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  • Crítica: O Aprendiz de Feiticeiro

    Crítica: O Aprendiz de Feiticeiro

    o aprendiz de feiticeiro

    O Apren­diz de Feiti­ceiro (The Sor­cer­er’s Appren­tice, EUA, 2010), de Jon Turteltaub, é provavel­mente uma ten­ta­ti­va da Dis­ney de se inserir no filão dos pequenos grandes magos (só fal­ta ago­ra os vam­piros ado­les­centes), para con­seguir atrair um públi­co ain­da maior e con­tin­uar man­ten­do sua pre­sença forte no mercado.

    Dave Stut­ler (Jay Baruchel) é um rapaz intro­ver­tido e solitário que ado­ra estu­dar e faz­er exper­i­men­tos com físi­ca, espe­cial­mente no cam­po da elet­ri­ci­dade. O seu maior son­ho é ser um cara nor­mal e encon­trar a garo­ta cer­ta. Quan­do encon­tra Balt­haz­ar Blake (Nico­las Cage), um feiti­ceiro que quer torná-lo seu apren­diz afim de ajudá-lo na lutar con­tra Max­im Hor­varth (Alfred Moli­na) para depois destru­ir Mor­gana, dois feiti­ceiros poderosos, ele terá que decidir se real­mente quer ser ape­nas mais um jovem comum.

    A Dis­ney con­seguiu se difer­en­ciar, com O Apren­diz de Feiti­ceiro, de out­ros filmes do gênero, pois faz uma junção bem inter­es­sante do mun­do racional com o mági­co. Ambos exis­tem e cada um é reforça­do graças ao out­ro. Esta é uma for­ma bem inter­es­sante de con­tin­uar com a mis­são prin­ci­pal da empre­sa, traz­er a magia para o mun­do das pes­soas, mas se adap­tan­do aos tem­pos modernos.

    Ape­sar dis­so, a equipe respon­sáv­el pelo roteiro não se esforçou muito na elab­o­ração da história. O enre­do é cheio de furos e todo atro­pela­do, fal­tan­do moti­vações e embasa­men­tos para vários acon­tec­i­men­tos. Isso sem men­cionar a pés­si­ma toma­da intro­dutória do lon­ga. Parece que não hou­ve mui­ta pre­ocu­pação em man­ter a atenção do públi­co. O Apren­diz de Feiti­ceiro é aque­le típi­co filme para pas­sar na tele­visão, enquan­to você está estu­dan­do, limpan­do a casa, con­ver­san­do ao tele­fone e mes­mo assim con­seguir acom­pan­har sem nen­hum prob­le­ma tudo que está acontecendo.

    Os efeitos visuais em O Apren­diz de Feiti­ceiro ficaram muito bons, mas eles perder­am de cer­ta for­ma o destaque dev­i­do aos movi­men­tos exager­a­dos, para não falar cômi­cos algu­mas vezes, real­iza­dos na ativação/lançamento das magias pelos per­son­agens. O que lem­brou um pouco as movi­men­tações do desen­ho ani­ma­do Drag­on Ball, só que mais extrav­a­gantes ainda.

    Com vários ele­men­tos cool, como perseguições de car­ros ultra mod­er­nos, tril­ha sono­ra super pop e um visu­al exu­ber­ante, O Apren­diz de Feiti­ceiro ten­ta con­quis­tar assim um públi­co os ado­les­centes, mas tam­bém não deixan­do o públi­co infan­til de lado, com seu ter­ror light (com uma toma­da que lem­brou bas­tante Piratas no Caribe) e cenas de romances bonitinhas.

    Para acres­cen­tar um toque ain­da mais Dis­ney em  O Apren­diz de Feiti­ceiro é recri­a­da a céle­bre uma cena, em hom­e­nagem à ani­mação Fan­ta­sia, onde as vas­souras e out­ros obje­tos começam a limpar um lugar, con­tro­ladas pelo seu mestre ain­da ini­ciante. Mas difer­ente do orig­i­nal, este care­ceu lit­eral­mente de magia. Os obje­tos sim­ples­mente não tin­ham tan­to encan­to e rit­mo, defeito muito comum em muitas repro­duções com­puta­dorizadas, se tor­nan­do ape­nas mais algo inter­es­sante do longa.

    O Apren­diz de Feiti­ceiro fun­ciona bem como entreten­i­men­to sem muitas pre­ten­sões e expec­ta­ti­vas. É um bom filme para a família, onde as cri­anças devem cur­ti-lo mais que os adul­tos e os ado­les­centes se diver­tirão enquan­to fazem out­ras coisas paralelamente.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=4jfqeoDl7gs

  • Livro: Estive em Lisboa e Lembrei de Você — Luiz Ruffato

    Livro: Estive em Lisboa e Lembrei de Você — Luiz Ruffato

    Estive em Lisboa e Lembrei de Você

    Em mea­d­os de 2005 foi cri­a­do o pro­je­to Amores Expres­sos. Nele, dezes­seis escritores brasileiros via­jari­am para diver­sas cidades ao redor do mun­do e cada um iria escr­ev­er um romance basea­do em sua viagem. O pro­je­to cau­sou as mais diver­sas reações, pois se ques­tion­a­va de onde iria sair o din­heiro para custear as via­gens, e se era necessário que saíssem do país para bus­car inspi­ração. Entre ess­es escritores esta­va Luiz Ruffa­to, e o resul­ta­do da viagem dele foi o livro Estive em Lis­boa e Lem­brei de Você.

    Polêmi­cas à parte, Ruffa­to é bas­tante con­heci­do no meio literário con­tem­porâ­neo. Nasci­do em Minas Gerais, na cidade de Cataguas­es, já gan­hou diver­sos prêmios impor­tantes, como o da APCA (Asso­ci­ação Paulista de Críti­cos de Arte) e o Macha­do de Assis, da Fun­dação Bib­liote­ca Nacional. Algu­mas de suas obras mais impor­tantes são Eles eram muitos cav­a­l­os e a série Infer­no Pro­visório.

    Em Estive em Lis­boa e Lem­brei de Você, Ruffa­to foi a Lis­boa e nos trouxe a história de um rapaz chama­do Sergin­ho. Des­gos­toso com a vida que lev­a­va no Brasil, após prob­le­mas amorosos e finan­ceiros, ele con­ver­sa com seu Oliveira (por­tuguês res­i­dente de sua cidade) e resolve ir para Lis­boa “ten­tar a vida”. Após o choque ini­cial, Sergin­ho se adap­ta à vida por­tugue­sa e começa a tra­bal­har como garçom. Faz amizades, aprende um novo vocab­ulário e se aven­tu­ra pela cidade. Logo no iní­cio do livro encon­tramos uma nota do autor dizen­do que este foi basea­do numa entre­vista que ele fez com Sér­gio de Souza Sam­paio, o Serginho.

    Luiz Ruffa­to tem uma imen­sa facil­i­dade para retratar cidades. Em Eles eram muitos cav­a­l­os ele fala de São Paulo com taman­ha intim­i­dade que se pode imag­i­nar que ele seja paulis­tano. O mes­mo acon­tece com Estive em Lis­boa e Lem­brei de Você. O autor con­segue descr­ev­er as diver­sas par­tic­u­lar­i­dades da cidade, com um tom literário que poucos con­seguem cri­ar. Sua prosa é bas­tante fluí­da, com poucos pará­grafos e sua escri­ta con­tínua faz com que o leitor entre em con­ta­to dire­to com seus personagens.

