Crítica: Zé Colmeia — O Filme

Zé Colmeia — O Filme (Yogi Bear, USA, 2010), de Eric Bre­vig, é a mais nova adap­tação, mis­tu­ran­do ani­mação e live action, da famosa série de desen­ho ani­ma­do da tele­visão, com mes­mo nome. Depois do número cada vez mais cres­cente das adap­tações de quadrin­hos para a tela dos cin­e­mas, parece que ago­ra é a vez dos desen­hos anti­gos, assim como já fiz­er­am com o Scoo­by-Doo e breve­mente com o lança­men­to do Smurfs.

O par­que Jelly­stone, o úni­co lugar da cidade que ain­da preser­va a sua natureza orig­i­nal, está ameaça­do de ser fecha­do pois cada vez mais menos pes­soas estão indo vis­itá-lo. Este é o úni­co lar de Zé Colmeia e seu ami­go Catatau e, para pro­tegê-lo, Zé dev­erá mostrar que ele real­mente é “o mais esper­to de todos os ursos” e unir as forças com o Guar­da Flo­re­stal Chico, ape­sar de seus muitos conflitos.

Quem assis­tia a série orig­i­nal, já nas primeiras cenas de Zé Colmeia — O Filme com tomadas da pais­agem do par­que e a nar­ração em off, será dire­ta­mente remeti­do a todas lem­branças do desen­ho ani­ma­do. Mas logo depois, já se ini­cia um cli­ma esti­lo aos dos lon­gas do Shrek, que logo irá faz­er a cri­ança­da e, por que não muitos adul­tos, caírem na gar­gal­ha­da. Mas vai ser mais o públi­co infan­til que irá mais se diver­tir com as tra­pal­hadas, pois para os mais vel­hos não haverá nen­hu­ma novi­dade nas piadas já bati­das demais.

O enre­do de Zé Colmeia — O Filme nos remete a situ­ações atu­ais (pen­san­do bem, preser­vação da natureza sem­pre vai ser atu­al), ain­da man­têm aque­la visão saudo­sista de um vilão que, movi­do pelo seu egoís­mo, é o úni­co respon­sáv­el por quer­er destru­ir a natureza, ape­nas para gan­har mais din­heiro. Hoje em dia com as gigantes multi­na­cionais, não se tem uma figu­ra defini­da de quem toma as decisões e muito menos de quem é o respon­sáv­el, por­tan­to esta metá­fo­ra cen­tra­da em uma úni­ca pes­soa é bem anti­qua­da. Com certeza não seria uma mudança fácil de ser fei­ta no filme, mas se o intu­ito era traz­er o per­son­agem para novas ger­ações, este pon­to não dev­e­ria ter sido ignorado.

De iní­cio, há um cer­to um cer­to estran­hamen­to por ver a mis­tu­ra de per­son­agens ani­ma­dos com pes­soas reais que, com o pas­sar do filme, vai dimin­uin­do. Ape­sar do tra­bal­ho grá­fi­co nos dois per­son­agens prin­ci­pais ter sido muito bem feito, Zé Colmeia — O Filme desliza feio em algu­mas tomadas com pes­soas reais, onde fica muito níti­do o uso do chro­ma key. Infe­liz­mente só assisti a ver­são em 2D do filme para poder comen­tar sobre os efeitos em 3D.

Zé Colmeia — O Filme é diver­tido prin­ci­pal­mente para as cri­anças. Para o públi­co que acom­pan­ha­va a série, não chega a ser uma com­ple­ta decepção, mas tam­bém não é nada demais. Destaque para mais um episó­dio da ani­mação da Warn­er Bros sobre o clás­si­co per­son­agem do Papa-léguas, antes do filme iniciar.

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Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=F_M0crPZq8U

Comments

One response to “Crítica: Zé Colmeia — O Filme”

  1. Adones Almeida Avatar

    Que pena que não têm nada de orig­i­nal… Me lem­bro de assi­s­tir Shrek e pen­sar o quan­to aqui­lo era difer­ente dos filmes chat­in­hos da Dis­ney, mas nem mais isso é novidade…

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