Crítica: Karate Kid

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Karate Kid (Karate Kid, USA/China, 2010), de Har­ald Zwart, é um remake do filme homôn­i­mo da déca­da de 80, com suas dev­i­das atu­al­iza­ções para chamar mais atenção ao públi­co infan­to-juve­nil atu­al, como Lady Gaga e Justin Bieber na tril­ha sonora.

Dre Park­er (Jaden Smith), um garo­to de 12 anos, se muda com a mãe (Tara­ji P. Hen­son) para Pequim, dev­i­do ao tra­bal­ho dela. Enquan­to ten­ta se adap­tar, con­hece Meiy­ing (Han Wen­wen) e logo se inter­es­sa por ela, chaman­do a atenção de Cheng (Zhen­wei Wang) que começa a persegui-lo e bater nele jun­to com sua peque­na gangue. Para se defend­er con­tra o bul­ly­ing, Dre decide apren­der Kung Fu e o Sr.Han (Jack­ie Chan), zelador do pré­dio que mora, parece ser o mestre ide­al para ele.

É claro que não pode­ria fal­tar o “inglês onipresente” no filme. O tem­po inteiro, Dre não mostra inter­esse em apren­der chinês e quase todos os diál­o­gos são em inglês (e ain­da vai ter amer­i­cano recla­man­do que foi difí­cil acom­pan­har as leg­en­das nas pou­cas cenas que exis­tem). Karate Kid, em cer­tos momen­tos, é mais uma apre­sen­tação visu­al de cer­tos lugares da Chi­na e da sua cul­tura, mas tudo de maneira muito super­fi­cial e bas­tante turística.

Por falar em super­fi­cial­is­mo, isto é algo que car­ac­ter­i­za grande parte do filme. Dre mes­mo treinan­do e dom­i­nan­do as téc­ni­cas, parece que a filosofia da arte mar­cial é pouco (ou nada) incor­po­ra­da por ele. Quan­do parece que algo mudou, na cena seguinte ele vol­ta a ser quem sem­pre foi, um garo­to mima­do e exibido. Karate Kid é um ver­dadeiro cur­so de téc­ni­cas de arte mar­cial instan­tâ­neo, esti­lo o mio­jo: práti­co e rápi­do, mas total­mente artificial.

Ape­sar de não con­hecer nada sobre o Jaden Smith, parece que ele está ape­nas inter­pre­tan­do ele mes­mo, um garo­to mima­do que se acha o cen­tro das atenções e total­mente cool (será que pux­ou o pai?). O que aca­ba sendo engraça­do em Karate Kid de tão ridícu­lo que é. Já Jack­ie Chan está com uma inter­pre­tação dramáti­ca, ele teve pou­cas opor­tu­nidades de inter­pre­tar um papel assim, e a toma­da em que luta con­tra 6 meni­nos, que estavam perseguin­do Dre, fazen­do com que eles se acertem mutu­a­mente, ficou ótima.

A úni­ca coisa real­mente desnecessária em Karate Kid, foi uma cena em que Meiy­ing (Han Wen­wen) dança para Dre, com uma músi­ca da Lady Gaga no fun­do. Ficou uma sex­u­al­iza­ção da garo­ta total­mente dis­pen­sáv­el (tem até um vídeo dela no Youtube fazen­do algo pare­ci­do num even­to de estreia do filme com uma roupa de couro e pos­es mais ousadas). Para um filme foca­do para um públi­co mais infan­to-juve­nil não faz sen­ti­do nen­hum uma cena assim, se o foco fos­se ado­les­cente aí já é out­ra história. Qual é a sua opinião a respeito disso?

Esta­va com um pé bem atrás para ver este Karate Kid, que na ver­dade dev­e­ria ser Kung Fu Kid porque de Karate não tem prati­ca­mente nada, mas me sur­preen­di com o resul­ta­do. Tiran­do alguns detal­h­es, não hou­ve nada que com­pro­m­etesse muito o resul­ta­do final. Ele foi bem estru­tu­ra­do, fil­ma­do e mon­ta­do. Tudo feito dire­it­in­ho, incluin­do a cena final con­ge­la­da, em hom­e­nagem aos filmes da época do orig­i­nal. Para quem con­hece a história, não terá nen­hu­ma sur­pre­sa em relação ao enre­do, mas ain­da assim é diver­tido e cativante.

Quer assi­s­tir Karate Kid de graça e ain­da gan­har brindes? Então par­ticipe da Pro­moção Karate Kid e con­cor­ra a brindes e con­vites para ver o filme em todo o Brasil.

Out­ra críti­cas interessantes:

Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=CTzw0QV8R3g

Comments

3 responses to “Crítica: Karate Kid”

  1. Mai Avatar
    Mai

    Ain­da não fui ver, tam­bém começan­do por saber que de karatê não há nada e por ser bem ape­ga­da ao orig­i­nal haha
    Out­ra coisa…seria bom pesquis­ar sobre o Jaden, p/ saber se ele é mes­mo assim ou se foi uma boa (?) atu­ação antes de afir­mar que seja mima­do e etc (o que eu par­tic­u­lar­mente não duvi­do, mas nun­ca ouvi falar do moleque). E ten­ho é medo dessas cri­anças se inspi­ran­do em Lady Gaga e ven­do out­ras cri­anças e/ou pré-ado­les­centes faz­erem insin­u­ações sex­u­ais em danças, como assim?! Enfim né, ain­da vou tomar cor­agem pra ver esse hehe 😉

  2. Adones Rocha Avatar
    Adones Rocha

    Acho que foi uma boa colo­carem a cena com a Meiy­ing fazen­do a dança. A Lady Gaga é muito con­heci­da, e foi um jeito de abringir um públi­co maior, e isso é bom para o filme. E bela críti­ca (muito resumida).

  3. Débora Avatar
    Débora

    Gostei do filme.
    O cenário, na chi­na é demais.
    Jaden Smith é aque­le típi­co per­son­agem americano…aliás, ele mes­mo na vida real é um típi­co per­son­agem amer­i­cano (fil­ho de pop é popz­in­ho…) enfim…kung fu e sua filosofia são quase inacessíveis ao seu personagem.
    E putz…concordo que o nome do filme dev­e­ria ser Kung Fu! huahauauhuauahauha.…
    Sur­pre­sa foi tocar AC/DC! Tipo… ou se con­hece AC/DC ou se con­hece Lady Gaga.
    Ah! Vi a ver­são dubla­da porque fui ver com meus sobrin­hos. E cada vez que o Jack­ie Chan fala­va, eu solta­va uma risa­da. Ficou ‘pale­cen­du clicê de japa falan­du, né?’
    Mas valeu. Vejam!

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