeiros nativos da cidade em pre­to e bran­co. No meio de tan­tas lem­branças, há tam­bém os estu­dos que o autor real­i­zou para escr­ev­er o livro, o qual­i­fi­ca­do con­hec­i­men­to históri­co que ele apre­sen­ta, a sua desen­f­rea­da bus­ca por arquiv­os públi­cos e tam­bém a par­til­ha de sen­ti­men­tos que mar­caram a sua vida, como a dolorosa sep­a­ração do ambi­ente famil­iar, quan­do começou a fre­quen­tar o colé­gio; sua neces­si­dade de expressão por meio de desen­hos e pin­turas e o inesquecív­el caso de amor que ele teve com uma garo­ta a quem dele­gou um pseudôn­i­mo curioso (Rosa Negra). Lamen­tavel­mente para o autor – e isso fica bem claro no decor­rer desse capí­tu­lo -, o romance não dá cer­to e a cul­pa recai em cima da opção de Pamuk pela arte.

    Barış Akarsu
    Barış Akar­su

    Min­ha exper­iên­cia com a leitu­ra desse livro foi bas­tante pos­i­ti­va, mas pre­ciso men­cionar a vagarosi­dade na sequên­cia de alguns capí­tu­los, que exigem grande esforço de con­cen­tração por parte do leitor, e tam­bém a lacu­na que sen­ti por não perce­ber nen­hum capí­tu­lo ou comen­tário mais detal­ha­do sobre a pro­dução musi­cal de Istam­bul, tão rica e diver­si­fi­ca­da. A Turquia tem pro­duzi­do os mais vari­a­dos tipos de músi­ca, e eu não pode­ria deixar de enfa­ti­zar o instru­men­tista Hüs­nü Şen­lendiri­ci que, a propósi­to, tem uma com­posição belís­si­ma chama­da  İst­anb­ul İst­anb­ul Olalı, e o fab­u­loso can­tor e per­former Barış Akar­su, vence­dor da série tele­vi­si­va Akade­mi Türkiye (Acad­e­mia Tur­ca), em 2004, com a inter­pre­tação prodi­giosa da músi­ca Islak Islak. Barış tam­bém atu­ou na série Yalancı Yarim (algo como “meu amante men­tiroso” ou ain­da “metade men­tiroso”), atingin­do um suces­so estron­doso até sua morte, aos 28 anos, viti­ma­do por um aci­dente de carro.

    Pintura de Melling, do livro “Voyage pittoresque de Constantinople et des rives du Bosphore”
    Pin­tu­ra de Melling, do livro “Voy­age pit­toresque de Con­stan­tino­ple et des rives du Bosphore”

    Como entu­si­as­ta da pro­dução cul­tur­al da Turquia, e sem esque­cer da importân­cia de Pamuk para a lit­er­atu­ra tur­ca como o autor mais ven­di­do do país, com obras traduzi­das para mais de sessen­ta lín­guas, recomen­do a leitu­ra de Istam­bul – Memória e Cidade porque, muito mais do que uma viagem ao pas­sa­do, essa obra con­strói pontes que, ao invés de dis­tan­cia­rem, aproximam.

  • Entrevista: André Caliman

    Entrevista: André Caliman

    andre-caliman-0Ini­cian­do o nos­so ciclo de entre­vis­tas com autores nacionais de Histórias em Quadrin­hos, con­ver­samos dire­ta­mente de Curiti­ba com o André Cal­i­man, que recen­te­mente teve seu pro­je­to “Revol­ta!” finan­cia­do pela platafor­ma Catarse.

    André tam­bém é escritor, ilustrador, car­i­ca­tur­ista e pro­fes­sor. Ele foi um dos cri­adores da revista Quadrin­hó­pole e tam­bém da revista Aveni­da, pos­suin­do vários de seus tra­bal­hos pub­li­ca­dos tan­to nacional­mente quan­to inter­na­cional­mente, como as HQs: “Rua”, “Fire”, “Seque­stro em Três Bura­cos” e “E.L.F”.

    Como surgiu a ideia de cri­ar “Revol­ta” e qual foi o estopim para o pro­je­to sair ape­nas do mun­do das ideias?

    Escrevi e desen­hei o primeiro capí­tu­lo em Out­ubro de 2012. A situ­ação não era a mes­ma que vive­mos ago­ra. Na ver­dade era bem o con­trário. Paira­va no ar uma cal­maria descon­fortáv­el. Pare­cia que um joga­va no out­ro a cul­pa por ninguém faz­er nada com relação aos escân­da­los de cor­rupção. Quan­tas vezes, em algu­ma dis­cussão políti­ca, eu ouvia alguém falar, não nec­es­sari­a­mente pra mim: “Ah, é?! E você, o que está fazen­do sobre isso?

    Out­ro comen­tário recor­rente era: “Quero ver quan­do chegar algum malu­co e matar ess­es ladrões!

    Nes­sa época eu que­ria faz­er um pro­je­to meu, e algo que fos­se rel­e­vante, que falasse sobre o momen­to atu­al e sobre essas pes­soas que eu encon­tra­va em bares, fac­ul­dades, etc. Imag­inei o que acon­te­ceria se as pes­soas se revoltassem. Ou ao menos, se uma pes­soa se revoltasse.

    O resto da história veio naturalmente.

    Você já pen­sa­va des­de o iní­cio em uti­lizar o crowd­fund­ing para via­bi­lizar uma ver­são impres­sa da HQ?

    Não, a ideia era sim­ples­mente escr­ev­er e desen­har e esper­ar que as pes­soas lessem. Eu não sabia muito bem no que isso ia dar. O primeiro capí­tu­lo, que retra­ta o bar que eu sem­pre fre­quen­ta­va e os ami­gos com os quais eu sem­pre esta­va, foi umas das coisas mais diver­tidas que já fiz. Quan­do a história foi toman­do cor­po e vi que seria um grande livro e pre­cisa­va ser pub­li­ca­do o quan­to antes, pois a real­i­dade se mostrou coer­ente com a ficção, o Catarse pare­ceu a mel­hor opção, me val­en­do do públi­co que já acom­pan­ha­va a HQ na internet.

    Como foi o plane­ja­men­to para cri­ar a cam­pan­ha deste seu primeiro pro­je­to de crowd­fund­ing? Onde você sen­tiu, ou sente, mais dificuldade?

    Revol­ta!” é uma HQ mais mar­gin­al, vio­len­ta, trans­gres­so­ra. E quan­do colo­quei ela no Catarse, me deparei com uma supos­ta obri­gação de torná-la com­er­cial, um pro­du­to que pre­cisa­va ser com­pra­do. E o desafio foi faz­er isso sem descar­ac­teri­zar a obra e sua intenção provoca­ti­va. Acho que deu certo.

    andre-caliman-3
    André tra­bal­han­do na HQ “Revol­ta!”

