Crítica: O Livro de Eli

o livro de eli
Eli (Den­zel Wash­ing­ton[bb]) é um mochileiro solitário que per­corre sem­pre em direção leste, num mun­do pós-apoc­alíp­ti­co, pro­te­gen­do um livro sagra­do em O Livro de Eli (The Book of Eli, EUA, 2010), de Albert e Allen Hugh­es.

Ao con­trário de Faren­heit 451, o vilão des­ta história, Carnegieo (Gary Old­man[bb]), está a procu­ra de livros , em especí­fi­co o que Eli car­rega con­si­go não para destruí-lo, mas para usá-lo como uma “arma” para obter mais poder, que por sinal é a úni­ca críti­ca que o filme propões a respeito deste tema. Sobre este assun­to, há tam­bém uma piad­in­ha (pra não diz­er uma críti­ca) onde Carnegieo man­da queimar o livro “O Códi­go da Vin­ci[bb]”, jun­to com out­ros livros, pois não pos­suem nen­hum valor.

Assim como em vários out­ros filmes amer­i­canos, tudo acon­tece nos Esta­dos Unidos e é lá que tam­bém está a sal­vação para a humanidade, como se não exis­tisse mais nada, pelo menos sig­nif­i­cante, no mun­do inteiro. Não há quase nen­hu­ma expli­cação do que pode ter acon­te­ci­do para o plan­e­ta estar naque­la situ­ação ou algum apro­fun­da­men­to nos per­son­agens do filme, fican­do tudo muito supér­fluo demais. Sem falar nos atos/conhecimentos extra­ordinários (para não diz­er de super-heróis) dos per­son­agens prin­ci­pais, que faz você pen­sar “como é que ele(a) teve tem­po de faz­er aqui­lo se.…?” ou “quan­do que ele(a) apren­deu a faz­er isso?”, entre várias out­ras perguntas.

Em O Livro de Eli a fé, entre out­ros aspec­tos reli­giosos, é bas­tante enfa­ti­za­da. Chegan­do até a se afir­mar que a humanidade está fada­da ao caos, destru­ição e ao não desen­volvi­men­to int­elec­tu­al dev­i­do à fal­ta deste livro sagra­do. Afir­mação, no mín­i­mo, forte, mas em um momen­to em que as religiões estão cada vez mais em “crise”, tudo parece ser váli­do para reafirmá-las.

Ape­sar de haver uma grande sur­pre­sa no final de O Livro de Eli, fica uma sen­sação estran­ha de que aque­la rev­e­lação não con­venci­men­to dela. Aliás, este sen­ti­men­to fica pre­sente durante todo o filme. Por exem­p­lo, neste futuro pós-guer­ra quase não se vê mul­heres (con­tei seis), e as exis­tentes são escravas, total­mente sub­mis­sas. Como isto é pos­sív­el se quem vai para a guer­ra são os home­ns e é sabido que elas são a maio­r­ia pop­u­la­cional no mun­do? Uma visão bem machista deste cenário que, por quase não exi­s­tirem mul­heres, fica ain­da mais apocalíptico.

O Livro de Eli, ape­sar de tudo, con­segue ser um entreten­i­men­to razoáv­el, sem muitas pre­ten­sões, com algu­mas cenas de ação muito bem feitas e as vezes até engraçadas.

Out­ra críti­cas interessantes:

Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=t3qJj_ljctE

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