    Ruffa­to não criou nen­hu­ma for­ma nova na Lit­er­atu­ra, mas trouxe uma sim­pli­ci­dade envol­vente que há muito não víamos na Lit­er­atu­ra. E inclu­sive, o autor esteve entre os final­is­tas do Prêmio São Paulo de Lit­er­atu­ra 2010, junta­mente com nomes da lit­er­atu­ra con­tem­porânea como Chico Buar­que e Bernar­do Car­val­ho.

    Infe­liz­mente, pou­ca atenção é dada à lit­er­atu­ra con­tem­porânea, prin­ci­pal­mente nas salas de aula. Muito tem acon­te­ci­do em nos­so meio literário, muitos escritores surgem com obras inter­es­santes e com pen­sa­men­tos que mere­cem ser con­heci­dos. Ruffa­to tem um papel impor­tante nesse meio, pois suas obras são um óti­mo exem­p­lo da lit­er­atu­ra con­tem­porânea brasileira, reflexo da soci­dade que vive­mos e dos cos­tumes dessa ger­ação. Ape­sar de ter óti­mos tra­bal­hos pub­li­ca­dos ele ain­da não é recon­heci­do pelo grande públi­co. Esper­amos que essa situ­ação mude muito em breve.

  • Sessões fechadas exclusivas para o filme “Nosso Lar”

    Sessões fechadas exclusivas para o filme “Nosso Lar”

    Nosso Lar

    A rede UCI Cin­e­mas divul­ga seu pro­je­to espe­cial para o lança­men­to de um dos filmes nacionais mais aguarda­dos do ano: “Nos­so Lar”. Com data de estreia mar­ca­da para dia 3 de setem­bro, o filme, basea­do na obra do médi­um Chico Xavier, terá sessões fechadas para gru­pos de no mín­i­mo 100 pes­soas, entre os dias 27 de agos­to a 2 de setem­bro, no UCI Estação e no UCI Pal­la­di­um. É uma opor­tu­nidade úni­ca e exclu­si­va de con­ferir antes da estreia ofi­cial, a história de André Luiz, um médi­co bem-suce­di­do no mun­do espir­i­tu­al e que percebe que a vida con­tin­ua para todos, após a sua morte.

    As sessões exclu­si­vas, às 10h30, ain­da terão um preço difer­en­ci­a­do, com ingres­sos a R$ 8 (por pes­soa). Para reser­vas: (11) 2164–7726; (11) 8251–6560 ou ucicorporate.sp@ucicinemas.com.br (com Marce­lo Eustácio).

    Além das exibições fechadas de “Nos­so Lar”, o UCI Cin­e­mas tam­bém abre a ven­da ante­ci­pa­da de ingres­sos para o filme (sessões a par­tir de 3 de setem­bro), nes­ta quin­ta-feira (12). Os espec­ta­dores podem efe­t­u­ar a com­pra pelo site ou nas bil­hete­rias dos cin­e­mas no Shop­ping Estação e no Shop­ping Pal­la­di­um.

    Mais infor­mações e a pro­gra­mação com­ple­ta da rede UCI, nos endereços eletrôni­cos: site e/ou o twit­ter.

    Serviço:
    UCI Cin­e­mas Estação
    Endereço: Aveni­da Sete de Setem­bro, 2775 – Shop­ping Estação
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3595–5599

    UCI Cin­e­mas Palladium
    Endereço: Rua Pres­i­dente Kennedy, 4121, piso L3 – Pal­la­di­um Shop­ping Center
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3208–3344

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=3EcOGAxYPHo

  • Combo exclusivo de “Meu Malvado Favorito” no UCI Cinemas

    Combo exclusivo de “Meu Malvado Favorito” no UCI Cinemas

    Squeeze Meu Malvado Favorito

    Com a estreia da ani­mação “Meu Mal­va­do Favorito” em 2D e 3D nos cin­e­mas brasileiros, a rede UCI lança um com­bo exclu­si­vo do filme. Na bom­bonière do UCI Estação e/ou do UCI Pal­la­di­um, o cliente pode com­prar o com­bo “Meu Mal­va­do Favorito” que vem um squeeze per­son­al­iza­do. A pro­moção é vál­i­da enquan­to durarem os estoques.

    Na ani­mação da Uni­ver­sal Pic­tures, Gru (Steve Carell) é um supervilão que duela com Vec­tor (Jason Segel) para ter o pos­to de o mais mal­va­do. Para vencer a dis­pu­ta, ele decide roubar a Lua. Só que terá que enfrentar três órfãs, que estão sob os seus cuida­dos e não podem ser aban­don­adas. “Meu Mal­va­do Favorito” é diver­são garan­ti­da para a criançada.

    Mais infor­mações e a pro­gra­mação com­ple­ta da rede UCI, nos endereços eletrôni­cos: site e/ou o twit­ter.

    Leia tam­bém a Críti­ca Meu Mal­va­do Favorito. (mes­mo se você ain­da não viu, pode ler tran­quil­a­mente, não tem nen­hum spoiler)

    Serviço:
    UCI Cin­e­mas Estação – Exibição em 2D e 3D (sala 5)
    Endereço: Aveni­da Sete de Setem­bro, 2775 – Shop­ping Estação
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3595–5599

    UCI Cin­e­mas Pal­la­di­um – Exibição em 2D e 3D (sala 4)
    Endereço: Rua Pres­i­dente Kennedy, 4121, piso L3 – Pal­la­di­um Shop­ping Center
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3208–3344

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=VwhNMyP8rBM

  • Green Drinks Brisbane

    Green Drinks Brisbane

    green drinks brisbane

    O inter­ro­gAção tem per­mis­são exclu­si­va do autor, Stu­art McMillen, para traduzir as suas HQs.

    Leia aqui a ver­são orig­i­nal des­ta história em quadrinho.

  • Crítica: Freaks (Monstros)

    Crítica: Freaks (Monstros)

    freaks

    Na déca­da de 1930 o cir­co tin­ha um sinôn­i­mo bem difer­ente do que hoje, uma grande ten­da reple­ta de artis­tas e diver­são , mas sim o lar de pes­soas a margem da sociedade, que pos­suíam algum tipo de defi­ciên­cia físi­ca e men­tal. Em 1932, o dire­tor amer­i­cano Tod Brown­ing traz, Freaks (Freaks, USA, 1932), um filme que mar­caria toda a história do cin­e­ma e prin­ci­pal­mente o que se entende por cin­e­ma bizarro e de ousadia.

    O enre­do de Freaks (Mon­stros) traz um cir­co em que as prin­ci­pais atrações são as aber­rações (a palavra freaks nesse momen­to, deno­ta­va o sen­ti­do dis­so). Cleopa­tra (Olga Baclano­va) é a trapezista que man­tém um caso com o domador Hér­cules (Hen­ry Vic­tor), ambos sendo con­sid­er­a­dos em per­fei­ta saúde. Ela é ganan­ciosa e ao saber que Hans (Har­ry Ear­les), um anão do cir­co, irá rece­ber uma grande for­tu­na decide que irá con­quistá-lo e se sub­me­ter a casar com o pequeno freak para depois elim­iná-lo e ficar com todo o din­heiro. Mas Cleo, não con­ta que ali os freaks são uma peque­na comu­nidade e que se aju­dam muito uns aos out­ros e não vão deixar bara­to o fato dela estar usan­do o pequeno Hans para se dar bem.