    Há vários pro­je­tos de HQs que con­seguiram ser via­bi­liza­dos graças a essa nova dinâmi­ca, para citar ape­nas alguns: “GNUT”, “RYOTIRAS OMNIBUS” e recen­te­mente o livro “Ícones dos Quadrin­hos”. Você acred­i­ta que o mod­e­lo de crowd­fund­ing pode ser, ou já está sendo, uma grande rev­olução no cenário nacional dos quadrinhos?

    Acho que sim, pois há muito tem­po são os próprios autores de quadrin­hos que fazem o mer­ca­do nacional. As edi­toras tem uma mis­te­riosa difi­cul­dade para apos­tar em coisas novas e autores novos. Então o Catarse vem como uma fer­ra­men­ta para tirar essa difi­cul­dade que os autores tem de atin­gir o seu públi­co e vender seu pro­du­to diretamente.

    Por que você decid­iu lançar a HQ gra­tuita­mente na inter­net? Você acred­i­ta que isto pode ter um impacto neg­a­ti­vo numa futu­ra ven­da da ver­são impres­sa de algum pro­je­to deste tipo?

    Acho que não. Pre­tendo man­ter o públi­co que começou a ler a HQ gra­tuita­mente no blog, fazen­do-os con­hecer mais do mate­r­i­al e eternizá-lo em suas prateleiras com o livro impres­so. Fora que essa incia­ti­va de pub­licar gra­tuita­mente tam­bém teve um intu­ito de atin­gir um públi­co mais amp­lo, que não está acos­tu­ma­do e com­prar quadrin­hos. Mes­mo porque, antes dis­so, pre­cisa saber que exis­tem bons quadrin­hos sendo feitos.

    andre-caliman-revolta

    Você já tra­bal­hou rote­i­rizan­do e desen­han­do (“FIRE” e “Aveni­da”), somente desen­han­do (“E.L.F.” e “Seque­stro em Três Bura­cos”) e recen­te­mente par­ticipou em um pro­je­to que ape­nas rote­i­ri­zou.  Qual você mais gos­ta de faz­er? Como foi tra­bal­har só escrevendo?

    Eu gos­to cada vez mais de escr­ev­er. E a atu­al­i­dade está me dan­do muitas ideias que quero abor­dar. Não con­si­go mais me sat­is­faz­er desen­han­do roteiros de out­ras pes­soas que falam de per­son­agens que já não exis­tem há cem anos.

    E, para mim, a úni­ca for­ma de ser um quadrin­ista com­ple­to é escr­ev­er e desen­har histórias próprias. Recen­te­mente eu escrevi um roteiro que foi desen­hado por uma quadrin­ista super tal­en­tosa daqui de Curiti­ba, a Mari­na Tye­mi, e gostei da experiência.

    Mas como disse, não é um tra­bal­ho autoral completo.

    Você tam­bém já pos­sui tra­bal­hos pub­li­ca­dos no exte­ri­or (“E.L.F.” e “Fire”), como foi essa experiência?

    Antes ain­da de me for­mar, come­cei a desen­har a série E.L.F. escri­ta pelo Jason Avery. Antes dis­so, eu havia feito ape­nas revis­tas inde­pen­dentes, então foi um momen­to de profis­sion­al­iza­ção do meu tra­bal­ho. Tin­ha mui­ta pre­ocu­pação com o resul­ta­do, e isso me fez crescer muito, pen­san­do novas for­mas de resolver meu desenho.

    Tam­bém foi muito bom ser bem remu­ner­a­do e pub­li­ca­do lá fora. É um mer­ca­do para o qual eu quero voltar, mas com pro­je­tos próprios.

    andre-caliman-1

    Falan­do em pub­licar no exte­ri­or, há planos de no futuro sair uma ver­são em inglês de Revolta?

    Sim. Mas antes pre­ciso pub­licar aqui. A história per­tence a este país e esse é o momen­to de ser pub­li­ca­da aqui. Mas num pas­so seguinte, com certeza.

    Acho que o tema da Revol­ta é uni­ver­sal. E os con­fli­tos dos per­son­agens da HQ com certeza são recon­hecíveis em qual­quer parte do mun­do. E isso fica prova­do com algu­mas críti­cas que rece­bo no blog onde a HQ é pub­li­ca­da. As pes­soas sem­pre criti­cam aqui­lo que as aflige, que as provo­ca. E na min­ha opinião, é isso que uma boa história deve causar nas pessoas.

    Quais são os autores e artis­tas que exercem algum tipo de influên­cia no seu trabalho?

    Muitos, mas eu pode­ria citar alguns: Hugo Pratt, Flavio Col­in, Vic­tor de La Fuente, Dino Battaglia, Lourenço Mutarelli.

    Se você pen­sar na sua tra­jetória até ago­ra no mun­do dos quadrin­hos, hou­ve algo especí­fi­co que te deixou extrema­mente revoltado?

    Algo óbvio: As edi­toras nacionais se empen­harem tan­to em repub­licar mate­r­i­al estrangeiro e não faz­erem muito esforço para apos­tar em algo feito aqui, muitas vezes com uma qual­i­dade maior.

    Inclu­sive autores brasileiros que estão acos­tu­ma­dos a pub­licar por edi­toras estrangeiras, que pos­suem tra­bal­hos autorais supe­ri­ores ao que fazem lá fora, encon­tram difi­cul­dade em achar espaço com as edi­toras daqui.

    Acho que a ati­tude a ser toma­da pelas edi­toras é: Apos­tar em coisas novas e inter­es­santes. Os autores já estão fazen­do isso, e se elas não os acom­pan­harem, vão ser deix­adas cada vez mais de lado.

    Na maio­r­ia das vezes que te vi desen­han­do Revol­ta, você esta­va com fone de ouvi­do. Que tipo de músi­ca você cos­tu­ma escu­tar para desenhar?

    Na maio­r­ia das vezes ouço palestras filosó­fi­cas. Hahaha

    Ouço todo tipo de música.

    Anal­isan­do o cenário atu­al de HQs, tan­to nacional­mente quan­to inter­na­cional­mente, quais são os quadrin­istas que mais estão chaman­do a sua atenção?

    Gipi, Sean Mur­phy, Dani­lo Beyruth, Cyril Pedrosa, Guazzel­li, Craig Thompson.

