Últimas em Bienal do Livro Paraná 2010
Resumo da Bienal do Livro Paraná 2010
Evento Nobre: Rubem Alves
Evento Nobre: Miguel Sanches Neto e Affonso Romano de Sant´anna
Território Jovem: Malvine Zalcberg e Ana Paula Vosne Martins
Espaço Livre: Marcelo Madureira e Rodrigo Chemin
Café Literário: Heloisa Seixas e João Paulo Cuenca
Café Literário: Elvira Vigna e Luiz Ruffato
Café Literário: Ruy Castro e Guilherme Fiuza
Café Literário: João Gabriel de Lima e Paulo Camargo
Café Literário: Marçal Aquino e Laerte
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Notícias
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Café Literário: João Gabriel de Lima e Paulo Camargo
Há muito se discute sobre como fazer um Jornalismo Cultural sério no Brasil. E pensando em todas essas dificuldades e na realidade cultural do país foi que João Gabriel de Lima e Paulo Camargo discutiram o tema Literatura e Leitor na Imprensa, no dia 10 de outubro, no Café Literário da Bienal do Livro Paraná 2010.
João Gabriel de Lima é jornalista editor-chefe da redação da Revista Bravo! e, Paulo Camargo é editor do Caderno G do jornal paranaense Gazeta do Povo. Ambos os palestrantes tem uma vasta experiência na área de mídias culturais e calcaram a discussão com a mescla de experiências que possuem no mercado editorial e no setor nacional. Também apontaram as possíveis alternativas de fomentar o atual cenário do Jornalismo Cultural.
O paulista editor da Bravo! iniciou o debate lembrando da forma em que o Jornalismo Cultural é tratado em outros países, como os Estados Unidos e a Inglaterra. Os suplementos culturais desses países focam as matérias no leitor, com uma linguagem mais coloquial sem muitos termos técnicos. João lembra também que a imprensa cultural ainda lida com a herança da tradição beletrista, como se o leitor fosse obrigado a ser um ¨iniciado¨ e reduzido a um pequeno grupo de intelectuais.
Já o paranaense editor do Caderno G reforça a fala de João, ressaltando que a cada ano que passa a literatura de entretenimento vai se tornando mais presente. Também existe sim uma necessidade de se trabalhar com o marketing que os best-sellers trazem, mas que isso também afasta o leitor do restante produzido. Para Paulo Camargo o livro deve se tornar trivial de tão cotidiano, lembrando inclusive que o hábito de leitura é de possível aplicação no nosso país, não precisando ir muito longe para se obter um exemplo, basta observarmos as políticas aplicadas para ela na Argentina, onde o livro é peça fundamental de consumo.
Na discussão surgiu a pauta sobre a possibilidade de o jornalismo cultural ser um bom mediador para a formação de leitores e quanto a isso, não houve dúvidas. Com o enorme número de informações circulando é quase impossível que o leitor não se influencie por meios mais específicos, como muitas revistas, suplementos e sites, que acabam se tornando enorme referência em pesquisas. Portanto, surge também a necessidade da imprensa repensar quais atitudes tomar para formar e chamar a atenção desses leitores.
Os palestrantes também discutiram sobre o que o leitor espera quando abre um suplemento cultural, revista e site sobre cultura. Hoje, o profissional que trabalha com jornalismo cultural deve estar atento as novas mídias, sempre fazendo a manutenção da sua bagagem cultural e, ainda, estar apto para saber diferenciar qual material vai para a internet e qual será impresso. Pois ambos os meios são complementares e não excludentes entre si ‚afirma João Gabriel de Lima. O editor Paulo Camargo também acredita que o leitor quer sim ler mais, ter acesso a entrevistas e matérias mais focadas em assuntos específicos, e acima de tudo, sente necessidade de ser surpreendido.
Foi destaque também a afirmação de João Gabriel de Lima dizendo que o jornalista deveria se sentir culpado por não disseminar mais a cultura e que há uma infinidade de opções para que este trabalhe em favor dela, a tornando mais acessível a todos. Assim como da importância da proliferação de feiras que vem surgindo, para que o livro se torne mais presente na vida do leitor.
O Café Literário: Literatura e Leitor na Imprensa foi de extrema relevância para a reflexão sobre o espaço dado à cultura na imprensa se focando na ideia de que é ela a formadora de leitores e espectadores. Assim como, também trouxe a reflexão sobre o profissional de Jornalismo Cultural, com a pergunta: afinal o que é realmente feito para que a cultura seja presentes na vida de todos, em um país como o Brasil?
O interrogAção gravou em áudio todo esse bate-papo e se você quiser pode escutar aqui pelo site, logo abaixo, ou baixar para o sue computador e ouvir onde preferir.
Ouça a palestra completa: (clique no link abaixo para ouvir ou faça o download)
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