    A tra­ma de Freaks é o tipi­co dra­ma envol­ven­do ganân­cia, mas tudo fica mais inter­es­sante por dois grandes motivos, um é a for­ma de como o roteiro con­duz a per­son­agem de Cleopa­tra, que nesse momen­to com mais dois per­son­agens faz parte do elen­co saudáv­el, porém até onde? Mes­mo sendo con­sid­er­a­dos nor­mais, no filme o casal Cleo e Hér­cules são pre­con­ceitu­osos e agem de todas as for­mas para se darem bem. O segun­do ele­men­to que deixa o roteiro muito inter­es­sante, e que fuda­men­tal­mente mar­cou o cin­e­ma para sem­pre, foi o uso de pes­soas comuns e não atores. Um filme real, sobre per­son­agens reais nas condições exatas do momen­to. Muitos boatos sur­gi­ram que foi um filme de mui­ta difi­cul­dade na gravação já que con­ta­va com mais de 90% do elen­co ser com por­ta­dores de algu­ma espé­cie de defi­ciên­cia, e que isso ger­a­va descon­for­to no restante da equipe.

    Se até hoje difi­cil­mente vemos filmes que expon­ham a real­i­dade além do que se con­ven­cio­nou como “nor­mal”, imag­ine no íni­cio do sécu­lo XX. As lendas e fol­clores pop­u­lares mist­i­fi­cavam ao extremo qual­quer ser, humano e até mes­mo ani­mais, que nascessem com algu­ma espé­cie de defi­ciên­cia no cor­po. Já em mea­d­os do sécu­lo XVII as pes­soas con­heci­das como aber­rações já eram moti­vo de gan­ho de din­heiro para donos de cir­cos, inclu­sive o dire­tor David Lynch expõe isso em O Homem Ele­fante. Mais tarde os EUA sofren­do uma enorme urban­iza­ção, em muitos casos a úni­ca saí­da para essas pes­soas era se abri­gar em cir­cos e ser mais uma atração destes.

    O filme de Tod Brown­ing foi basea­do em um con­to de Tod Rob­bins inti­t­u­la­do Spurs e que fora colo­ca­do no gênero hor­ror da época. O dire­tor, que havia dirigi­do um ano antes o clás­si­co Drácu­la com Bela Lugosi, nem de longe esper­a­va que o filme fos­se na época ban­ido até os anos 60, pois hou­ve muitos relatos de abor­tos e ataques cardía­cos com as sessões do filme. Ele só foi relem­bran­do em um fes­ti­val de Cannes como um dos filmes que mar­caram época e acabou entran­do para lista de filmes con­sid­er­a­dos cults pelos ciné­fi­los em sessões proibidas.

    Freaks se tornou um clás­si­co não por motivos grandes em téc­ni­cas cin­e­matográ­fi­cas mas sim por um roteiro e ousa­dia inex­is­tentes na eṕo­ca, e até hoje tam­bém. Sem deixar nada gra­tu­ito demais, Brown­ing apre­sen­ta um filme com forte con­teú­do social e de enorme reflexão para uma sociedade que depois de muitas décadas ain­da se mostra no dire­ito de ide­alizar os con­ceitos de normalidade.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=bBXyB7niEc0

  • Promoção A Origem ENCERRADA: ganhe brindes e convites para o filme

    Promoção A Origem ENCERRADA: ganhe brindes e convites para o filme

    A origem

    O sorteio já foi real­iza­do e os vence­dores serão comu­ni­ca­dos por email.

    Para mar­car o lança­men­to de A Origem o inter­ro­gAção, jun­ta­mente com a Espaço Z e a Warn­er Bros, estarão sorte­an­do 5 pares de con­vite, uma camise­ta e um chaveiro do filme. (Váli­do somente para Curitiba)

    AORIGEM

    Sinopse: Don Cobb (Leonar­do Di Caprio) é espe­cial­ista em invadir a mente das pes­soas e, com isso, rou­ba seg­re­dos do sub­con­sciente, espe­cial­mente durante o sono, quan­do a mente está mais vul­neráv­el. As habil­i­dades sin­gu­lares de Cobb fazem com que ele seja cobiça­do pelo mun­do da espi­onagem e aca­ba se tor­nan­do um fugi­ti­vo. Como chance para se red­imir, Cobb terá que, em vez de roubar os pen­sa­men­tos, implan­tá-los. Seria um crime per­feito, mas nen­hum plane­ja­men­to pode preparar a equipe para enfrentar o perigoso inimi­go que parece adi­v­in­har seus movi­men­tos. Ape­nas Cobb é capaz de saber o que está por vir.

    Em exibição nos cin­e­mas — Ver­i­fique a clas­si­fi­cação indicativa

    O sorteio já foi real­iza­do e os vence­dores serão comu­ni­ca­dos por email.

  • Crítica: Meu Malvado Favorito

    Crítica: Meu Malvado Favorito

    meu malvado favorito

    Meu Mal­va­do Favorito (Despi­ca­ble Me, EUA, 2010), dirigi­do por Pierre Cof­fin e Chris Renaud, é a estreia do estú­dio de ani­mações da Uni­ver­sal, a Illu­mi­na­tion Enter­tain­ment. E, difer­ente­mente das histórias con­tadas nor­mal­mente, o per­son­agem prin­ci­pal des­ta é um vilão.

    Gru (Steve Car­rel) son­ha em ser o maior vilão do mun­do, mas vê sua posição toma­da pelo jovem Vetor (Jason Segel), que rou­ba uma das pirâmides do Egi­to. Para voltar nova­mente ao topo, ele decide que vai faz­er o maior roubo da história: pegar a lua. Como parte do seu plano, ele pre­cisa usar três peque­nas meni­nas órfãs e, dev­i­do a este moti­vo, o seu grandioso dese­jo corre o risco de mudar por algo que nun­ca imag­i­na pos­suir: amor paterno.

    É prati­ca­mente impos­sív­el não com­parar Meu Mal­va­do Favorito com as ani­mações de out­ros estú­dios, como Pixar e Dream­works, e ele aca­ba per­den­do feio. Não por causa da qual­i­dade grá­fi­ca (que é até bem resolvi­da), mas pela for­ma como o con­teú­do foi tra­bal­ha­do. A idéia do enre­do é muito boa, mas os meios para real­izá-la são muito pre­visíveis e os per­son­agens tam­bém são demasi­ada­mente fra­cos. Em ger­al, ele apela para o fofin­ho cuti­cu­ti para cati­var e, tiran­do essas cenas fofu­rixas, aca­ba sendo cansativo.

    O grande chama­riz de Meu Mal­va­do Favorito são os Min­ions (anãoz­in­hos amare­los), mas no filme em si, eles prati­ca­mente não tem nen­hu­ma toma­da de mui­ta relevân­cia, que na maio­r­ia das vezes são bem sem graças (difer­ente das exibidas na divul­gação). Aliás, grande parte das piadas não tem mui­ta graça, pois apela para todos os chavões já extrema­mente bati­dos. Para o públi­co infan­til isso não deve ser um prob­le­ma, mas quem é fã de ani­mação fica com um sen­ti­men­to de repetição angustiante.