    Muito se dis­cute sobre os novos jeitos de se cri­ar quadrin­hos na web, adi­cio­nan­do ani­mações, inter­a­tivi­dade e até real­i­dade aumen­ta­da. Como você vê isso? Acred­i­ta que ain­da pos­sam ser chama­dos de quadrin­hos ou é out­ra coisa? Tem algu­ma dessas novas pos­si­bil­i­dades que você gostaria de explorar?

    Quan­do você muda de for­ma­to, é nat­ur­al que per­ca alguns ele­men­tos e gan­he out­ros. Acho que essas pos­si­bil­i­dades tem que ser bem aproveitadas. E se chegarem ao pon­to de se tornarem out­ra coisa que não quadrin­hos, óti­mo. Os quadrin­hos vão con­tin­uar do jeito que são.

    Não pen­so em nada do tipo ago­ra, mas é uma possibilidade.

    andre-caliman-2

    Na maio­r­ia de seus quadrin­hos você sem­pre aparece de algu­ma for­ma, as vezes você mes­mo é o per­son­agem prin­ci­pal das histórias e em out­ras as vezes aparece disc­re­ta­mente ape­nas em um desen­ho. Essa aparição é algo esti­lo Hitch­cock ou tem algum sig­nifi­ca­do específico?

    É inevitáv­el. Em todos os per­son­agens há um pouco de mim e quan­do eu retra­to a mim mes­mo, tem um pouco de out­ras pes­soas ali. E isso acon­tece porque gos­to de humanizar bas­tante meus per­son­agens, torná-los recon­hecíveis. A min­ha mel­hor ref­er­en­cia sou eu mes­mo e as pes­soas ao meu redor.

    No Revol­ta, além de você como refer­ên­cia para o “Ani­mal”, há tam­bém há seus ami­gos como inspi­ração para o visu­al dos per­son­agens. Até onde eles se mis­tu­ram com a realidade?

    No começo da HQ, eu que­ria que os per­son­agens fos­sem eles mes­mos, inteira­mente. Mas con­forme a história foi avançan­do, os per­son­agens foram se definin­do den­tro da tra­ma de for­mas difer­entes. E me dei a liber­dade de dar autono­mia aos per­son­agens, desvin­cu­lan­do-os em parte das pes­soas que os inspi­raram. Mes­mo assim, ain­da ago­ra quan­do vou desen­har os gestos dos per­son­agens ou colo­car uma fala nos balões, pen­so nos meus ami­gos que servi­ram de mod­e­lo. Isso enriquece e human­iza muito cada um dos personagens.

    Alguém já reclam­ou por ter se vis­to desen­hado em algum dos quadros da HQ?

    Não, todo mun­do gos­ta. (até agora)

    Você acha que é pos­sív­el a ideia prin­ci­pal do Revol­ta sair do papel e se trans­for­mar em realidade?

    Foi uma sen­sação estran­ha quan­do, em Jun­ho, eu vi na tele­visão as man­i­fes­tações no Brasil todo. Foi quase como se a HQ estivesse se tor­nan­do real­i­dade, pois esse era o cam­in­ho para o qual eu esta­va dire­cio­nan­do a trama.

    Quan­do eu par­ticipei das man­i­fes­tações, vi e sen­ti o que esta­va acon­te­cen­do, sabia que eu dev­e­ria aprox­i­mar ain­da mais a HQ da real­i­dade. Se antes eu havia inva­di­do as ruas, colan­do pági­nas nas pare­des, ago­ra as ruas pare­ci­am estar entran­do na HQ. As pes­soas que eu desen­ha­va gri­tan­do ago­ra gri­tavam de ver­dade. E eu deix­ei que elas entrassem de vol­ta nos quadrin­hos. E tudo fez muito mais sentido.

    Ain­da assim, é uma peça de ficção, e o que eu vi se tornar real­i­dade foi o cli­ma da HQ, a intenção de gri­tar, falar, se revoltar, recla­mar. E não se pre­ocu­par se tem um ban­do de gente dizen­do que tudo não pas­sa de uma ingenuidade, porque querem pare­cer cul­tas e con­tro­ladas, quan­do no fun­do o que querem é estar ali gri­tan­do jun­to, mes­mo na chu­va e depois de um dia de tra­bal­ho duro.

    andre-caliman-revolta-2
    Tre­cho da HQ “Revol­ta!”

    Vários quadros do Revol­ta são bas­tante cin­e­matográ­fi­cos, as vezes é quase pos­sív­el escu­tar o que está acon­te­cen­do em cada um deles. Isso me fez ficar imag­i­nan­do que tipo de tril­ha sono­ra a HQ teria. Qual seria a sua indi­cação de track­list per­fei­ta para escu­tar enquan­to se lê Revolta?

    Acho que de tudo um pouco, não con­si­go pen­sar em uma tril­ha especí­fi­ca. Mas pos­so diz­er que eu colo­caria algu­mas coisas épi­cas para os capí­tu­los que ain­da estão por vir.

    Quais fer­ra­men­tas físi­cas e vir­tu­ais você uti­liza para desen­har este projeto?

    Eu desen­ho tudo com pena e nan­quim em papel A3. Depois faço um trata­men­to no pho­to­shop e colo­co as letras. Gos­to de man­ter a sim­pli­ci­dade que os quadrin­hos permitem.

    andre-caliman-4

    Muito legal a sua ideia de colar algu­mas pági­nas pela cidade, como está sendo o retorno des­ta ini­cia­ti­va? Já pen­sou em colar eles em algum lugar bem inusi­ta­do mas ain­da não teve coragem?

    O retorno é muito bom. As pes­soas me man­dam e‑mails, comen­tam, mas a maior parte do retorno é silen­cioso. Eu gos­to de pen­sar que as pes­soas olham a pági­na cola­da em algum lugar, gostam ou des­gostam e voltam à sua vida normal.

    Eu sem­pre pen­so em colar onde as pes­soas pos­sam ler. Pon­tos de ônibus, pare­des de bares, fac­ul­dades. Eu faço isso ape­nas para as pes­soas lerem, e não para provo­car os donos de estabelecimentos.

    Mas eu gostaria de colar den­tro dos ônibus ou den­tro da prefeitura.

    Você já tem ideia no que quer tra­bal­har depois deste projeto?

    Primeiro eu vou tirar férias (cur­tas). Mas já tem alguns pro­je­tos quase acaba­dos que vão sair logo em segui­da do Revolta!

    Depois pre­tendo enveredar por quadrin­hos jor­nalís­ti­cos por um tempo.

    Mas tudo isso só depois de pub­licar o livro do Revol­ta!, que é a min­ha prioridade.

    andre-caliman-revolta-3

    Para finalizar a entre­vista: o sen­ti­men­to de revol­ta pode ser um grande catal­isador, o que te move a desenhar?

