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Crítica: O amor segundo B. Schianberg
Uma artista plástica e videomaker, Mariana Previato, e um ator, Gustavo Machado, são semiconfinados, durante 3 semanas, em um apartamento de São Paulo, com câmeras estrategicamente localizadas, recebendo apenas uma sinopse e algumas instruções do diretor. Parece um projeto interessante, não? Este é O amor segundo B. Schianberg, o novo filme de Beto Brant.
Baseado num personagem do livro Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, de Marçal Aquino, Benjamin Schianberg é um psicanalista e professor universitário, que tem como principal interesse, refletir sobre o comportamento amoroso a partir de observações da realidade, que está apenas presente como narrador (Felipe Ehrenberg) em áudio no filme. Sua filha Gala (Mariana Previato), por desejo do pai, seduz Félix (Gustavo Machado) para seu apartamento afim de ajudar nas pesquisas dele.
O amor segundo B. Schianberg cria uma sensação bem íntima com os pseudopersonagens, pois, usando praticamente só o som ambiente e oito câmeras “robotizadas”, que foram instaladas no apartamento, acompanhamos os momentos mais, e menos, íntimos do casal. Este não é mais um filme estilo reality show, ou até uma “casa (apartamento) dos artistas”, pois o foco é a (des)construção de um amor e, não simplesmente um Big Brother. Fica bastante a dúvida a respeito do real e do interpretado, e até mesmo se há qualquer tipo de direção. Tudo parece ser tão descompromissado e amador, criando a impressão de que ele poderia estar sendo exibido no Youtube, no canal de Schiamberg.
Há um burburinho acontecendo, pois no mesmo há cenas de nu frontal, masculino e feminino, sexo, e palavrões. Mas é possível exibir, verossimamente, uma história de amor, desde o começo ao fim, sem esses elementos? Acredito que não! Chega a ser estranho ainda se deparar com comentários do tipo em um tempo onde tanto se fala sobre a liberdade sexual e a busca pela ‘verdade’.
É necessário estar aberto para uma experiência diferente da normal, ao se assistir O amor segundo B. Schianberg, mas para quem já viu algo do movimento Dogma 95, não irá estranhar tanto. Este é um filme bastante reflexivo sobre o amor, falso e verdadeiro, e, apesar de mais indiretamente, a respeito de um modo mais peculiar de se viver.
Outra críticas interessantes:
Pata mais informações informações sobre o filme, acesse esta página da TV Cultura.
Trailer:
httpv://www.youtube.com/watch?v=I1nB-jRZ8e4
Confira também outras críticas de filmes no blog Claque ou Claquete, por Joba Tridente.
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