    Estou bas­tante divi­do em comen­tar a respeito do 3D no Meu Mal­va­do Favorito. Quan­do o filme acabou, tiran­do uma ou out­ra cena, como a da mon­tan­ha rus­sa, prati­ca­mente não tin­ha perce­bido muito o seu efeito. Fiquei em dúvi­da se ele foi tão bem uti­liza­do que ficou tão nat­ur­al, onde não se nota­va que foi pro­duzi­do, ou se ele prati­ca­mente não foi uti­liza­do. Se você já viu o filme, gostaria de saber a sua opinião a respeito dis­so. O que teve de mais 3D para mim, foram as peque­nas ani­mações inseri­das no fim do lon­ga, onde cer­tos os per­son­agens ten­tam “alcançar fora da tela”, que ficou uma brin­cadeira muito legal.

    A dublagem de Meu Mal­va­do Favorito ficou pés­si­ma (a dublagem dos per­son­agens prin­ci­pais foram feitos por dois dubladores não profis­sion­ais, mas sim “atores globais”), com­pro­m­e­tendo demais o humor do filme. Como somente serão vin­cu­ladas cópias dubladas nos cin­e­mas, o jeito é esper­ar sair em DVD a ver­são leg­en­da­da. A tril­ha sono­ra em ger­al, tam­bém não ficou boa, fal­tan­do prin­ci­pal­mente na manutenção do rit­mo das tomadas (difer­ente do que foi exibido nos trail­ers, como algo bem animado).

    O som do cin­e­ma onde assisti o filme (Cine­plus Jardim das Améri­c­as) esta­va hor­rív­el, muito estoura­do, com os diál­o­gos as vezes muito baixos e a tril­ha sono­ra muito alta. Não dava para dis­tin­guir o que pode­ria ter sido prob­le­ma do cin­e­ma ou do lon­ga. Como até ago­ra, pelo que eu já li, eu fui o úni­co a lev­an­tar esse prob­le­ma, o prob­le­ma não deve ter sido do filme.

    O mate­r­i­al extra do filme é muito legal, prin­ci­pal­mente as ani­mações com Min­ions. Logo abaixo do trail­er fiz a com­pi­lação de alguns extras legais. Você pode ver mais no site ofi­cial.

    Meu Mal­va­do Favorito é uma óti­ma ani­mação para as cri­anças, elas com certeza irão se diver­tir muito. Mas para um públi­co mais adul­to, prin­ci­pal­mente os fãs de ani­mação, aca­ba sendo, na maior parte do tem­po, ape­nas uma repetição de muito do que já foi pro­duzi­do por aí.

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=VwhNMyP8rBM

    Extras:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=JaL4yPd9GtI&NR=1

    httpv://www.youtube.com/watch?v=eZSHr1H3oOs

  • Tarantino’s Mind

    Tarantino’s Mind

    Tarantinos Mind

    Em Tarantino’s Mind, dois ami­gos estão sen­ta­dos num dos restau­rantes mais badal­a­dos de São Paulo ten­tan­do desven­dar o que há por trás da mente hiper­a­ti­va de um dos maiores dire­tores das duas últi­mas décadas: Quentin Taran­ti­no.

    Num rit­mo frenéti­co de per­gun­tas, respostas e apon­ta­men­tos, os dois fazem suposições de lig­ações den­tro da obra do amer­i­cano, lem­bran­do muito os diál­o­gos dos per­son­agens de Samuel L. Jack­son e John Tra­vol­ta no cult Pulp Fic­tion. O cur­ta é uma cria­ti­va e bem humora­da hom­e­nagem ao cin­e­ma rev­olu­cionador que Quentin Taran­ti­no criou.

    Tarantino’s Mind foi dirigi­do pelo cole­ti­vo car­i­o­ca 300 ml, mais con­heci­do pelas suas pre­mi­adas peças pub­lic­itárias. Somente fãs de cin­e­ma e de Taran­ti­no pode­ri­am traz­er uma teo­ria sobre toda a obra dele. Destaque para inter­pre­tação de Sel­ton Mel­lo e Seu Jorge, que inter­pre­tam pri­morosa­mente dois ciné­fi­los neuróti­cos do íni­cio ao fim.

    TARANTINOS MIND from 300ml on Vimeo.

  • Promoção O Aprendiz de Feiticeiro ENCERRADA: ganhe brindes e convites para o filme em Curitiba

    Promoção O Aprendiz de Feiticeiro ENCERRADA: ganhe brindes e convites para o filme em Curitiba

    promoção o aprendiz de feiticeiro

    O sorteio já foi real­iza­do e os vence­dores serão comu­ni­ca­dos por email.

    o aprendiz de feiticeiro

    Para o lança­men­to do O Apren­diz de Feiti­ceiro, que estréia dia 13 de agos­to no Brasil, o inter­ro­gAção em parce­ria com a Flam­ma Comu­ni­cação e a Walt Dis­ney, estarão sorte­an­do:

    • 5 pares de con­vites para o filme
    • 2 camise­tas
    • 3 copos
    • 1 pen drive

    O sorteio já foi real­iza­do e os vence­dores serão comu­ni­ca­dos por email.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=4jfqeoDl7gs

  • Promoção SALT ENCERRADA: ganhe convites para ver o filme em Curitiba

    Promoção SALT ENCERRADA: ganhe convites para ver o filme em Curitiba

    promoção salt

    O sorteio já foi real­iza­do e os vence­dores serão comu­ni­ca­dos por email.

    Para mar­car este lança­men­to o inter­ro­gAção, jun­ta­mente com a Espaço Z e a Sony Pic­tures, estarão sorte­an­do 5 pares de ingres­so para o filme. (váli­do somente para Curitiba)

    salt

    O sorteio já foi real­iza­do e os vence­dores serão comu­ni­ca­dos por email.

    Leia tam­bém a Críti­ca do SALT. (mes­mo se você ain­da não viu, pode ler tran­quil­a­mente, não tem nen­hum spoiler)

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=jPVGACdlibY

  • Livro: Eles Eram Muitos Cavalos — Luiz Ruffato

    Livro: Eles Eram Muitos Cavalos — Luiz Ruffato

    Em Eles Eram Muitos Cav­a­l­os, de Luiz Ruffa­to, São Paulo se apre­sen­ta nua e crua, porém inteira. Como se fos­se vista através vários olhares estrangeiros, por relatos das pes­soas que cir­cu­lam por ali todos os dias.

    É uma terça-feira do ano 2000 e ali estão todos os traços de um dia apoc­alip­ti­co de fim de sécu­lo. Em Eles Eram Muitos Cav­a­l­os a nar­ra­ti­va se dá como se estivésse­mos assistin­do a um doc­u­men­tário que nos desse aces­so a tudo o que está acon­te­cen­do em uma metró­pole em um úni­co dia: tem­per­atu­ra, descrições de per­son­agens, falas entrecor­tadas, monól­o­gos e etc. A pro­pos­ta é mon­tar uma colcha de retal­hos da for­mação urbana de São Paulo. Tudo está ali, des­de mod­e­los frustradas, pas­san­do por fol­has de clas­si­fi­ca­dos num metrô até o clás­si­co reti­rante vin­do em bus­ca de uma vida mel­hor. A pro­dução de ima­gens da real­i­dade é inten­sa e situa o leitor no tem­po e em veloci­dade própria que lem­bra muito uma pro­dução audiovisual.