    Quan­do eu come­cei a ler, quadrin­hos e livros (lá na ado­lescên­cia), me sur­preen­di com a pos­si­bil­i­dade de con­hecer novas ideias e prin­ci­pal­mente pen­sar sobre elas, seja con­cor­dan­do ou dis­cor­dan­do. É isso que eu bus­co ago­ra como autor, abor­dar ideias, de várias for­mas. E com isso, sacio a min­ha neces­si­dade de me expressar.

    E o que me man­têm escreven­do e desen­han­do é ver que as pes­soas estão lendo.

    Por isso, agradeço a todos que acom­pan­ham o blog e que con­tribuíram no Catarse. O livro da “Revol­ta!” vai exi­s­tir graças a vocês.

    Obri­ga­do.

  • Segunda ópera da temporada do MET, “The Nose” na rede UCI com exibição ao vivo e em HD neste sábado

    Segunda ópera da temporada do MET, “The Nose” na rede UCI com exibição ao vivo e em HD neste sábado

    The-Nose-cinema-uci

    The Nose”, segun­da ópera da tem­po­ra­da do MET, tem exibição no próx­i­mo sába­do (26) em 15 cin­e­mas da rede UCI. A apre­sen­tação é ao vivo e com imagem em alta definição. Ao lon­go de três horas e 35 min­u­tos, os fãs do com­pos­i­tor rus­so Dmitri Shostakovich poderão assi­s­tir ao espetácu­lo, cri­a­do em 1930. Em Curiti­ba (PR), os espec­ta­dores podem acom­pan­har a sessão da ópera, a par­tir das 14h55 (horário de Brasília), nos cin­e­mas UCI Estação e UCI Palladium.

    Basea­do em um tex­to do sécu­lo XIX e escrito pelo tam­bém rus­so Niko­lai Gogol, a pro­dução con­ta a satíri­ca aven­tu­ra de um buro­cra­ta em bus­ca de seu nar­iz per­di­do que desen­volve vida própria. Estre­la­da pelo acla­ma­do artista Paulo Szot, brasileiro gan­hador do Tony, prêmio máx­i­mo do teatro amer­i­cano, a ópera foi dirigi­da e pro­duzi­da pelo sul-africano William Kentrigde.

    Eugene One­gin” abriu as exibições do MET, no dia 05 de out­ubro. A próx­i­ma obra é “Tosca”, de Puc­ci­ni, no dia 09 de novem­bro. Os ingres­sos para todas as óperas do MET cus­tam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entra­da) e já estão disponíveis para com­pra no site da UCI, caixas de autoa­tendi­men­to e nos bal­cões de atendimento.

    SERVIÇO
    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

    UCI Pal­la­di­um
    Av. Pres­i­dente Kennedy, 4121/ Loja 4001
    Portão – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80610–905
    Tele­fone: (41) 3208–3344

  • Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Ratolândia (Rat Park)

    Con­sul­to­ria cien­tí­fi­ca da tradução por Luís Fer­nan­do Tófoli. O inter­ro­gAção é o tradu­tor ofi­cial das HQs do Stu­art McMillen.

  • Casa Selvática tem mês dedicado à antropofagia, ao desbunde e ao teatro de revista brasileiro

    Casa Selvática tem mês dedicado à antropofagia, ao desbunde e ao teatro de revista brasileiro

    As_Tetas_de_Tiresias-Vamos-esbofetear-Ulisses

    Dan­do con­tinuidade à pro­gra­mação de out­ubro da Casa Selváti­ca, que neste mês rece­beu impor­tantes nomes na dis­cussão a respeito da iden­ti­dade nacional, como o bailar­i­no car­i­o­ca André Masseno (que cir­cu­la o país com seu solo O Con­fete da Índia) e a per­former Gior­gia Con­ceição (curitibana que apre­sen­tou seus números burle­scos no even­to Folia no Mata­gal). No próx­i­mo dia 17 de out­ubro o grupo curitibano O Estábu­lo de Luxo estreia a peça As Tetas de Tirésias — Vamos esbofetear Uliss­es, com direção de Gabriel Macha­do e roteiro de Ricar­do Nolasco.

    O espetácu­lo cuja primeira ver­são estre­ou no Fes­ti­val de Curiti­ba de 2012 e em 2014 — através do Prêmio Funarte de Teatro Myr­i­am Muniz 2013 via­ja o Brasil — é uma livre adap­tação do dra­ma sur­re­al­ista do escritor francês Guil­laume Apol­li­naire, que remem­o­ra com humor e dis­tan­ci­a­men­to históri­co os áure­os tem­pos do teatro de revista e de rebo­la­do (as var­iedades nacionais), que na déca­da de 30, 40 e 50 agi­tavam o teatro brasileiro. Segun­do o roteirista Ricar­do Nolas­co “a história ofi­cial do teatro brasileiro não val­ori­zou este for­ma­to teatral e sua car­ac­terís­ti­ca extrema­mente pop­u­lar”, nos últi­mos anos ele tem cen­tra­do seu tra­bal­ho em trans­portar essa pro­pos­ta cêni­ca para os dias de hoje, receben­do influên­cias do mun­do con­tem­porâ­neo e da arte exper­i­men­tal. A potên­cia do con­ta­to dire­to com o públi­co, e tam­bém por este reunir várias lin­gua­gens, como a músi­ca, a dança e o teatro estão entre as moti­vações do roteirista.

    Difer­ente­mente das out­ras duas ver­sões já apre­sen­tadas em Curiti­ba (uma no Fes­ti­val de Curiti­ba em 2012 e out­ra na 8ª Mostra Cena Breve), assim como em Belo Hor­i­zonte no 13º Fes­ti­val de Cenas Cur­tas, esta é pro­tag­on­i­za­da por três atrizes: Danielle Cam­pos (atriz e dire­to­ra já desta­ca­da por suas atu­ações nas out­ras ver­sões de As Tetas de Tirésias e em Wun­der­bar, espetácu­lo do grupo que foi apre­sen­ta­do no Fes­ti­val de Curiti­ba deste ano), Leonar­da Glück (atriz, dire­to­ra e dra­matur­ga curitibana fun­dado­ra da extin­ta Com­pan­hia Silen­ciosa) e Patri­cia Cipri­ano (já pre­mi­a­da com o Troféu Gral­ha Azul, um dos destaques da safra de jovens artis­tas da cidade). As atrizes, pre­sas em um mun­do de rep­re­sen­tação e decadên­cia, se revezam em papéis e situ­ações na bus­ca de recon­tar a história de Tereza, mul­her que aban­dona o mari­do e se tor­na homem para ser sol­da­do na rev­olução, chaman­do-se Tirésias.

