Diário de um Hiperativo — Episódio 5

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Comments

3 responses to “Diário de um Hiperativo — Episódio 5”

  1. Janos Biro Avatar

    Ser mais pro­du­ti­vo é o seg­re­do de mor­rer mais cedo

  2. Alexandra Santos Avatar
    Alexandra Santos

    Ser mais pro­du­ti­vo é não pre­cis­ar acred­i­tar em vida após a morte.

  3. Janos Biro Avatar

    Ou não acred­i­tar em vida após a morte é pre­cis­ar ser mais pro­du­ti­vo. Uma vida estag­na­da pode ger­ar a crença numa vida após a morte, mas somente porque o imper­a­ti­vo de pro­du­tivi­dade per­manece: é pre­ciso ser pro­du­ti­vo de algu­ma for­ma, senão nes­sa vida, então na out­ra. Mas isso tam­bém é uma car­ac­terís­ti­ca da mod­ernidade. As comu­nidades prim­i­ti­vas não acred­i­tavam em vida após a morte porque não acred­i­tavam nesse par­a­dig­ma da pro­du­tivi­dade, que é tipi­ca­mente mod­er­no. Elas vivi­am tran­quil­a­mente porque acred­i­tavam na vida após a morte, ou seja, tin­ham uma escat­olo­gia. Se você reti­ra a escat­olo­gia, você gera um imper­a­ti­vo de aproveita­men­to do tem­po. Tem­po é din­heiro. Isso faz parte do proces­so de sec­u­lar­iza­ção descrito por Max Weber (Éti­ca protes­tante e o espíri­to do cap­i­tal­is­mo), por exem­p­lo. A ger­ação Y pode ser mul­ti­tasker, chamar isso de pro­du­tivi­dade e não acred­i­tar mais em vida após a morte, mas ela repro­duz out­ras crenças que seri­am impos­síveis sem um dis­cur­so reli­gioso implícito.

    Você não tem que acred­i­tar em vida após a morte. A questão é porque acred­i­ta que tem que ser pro­du­ti­vo. Qual é o resul­ta­do de toda essa pro­du­tivi­dade afi­nal de contas?

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