Crítica: Amor por Acaso

Amor por Aca­so (Bed & Break­fast, Brasil/EUA, 2010), do ator brasileiro e dire­tor estre­ante Már­cio Gar­cia, é uma típi­ca comé­dia român­ti­ca, den­tro dos moldes hol­ly­wood­i­anos, que mis­tu­ra atores e locações dos dois país­es, além de ser fal­a­do quase todo em inglês.

Ana Vilano­va (Juliana Paes) é uma vende­do­ra de uma grande loja de depar­ta­men­tos no Rio de Janeiro. Após a morte de seu pai, desco­bre que her­dou uma grande dívi­da dele, jun­to com um ter­reno na Cal­ifór­nia. Mas ela desco­bre que alguém está moran­do no local e decide ir aos EUA para poder resolver este prob­le­ma. Chegan­do lá, desco­bre que o local é uma pou­sa­da admin­istra­da por Jake Sul­li­van (Dean Cain) e ten­ta faz­er de tudo para tirá-lo de lá.

Parece que há dois lon­gas difer­entes den­tro de Amor por Aca­so, um feito no Brasil e o out­ro feito nos EUA, pois a difer­ença entre a qual­i­dade da fotografia e do som entre as duas locações são absur­das. A cap­tação do som fei­ta em ambi­en­tação nacional é pés­si­ma, além de pas­sar a impressão de filme mal dubla­do, tem um vol­ume baixo demais, fican­do difí­cil enten­der o que os per­son­agens dizem. Fica difí­cil levar um filme a sério quan­do há essa dis­crepân­cia de qual­i­dade tão absur­da, parece até piada.

Por falar em pia­da, temos no filme todas as piad­in­has e situ­ações já muito bati­das do gênero, além de per­son­agens total­mente desnecessários, como o pés­si­mo Mar­cos Pasquim fazen­do o papel de namora­do da Ana. Sem falar em cer­tas situ­ações de Amor por Aca­so que ficaram bem forçadas, sendo muito aparente a arti­fi­cial­i­dade delas, prin­ci­pal­mente naque­las situ­ações “aci­den­tais”. Ain­da por cima, se elas envolvessem cer­to risco, como virar rap­i­da­mente de um lado para o out­ro o volante de um car­ro em movi­men­to, fica ain­da mais evi­dente o cuida­do (extremo) dos atores em realizá-la.

Difer­ente de out­ras comé­dias român­ti­cas como 500 Dias com ela (2009), de Marc Webb, e Amor à Dis­tân­cia (2010), de Nanette Burstein, (que são óti­mas) em Amor por Aca­so temos a vol­ta do “homem ide­al fortão” man­tene­dor do lar com seus dotes físi­cos, mas igual­mente sen­sív­el e acan­hado, como os per­son­agens prin­ci­pais dos out­ros dois out­ros filmes citados.

Sem nen­hu­ma novi­dade em relação ao gênero, Amor por Aca­so é mais uma sessão da tarde român­ti­ca para ser assis­ti­da sem muitas pre­ten­sões. O filme pode­ria ter ter­mi­na­do bem mel­hor, se o dire­tor não tivesse deci­di­do faz­er uma aparição e um mer­cha­dis­ing de sham­poo de últi­ma hora que ficou ridícula.

Out­ras críti­cas interessantes:

Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=YmUW9snEmH8


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Dossiê Daniel Piza
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