    Tudo que acon­tece em cena é como que uma brin­cadeira entre essas atrizes, vedetes do anti­go teatro de revista, decaí­das e já cansadas de rep­re­sen­tar os mes­mos papéis. Assim, a gente vai encon­tran­do um modo de traz­er para os nos­sos dias as dis­cussões apre­sen­tadas no tex­to orig­i­nal, sem­pre brin­can­do com essa refer­ên­cias aos clás­si­cos do teatro, de Apol­li­naire a Hein­er Müller”, con­ta a atriz Danielle Campos.

    O espetácu­lo, relem­bran­do a estru­tu­ra de quadros do teatro de var­iedades, todos os dias é aber­to por um con­vi­da­do difer­ente que real­iza uma cena, entre estes já estão con­fir­ma­dos nomes como as atrizes Sil­via Mon­teiro e Simone Mag­a­l­hães, o poeta Ricar­do Coro­na e Del­min­da Nolas­co, avó do roteirista.

    Serviço:

    As Tetas de Tirésias — Vamos esbofetear Ulisses

    Com Danielle Cam­pos, Leonar­da Glück, Patri­cia Cipri­ano e artis­tas convidados

    Datas e horários: de 17 de out­ubro a 03 de novem­bro, de quin­ta a sába­do às 21h e domin­gos às 20h

    Local: Cen­tro Ccul­tur­al Casa Selváti­ca — Rua Nunes Macha­do, 950

    Gênero: Teatro de variedades

    Val­or: R$ 10,00 (preço sugerido)

    Capaci­dade máx­i­ma do espaço: 15 lugares

    Duração: 60 minutos

    Clas­si­fi­cação: 16 anos

    Site: selvaticaacoesartisticas.wordpress.com

    Tele­fones: (41)30135188 / 96115910

    A bil­hete­ria abre às 19h, jun­ta­mente com o café selváti­co, ven­ha beber algo ade­qua­do para a primavera.

    Vagas pra esta­ciona­men­to na rua em frente à Casa Selváti­ca. Temos esta­ciona­men­to para bicicletas.

  • “Thor: O Mundo Sombrio” e “Jogos Vorazes: Em Chamas” em primeira mão na UCI

    Thor: O Mundo Sombrio” e “Jogos Vorazes: Em Chamas” em primeira mão na UCI

    uci-transparente

    Em novem­bro, duas grandes estreias vão movi­men­tar os cin­e­mas da UCI. E para agradar aos fãs ansiosos, a rede já ini­ciou as ven­das ante­ci­padas de ingres­sos para “Jogos Vorazes: Em chamas” e “Thor: O Mun­do Som­brio”. As duas sequên­cias block­buster poderão ser con­feri­das com a tec­nolo­gia 3D. Em Curiti­ba (PR), os espec­ta­dores podem con­ferir as sessões nas salas dos cin­e­mas UCI Estação e UCI Palladium.

    Em “Thor: O Mun­do Som­brio”, que dá con­tinuidade aos acon­tec­i­men­tos de “Thor” e “Os Vin­gadores“, o herói luta para restau­rar a ordem do cos­mo, mas uma out­ra raça ameaça levar o uni­ver­so de vol­ta às trevas. Por isso, Thor pre­cis­ará sac­ri­ficar tudo para sal­var a humanidade. Já em “Jogos Vorazes: Em Chamas”, a pro­tag­o­nista Kat­niss Everdeen percebe, na sua “Turnê da Vitória” do 74° Jogos Vorazes, que uma rebe­lião está em ebu­lição. A par­tir de ago­ra, ela pre­cisa enfrentar não só a orga­ni­za­ção dos jogos, mas a represália do gov­er­no local, pelo seu bem e o de toda a pop­u­lação da cidade de Panen.

    Os ingres­sos ante­ci­pa­dos para “Thor: O Mun­do Som­brio” e “Jogos Vorazes: Em Chamas” em 3D e 2D podem ser adquiri­dos nos bal­cões de atendi­men­to, caixas de autoa­tendi­men­to ou através do site da rede UCI.

    SERVIÇO

    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

    UCI Pal­la­di­um
    Av. Pres­i­dente Kennedy, 4121/ Loja 4001
    Portão – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80610–905
    Tele­fone: (41) 3208–3344

  • Aerosmith é a atração desta quinta-feira (17) no “Quintas de Rock” na UCI

    Aerosmith é a atração desta quinta-feira (17) no “Quintas de Rock” na UCI

    aerosmith-quintas-de-rock-uci

    Aero­smith, uma das maiores ban­das do rock mundi­al em ativi­dade des­de os anos seten­ta, fechará com chave de ouro as exibições das Quin­tas de Rock na UCI. No próx­i­mo dia 17, estará nas telas “Aero­smith: Rock For The Ris­ing Sun”, uma com­pi­lação de sete shows real­iza­dos pelo grupo em um tour pelo Japão, em 2011, após os aci­dentes nat­u­rais que abalaram o país. Ape­sar de adver­tidos a não via­jarem na época, a ban­da de Steven Tyler não só foi, como fez um dos mel­hores shows da car­reira, levan­do o públi­co à lou­cu­ra com sin­gles como “Love In Na Ele­va­tor”, “Lin­vin On The Edge” e “Last Child”.

    As exibições acon­te­cem sem­pre às 20h30, em 14 cin­e­mas da Rede, e os ingres­sos cus­tam R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira). Em Curiti­ba (PR), o públi­co pode con­ferir a apre­sen­tação na sala 4 do cin­e­ma UCI Estação, no Shop­ping Estação.

    Quem quis­er con­ferir as mar­cantes apre­sen­tações já pode adquirir os bil­hetes no site da rede UCI, nas bil­hete­rias e nos ter­mi­nais de autoa­tendi­men­to dos cinemas.

    Serviço:
    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

  • Banda Def Leppard é a atração desta quinta-feira (10) no “Quintas de Rock” na UCI

    Banda Def Leppard é a atração desta quinta-feira (10) no “Quintas de Rock” na UCI

     

    Neste mês, nas telas da UCI, será pos­sív­el rev­er o even­to da ban­da Def Lep­pard, “Viva! Hys­te­ria”, fil­ma­do durante nove noites de show dos ingle­ses, em março deste ano. O grupo de rock for­ma­do em 1977 tocou as músi­cas de um dos seus dis­cos mais ven­di­dos, o “Hys­te­ria”, além de out­ros suces­sos como “Rock Of Ages” e “Pho­to­graph”, no Hard Rock Hotel, em Las Vegas. Com 100 mil­hões de dis­cos ven­di­dos, a ban­da se hospe­dou bem per­to de seus fãs durante todo o even­to, pro­por­cio­nan­do-lhes uma exper­iên­cia úni­ca, que será revivi­da nas telas da rede UCI nes­ta quin­ta-feira, dia 10.

