Crítica: Atração Perigosa

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Atração Perigosa (The Town , EUA , 2010) é o segun­do filme dirigi­do pelo ator Ben Affleck, que des­ta vez tam­bém é o pro­tag­o­nista prin­ci­pal e um dos roteiris­tas. Basea­do no livro “O Príncipe dos Ladrões”, de Chuck Hogan, este lon­ga está sendo con­sid­er­a­do um retorno muito bem-suce­di­do, prin­ci­pal­mente como dire­tor, em sua car­reira cinematográfica.

Doug MacRay (Ben Affleck) é o líder de um grupo de assaltantes de ban­co, da famosa cidade de Charlestown, con­heci­da por abri­gar um grande número desse tipo de ladrão. Durante um assalto, alguém aciona o alarme e eles mudam total­mente os planos decidin­do levar a ger­ente, Claire Keesey (Rebec­ca Hall), como refém. Após lib­ertá-la, desco­brem que ela mora na mes­ma cidade e, como medi­da de segu­rança, Doug começa a segui-la, mas logo em segui­da se vê apaixon­a­do por ela.

Aqui temos todos os ele­men­tos de um filme de assalto mis­tu­ra­do com romance: o ban­di­do se apaixona por uma mul­her que esta­va envolvi­da num roubo, ele quer largar sua anti­ga vida para começar uma nova com ela, mas para isso pre­cisa praticar um últi­mo ato antes da redenção final. A grande difer­ença de Atração Perigosa é que não há toda aque­la sessão expli­can­do todo o plane­ja­men­to dos assaltos, como em Onze Home­ns e um Seg­re­do e afins, crian­do uma expec­ta­ti­va maior do que poderá acon­te­cer. Além dis­so, o filme tem como méri­to a human­iza­ção dos per­son­agens, os moradores da cidadez­in­ha pare­cem ver­dadeiros caipi­ras mod­er­nos amer­i­canos (será que o dente que­bra­do do Affleck era parte da “maquiagem”?).

Ape­sar dele se esforçar, é difí­cil se con­vencer com a atu­ação de Ben Afl­leck, prin­ci­pal­mente como um “bru­ta­montes” anti-herói quan­do se está acos­tu­ma­do a ver ele em comé­dias “bonit­in­has”. O mes­mo equiv­ale para o agente do FBI Adam Fraw­ley (Jon Hamm), que parece bem per­di­do em seu papel de poli­cial incan­sáv­el pela ver­dade. Já o resto do elen­co de Atração Perigosa fez um tra­bal­ho muito bom.

Um pon­to bem inter­es­sante em Atração Perigosa é a enfa­ti­za­ção de que, não impor­ta quão seguro e plane­ja­do seja um sis­tema de segu­rança, o pon­to mais fra­co dele sem­pre será o fator humano. De que adi­anta uma por­ta super espe­cial que só abre com chaves muito especí­fi­cas, se a família de quem tem a chave é ameaça­da e na mes­ma hora o seu deten­tor abre a por­ta? Para quem se inter­es­sa neste tipo de assun­to, recomen­do como leitu­ra o livro A Arte de Enga­nar, de Kevin Mit­nick, que fala jus­ta­mente sobre pes­soas espe­cial­is­tas em tirar van­tagem deste cal­can­har de Aquiles, os engen­heiros soci­ais.

Ape­sar de Atração Perigosa não pos­suir nada de ino­vador, além de ser bas­tante pre­visív­el, con­segue man­ter a atenção do expec­ta­dor. Para aque­les que gostam de um romance, tam­bém não ficarão de mãos vazias, sendo que boa parte do desen­volvi­men­to da tra­ma é ded­i­ca­do a este gênero.

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Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=xonrn-qqfzw


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