    A lit­er­atu­ra há muito deixou de ser, se é que algum dia foi, uma arte iso­la­da, ou a úni­ca deten­to­ra da palavra. Hoje ela fun­ciona como reflexo do caos urbano, da ligeireza das vidas e da fini­tude do tem­po. A lit­er­atu­ra é, e neces­si­ta ser, tudo ao mes­mo tem­po e para isso as fron­teiras entre o real e o fic­cional começam a se tornar, a cada obra, menos espes­sas. Luiz Ruffa­to tra­ta dessa con­tem­po­ranei­dade de for­ma pri­morosa deixan­do que cada exper­iên­cia pos­sa ser tão pŕox­i­ma e intimista que você fica se per­gun­tan­do se aque­la situ­ação não é da sua viz­in­hança ou com algu­ma pes­soa próx­i­ma, pois sabe que já ouviu e viu aqui­lo antes.

    O autor usa recur­sos real­is­tas clás­si­cos, inclu­sive a iro­nia Macha­di­ana, e em muitos momen­tos o exagero de descrições e o pecu­liar das falas faz com que o leitor se obrigue a cri­ar laços da ficção com a real­i­dade, se con­fundin­do muitas vezes com estes vul­tos urbanos descritos. De fato, uma exper­iên­cia úni­ca em que Luiz Ruffa­to sabe adap­tar cada peque­na pro­pos­ta e mudar o cenário de for­ma que o leitor mal cria laços com a situ­ação e logo parte para a pŕox­i­ma, não deixan­do de cri­ar uma sequên­cia. A mul­ti­pli­ci­dade de vozes é o pon­to forte da nar­ra­ti­va, o leitor pas­sa a ser um sujeito cole­ti­vo, par­tic­i­pante de cada vida ou momen­to das 69 exper­iên­cias ali pro­postas. É uma grande câmera em que o leitor ape­nas acom­pan­ha os trav­el­ings da narrativa.

    E que a ver­dade seja dita, por mais que as pre­mis­sas sejam extrema­mente neg­a­ti­vas sobre qual­quer relação que o cin­e­ma pos­sa ter com a lit­er­atu­ra, hoje é muito difí­cil desvin­cu­lar as duas lin­gua­gens. Prin­ci­pal­mente na lit­er­atu­ra tida como con­tem­porânea, a lin­guagem mar­ca­da das pelícu­las se faz pre­sente no tex­to. No caso de Eles Eram Muitos Cav­a­l­os é a sen­sação doc­u­men­tal que pre­dom­i­na durante todo o dis­cur­so. Não existin­do um per­son­agem prin­ci­pal ou nar­rador, é o próprio leitor que cir­cu­la por todos os meios daque­le dia comum de São Paulo, mostran­do que a geografia dos espaços tam­bém é um belo cenário.

  • Cartaz animado do MegaMente

    Cartaz animado do MegaMente

    megamind

    Saiu um novo car­taz ani­ma­do para o filme Mega­Mente, a nova ani­mação da Dream­Works, dirigi­do por Tom McGrath, que tam­bém fez Mada­gas­car 2.

    Mega­Mente tem a estreia mar­ca­da para o dia 3 de dezem­bro de 2010 no Brasil.

    Sinopse: Mega­mente é um vilão magro, usa roupas nas cores azul e pre­ta e sua cabeça é care­ca e grande, dev­i­do ao cére­bro priv­i­le­gia­do. Ele dese­ja con­quis­tar a cidade de Metro City e faz diver­sas ten­ta­ti­vas, muitas delas são frustradas. O vilão pre­cisa ter opo­nentes para que sua vida ten­ha sen­ti­do e, após a morte de Metro­Man (Brad Pitt), Mega­mente cria Titan, um herói para ter com quem rivalizar.

  • Crítica: A Origem

    Crítica: A Origem

    Inception

    A Origem (Incep­tion, EUA/Reino Unido, 2010), escrito e dirigi­do por Christo­pher Nolan, é um daque­les poucos filmes que con­segue mesclar o mun­do real com o mun­do imag­inário, cau­san­do aque­la sen­sação de famil­iari­dade e estran­hamen­to ao mes­mo tem­po, mis­tu­ra­do com fasci­nação. E qual o mel­hor tema, senão o mun­do dos sonhos/inconsciente, para abor­dar toda a cria­tivi­dade e ele­men­tos bizarros do ser humano?

    Dom Cobb (Leonar­do DiCaprio, com uma óti­ma atu­ação) é um espe­cial­ista na arte de roubar seg­re­dos durante o sono das pes­soas, quan­do a mente delas está em seu esta­do mais vul­neráv­el. Por usar sua habil­i­dade no mun­do da espi­onagem cor­po­ra­ti­va, se tornou um fugi­ti­vo inter­na­cional ten­do que deixar de lado as pes­soas que mais ama­va. É então ofer­e­ci­do a ele uma chance de voltar á vida nor­mal, mas para isso ele deve faz­er algo que é con­sid­er­a­do prati­ca­mente impos­sív­el: ao invés de roubar idéias de uma pes­soa, inserir uma nova.

    São poucos os filmes que após assistí-los, um novo mun­do se abre. A Origem tem o mes­mo efeito que lon­gas como: Matrix, Clube da Luta e Quero ser John Malkovich. Toda a história foi muito bem elab­o­ra­da e mon­ta­da com ele­men­tos muito inteligentes. É inter­es­sante notar que a própria lóg­i­ca de tem­po con­struí­da no enre­do, a respeito dos son­hos, se apli­ca muito bem a própria exper­iên­cia do filme. Assim como os papéis apre­sen­ta­dos (arquite­to, son­hador, pro­jeções) e o fator de estran­hamen­to (se é muito difer­ente do real, quem son­ha, sabe que algo está erra­do) são noções já muito bem con­heci­das neste mun­do cin­e­matográ­fi­co. Isso sem falar nos ele­men­tos como labir­in­tos e para­dox­os (como por exem­p­lo a recri­ação da esca­da infini­ta) que são apre­sen­ta­dos durante o longa.

    O dire­tor usou o mín­i­mo pos­sív­el de CGI (efeitos espe­ci­ais cri­a­dos pelo com­puta­dor), crian­do assim vários aparatos mecâni­cos para a via­bi­liza­ção dos efeitos dese­ja­dos. Dev­i­do a este moti­vo, a sen­sação de “real” que se tem ao ver A Origem é incrív­el, mes­mo nas cenas mais absur­das cri­adas por com­puta­dor. Out­ro efeito que ficou bem inter­es­sante foi o do “bul­let time”. Em vez de usá-lo ape­nas para cri­ar um visu­al mais impac­tante, havia toda uma lóg­i­ca matemáti­ca (o tem­po dos son­hos que citei aci­ma) por trás. O seu uso tam­bém acabou sendo mais artís­ti­co, assim como Lars Von Tri­er fez em Anti­cristo. Só os flash­backs, em cer­tos momen­tos, que achei desnecessários por serem “enfa­ti­zadores” e repet­i­tivos demais.