    As exibições acon­te­cem sem­pre às 20h30, em 14 cin­e­mas da Rede, e os ingres­sos cus­tam R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira). Em Curiti­ba (PR), a exibição será no cin­e­ma UCI Estação, do Shop­ping Estação.

    Quem quis­er con­ferir as mar­cantes apre­sen­tações já pode adquirir os bil­hetes no site da rede UCI, nas bil­hete­rias e nos ter­mi­nais de autoa­tendi­men­to dos cinemas.

    Serviço:
    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

  • UCI inicia temporada de conteúdos clássicos

    UCI inicia temporada de conteúdos clássicos

    Foto ópera Eugene - UCI Cinemas

    Em out­ubro, a Rede UCI começa a exibir espetácu­los de dois dos pal­cos mais famosos do mun­do. O Met­ro­pol­i­tan Opera House, em Nova York, e o Teatro Bol­shoi, em Moscou, terão suas tem­po­radas de 2013/2014 trans­mi­ti­das para as telonas de 16 cin­e­mas dis­tribuí­dos em dez cidades brasileiras. Em Curiti­ba (PR), as sessões acon­te­cem nas salas do UCI Estação e do UCI Palladium.

    Com exibição ao vivo e imagem em alta definição, “Eugene One­gin”, de Tchaikovsky, será a primeira ópera do MET a chegar aos cin­e­mas, no dia 05 de out­ubro. A tragé­dia român­ti­ca, inspi­ra­da no clás­si­co de Pushkin, con­tará com a sopra­no Anna Netre­bko no papel da ingênua heroí­na Tatiana e o barítono Mar­iusz Kwiecien como Eugene.

    Já o Balé Bol­shoi abre sua tem­po­ra­da de espetácu­los com “O Corsário”, que será exibido nos dias 19 e 20, grava­do a par­tir de uma exibição ao vivo no pal­co do teatro Bol­shoi. A pro­dução impres­siona o públi­co em uma cena com mais de 120 dançari­nos no pal­co em uma história basea­da no poe­ma homôn­i­mo de Lorde Byron. O coreó­grafo é Mar­ius Peti­pa, que criou e trouxe ren­o­vação ao balé Bol­shoi até o iní­cio do sécu­lo 20.

    Os ingres­sos para todas as óperas do MET e balés do Bol­shoi já estão disponíveis para com­pra através do site da UCI (www.ucicinemas.com.br), nos caixas de autoa­tendi­men­to e nos bal­cões de atendimento.

    SERVIÇO
    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

    UCI Pal­la­di­um
    Av. Pres­i­dente Kennedy, 4121/ Loja 4001
    Portão – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80610–905
    Tele­fone: (41) 3208–3344

  • Rumos Itaú Cultural 2013: Caminhada Rumos em Curitiba

    Rumos Itaú Cultural 2013: Caminhada Rumos em Curitiba

    O pro­gra­ma Rumos Itaú Cul­tur­al apre­sen­tou este ano uma série de mudanças pro­fun­das no seu modo de fun­cio­nan­do e para explicar com mais detal­h­es essas alter­ações, foi cri­a­do o even­to “Cam­in­ha­da Rumos” que está acon­te­cen­do em várias cidades do Brasil.

    Em Curiti­ba, Paraná, o encon­tro será no dia 2 de out­ubro (quar­ta-feira) às 17h, no Museu Oscar Niemey­er (MON), com capaci­dade de até 60 lugares.

    As mudanças do Rumos 2013 podem ser encon­tradas tam­bém no site do Rumos Itaú Cul­tur­al 2013 e as inscrições podem ser real­izadas até o dia 14 de novembro.

    Para mais infor­mações visi­ta tam­bém a pági­na ofi­cial do even­to em Curiti­ba.

    rumos2013-home

  • Andre Rieu, fenômeno da música clássica, estará em setembro na UCI

    Andre Rieu, fenômeno da música clássica, estará em setembro na UCI

    andre-rieu-fenomeno-da-musica-classica-estara-em-setembro-na-uci-1

    A pré ven­da de ingres­sos para a exibição do show de Andre Rieu, sen­sação da músi­ca clás­si­ca atu­al, já está disponív­el no site e nos com­plex­os da Rede UCI. O reno­ma­do vio­lin­ista, mae­stro e com­pos­i­tor poderá ser vis­to nos cin­e­mas de nove cidades brasileiras em sessões nos dias 27, 28 e 29 de setem­bro. Em Curiti­ba (PR), as sessões acon­te­cem no UCI Estação e no UCI Pal­la­di­um. Na telona, os fãs poderão cur­tir o show “Andre Rieu 2013 – Em Maas­tricht”, con­cer­to que o músi­co real­iza todos os anos na sua cidade natal, na Holan­da. Esta será a primeira vez que os cin­e­mas do Brasil exibem o espetáculo.

    Aos 63 anos e com uma exten­sa discografia — que con­ta com mais de vinte álbuns – Andre Rieu já vendeu cer­ca de 20 mil­hões de cópias. Suas apre­sen­tações bem humoradas envolvem a músi­ca clás­si­ca, val­sa e rit­mos region­ais. Em seus shows, o músi­co con­ta com a Orques­tra Johann Strauss, cri­a­da em 1987, e tam­bém com cenário e fig­uri­nos. Rieu tam­bém é famoso por seu caris­ma e inten­sa inter­ação com o público.

     

    Os ingres­sos cus­tam R$ 50 e R$ 25 (meia-entra­da) e poderão ser adquiri­dos nas bil­hete­rias e ter­mi­nais de autoa­tendi­men­to ou no site da rede UCI.

    SERVIÇO
    “Andre Rieu 2013 – Em Maastricht”
    Datas e horários:
    — 27 de setem­bro, às 21h;
    — 28 de setem­bro, às 16h30;
    — 29 de setem­bro, às 13h;

    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

    UCI Pal­la­di­um
    Av. Pres­i­dente Kennedy, 4121/ Loja 4001
    Portão – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80610–905
    Tele­fone: (41) 3208–3344

  • Quintas de Rock na UCI começa dia 26

    Quintas de Rock na UCI começa dia 26

    quintas-de-rock-na-uci-comeca-dia-26

    Roqueiros de plan­tão já têm pro­gra­mação garan­ti­da até out­ubro. Em rit­mo de Rock in Rio, a UCI preparou sessões espe­ci­ais de músi­ca no con­for­to das salas de cin­e­ma. Serão qua­tro shows imperdíveis, sem­pre às quin­tas-feiras, a par­tir do dia 26 de setem­bro, em 14 com­plex­os da rede dis­tribuí­dos pelo país. Em Curiti­ba (PR), as sessões acon­te­cem no cin­e­ma UCI Estação, do Shop­ping Estação.

