A crítica em cima dos mashups, remixes e colagens em geral dos canais de vídeo como Youtube e Vimeo é ferrenha. O questionamento em torno dos direitos autorais sobre as produções de imagens é até superior à produção musical, como é visto em Tudo é Remix — Parte 1.
A sensação mais recorrente ao sair de uma sala de cinema nos últimos tempos é de que aquilo já foi visto antes, que há muitas referências presentes e as vezes, elas se apresentam em demasia. Não por acaso, Tudo é Remix — Parte 2 inicia com o foco no enorme número atual de sequências, remakes, adaptações e etc., mostrando que mesmo sem querer a indústria cinematográfica é o segmento que mais alimenta o conceito de remix.
O ponto mais bacana abordado em Tudo é Remix — Parte 2 é justamente os argumentos utilizados em favor do uso de referências na qualidade das produções. Quentin Tarantino talvez seja hoje o diretor que mais abusa da técnica de juntar suas próprias preferências e organiza-las em um argumento. Exemplo disso são os trabalhos com Robert Rodriguez, sempre fazendo referência ao cinema exploitation dos anos 70, e o duo Kill Bill com características que vão desde as artes marciais e Bruce Lee até os filmes westerns americanos.
O idealizador do projeto Tudo é Remix, o canadense Kirby Ferguson, disponibiliza todas as referências utilizadas — vídeos, imagens, sons e etc — no site do projeto. Ele está no processo de criação de uma terceira parte que irá se focar de como um trabalho original depende da combinação de referências. O projeto é alimentado de doações e mesmo não sendo nenhuma grande revolução é mais um documentário que reforça a velha premissa de que nada se cria, tudo se copia.
Everything is a Remix [legendado] from Marcelo De Franceschi on Vimeo.
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