    Ape­sar de A Origem ser rel­a­ti­va­mente lon­go (148 min­u­tos), você não para nen­hu­ma vez para olhar o reló­gio de tão envol­vente que é a tra­ma. Nela percebe­mos vários ele­men­tos dos out­ros filmes do Christo­pher Nolan (Amnésia, O grande Truque, O Cav­aleiro das Trevas), mas em vez de ter feito ape­nas uma colagem, cada um foi apri­mora­do, de for­ma a se tornarem total­mente novos.

    A tril­ha sono­ra merece um destaque espe­cial, de tão mar­cante que foi o seu efeito. Pro­duzi­da por Hans Zim­mer, ela foi um catal­izador muito impor­tante para man­ter todo o cli­ma de ten­são e mis­tério (uma músi­ca em par­tic­u­lar lem­bra bas­tante a tril­ha de Ilha do Medo). O filme A Origem ter­mi­na e a tril­ha ain­da con­tin­ua tocan­do na sua cabeça que remete lev­e­mente á paranóia de Cobb.

    Assisti o filme no IMAX e digo: vale a pena! Depois de entrar nesse mun­do com uma qual­i­dade, sem falar no taman­ho, da imagem e som tão boa, você não vai quer­er tro­car a sen­sação des­ta exper­iên­cia por a de uma tela normal.

    A Origem é o tipo de filme que você, após assistí-lo, já quer vê-lo nova­mente, para ten­tar pegar mais detal­h­es e enten­der mais a tra­ma. Com certeza este vale uma ida dupla ao cin­e­ma. E como diria Mor­pheus: “Bem vin­do ao mun­do real dos sonhos!”.

    Antes de ver o filme, recomen­do a leitu­ra de uma intro­dução ao filme A Origem, cri­a­da em for­ma de HQ, para você já assi­s­tir o filme enten­do (e saben­do) de alguns detal­h­es inter­es­santes. Infe­liz­mente ela só está disponív­el em inglês.

    Para quem já viu o filme: você não acha que se jun­tar a ideia dele com o con­ceito de “son­hos lúci­dos” não pode­ria resul­tar em algo muito interessante?

    Out­ra críti­cas interessantes:

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=PPuBaLdsVUQ

  • Estreia de “Salt” bate recordes de público

    Estreia de “Salt” bate recordes de público

    salt

    No últi­mo final de sem­ana, a estreia do filme “Salt”, com cin­e­mas brasileiroscin­e­mas brasileiros, foi recordista de públi­co nos cin­e­mas brasileiros. Em todo o país, o filme arrecadou quase R$ 4 mil­hões de bil­hete­ria, ultra­pas­san­do os suces­sos “Shrek Para Sem­pre” e “Eclipse”. Na rede UCI, “Salt” lev­ou 50 mil pes­soas às salas UCI no Brasil. Já os cin­e­mas UCI Estação e UCI Pal­la­di­um reg­is­traram um públi­co de 4 mil pes­soas, entre os dias 30 de jul­ho e 1º de agos­to. Esse número rep­re­sen­ta cer­ca de 30% do públi­co total que foi aos cin­e­mas UCI em Curiti­ba, no perío­do. Além de “Salt”, out­ros filmes em car­taz tam­bém estão agradan­do o públi­co da rede UCI: “Shrek Para Sem­pre”, “Eclipse”, “Encon­tro Explo­si­vo”, “Toy Sto­ry 3”, entre out­ros. Para mais infor­mações sobre a pro­gra­mação com­ple­ta do cin­e­ma, acesse o site ou o twit­ter.

    Serviço:
    UCI Cin­e­mas Estação – Exibição em 2D e 3D (sala 5)
    Endereço: Aveni­da Sete de Setem­bro, 2775 – Shop­ping Estação
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3595–5599

    UCI Cin­e­mas Pal­la­di­um – Exibição em 2D e 3D (sala 4)
    Endereço: Rua Pres­i­dente Kennedy, 4121, piso L3 – Pal­la­di­um Shop­ping Center
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3208–3344

  • Literatura: Geração Beat (Parte 1)

    Literatura: Geração Beat (Parte 1)

    Na déca­da de 80, os autores Bueno e Goés lançaram o livro O que é Ger­ação Beat pela edi­to­ra Brasiliense. Eles definem o esti­lo beat como “tex­tos em ação, prosa espon­tânea, fras­es do cor­po em movi­men­to, poe­sia brotan­do como visões do céu e do infer­no, lig­ação dire­ta da arte e da vida, da palavra e do cor­po”. Assim é a lit­er­atu­ra beat, palavras inten­sas que batem de frente com o con­formis­mo. Os beats cri­aram não só um novo mun­do literário, como mostraram aos leitores uma nova for­ma de vida, liber­dade e von­tade de mudança.

    Quan­do falam­os de Ger­ação Beat, três nomes são destaque: Jack Ker­ouac, William S. Bur­roughs e Allen Gins­berg. Ess­es foram os autores mais impor­tantes, con­sid­er­a­dos líderes da Ger­ação. Out­ros nomes impor­tantes são: Gre­go­ry Cor­so, Carl Solomon, Lawrence Fer­linghet­ti e outros.

    William S. Bur­roughs, ao con­trário de Ker­ouac, não uti­liza­va a prosa espon­tânea. Ele ficou con­heci­do como A Far­má­cia Ambu­lante da Ger­ação Beat, dev­i­do à grande quan­ti­dade de dro­gas que já havia con­sum­i­do até seus 30 anos de idade. Seu primeiro livro foi Junky, mas seu romance mais famoso é Almoço Nu. O próprio Bur­roughs disse em uma entre­vista à revista espan­ho­la Quimera que Almoço Nu foi escrito por insistên­cia de Ker­ouac: “Foi ele quem me ani­mou a escr­ev­er quan­do não me inter­es­sa­va real­mente fazê-lo. Mas quan­to à influên­cia, em nada me sin­to per­to dele”.

    Um fato curioso sobre a vida de Bur­roughs é que durante uma bebe­deira ele pediu que sua esposa colo­casse um copo em cima da cabeça para que ele pudesse ati­rar no mes­mo. O prob­le­ma é que ele errou o tiro, assassinando‑a. Ele tam­bém esteve no Ama­zonas na déca­da de 50 em bus­ca da yagé, que segun­do ele era a “dro­ga defin­i­ti­va”. Almoço Nu gan­hou uma adap­tação para o cin­e­ma e foi lança­do no Brasil sob o títu­lo Mis­térios e Paixões, com direção de David Cro­nen­berg.

    Quan­do trata­mos de poe­sia beat, temos óti­mos nomes, mas o mais con­heci­do é sem dúvi­da algu­ma, Allen Gins­berg. Seu poe­ma mais famoso chama-se Uivo. Esta obra pode ser con­sid­er­a­do “o cor­re­spon­dente poéti­co da prosa espon­tânea de Ker­ouac”. Sua poe­sia foi mar­ca­da por polêmi­cas, escri­ta em ape­nas uma tarde, ela nos mostra ima­gens sem sen­ti­do, nos reme­tendo tam­bém a Almoço Nu de Bur­roughs. Uma boa definição de Bueno e Góes para essa obra: “Marx trans­fig­u­ra­do na poe­sia deli­rante de Blake, rev­olução e visão, rev­e­lação e transformação”.