    A primeira exibição, na próx­i­ma quin­ta-feira (26), será do can­tor inglês Rob­bie Williams, com o show “Take The Crown Sta­di­um Tour 2013”. Grava­do na Estô­nia em agos­to deste ano, o can­tor britâni­co se apre­sen­tou para um públi­co de 70 mil pes­soas e foi ova­ciona­do pela críti­ca e pelos fãs. Com mais de 20 anos de car­reira, Williams tocou clás­si­cos como “Bod­ies”, “Mil­len­ni­um”, “Let Me Enter­tain You” and “Angels”.

    Mor­ris­sey, Def Lep­pard e Aero­smith, respec­ti­va­mente, dão con­tinuidade ao cal­endário espe­cial. As exibições acon­te­cem sem­pre às 20h30 e os ingres­sos cus­tam R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira).

    Quem quis­er con­ferir as mar­cantes apre­sen­tações já pode adquirir os bil­hetes no site da rede UCI, nas bil­hete­rias e nos ter­mi­nais de autoa­tendi­men­to dos cinemas.

    26/09 – Rob­bie Williams “Take The Crown Sta­di­um Tour 2013”
    03/10 – Mor­risey “Mor­ris­sey 25: Live”
    10/10 – Def Lep­pard “Viva! Hysteria”
    17/10 – Aero­smith “Aero­smith: Rock For The Ris­ing Sun”

    Serviço:
    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

  • Rurouni Kenshin (2012), de Keishi Ohtomo | Crítica

    Rurouni Kenshin (2012), de Keishi Ohtomo | Crítica

    rurouni_kenshin-posterDepois do fias­co de Drag­on Ball: Evo­lu­tion (2009), uma adap­tação pavorosa da fran­quia Drag­on Ball, a apreen­são em torno do que pode­ri­am faz­er com o anime/mangá Rurouni Ken­shin era inten­sa e real. Um dos maiores suces­sos japone­ses do gênero, a série de mangá “Rurouni Ken­shin: Crôni­cas de um Espadachim da Era Mei­ji” foi cri­a­da pelo artista Nobuhi­ro Wat­su­ki em 1994, e uma ver­são em ani­me foi lança­da dois anos depois, alcançan­do um suces­so estron­doso. No Brasil, a saga do espadachim andar­il­ho ficou con­heci­da como Samu­rai X, uma alusão à cica­triz que Ken­shin car­rega no ros­to, e que ain­da hoje faz a cabeça de mui­ta gente. Por isso, seria uma desagradáv­el sur­pre­sa ter essa série despe­ja­da na lama, exata­mente como acon­te­ceu com Drag­on Ball.

     

    Capa do mangá lançado pela Editora JBC
    Capa do mangá lança­do pela Edi­to­ra JBC

    Feliz­mente, a adap­tação japone­sa em live-action da saga do “andar­il­ho coração de espa­da” sur­preen­deu até mes­mo os mais céti­cos, unin­do fidel­i­dade e orig­i­nal­i­dade na mes­ma metragem. O cenário, con­tex­to históri­co, per­son­agens e diál­o­gos da ver­são orig­i­nal podem ser facil­mente iden­ti­fi­ca­dos no filme Rurouni Ken­shin: Mei­ji Swords­man Roman­tic Sto­ry (2012), do dire­tor Keishi Ohto­mo, lança­do em agos­to do ano pas­sa­do nos cin­e­mas japone­ses, sendo um grande suces­so de bil­hete­ria, críti­ca e públi­co. Por motivos que descon­heço – e pre­firo nem soltar pal­pites –, os brasileiros não rece­ber­am o filme nas salas de cin­e­ma, razão que impul­sio­nou os amantes da série a “adquirir” o DVD, que foi lança­do no final de dezembro.

    O lon­ga con­ta a tra­jetória do andar­il­ho Ken­shin Himu­ra que, cansa­do da vida de assas­si­no que lev­a­va – e que o fez ficar con­heci­do como o lendário Bat­tou­sai – o Retal­hador –, decide sair de for­ma errante, sem paradeiro ou des­ti­no, car­regan­do uma cica­triz em for­ma de X no ros­to. Ken­shin toma essa decisão após a Batal­ha de Toba-Fushi­mi, fato verídi­co na história do Japão e que foi cru­cial para a der­ro­ta deci­si­va do Shogu­na­to Toku­gawa, força que o Bat­tou­sai com­ba­t­ia. Esse san­gren­to perío­do mar­ca o final do feu­dal­is­mo de Toku­gawa e o iní­cio da Era Mei­ji, car­ac­ter­i­za­da por um proces­so de mod­ern­iza­ção políti­ca e social.

    Takeru Sato como o samurai Kenshin Himura
    Takeru Sato como o samu­rai Ken­shin Himura

    Transcor­ri­dos dez anos dessa batal­ha, a len­da da carnific­i­na do espadachim retor­na viva e inten­sa, pois uma série de mortes vio­len­tas é atribuí­da ao Bat­tou­sai, sus­peito de espal­har sangue e ter­ror em Tóquio. No decor­rer desse tem­po, o andar­il­ho Ken­shin (Takero Sato) con­hece a destemi­da Kaoru Kamiya (Emi Takei), herdeira de um dojo de kendo deix­a­do por seu pai, e a par­tir de um fato inusi­tada­mente perigoso – que não vou men­cionar para não ger­ar spoil­er -, o des­ti­no aprox­i­ma ambos.

    Kaoru Kamiya (Emi Takei) e Kenshin (Takero Sato)
    Kaoru Kamiya (Emi Takei) e Ken­shin (Takero Sato)

    O live-action faz uma mis­tu­ra bem elab­o­ra­da de acon­tec­i­men­tos pre­sentes na história orig­i­nal, sem focar em pon­tos especí­fi­cos, per­mitin­do uma lin­ha de raciocínio ger­al, e não dire­ciona­da somente aos já “ini­ci­a­dos” no enre­do. A tra­ma tam­bém apre­sen­ta out­ros per­son­agens já con­sagra­dos no anime/mangá, como Hajime Saitou (Yōsuke Eguchi) – com­bat­ente destemi­do, frio e de pre­sença extrema­mente mar­cante, que coman­dou o batal­hão do anti­go regime na Batal­ha de Toba-Fushi­mi; o diver­tidís­si­mo Sanosuke Sagara (Mune­ta­ka Aoki), luta­dor de rua que osten­ta uma espé­cie de “topete-crista-de-galo” bem curioso; o estri­dente Yahiko Myo­jin (Take­to Tana­ka), órfão e estu­dante do dojo, e a bela Megu­mi Takani (Yu Aoi), descen­dente de uma família con­ceitu­a­da de médi­cos e que se vê força­da a tra­bal­har para um rico traf­i­cante local na fab­ri­cação de ópio.

