O Twitter pode fazer de você um escritor melhor?

Copy­writer argu­men­ta a favor do twit­ter como fer­ra­men­ta de mel­ho­ria da escrita

Muitos de nós, que lemos e rele­mos livros, assim como sites, blogs e tudo que con­cerne ao uni­ver­so literário, cos­tu­mamos man­ter o hábito de escr­ev­er car­tas, arti­gos, e‑mails, matérias, tra­bal­hos acadêmi­cos, reca­dos rápi­dos em redes soci­ais, um tomo de 1.000 pági­nas do romance de estreia ou, sim­ples­mente, um infor­ma­ti­vo para o mur­al da empre­sa – algo do tipo “Área reser­va­da ao tem­po-livre. Chefes de setores, favor respeitar” (ok, não cus­ta imag­i­nar). Enfim, as opções são exten­sas. Muitas vezes, nos per­gun­ta­mos como nos tornar escritores mel­hores, mais rápi­dos, con­cisos, ver­sáteis, cria­tivos e interessantes.

Marshall McLuhan

Mar­shall McLuhan

Pois bem, den­tre os cul­tuadores do totem Novas Tec­nolo­gias — tudo começou com o pro­fe­ta Mar­shall McLuhan, não se culpem — exis­tem aque­les que estão bus­can­do novas for­mas de mel­ho­rar cada vez mais sua capaci­dade de escr­ev­er e pro­duzir con­teú­do. Jen­nifer Blan­chard, uma copy­writer profis­sion­al que até mea­d­os de 2013 man­tinha o blog Pro­cras­ti­nat­ing Writ­ers, é uma dessas entu­si­as­tas e decid­iu usar o twit­ter como pro­va de que 140 car­ac­teres podem sim faz­er de você um escritor mel­hor. No arti­go How Twit­ter Makes You a Bet­ter Writer (Como o Twit­ter faz de você um escritor mel­hor), Blan­chard dá algu­mas dicas e teste­munhos de como uma rede social, lou­va­da e/ou crit­i­ca­da — mas sem­pre anal­isa­da — nas fac­ul­dades de Comu­ni­cação ao redor do mun­do pode dar um upgrade sig­ni­fica­ti­vo nas suas habil­i­dades de escrita.

Jen­nifer defende que o Twit­ter não é ape­nas um óti­mo espaço para negó­cios e expan­são de mar­cas, mas tam­bém o lugar ide­al para orga­ni­zar as habil­i­dades para escr­ev­er. Segun­do ela, o “Twit­ter força você a ser con­ciso”, ou seja, você pre­cisa ser rápi­do, hábil e cria­ti­vo com as palavras. O recur­so te ofer­ece ape­nas 140 car­ac­teres para diz­er tudo o que você pre­cisa. “Isso não é um monte de espaço. Letras, números, sím­bo­los, pon­tu­ação e espaços, todos con­tam como car­ac­teres no Twit­ter”, reforça Jen­nifer. Você pre­cisa diz­er o que tem que diz­er uti­lizan­do o menor número de palavras pos­sív­el, o que te obri­ga a tomar decisões entre a imen­sid­ão de vocábu­los a usar, reduzin­do suas ideias ao essen­cial. A copy­writer dá a enten­der que para os escritores ver­bor­rági­cos, que cos­tu­mam escr­ev­er lau­das e lau­das sem sair do preâm­bu­lo, esboçar sen­tenças em 140 car­ac­teres é um ver­dadeiro desafio. Dessa for­ma, o Twit­ter — quem diria? — te força a exerci­tar e ampli­ar o vocab­ulário que pos­sui, impul­sio­n­an­do à procu­ra de palavras e expressões novas “para diz­er de modo mel­hor, claro e con­ciso” toda a men­sagem que se quer passar.

A copywriter Jennifer Blanchard

A copy­writer Jen­nifer Blanchard

O últi­mo argu­men­to da auto­ra ver­sa sobre a pos­si­bil­i­dade de mel­ho­rar as habil­i­dades de edição através do Twit­ter. Para Jen­nifer Blan­chard, todo autor deve ser capaz de edi­tar seu próprio tex­to, e a fer­ra­men­ta de 140 car­ac­teres serve para deixar a capaci­dade de edição sim­ples­mente exce­lente (top-notch). “É quase como jog­ar um jogo; ten­tar escr­ev­er uma men­sagem de 140 car­ac­teres e ain­da obter seu pon­to de vista de tal for­ma que inspire seus seguidores a tomar medi­das como clicar no seu link ou retwit­tar seus posts”, afir­ma Blanchard.

A auto­ra fala ain­da sobre como o uso dessa rede social a força a pen­sar cada vez mais pro­fun­do den­tro do seu vocab­ulário até encon­trar um modo cur­to de diz­er suas men­sagens. Ela, que diz ser usuária do Twit­ter há algum tem­po, rev­ela que a fer­ra­men­ta não só a tem aju­da­do a mel­ho­rar suas habil­i­dades de escri­ta como tam­bém a realizar cópias (repro­duções) de for­ma mais produtiva.

E você? Tam­bém acha que o uso do Twit­ter é útil para desen­volver habil­i­dades e, ao con­trário do que uma parte de pen­sadores con­tem­porâ­neos argu­men­ta, pode aju­dar a mel­ho­rar nos­sa capaci­dade no que diz respeito à leitu­ra, escri­ta, pensamento?


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