    Vários foram os escritores que influ­en­cia­ram os beats, como Ernest Hem­ing­way, Hen­ry Miller, Mark Twain, Jack Lon­don, Thomas Wolfe, Walt Whit­man, J. D. Salinger, entre out­ros. A Ger­ação Beat tam­bém deixou sua mar­ca, influ­en­cian­do Chuck Palah­niuk e Irvine Welsh, seja pela nar­ra­ti­va ráp­i­da ou pela escri­ta ino­vado­ra, que ver­sam sobre o non­sense e a liber­dade de expressão, sob todas as for­mas. No Brasil, alguns autores foram influ­en­ci­a­dos por eles, assim como Caio Fer­nan­do Abreu, Joca Rein­ers Ter­ron, Jorge Maut­ner e José Agrip­pino de Paula.

    Muito se fala da relação de Charles Bukows­ki com os beats. Ape­sar de escr­ev­er na mes­ma época e ter con­ta­to com alguns deles, ele não se con­sid­er­a­va um. Ele é con­sid­er­a­do o últi­mo escritor maldito da Lit­er­atu­ra Norte-Amer­i­cano, uma espé­cie de beat hon­orário. Bukows­ki tam­bém não tin­ha boas impressões de Bur­roughs, como nar­ra a citação: “Ape­sar de tudo, ver­dade ou não, Bur­roughs é um escritor muito cha­to e, sem a insistên­cia do pop instruí­do na sua bagagem literária, ele seria quase nada, (…)”.

    On the road foi escrito à maneira de Ker­ouac, sem vír­gu­las, sem trav­es­sões, tudo de acor­do com a veloci­dade de seus pen­sa­men­tos. Assim é o man­u­scrito orig­i­nal. Para Ker­ouac, as vír­gu­las eram inúteis e os pará­grafos pausavam a leitu­ra de for­ma errônea. Ker­ouac cos­tu­ma­va escr­ev­er suas obras em pou­cas noites. Para alguns escritores isso era um fato bas­tante ino­vador, enquan­to que para out­ros, tal como Tru­man Capote, a escri­ta era um “mero ajun­ta­men­to de palavras sem nen­hum val­or literário”. Jack Ker­ouac foi sem dúvi­da algu­ma o prin­ci­pal escritor da Ger­ação, o seu acla­ma­do On the road foi para Ger­ação Beat o que O sol tam­bém se lev­an­ta de Hem­ing­way foi para a chama­da Ger­ação Per­di­da. O livro é con­heci­do como “a bíblia da ger­ação beat”. Tudo que os beats vivi­am e eram está per­son­ifi­ca­do na obra. Allen Gins­berg aparece no livro como Car­lo Marx, Bur­roughs como Bull Lee e Neal Cas­sady, como Dean Moriarty.

    O enre­do con­siste basi­ca­mente numa ver­são literária da vida de Ker­ouac e dos beats. Ker­ouac aparece como Sal Par­adise, escritor que vive em bus­ca de novos sen­ti­dos para a sua vida. Cas­sady é Dean Mori­ar­ty, e jun­tos eles atrav­es­sam os EUA através da famosa Rota 66, que liga o leste e o oeste do país. Jun­tos, tam­bém chegam ao Méx­i­co. O livro nos traz sen­ti­men­tos, emoções, aven­turas, dro­gas, sexo, mul­heres e jazz. Todo o incon­formis­mo de Ker­ouac com o “son­ho amer­i­cano”. O país havia saí­do da Segun­da Guer­ra, a con­tra­cul­tura toma­va con­ta das ruas e da arte, e Ker­ouac não que­ria saber de nada daqui­lo, que­ria seu mun­do, sua liberdade.

    Os efeitos que On the Road cau­sou são muitos ao lon­go dos anos. Espec­u­la-se que Bob Dylan fugiu de casa depois de lê-lo, assim como Chrissie Hyn­den, dos Pre­tenders. O livro impul­sio­nou Beck a se tornar can­tor e Jim Mor­ri­son a fun­dar sua ban­da, The Doors. Mar­lon Brando mostrou inter­esse em inter­pre­tar Dean Mori­ar­ty no cin­e­ma, mas desis­tiu logo depois dizen­do que o per­son­agem era repet­i­ti­vo. Fran­cis Ford Cop­po­la deteve os dire­itos do filme até 2006, quan­do foi divul­ga­da uma nota dizen­do que Wal­ter Salles iria diri­gir a ver­são para o cin­e­ma. Gus van Sant e John­ny Depp tam­bém já demon­straram inter­esse na ver­são cin­e­matográ­fi­ca do livro.

  • Presente para o Dia dos Pais no UCI Cinemas

    Presente para o Dia dos Pais no UCI Cinemas

    uci gift certificate

    O Dia dos Pais está chegan­do e na rede UCI os fil­hos podem optar por um pre­sente difer­ente e con­vida­ti­vo: o UCI Gift Cer­tifi­cate, um vale com­pra no val­or de R$ 40. O Gift pode ser usa­do na aquisição de ingres­sos em qual­quer sessão dos cin­e­mas UCI Estação e UCI Pal­la­di­um, inclu­sive paras as sessões 3D, ou em pro­du­tos nas bom­bonières da rede e tam­bém no Des­ti­no Express. “O pre­sente do UCI vai unir ain­da mais pais e fil­hos, já que todos podem des­fru­tar da sessão de cin­e­mas jun­tos. É um pre­sente úni­co e flexív­el já que pode ser usa­do várias vezes, depen­den­do do val­or adquiri­do”, diz Mon­i­ca Portel­la, dire­to­ra de mar­ket­ing do UCI Cinemas.

    O Gift pode ser adquiri­do nas bil­hete­rias do UCI Estação e/ou UCI Pal­la­di­um ou pelo site. O pre­sente não tem val­i­dade para utilização.

    Serviço:
    UCI Cin­e­mas Estação – Exibição em 2D e 3D (sala 5)
    Endereço: Aveni­da Sete de Setem­bro, 2775 – Shop­ping Estação
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3595–5599

    UCI Cin­e­mas Pal­la­di­um – Exibição em 2D e 3D (sala 4)
    Endereço: Rua Pres­i­dente Kennedy, 4121, piso L3 – Pal­la­di­um Shop­ping Center
    Atendi­men­to eletrôni­co: (41) 3208–3344

  • Crítica: Help Me Eros

    Crítica: Help Me Eros

    help me eros

    Lee Kang-shen é discípulo/protegido do cineas­ta Tsai Ming Liang (mais con­heci­do aqui por ter dirigi­do O Sabor da Melan­cia – um de seus tra­bal­hos mais fra­cos, aliás), ten­do apare­ci­do em todos os filmes do mes­mo. Dev­i­do a isto, não é de se estran­har semel­hanças e influên­cias de Tsai nes­ta segun­da incursão de Lee à direção, Help Me Eros (Bang bang wo ai shen, Tai­wan, 2007), como as tomadas lon­gas e estáti­cas e, mais evi­dente, a exper­i­men­tação com a sex­u­al­i­dade dos personagens.