    O destemido Hajime Saitou (Yōsuke Eguchi)
    O destemi­do Hajime Saitou (Yōsuke Eguchi)

    O traf­i­cante em questão é Kan­ryu Take­da (Teruyu­ki Kagawa), respon­sáv­el pelas cenas hilárias e excên­tri­c­as do filme, que começam pela sua cara, uma cópia descara­da do pasteleiro Beiço­la, do seri­ado glob­al “A Grande Família”. Ape­sar de ter lido algu­mas críti­cas ao imen­so espaço reser­va­do a Take­da no filme, um per­son­agem cita­do por alguns fãs como “ridícu­lo e fra­co”, eu achei que foi uma boa opção dar esse ar mais engraça­do à tra­ma, já que não desqual­i­fi­ca em nada o cur­so dos acon­tec­i­men­tos, bem como a apre­sen­tação dos três grandes espadachins pre­sentes no live-action: Ken­shin Himu­ra, Hajime Saito e Jin‑E Udou, este últi­mo inter­pre­ta­do pelo ator Koji Kikkawa. No fim da Era dos Samu­rais, ess­es três destemi­dos san­guinários ficaram sem espaço e tiver­am que procu­rar novos cam­in­hos, já que a anti­ga práti­ca não era vista com bons olhos na nova refor­ma políti­ca. Ken­shin se tornou um andar­il­ho com muito amor – e cul­pa — no coração, Saitou pas­sa a ocu­par um car­go no depar­ta­men­to de polí­cia do gov­er­no e Jin‑E vira um mer­cenário con­trata­do pelo crime organizado.

    Teruyuki Kagawa como o hilário Kanryu Takeda
    Teruyu­ki Kagawa como o hilário Kan­ryu Takeda

    O filme não tem efeitos espe­ci­ais espal­hafatosos, pirotec­nia ou algo do tipo. Em con­tra­parti­da, a fotografia e a tril­ha sono­ra são exce­lentes, dan­do uma aura espe­cial às cenas e inter­pre­tações. Achei muito inter­es­sante o fato de terem usa­do uma tril­ha sono­ra difer­ente da uti­liza­da no ani­me, pos­si­bil­i­tan­do a cri­ação de uma iden­ti­dade própria e longe de cópias puris­tas e lim­i­tadas. Assi­na­da por Nao­ki Sato, o track-list é incon­fundív­el, com destaque para a lindís­si­ma “Hiten” (algo como “voan­do no céu”)!

    A escol­ha do elen­co foi acer­ta­da e, de cer­ta for­ma, sur­preen­dente. Con­fes­so que assim que come­cei a assi­s­tir, pen­sei que o intér­prete de Ken­shin, Takero Sato, fos­se que­brar ao meio de tão magro! Mas o magér­ri­mo ator foi uma das sur­pre­sas do filme, con­seguin­do trans­por para a tela todo o sen­ti­men­to de solidão, opressão e angús­tia do ex-retal­hador. Out­ro pon­to alto está com a atu­ação pri­morosa de Yōsuke Eguchi na pele do ina­baláv­el Saitou. Os des­falques ficam com a inter­pre­tação de Emi Takei, dan­do à Kaoru uma fem­i­nil­i­dade e obe­diên­cia que ela não pos­sui, e a lacu­na deix­a­da pela ausên­cia do vilão Shishio Mako­to, o mais implacáv­el dos inimi­gos do andar­il­ho Ken­shin. Tam­bém acho que a relação de amizade entre Ken­shin e Sanosuke dev­e­ria ser mais explo­ra­da, pois ficou meio sol­ta no ar e mes­mo no momen­to em que os dois lutam lado a lado — nas cenas finais do filme -, não dá para acom­pan­har de onde aque­le entrosa­men­to surgiu.

    Personagens dos filmes com os do anime/manga
    Per­son­agens do filme e seus respec­tivos per­son­agens do anime/manga

    Ao que tudo indi­ca, a saga vai ter con­tin­u­ação. Quem sabe os per­son­agens secundários ten­ham mais espaço, Shishio dê o ar da graça e Kaoru seja mais Kaoru e menos Amélia.

    P.S: Esse tex­to foi escrito com a pre­ciosa colab­o­ração de Rafaela Tor­res, psicólo­ga, gamer e amante do uni­ver­so ani­me e mangá.

  • “One Direction: This Is Us 3D” em primeira mão na UCI Cinemas

    One Direction: This Is Us 3D” em primeira mão na UCI Cinemas

    1d_photo_02

    Uma das ban­das de maior suces­so da atu­al­i­dade no mun­do pop estará nas telas de cin­e­ma a par­tir do dia 06 de setem­bro. Mas na UCI Cin­e­mas os fãs vão poder garan­tir o ingres­so mais cedo. Quem quis­er con­ferir o filme “One Direc­tion: This Is Us 3D” já pode cor­rer para com­prar os ingres­sos ante­ci­pa­dos, que em Curiti­ba (PR) estão disponíveis nos cin­e­mas UCI Estação e UCI Palladium.

    This Is Us” é um filme doc­u­men­tário em três dimen­sões da boy­band britâni­ca “One Direc­tion”, con­heci­da des­de 2010 por sua par­tic­i­pação em um real­i­ty show de tal­en­tos. Ape­sar de não terem gan­hado o pro­gra­ma, os cin­co inte­grantes cati­varam o públi­co jovem em todos os con­ti­nentes e já vender­am mais de 30 mil­hões de cópias. Entre os suces­sos estão “One Thing”, “What Makes You Beat­i­ful” e “Live While We´re Young”.

    Os ingres­sos podem ser adquiri­dos nas bil­hete­rias dos cin­e­mas, nos ter­mi­nais de autoa­tendi­men­to e no site da UCI.

    Mais infor­mações sobre a ban­da, sobre o doc­u­men­tário, fotos e vídeos, no site ofi­cial do filme.

    SERVIÇO
    UCI Estação
    Rua Sete de Setem­bro, 2775/ loja C‑01
    Rebouças – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80230–010
    Tele­fones: (41) 3595–5555/ (41) 3595–5550

    UCI Pal­la­di­um
    Av. Pres­i­dente Kennedy, 4121/ Loja 4001
    Portão – Curiti­ba – Paraná
    CEP: 80610–905
    Tele­fone: (41) 3208–3344