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Resumo da Bienal do Livro Paraná 2010
Evento Nobre: Rubem Alves
Evento Nobre: Miguel Sanches Neto e Affonso Romano de Sant´anna
Território Jovem: Malvine Zalcberg e Ana Paula Vosne Martins
Espaço Livre: Marcelo Madureira e Rodrigo Chemin
Café Literário: Heloisa Seixas e João Paulo Cuenca
Café Literário: Elvira Vigna e Luiz Ruffato
Café Literário: Ruy Castro e Guilherme Fiuza
Café Literário: João Gabriel de Lima e Paulo Camargo
Café Literário: Marçal Aquino e Laerte
Notícias
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Território Jovem: Malvine Zalcberg e Ana Paula Vosne Martins
O que os adolescentes e jovens como um todo consomem hoje? Como se dá os processos de educação para essa faixa etária? O evento Território Jovem, na Bienal do Livro Paraná 2010, se dispôs a discutir os temas pertinentes a essa parcela de leitores que necessitam de uma visão voltada mais especificamente para sua constante formação. E partindo dessa premissa, a psicanalista Malvine Zalcberg e a historiadora Ana Paula Vosne Martins discutiram O mundo da menina, mediado pelo repórter Omar Godoy, sobre um dos segmentos mais vendidos de literatura infanto-juvenil.
O debate se deu inicio com interpretações iniciais das convidadas sobre o atual foco da literatura infanto-juvenil em cima das meninas, qual o papel social dessas futuras mulheres adultas e de que formas se posicionarão no mundo depois dessas leituras. Malvine Zalcberg acredita que a mulher, hoje, é um sujeito fundamental do nosso tempo, reforçando as atuais posições ocupadas por ela perante a sociedade e que ela conquistou isso sem deixar de ser, de certa forma, feminina. Mas, rebate dizendo que hoje, e que a literatura atual também reforça essa ideia, a mulher se tornou um símbolo de consumo e futilidade, uma mescla da mulher primitiva, anterior às feministas da décadas de 60 e 70, com a mulher independente atual. Mas afinal, independente do quê?
Ainda, afirma que há uma necessidade de diferenciação da mãe e da filha, que ambas devem compreender queocupam papéis diferentes no tempo. A psicanalista, na Bienal do Livro Paraná 2010, reforça em muitos momentos as atuais relações psicoafetivas dos pais e filhos e de como a menina enxerga na mãe um protótipo de futuro. Malvine também fala muito que a educação somente se dá quando se ama e que isso pode facilitar aos pais modernos educarem seus filhos, entendendo seus papéis sem parecerem ditadores de um único estilo de vida. E, se atendo mais ao assunto do papel da mulher/menina, ela diz que a questão do gênero feminino é muito mais subjetivo que o masculino. É necessário partir da consciência de que a mulher é de fato diferente do homem, sendo issoum grande passo para o desenvolvimento da chamada igualdade.
Já Ana Paula Vosne Martins tem uma visão muito mais crítica e certeira sobre os atuais papéis das mulheres. Ela acredita que hoje é muito mais fácil ser mulher, que se vive uma liberdade muito grande, inclusive para serem fúteis, principalmente porque a tecnologia e o consumo dão uma aura de liberdade, mas na verdade tiranizam. Para ela o mundo é dos dois gêneros/sexos, não existe uma distinção de ¨isso é coisa somente para meninos¨ ou vice-versa. A historiadora acredita na educação através da autonomia, que ambos os sexos devem aprender a ser independentes e ativos. Ainda, na Bienal do Livro Paraná 2010, diz que a mulher deve ser educada a dizer ¨não¨, mas também conconcorda que somente a noção de diferenças, a consciência destas, é que podem de fato construir uma convivência mais igualitária.
Quando questionadas o que de fato é necessário para a afirmação de um papel feminino, as duas foram diretas. Para Malvine Zalcberg existe a necessidade da distinção dos papéis da família e que há a possibilidade da mudança de tendências, afirmando a necessidade da reinvenção do amor como forma da mulher remodelar seus conceitos. Já Ana Paula Vosne Martins diz que a mulher moderna precisa lidar melhor com as tiranias passivas dos padrões de beleza, devendo perceber que tem poder e usá-lo de forma inteligente.
Mesmo que os caminhos que cheguem a discussão da liberdade da mulher venham de lugares diferentes, as convidadas da Bienal do Livro Paraná 2010 chegaram a um lugar-comum concordando na necessidade da mulher ter consciência do seu desenvolvimento e do seu papel, que sendo do mesmo patamar, são diferentes. E essa diferença não tem a ver com minorias ou maiorias, mas simplesmente com a distinção.
O interrogAção gravou em áudio todo esse bate-papo e se você quiser pode escutar aqui pelo site, logo abaixo, ou baixar para o sue computador e ouvir onde preferir.
Ouça a palestra completa: (clique no link abaixo para ouvir ou faça o download)
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