    Como é comum nesse tipo de cin­e­ma avant garde asiáti­co, em momen­to algum somos intro­duzi­dos com clareza aos per­son­agens e somos força­dos a “deduzir” o papel de cada um den­tro da história. Jie (inter­pre­ta­do pelo próprio Lee) é um recém-demi­ti­do nego­ciante da bol­sa de val­ores fali­do, que cui­da de sua plan­tação caseira de cannabis, vende os obje­tos da casa para se sus­ten­tar e liga para uma espé­cie de Cen­tro de Val­oriza­ção da Vida tai­wanês, onde é comu­mente aten­di­do por Chyi. Jie anseia por mais con­ta­to com Chyi, ide­al­izan­do a mul­her de seus son­hos, enquan­to Chyi, com­plex­a­da por causa de seu peso, ape­sar de demon­strar cer­tos sen­ti­men­tos por Jie, ten­ta evi­tar o con­ta­to real.

    E Shin, a out­ra per­son­agem cen­tral da história, é uma vende­do­ra de nozes e cig­a­r­ros que tra­bal­ha semi­nua em um quiosque em frente ao aparta­men­to de Jie (aparente­mente, é uma profis­são tradi­cional em Tai­wan e as moças são chamadas de betel nut beau­ties). Shin e Jie se envolvem e sua primeira noite jun­tos cul­mi­na em uma absur­da cena de sexo (que acabou se tor­nan­do a imagem mais con­heci­da do Help Me Eros), bem à esco­la de Tsai Ming Liang.

    Mais cenas absur­das se suce­dem, até ser­mos mel­hor apre­sen­ta­dos à Chyi, aos prob­le­mas que ela enfrenta em seu casa­men­to e às razões que a levaram a engor­dar. Cer­ta cena dela em uma ban­heira, sobre os seus prob­le­mas con­si­go mes­ma, acabou se tor­nan­do icôni­ca, de tão inter­es­sante que ficou.

    Help Me Eros ter­mi­na da for­ma como se mostrou o tem­po todo: incon­clu­si­vo. Defin­i­ti­va­mente, um filme de difí­cil digestão. O tra­bal­ho de Lee na direção é inegavel­mente com­pe­tente, o que fica evi­dente na lin­da cena que fecha o filme. Ape­sar do dire­tor ain­da neces­si­tar bus­car uma iden­ti­dade própria, seus per­son­agens são con­vin­centes em suas aparentes super­fi­cial­i­dades, con­for­ma­dos com suas vidas miseráveis.

    Mas, mes­mo para os acos­tu­ma­dos aos exer­cí­cios do bizarro comuns ao cin­e­ma asiáti­co, a sen­sação que fica após Help Me Eros é, como o filme, incon­clu­si­va. Não há indi­cações conc­re­tas de quais serão os des­ti­nos dos prin­ci­pais per­son­agens, sequer há indi­cações conc­re­tas do que real­mente acon­te­ceu com os mes­mos. E não sabe­mos o que mais podemos extrair.

    É real­mente difí­cil deter­mi­nar se assi­s­tir a Help Me Eros é uma exper­iên­cia boa ou ruim, mas, sem dúvi­da, é válida.

    Trail­er:

    httpv://www.youtube.com/watch?v=Zg0ib1ryCl4

  • Crítica: 25 Kilates

    Crítica: 25 Kilates

    25 kilates

    O cin­e­ma em lín­gua espan­ho­la, seja na Améri­ca Lati­na ou Espan­ha, tem mostra­do um grandioso poten­cial há muito tem­po. Não é difer­ente com 25 Kilates (25 kilates, Espan­ha, 2008), filme de Patxi Amézcua, um thriller roda­do na cap­i­tal Madri, com pouco din­heiro e não deven­do nada ao cin­e­ma amer­i­cano atual.

    A pelícu­la traz Kay (Aida Folch), que seria uma jovem comum se não nos fos­se apre­sen­ta­dos dados do seu estran­ho cotid­i­ano como: uma casa extrema­mente bagunça­da, um pai que perde rios de din­heiros em jogati­nas e negó­cios com traf­i­cantes mex­i­canos, e ela, que sai rouban­do car­ros de maneiras pecu­liares. Kay faz o tipo durona, e em um assalto no trân­si­to con­hece Abel (Francesc Gar­ri­do), um “cobrador de dívi­das” e ex-luta­dor frustra­do, e eis que surge a atração pelos iguais. Em uma de suas con­fusões, Sebas (Manuel Móron), o pai de Kay, se envolve num grande esque­ma de jóias envol­ven­do a polí­cia cor­rup­ta e a mídia de Madri. Nesse momen­to, o casal arquite­ta uma estraté­gia para livrar a cara dele, exercendo tudo que apren­der­am em suas vidas criminosas.

    Filmes estrangeiros, com revi­ra­voltas, assim como belís­si­mo O seg­re­do dos seus olhos do argenti­no Juan José Cam­panel­la, têm sido fór­mu­las que fun­cionam muito bem con­tra a já bati­da mesmice amer­i­cana. Claro que 25 Kilates não pos­sui nem um terço da qual­i­dade nar­ra­ti­va do filme argenti­no, porém traz uma óti­ma edição, segun­do o dire­tor fei­ta em sua própria casa, que não perde a veloci­dade em nen­hum segun­do do filme.

    Ape­sar dos clichês de filmes de roubo e crim­i­nosos esper­t­in­hos, os mocin­hos aqui não exis­tem e tudo fun­ciona como na real­i­dade. Tudo é uma grande teia de cor­rupção e você nem sem­pre sabe quem vai acabar fer­ran­do a vida de quem. Além do charme dos ban­di­dos falarem a vari­ação da lín­gua espan­ho­la da região do Catalão, o casal inter­pre­ta­do por Aida Folch e Francesc Gar­ri­do foge de todos os estereóti­pos de casais espiões/fugitivos em lin­das roupas e maquia­gens. 25 Kilates só com­pro­va que, hoje, filmes com enre­dos plausíveis de real­i­dade, sem todo aque­le exagero da época com Mac­Gyver, fun­cionam muito bem. Hol­ly­wood que se cuide!

    httpv://www.youtube.com/watch?v=8aBzXKjVe4I

  • Senhora Liberdade

    Senhora Liberdade

    liberdade

    No próx­i­mo dia 06 de agos­to, estréia nos cin­e­mas o filme 400 con­tra 1, de Caco Souza, que ten­ta res­gatar o históri­co de William da Sil­va Lima, um dos prin­ci­pais pro­tag­o­nistas da for­mação da orga­ni­za­ção crim­i­nosa Coman­do Ver­mel­ho, no Rio de Janeiro.

    Em Sen­ho­ra Liber­dade, cur­ta-metragem tam­bém de Caco Souza, a per­son­al­i­dade de William é trata­da de for­ma mais intí­ma e traz o inter­es­sante enga­ja­men­to políti­co e int­elec­tu­al do pre­so que está há em regime fecha­do há mais de 30 anos e hoje bus­ca a liber­dade condicional.

    No for­ma­to de doc­u­men­tário, Sen­ho­ra Liber­dade é de con­cepções sim­ples porém rico em con­teú­do, nos fazen­do com­preen­der as raízes da atu­al vio­lên­cia urbana brasileira e enten­der como, ain­da hoje, ecoam situ­ações que sur­gi­ram nos momen­tos de repressão nos piores anos da ditadu­ra militar.

    httpv://www.youtube.com/watch?v=-lCHgA93XhQ

    httpv://www.youtube.com/watch?v=KvypQZ0nK8o